O que Jesus disse? O que Jesus não disse?

O que Jesus disse? O que Jesus não disse? Bart D. Ehrman




Resenhas - O que Jesus disse? O que Jesus não disse?


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Rick 11/03/2023

Leitura polêmica
Em uma sociedade cristã, como a nossa, é difícil para a população aceitar o fato de que a Bíblia é um livro feito por mãos humanas, portanto, não há nada de divino.

É uma literatura que foi alterada inúmeras vezes, em tantas por algum descuido, cansaço do copista, falta de preparação ou intencionalmente para atingir algum fim. Se é que as escrituras foram inspiradas, já se perderam e o que resta é um texto dissonante entre suas partes constituintes.

Em última instância, não vejo o porquê de tanta gente seguir o cristianismo quando o livro que dá a base a ele apresenta tantas inconsistências.
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Arrieiro 09/11/2009

Pense Antes de Ler
Esqueça as críticas às igrejas de "O Código Da Vinci". Ponderar sobre o fato de Cristo ser ou não casado com Maria Madalena sequer se compara ao que pode acontecer depois de ler esse livro.

Não, não empresto para qualquer um.

Antes de qualquer coisa, esclareço que o livro não traz belas passagens e citações do Grande Mestre. Sequer contradiz o senso comum quando atribui erroneamente a Ele frases como: "Mil passará, mas dois mil não chegará" e outras tosquices. O subtítulo deixa mais claro o objetivo do livro: informar quem mudou a Bíblia, como e por quê.

Muitas pessoas dizem crer na Bíblia sem sequer tê-la lido; quanto menos ponderado sobre sua origem. Estão na inércia de uma tradição familiar ou cultural que os leva a fazer eco sem mesmo achar que esse tipo de ponderação faça qualquer diferença.

Outros se agarram a ela tanto como a fonte absoluta da verdade quanto o que restou da igreja primitiva de Cristo - um canon fechado.

Nenhum dos dois se sentirá confortável ao ler este livro. O autor mostra com clareza o efeito sobre o texto original de inúmeras traduções, interpretações, perda de partes, contradições de versões antigas e concílios.

Antes de mais nada, questiona o que seria o "texto original": a primeira narração do fato ou o fato? A pergunta é pertinente, afinal os narradores originais do fato também eram dotados de interpretação e de limitações, fazendo com que suas narrações não correspondessem plenamente à verdade.

A partir do texto original, conclui que não é possível recuperá-lo, já que a melhor versão que temos remota há 300 anos depois dos fatos ocorridos. Esclarece também que nesse período, incomparável com os dias atuais, a publicação de edições eram feitas com copistas manuais (não havia imprensa) e que muitos deles sequer eram letrados. Na verdade, a grande maioria copiava os registros como se fossem pinturas e não caracteres.

Não leva a cabo todos os pontos controversos, mas mostra o suficiente para levar o leitor a retirar a Bíblia do pedestal e a lê-la com mais cuidado e atenção.
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Raphael 15/12/2020

“O que Jesus disse? O que Jesus não disse?” de Bart Ehrman. Este livro tem como subtítulo “Quem mudou a Bíblia e por quê?”. A obra faz uma profunda análise do texto bíblico tendo como parâmetro a seguinte ideia: “A bíblia é a palavra infalível de Deus, ela não contém erros. É completamente inspirada e é, em todos os seus termos, inspiração verbal plena”. Mas, será que é isso mesmo?

Surgem, aí, problemas de diversas naturezas. Em primeiro lugar, não temos os manuscritos originais da bíblia. Eles se perderam com o passar do tempo. Contudo, mesmo os originais, eles foram escritos por diversos copistas, sucessivas vezes (lembrando que à época não havia impressora) e esses copistas, inadvertida ou intencionalmente, introduziram mudanças em diversas passagens, e o autor analisa de forma minuciosa como é seguro fazer esta afirmação.

Os copistas tinham interesses variados para mudar o texto das escrituras, inclusive motivações teológicas mesmo, considerando que o cristianismo à época já era bastante ramificado. Além disso, os copistas primitivos tiveram contato com a mensagem depois de ela ter sido transmitida oralmente, não se sabe ao certo, mas, salvo engano sobre o período, por cerca de vinte anos . Imagine a quantidade de distorções produzidas em tanto tempo de transmissão oral. Lembrando, ainda, que os copistas copiavam toda a extensa escritura à mão, temos que levar em consideração outra espécie de erro que certamente ocorreu muito: o erro acidental.

No mais, o autor relata que o sentido completo e as nuances do texto grego do Novo Testamento (e do hebraico no antigo), só podem ser plenamente apreendidos quando lidos e estudados no original. Questiona-se, assim, como as traduções posteriores em língua inglesa, alemã, etc, poderiam refletir fielmente a inspiração divina? E isso, ainda, desconsiderando um problema talvez maior: a questão dos erros de tradução. O autor apresenta tais pontos de vista citando exemplos do texto bíblico, mas não haveria espaço aqui para eu reproduzi-las.

Enfim, de que serve dizer que as palavras são inspiradas por Deus se a maioria das pessoas não tem o acesso a essas palavras, mas apenas a versões mais ou menos canhestras dessas palavras para uma língua, como o português, por exemplo, que nada tem a ver com as palavras originais? Ademais, podemos pensar o seguinte: se Deus não conseguiu preservar as palavras originais do texto bíblico para que chegassem até nós, por que acreditar que elas são inspiradas divinamente? E se alguém insistir nisso, de nada adianta os originais terem sido inspirados divinamente, eles simplesmente não chegaram até nós.

Concluindo, apenas a título de curiosidade, há uma passagem alterada no novo testamento para ocultar um episódio particular em que Jesus irritou-se. Trata-se de Marcos 1:41 em que ele está curando um leproso. Ao invés de dizer que Jesus ficou “irado”, alguns manuscritos gregos adaptaram o texto para “teve compaixão” do leproso.
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Van Helsing 10/06/2009

Perigo!
Leitura perigosa, aconselho apenas àqueles que tem convicção de sua fé, pois caso contrario ela pode ser abalada!
Arrieiro 09/11/2009minha estante
É impressão minha ou você, antes de ler, imaginou que fosse um livro de citações de Cristo?



Há duas maneiras de ler concluir esse livro: uma delas é pensar que a Bíblia simplesmente não é confiável e a outra é pensar que é um verdadeiro milagre termos a Bíblia depois de tantos desafios.



Cai, nesse caso, a "adoração ao livro" (como diz o autor). Fica a adoração a Cristo, superior ao livro. A Bíblia desce do pedestal, Cristo sobe.



Porém, o mais importante, é que desperta um senso crítico ao ler a Bíblia. Para os Cristãos que acreditam que a Bíblia foi escrita por inspiração, devem lê-la no mesmo espírito de revelação. Assim, mesmo as partes removidas ou alteradas não terão peso sobre sua fé, já que obterá a confirmação do Espírito Santo.



Recomendo também a leitura do Livro de Mórmon. Para nós, Mórmons, o conhecimento de que a Bíblia havia sido alterada data de 1820, além do conhecimento da bondade divina que providenciou um meio da verdade simples chegar a essa época.



Respeitosamente;





Pierre 23/12/2009minha estante
O ator hoje em dia é um agnóstico. Na verdade eu concordo que seja uma leitura perigosa mesmo.


Junior 22/05/2013minha estante
Discordo plenamente. A minha fé está cada vez mais fortalecida depois de ler essa baboseira do Bart. Graças a JESUS que não comprei, peguei emprestado e já devolvi.




Quiron 12/07/2009

Desafiador
Fantástico e desafiador, pois nos obriga a encarar a Bíblia como livro de homens e centrar a fé no Deus de nosso coração.
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Cinara 17/06/2010

O autor, segundo a apresentação, é o maior especialista vivo no texto bíblico. E a conclusão a que ele chega, ao final do livro, é interessante e corajosa. A palavra escrita pode ter, de fato, um poder maior que a própria realidade. Para dissipar dúvidas, corroborar opiniões ou revoltar fundamentalistas.
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Rafael.Nascimento 15/01/2020

Resenha do Livro: O que Jesus disse? O que Jesus não disse? Quem mudou a Bíblia e Por Quê
Primeira leitura concluída em 2020, apesar de ter iniciado em 2019. Por se tratar de uma questão polêmica demorei um pouco para concluir o comentário.
Um dos principais especialistas em crítica textual do Novo Testamento dos nossos dias, ele aborda com bastante propriedade sobre as alterações que sofreu a Bíblia que temos em nossas casas. Apesar de tratar de um assunto complexo, a linguagem usada é bem simples, sendo acessível a qualquer leitor, ainda que eu não recomendo à um neófito na fé.
Não é um livro devocional, não acrescentou em nada à minha fé, e apesar de ser um assunto polêmico não me trouxe nenhum abalo no que acredito e tenho por verdade, porém não se pode discorda de seus argumentos expostos neste livro. Ehrman é um especialista no assunto abordado, ainda que seja agnóstico, seu trabalho tem bastante relevância no meio teológico.
O livro concentra-se em mostrar que o Novo Testamento tal como nós o temos hoje não é textualmente confiável, por ter sido vítima, supostamente, de milhares de alterações voluntárias e involuntárias nas mãos dos copistas ao longo dos séculos. Alterações que foram feitas por copistas leigos e por copistas profissionais, Ehrmana conclui que a grande maioria não tem um peso significativo que possa comprometer a interpretação da Bíblia e que muitas das alterações foram feitas na intenção de se preservar o que se entendia por verdade. Muitas destas alterações se deram devido ao surgimento de falsos ensinamentos, e muitos copistas bem intencionados acreditavam que passagens obscuras poderiam ser escritas levando em consideração a sua própria interpretação ou a posição tida como verdadeira na tradição da igreja, porém, existem alterações que compromete em grande escala o verdadeiro sentido do texto original, ao ponto de, segundo Ehrman, não ser possível considera-los como divinamente inspirados, nem mesmo os autógrafos.
Considero o livro de grande relevância para o conhecimento teológico, e como já comentado acima, nenhuma contribuição a fé. Recomendo à aqueles que possuem um bom conhecimento bíblico e pretendem se aprofundar. Já para os iniciantes, novos convertidos e leitores esporádicos procurem um livro devocional, isso não é pra você.


Autor: Bart D. Ehrman
Editora: Prestígio
Paginas: 240
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4ndrewnunes 08/06/2020

Um livro humano
Livro extremamente didático e esclarecedor. Sempre questionei a veracidade da suposta "inerrância da Bíblia". Como um livro de dois mil anos é literalmente aplicado na vida moderna sendo considerado a Palavra de Deus? Não teria ele sido, no mínimo, ajustado por copistas durante todo esse tempo? A resposta é sim! O livro foi modificado em milhares de termos e formulações. Nos primeiros séculos nem era um livro, existiram milhares de escritos considerados sacros, até serem escolhidos a dedo os que conhecemos... Nunca consegui ignorar essa realidade e, agora, sei que não estou sozinho. Na verdade, sou respaldado cientificamente para acreditar que a nossa Bíblia não significa, precisamente, a revelação divina final.
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Silvio Almeida 20/11/2013

Efeito Colateral
O autor é um renomado especialista americano em novo testamento e nos dá uma verdadeira aula sobre o tema da crítica textual bíblica.

O livro traz muito conteúdo histórico relevante, porém a imensa maioria das contestações feitas pelo autor às prováveis alterações e as suas interpretações são exacerbadas, ou seja, uma visão crítica forçada por algum interesse que com certeza não é só a da busca do conhecimento e da verdade.

Sem dúvida, este é um livro relevante e que nos faz refletir de maneira bastante crítica sobre determinadas passagens, ajudando-nos a observá-las sob ângulos talvez antes não pensados.

Recomendo este livro apenas para leitores maduros em termos de estudos bíblicos, desaconselho-o para quem não estuda a Bíblia e outros livros de cunho teológico-histórico, pois esta obra traz um ponto de vista parcial e se omite em algumas questões de maior amplitude.

Para mim esta obra teve um efeito colateral, pois minha fé cristã até se reforçou após a leitura do livro, apesar de o mesmo do início ao fim defender que a Bíblia é uma obra sem inspiração divina.
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juliocesar.pedrosa 20/10/2016

Para pessoas de mente aberta
Livro muito interessante e instrutivo... e para pessoas de mente aberta!
O autor, Bart D. Ehrman, é um grande especialista e divulgador científico dos métodos de crítica textual aplicados aos textos bíblicos, principalmente os manuscritos do Novo Testamento em grego. Os mais antigos são do século IV, portanto cerca de 300 anos depois dos eventos narrados - nenhum manuscrito conhecido é autógrafo, ou seja, o papiro ou pergaminho original. Existem apenas cópias das cópias das cópias das cópias das cópias das cópias...
Segundo o autor, já foram catalogados pelos especialistas mais de 5.700 manuscritos neotestamentários em grego, desde simples versículos isolados até coleções inteiras do Novo Testamento; nenhum códice é idêntico a outro, e os cálculos levam a mais de 400.000 variantes!
A maior parte delas diz respeito a erros de grafia, inversão acidental de termos ou frases, troca de letras, escorregões, deslizes da pena por pouco conhecimento da escrita, fadiga, enfado... São erros que não afetam a compreensão do texto.
Os problemas estão nas variantes propositais, feitas para direcionar o texto para a defesa ou condenação das diversas vertentes do cristianismo concorrentes nos primeiros séculos da Era Cristã (ou Era Comum).
O Deus cristão era o mesmo Deus dos judeus ou era outro? Jesus era humano, divino ou ambas as coisas ao mesmo tempo? Tinha um corpo humano ou apenas aparente? Como era/deveria ser a participação das mulheres na igreja nascente? Os judeus também podiam ser salvos por Cristo? Estas e outras questões mais eram discutidas à saciedade pelos primeiros cristãos e seus detratores pagãos.
Além dos próprios textos, o cristianismo é também baseado em tradições de leitura e interpretação textual: alterações se fixaram nos textos e criaram a religião conhecida hoje; leituras foram feitas, opiniões se firmaram e disso se criaram as bases dos dogmas das igrejas (não apenas a Católica).
Leitura para pessoas de mente aberta - sejam crentes ou agnósticas, católicas ou protestantes - e cientes de que "quem conta um conto, aumenta um ponto".

site: https://linguaeculturajuliopedrosa.wordpress.com/2017/01/02/o-que-jesus-disse-e-o-que-nao-se-pos-no-papel/
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Queila.Assis 08/10/2021

Bug muito louco
Esqueça seus dogmas religiosos nessa leitura, deu vários bugs na minha mente, livro fascinante contexto histórico, simplesmente leiam.
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Taylor 05/09/2023

Descontruindo um mito
Hoje em dia, ainda há uma crença bastante viva de que a bíblia é um livro inerrante, ou que não há "contaminação" do conteúdo da obra por parte outras pessoas que não fossem os próprios autores. Uma ideia um tanto distante da realidade...

Neste livro, Bart Ehrman destrincha a história do Novo Testamento e como ele foi modificado ao longo da história humana. Vários exemplos são citados, mas eu gostaria de dar um destaque ao fato de o livro trazer também um resumo de certos métodos utilizados pelos pesquisadores para chegar a certas conclusões a respeito de onde e como os textos foram modificados.

O livro inteiro é bem interessante nesse aspecto ? traz curiosidades relevantes à mesma medida que explica como os manuscritos são estudados. Se tratando de um tema que (eu, particularmente) acho tão interessante, fiquei surpreso ao descobrir que esse livro tão pouco falado é tão rico.

Por fim, apesar de eu ter gostado muito das reflexões suscitadas pelo autor e de ter gostado da forma como ele discorreu sobre a história do Novo Testamento, vi alguns problemas que, mesmo me impedindo de dar 5 estrelas, não atrapalham tanto a leitura e eu considero, portanto, problemas pequenos:

1 - Há momentos em que, para não se alongar tanto, o autor cita alguma fonte bibliográfica sobre algo que ele afirma no livro. Isso é ótimo, mas não quando você abre mão totalmente de argumentar e só põe a fonte. Eu tô lendo o seu livro, me traga algo sobre dentro dele mesmo.
2 - Em alguns pontos, senti que algumas argumentações eram meio repetitivas, talvez uma revisão mais detalhada resolvesse isso.
3 - Esse problema é mais da edição: alguns termos foram traduzidos meio errado, mas deu pra associar à palavra correta
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