Luciano Luíz 19/07/2018
HELLBLAZER é uma daquelas boas séries dos anos 1990. O detetive paranormal que abre portais pro inferno, evoca demônios e os mortos, passa por situações nada cotidianas (a não ser pra ele) sem dúvida é uma leitura que mexe com a imaginação. Dizem que a saga Hábitos Perigosos é sua melhor história. Não li muitas e por isso sou suspeito para concordar. Porém, admito que dentre essas poucas, esta é realmente uma ótima estória. O cara que vive entre o Céu e Inferno tem câncer pulmonar. Bom, ele é do tipo que consome maços de cigarro como precisa de oxigênio. O enredo é bem equilibrado, sem exageros. No que diz sentido à doença, claro. No entanto, John Constantine além de lidar com o lado sombrio ainda precisa tentar descobrir uma forma de se livrar da doença. Só que mesmo ele tendo tantos contatos não é algo simples. Até porque seus contatos humanos nada podem fazer, já aquele pessoal do inferno...
Além dessa história, tem outra mais simples, só que com conteúdo visual ainda mais pesado.
O bacana de HELLBLAZER são os diálogos. Comuns, como esses que vemos na vida real. Os personagens usam palavras palavras obscenas, os famosos palavrões e isso mostra o quanto é rico o universo de Constantine. Enquanto em outras revistas isso inexiste, aqui é coisa muito comum. Afinal, é destinado ao público adulto...
Outro falo legal é que mesmo que alguém não tenha lido nada anteriormente, essa edição pode ser degustada sem qualquer problema, pois as duas histórias são fechadas.
Em resumo, HELLBLAZER teve muitas fases, mas estas da primeira metade da década de 90 são leituras fascinantes.
L. L. Santos