Villette

Villette Charlotte Brontë




Resenhas - Villette


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Gláucia 27/09/2020

Villette - Charlotte Brontë
Essa edição de Pedrazul está cheia de errinhos de revisão, não chegaram a me incomodar. Mas contém um prefácio que deveria ser posfácio, recheados de spoilers de fatos que forma surpresa pra mim e só acontecem do meio pro final do livro. Por ser muito extenso, teria estragado um pouco minha experiência de leitura.
Saber que tem muito de autobiográfico torna o processo mais agradável.
Gostei do final aberto, mas confesso que me deu uma certa agonia, principalmente após quase 600 páginas.
Natalie Lagedo 27/09/2020minha estante
Finais abertos normalmente me deixam decepcionada.?


Kelly Oliveira Barbosa 28/09/2020minha estante
Por isso que eu costumo pular prefácios de livros de ficção.


Gláucia 28/09/2020minha estante
Não sei porque não colocam no final.


Karen 28/09/2020minha estante
Quando me dedico a um livro que apresenta prefácio, introdução ou apresentação, costumo verificar essa parte somente após ter concluído a leitura da obra propriamente dita, a fim de que eu não me depare não só com informações importantes sobre o teor do título, mas também com estudos ou críticas especializadas acerca das significações de seu texto, de maneira que possa estruturar minhas próprias ideias a respeito daquilo que li. A bem da verdade, há casos em que até as sinopses que se encontram na contracapa ou nas orelhas de um livro trazem spoilers, daí ser mais adequado também evitar as informações de tais seções até que se conheça toda a obra.


Denise 03/10/2020minha estante
G. Na minha interpretação o final não é aberto e sim trágico. Amei!


Gláucia 03/10/2020minha estante
De, eu tb acho que o final foi esse, trágico. Ela só quis deixar uma brecha pra quem não souber lidar com isso pensar que pode ter havido um final feliz rss




NaiaraAimee 04/10/2014

Um livro delicioso!
A ausência do sofrimento era a maior aproximação de felicidade que eu esperava conhecer
-- Villette Charlotte Brontë (pag 107)

Com certeza o que todos querem saber primeiro (pelo menos assim eu penso) é se Villette é melhor que Jane Eyre. Eu tenho uma relação muito especial com Jane Eyre, desde o momento em que ele chegou em minhas mãos, eu senti que ia gostar da leitura. Mas eu não gostei de Jane Eyre, eu amei; esse livro me mudou de várias formas, tocou minha alma e ganhou o pódio do meu coração, perdendo apenas para o livrinho de capa preta.

Então é difícil para eu dizer que qualquer livro seja melhor que Jane Eyre, no entanto, Villette consegue ser magnífico também. A história é muito bem desenvolvida (aliás, é uma autobiografia). A trama não gira apenas em torno de Lucy Snowe, mas envolve uma mocinha encantadora, linda e doce chamada Polly, uma das primeiras personagens do livro que no começo não chega a ser tão amável, porém é tudo isso em sua fase adulta. Envolve também um gentil, afável e charmoso médico, John Graham, por quem ela desenvolve uma paixãozinha (e eu também porque ele consegue ser maravilhoso?!). Todavia há também um professor nada gentil, bem grosseiro e que vive a zombar dela etc, por vários motivos, esse é o Monsieur Paul, que também se torna uma pessoa muito importante em sua vida.

Lucy Snowe fica por muito tempo trabalhando como professora em um colégio em Villette e lá ela tem que aturar muitas coisas desagradáveis por parte da diretora, Madame Beck. Lucy é obrigada a lidar com grandes tristezas e desafios, pois, como mencionado, o livro é uma autobiografia de Charlotte Brontë.

Se cada um tem um modo de enxergar as coisas, na minha visão a Lucy, apesar das adversidades, é mais humorada e mais respondona que a nossa Jane. Ela é simples, mas não é uma mulher fraca. Lucy Snowe, essa moça tímida que, presa em um sótão assombrado, tem mais medo de baratas e ratos do que de um fantasma, conquistou meu coração.

O livro em si não chega a ser muito romântico, explora sim o romance, mas não da forma como ele é explorado em Jane Eyre. Você sofre com a Lucy, você sente suas paixões, seus terrores, suas angustias, saudades, amores, você é Lucy, porque a Charlotte consegue fazer você se sentir o personagem, ela explora pontos tão verdadeiros, que é impossível você não conseguir absorver todos os seus sentimentos.

A minha rainha da literatura não me decepcionou. Villette é um livro delicioso, que você deve mastigar com calma e sutileza, para poder sentir a poesia das palavras em seu paladar e assim sentir o gosto esplêndido de sua genialidade.


site: http://literaturadeepoca.blogspot.com.br/search/label/Villette
Sissy 02/09/2014minha estante
Quero muito ler esse livro! O que você achou da qualidade da encadernação e tal? Vale a pena?


NaiaraAimee 02/09/2014minha estante
Sissy, a qualidade do livro é excelente, a capa é forte (não é dura, mas é um material muito bom), vem ilustrado e a tradução também é muito boa. Se você gosta de clássicos, gostou de Jane Eyre, certamente irá gostar de Villette ;)


Emanuelle Najjar 18/11/2014minha estante
Sissy, se você pretende comprar Villette eu sugiro a segunda edição. A pedra azul está para lançar ou lançou recentemente, não sei dizer. Não sei se é só o meu exemplar da primeira edição, mas no meu há problemas com as fontes utilizadas (em determinados pontos há fontes diferentes sem que haja uma explicação lógica) e outros pontos com problemas nas notas de rodapé. Pode ser que seja apenas o meu, mas provavelmente o segundo deve vir com mais coisas.


Amanda 08/03/2020minha estante
Agora tô morrendo pra ler este livro???




Cinara... 24/03/2021

"Nenhuma zombaria neste mundo jamais soa tão vazia a meus ouvidos como essa de me mandarem cultivar a felicidade. Que tal conselho significa? A felicidade não é uma batata, para ser plantada em um terreno e cuidada com adubo. A felicidade é uma glória brilhando sobre nós lá do alto, vinda do Céu. Ela é orvalho divino que a alma, em algumas de suas manhãs de verão, sente pingando sobre si das flores do amaranto e dos frutos dourados do Paraíso. "

Só confirmando, eu realmente amo as irmãs Brontë!
Villette consegue nos transportar para outra época, para outros costumes e para outros cheiros! É quase palpável o cenário! Eu queria entrar no livro e morar lá, vestir as mesmas roupas e tomar chá ?
As personagens femininas das Brontë são extremamente fortes e cheias de personalidade! Lucy Snowe é inspiradora, no meio de tanta solidão sua força de vontade de encarar a vida nos faz querer encarar a vida também! ?

Sobre a edição eu amooo, e amooooo a diagramação da Martin Claret, super grande e confortável, e eu fico olhando para essa capa hipnotizada querendo entrar lá ?
Comparei tradução com a da Pedra Azul e inglês do Kindle, não achei nada de errado, nem erros de digitação!! Pra mim está perfeita! As palavras em francês foram mantidas e tem um dicionário no final do livro! Acho que dá um charme as palavras em francês como no original!
A edição é gigante por causa da diagramação, a lombada quebra mas vale muito a pena continua lindooooo!
Elisabete 24/03/2021minha estante
Adorei sua resenha.Parabéns! ???


Cinara... 24/03/2021minha estante
Obrigada Elisabete ?


Cybele 26/03/2021minha estante
Sua resenha me encheu de vontade de ler. Já vai para os desejados.


Cinara... 26/03/2021minha estante
Cybele espero que goste ?




Tamires 06/12/2016

Villette
“Villette é, de muitas formas, um romance delicado e deliciosamente difícil. Tudo o que diz respeito à sua heroína, Lucy Snowe, é encoberto por uma névoa de inacessibilidade e uma certa escuridão que sustenta a narrativa. Lucy se muda para a cidade fictícia de Villette, onde será professora de inglês em um internato. Ali, será confrontada pelos traumas do passado enquanto completa seu percurso de heroína, com os dissabores e conquistas de uma mulher vitoriana, mas eternamente atual. Uma obra-prima de Charlotte Brontë.” (sinopse)

Villete é um romance escrito por Charlotte Brontë, publicado originalmente em 1853, que narra a vida de Lucy Snowe, uma jovem de poucos recursos que sai da Inglaterra com destino a cidade de Villette e acaba tornando-se professora de inglês em um internato.

A história começa em uma visita de férias que a protagonista faz a casa de sua madrinha, a Sra. Bretton. Pelo olhar de Lucy Snowe, conhecemos a casa dos Bretton's e a pequena Polly, filha de um amigo da família. A menina desenvolve uma forte relação de amizade com jovem Graham Bretton, na época com 16 anos. A visita de Polly durou poucas semanas e também Lucy deixaria a casa da madrinha em breve.

Alguns anos depois desta visita, anos esses que Lucy não revela muito do que se passou, mas permite-nos saber que sua situação financeira não é das melhores, ela começa a trabalhar como dama de companhia da Srta. Marchmont, uma rica, porém reumática senhora.

“E, assim, dois quartos quentes e fechados se tornaram meu mundo; e uma senhora idosa e inválida, minha patroa, minha amiga, tudo para mim. Atendê-la era meu dever; sua dor, meu sofrimento; seu alívio, minha esperança; sua raiva, minha punição; sua apreciação, minha recompensa. Esqueci que havia campos, bosques, rios, mares, um céu sempre cambiante além da gelosia embaçada de seu quarto de inválida; eu quase me sentia contente por esquecer isso.” (p. 74)

Contudo, o destino reservara algo diferente para Lucy: com o falecimento da Srta. Marchmont, ela se vê obrigada a procurar uma outra colocação. A jovem, então, seguiu para Londres e, de lá, para Villette, no reino (de língua francesa) de Labassecour. Seus caminhos levaram-na ao pensionato de Madame Beck, onde, a princípio, ela ficaria responsável pelos cuidados com as filhas da Madame, mas depois acabou assumindo o posto de professora de inglês na escola.

“Digo novamente: Madame era uma grande mulher, e muito capaz. Aquela escola proporcionava a seus poderes uma esfera muito limitada; ela deveria ter conduzido uma nação: deveria ter sido líder de uma turbulenta assembleia legislativa. Ninguém poderia tê-la desencorajado, ninguém irritava seus nervos, exauria sua paciência ou ultrapassava a sua astúcia. Em sua pessoa, ela poderia ter abarcado os deveres de um primeiro-ministro e de um superintendente de polícia. Sábia, firme, desconfiada; sigilosa, astuta, desapaixonada; vigilante e inescrutável; perspicaz e insensível; e, além disso, perfeitamente decorosa; o que mais poderia ser desejado?” (p. 136)

Villette seria uma versão ficcional da cidade de Bruxelas, na Bélgica, onde a autora estudou com sua irmã Emily. Todo o romance tem elementos que indicam ser um relato autobiográfico de Charlotte Brontë e de posse desta informação o leitor torna-se ainda mais próximo da heroína Lucy Snowe, em seus devaneios e sofrimentos. As protagonistas de Charlotte Brontë, como eu tenho visto até agora, são mulheres a frente de seu tempo, como a autora mesma foi. Elas iam à luta, buscavam o seu sustento da forma que era possível, e tal atitude é exemplo para nós ainda nos dias de hoje.

“Não há nada como encarar tudo o que você faz com uma expectativa modesta: isso mantém a mente e o corpo tranquilos; enquanto as noções extravagantes podem levar ambos a um estado febril.” (p. 87)

No pensionato conhecemos também Dr. John, que ajudou Lucy em sua chegada a Villette e por quem ela nutriu sentimentos controversos, diria quase um amor platônico; Ginevra Fanshawe, um projeto de coquete que se diverte em um jogo de sedução envolvendo Dr. John e De Hamal, dentre outros. O personagem mais carismático e meu favorito neste romance é M. Paul Emanuel, que é um dos poucos, senão o único, a travar diálogos interessantes e estimulantes com Lucy. Ele é responsável pelas melhores cenas do livro e será muito importante na vida da nossa heroína.

Villette é de leitura mais lenta que Jane Eyre, romance mais conhecido da autora. Durante páginas e mais páginas a história de Lucy Snowe parece não avançar quase nada. Era o mar calmo na superfície com um turbilhão de sentimentos nas profundezas. Ainda assim, sabendo, como já foi dito, que trata-se de uma autobiografia de Charlotte Brontë, embora não com o compromisso de ser integralmente fiel a realidade, a motivação para prosseguir vinha até nos momentos em que desistir para retomar a leitura em outro momento apresentava-se como opção. Quando entendi o ritmo do romance a leitura fluiu melhor. Saber mais sobre uma mulher que mesmo com todas as adversidades e tristezas foi capaz de criar histórias que emocionam até os dias de hoje é recompensador. Charlotte Brontë é Lucy Snowe e Lucy Snowe é um pouquinho de cada uma de nós, mulheres.

“Seu tom é simultaneamente pessoal, profundo, altamente cultural e traz alguns indícios de feminismo, se fosse possível falar dele nesse período histórico.” (posfácio, por Lilian Cristina Corrêa)

A edição especial da Martin Claret conta com o prefácio de Lenita Maria Rimoli Esteves, uma nota da tradutora, Solange Pinheiro, e o pósfácio de Lilian Cristina Corrêa. Além do cuidado no acabamento do livro e da capa lindíssima, vê-se que a editora tem se preocupado em incluir em suas obras, sobretudo nas edições especiais, um material complementar que em muito enriquece a nossa experiência de leitura. Um ponto negativo para mim, mas que não diminui em nada o trabalho feito nesta edição, foi colocar todas as expressões em francês no final do volume. A tradutora optou por manter as expressões em francês no corpo do texto, para que este ficasse o mais próximo do original possível, mas teria sido mais confortável ter as traduções no rodapé das páginas. Contudo, entendo que isso poderia ser um problema no acabamento do livro, pois Villette segue o padrão das outras edições especiais das irmãs Brontë já publicadas pela editora, a saber: Agnes Grey, Jane Eyre e O Morro dos Ventos Uivantes.

Destaco, sem spoilers, que o final da história é bastante interessante. É um final diferente, digamos, dos que vemos em livros similares. Para os fãs de Charlotte Brontë e de uma história bem escrita, Villette é uma ótima pedida!

site: http://www.tamiresdecarvalho.com/resenha-villette-de-charlotte-bronte/
Marcia 03/09/2019minha estante
Em todas as resenhas que vi desse livro, nenhuma está próxima do que entendi do final. Na versão da Pedra Azul, deu-me a impressão de que houve uma tragédia


Tamires 05/09/2019minha estante
Já faz algum tempo que li Villette, mas o que eu guardei de lembrança é que o final deixa para o leitor deduzir ou imaginar o que acontece depois. ? diferente de vários clássicos nesse sentido, por não ter um final redondo, felizes para sempre ou o oposto. Foi uma leitura mais densa, espero ler novamente no futuro e perceber mais sutilezas que eu talvez tenha deixado passar.


Marcia 19/09/2019minha estante
Mas quando ela relata sobre uma tempestade e Paul estaria a bordo de um navio, em pleno Atlântico, deu- me essa sensação




João Vitor 17/01/2021

Villette, o u?ltimo romance escrito por Charlotte Bronte?, foi minha primeira leitura de 2021. O livro tem uma atmosfera bem diferente de Jane Eyre, outro livro da autora que gostei muito. Lucy Snowe, nossa protagonista, e? misteriosa e observadora, nada escapa de seus olhos. Me apeguei e me irritei com os outros personagens da obra, principalmente com M. Paul, que eu tinha uma relação de amor e ódio.
Ao meu ver, Lucy tinha va?rias crises depressivas, e Charlotte conseguiu descreve?-las muito bem, sem deixar expli?cito o que realmente estava acontecendo com a protagonista. E? um livro sobre a solida?o, algo que a protagonista (e no?s mesmos) pode tentar fugir, escapar, mas muitas vezes a fuga e? longa e sem escapato?ria.
Recomendo muiti?ssimo o livro, e me arrisco dizer que gostei mais de Villette do que de Jane Eyre.
Quero ler tudo que essa mulher escreveu!!!
Daniela.Godinho 17/01/2021minha estante
Gostei bastante de sua resenha, é inderesante você dizer que gostou mais de Villete que Jane Eyre. Todos colocam JE como a obra prima da autora, até agora foi o único livro que li dela, e gostei bastante.


João Vitor 17/01/2021minha estante
Daniela, recomendo muito Villette!!! A escrita da Charlotte está mais reflexiva (as vezes filosófica) que em Jane Eyre. Eu senti também que ela experimentou e ousou mais na escrita. Tem uma cena que a protagonista está sobre influência de opiáceos e o capítulo inteiro a gente consegue perceber ela perturbada e narrando os fatos totalmente alterada, a Charlotte foi genial kkkkkkk Sinto que vou precisar reler o livro pra pegar mais coisas que deixei passar. Se um dia você ler, vou querer saber a sua opinião!


Daniela.Godinho 17/01/2021minha estante
Nunca imaginei a Charlotte escrevendo uma cena assim que loucur, vejo poucas pessoas falando de Villette fico feliz de você ter tido tão boa experiência. Eu lerei com certeza, não sei quando, mas lerei sim e falo contigo :)




spoiler visualizar
Pseudônimo Bettina 14/08/2022minha estante
O arrogante protestantismo da Lucy foi a minha única razão para abandonar o livro


Scoobercaah 15/08/2022minha estante
Eu indico você a tentar voltar e concluir a história,entendo você não concordar com o protestantismo dela, então continue pelo Catolicismo do Professor Emanuel, tem falas dele que me cativou principalmente no final do livro. ?




Vitoria 01/08/2023

Uma história de solidão.
Villette? conta a história de Lucy Snowe, uma jovem inglesa que desde do início de sua história está completamente sozinha e passa por diversas adversidades até achar seu final feliz.
No decorrer dos capítulos, a personagem se aventura em diversas situações, até que por fim decide rumar em direção a Villette, uma cidadezinha francesa. Em Villette, Lucy trabalha no pensionato de Mademe Beck, e vive sua vida dando aulas de inglês. A Srta. Snowe passa por diversas adversidades em toda sua vida mas a pior é que ela está completamente sozinha no Mundo.
Com o passar do tempo, Lucy faz amigos, lembra de antigas amizades e se abre para novos horizontes. Em toda narrativa, Charlotte foca muito nas descrições do conflito religioso entre católicos e protestantes, traz reflexões sobre a solidão e a ética sempre presente da personagem.
Enfim, é um livro muito triste e cansativo, acredito que não é um dos melhores da irmã Brontë, é um livro denso, pouco fluido, mas em geral, vale a pena conhecer essa faceta de uma escritora tão importante da cultura inglesa.
Fábio Yeshua 01/08/2023minha estante
Boa resenha, acho importante ler aqueles livros onde um grande autor não é tão excepcional. Nos faz sentir mais próximos.


Vitoria 01/08/2023minha estante
Sim sim, é uma experiência única!




Talita Teles 17/10/2023

Não tão bom quanto Jane Eyre! Mas um bom livro. Achei alguns capítulos um pouco massacres e senti vontade de parar, mas continuei e fiquei muito feliz com o final e com o que aconteceu com a Lucy. ?
anna 21/10/2023minha estante
O que aconteceu com o professor? Não tive certeza, o final ficou confuso




Laurette 24/12/2020

Villete conta a história da vida de Lucy Snowe. Pense numa vida cheia de dificuldade viu.
Na medida que você lê o livro, você sente cada vez mais pena de Lucy e a coitada, pra piorar, tem uma baixa autoestima (tem momentos que dá vontade de gritar LUCY VOCÊ É LINDA
kkkkk)
Como todo livro de Charlotte Brontè, há um toque de terror. Neste livro, infelizmente, o terror não foi explicado muito bem. O final da história também não é muito bom, por isso dei apenas três estrelas.
Esta edição é linda, mas no livro há muitas palavras em francês e o dicionário fica no fim do livro, então há uma grande chance de pegar spoiler.
Recomendo este livro para aqueles que já gostam de Charlotte.
Lamyla 02/03/2021minha estante
Tbm não gostei do final. Bronte foi muito dura com Lucy.




Nat 10/07/2015

Luci Snowe é uma jovem inglesa que aos 23 anos não tem conhecidos e nem um meio de se manter. Ao viajar, ela consegue por “acidente” um emprego de babá em um pensionato francês. Mesmo sem saber nada da língua, Madame Beck a contrata, primeiro como preceptora de suas filhas, depois Lucy se torna professora de inglês. Apesar de ter que aturar coisas muito desagradáveis de Madame Beck, Lucy passa a gostar de sua patroa e até mesmo se afeiçoa a suas estudantes, exceto a Miss Ginevra Fanshawe, um “projeto de coquete”, jovem voluntariosa e materialista, que resolve brincar com as atenções que o médico John Graham lhe dispensa, quando na verdade ela está mesmo interessada no conde De Hamal. A vida de Lucy continua a mesma, sua inteligência e consciência da própria insignificância perante o mundo desperta a atenção de Monsieur Emanuel. Durante as férias, Lucy acaba se deprimindo por ficar sozinha no internato e sem saber acaba encontrando sua madrinha e seu filho. Feliz com o reencontro, ela também retoma relações com (não mais) pequena Paulina e seu pai, Monsieur De Bassompierre. As adversidades no caminho de Lucy não são poucas, mas os princípios inabaláveis da moça ajudam-na sempre.

Esse livro foi a minha primeira compra na editora Pedrazul. Tudo porque depois de ler Jane Eyre, também de Charlotte Brontë, eu fiquei com muito mais vontade de ler os livros das irmãs Brontë (exceto O morro dos ventos uivantes que eu odiei de todo o meu coração). Assim, quando a Pedrazul anunciou o lançamento, eu corri atrás. O acabamento é lindo, as ilustrações são perfeitas, a diagramação é uma das melhores que eu já vi. Eu só fui entender mais a introdução do livro depois que li ele todo. Um dos fatos mais importantes é que Villette é uma história autobiográfica, e através de Lucy Snowe e as dificuldades de sua vida, nós podemos entender um pouco da vida da própria Charlotte. Um clássico da literatura que eu recomendo para todos.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com.br/2015/06/villette-de-charlotte-bronte-dl-do.html
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@garotadeleituras 05/12/2016

Uma leitura densa, extremamente deliciosa e contagiante para o leitor!
Publicado originalmente em 1853, villette é considerado autobiográfico e foi o último romance publicado em vida de Charlotte Brontë. A protagonista feminina do livro, Lucy Snowe, é sozinha e precisa delinear seu próprio caminho no mundo. Num primeiro momento, aos 14 anos, a moça inglesa está estabelecida na casa da sua madrinha, a Senhora Bretton, que tem um filho, o carismático John Graham Bretton, e posteriormente também hospedará a peculiar criança Paulina, apelidada carinhosamente de Polly, que, diga-se de passagem, uma menina intensa, devotada ao pai e ao filho da sua anfitriã. Um pouco depois, o pai da pequena Polly vem buscá-la e Lucy também parte. O cenário descrito nesse momento é a rotina doméstica, a forma como a própria Lucy se comporta nesse meio onde é enxertada e os conflitos internos que irão amadurecer durante toda a narrativa.

"Eu não sabia, então, que a tristeza é o melhor sentimento para alguns espíritos, nem refleti que algumas ervas, embora inodoras quando inteiras, exalam perfume quando esmagadas”. (p.134)

Lucy é descrita como uma mulher calma, independente, inteligente com algumas dificuldades intelectuais para a aritmética, sem nenhuma beleza e sem parentes vivos. Embora geralmente reservada e emocionalmente controlada, Lucy tem fortes sentimentos e afeições para aqueles que ela realmente valoriza mesmo quando a austeridade não permite grande efusão de demonstração. Depois de uma série de acontecimentos pontuais relatados, decide encontrar meios de subsistência, sai da Inglaterra e vai para a França, se estabelecendo na fictícia cidade de Villette.
No inicio, ela começa cuidando de algumas crianças, tornando-se posteriormente professora de um internato para jovens, na Rua Fossette. E é exatamente nesse período, entre as paredes do pensionato de Madame Beck, o olho que tu ver, que a protagonista, também narradora, compartilha com o leitor seus dramas, sejam sentimental ou social (os vínculos estabelecidos durante esse período), as impressões sobre o ambiente e sua existência solitária, assim como, a formação de elos durante a extenuante estadia em Villette.

“Aqueles que vivem recolhidos, cujas vidas têm caído na reclusão de uma escola ou de outras habitações muradas e vigiadas, são susceptíveis de desaparecerem subitamente, por um longo período de tempo, da memória de seus amigos, os habitantes de um mundo mais livre. (p.231)"

Particularmente, achei sensacional a forma como a autora reintroduziu os personagens do inicio, assim como seu desfecho para a encantadora Polly e o Graham, a conduta frívola de Ginevra e a explicação nada sobrenatural para os episódios da Freira “assombrada”, o que contribuiu para a classificação do romance como gótico, assim como não poderia deixar de relatar a aproximação um pouco conturbada entre Miss Lucy e o instável Paul Emmanuel.
Villette é um romance rico em descrições pormenorizadas da psique feminina, suas batalhas na sociedade inglesa da primeira metade do Século XIX, assim como a luta cultural ao deparar-se com costumes ou preceitos religiosos divergentes dos ensinados no âmbito patriarcal, protagonizado pela figura do Padre Silas ao tentar converter a personagem ao catolicismo como solução para aliviar os pesos da alma. Lucy é uma personagem resistente, que carrega dentro de si paixões e anseios. O final ambíguo de Villette propõe ao leitor imaginar o destino da protagonista, embora pressuponha ou deixa a entender que uma grande tempestade interveio nos planos para a felicidade plena.
Em resumo, é uma leitura densa, não é um livro que você lerá em um dia, pois demanda tempo, concentração e degustação, mas extremamente deliciosa e poética; um relato dosado de sentimentalismo e realismo sobre os conflitos pessoais da moça inglesa, que contagia o leitor!

“O espaço em branco é sempre um ponto nebuloso para o solitário”. (p.232)
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fabio.orlandini 24/03/2020

Sublime
Talvez não seja a história mais empolgante das irmãs Brontë. É um livro com uma protagonista sem grandes dotes, seja beleza ou inteligência. Mas, é a história de uma mulher que, sem opções, entrega sua vida ao destino e recebe as dádivas e perigos dessa caminhada.
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Ana 05/05/2020

Essa leitura se alterna entre gostosa e de difícil entendimento pelo caráter extremamente poético de algumas passagens.

Apesar de alguns acontecimentos terem me deixado totalmente confusa, no geral me senti inspirada pela personalidade da Lucy diante de tanto sofrimento. Várias vezes me vi chorando porque em várias medidas as dores dela também foram as minhas.

O livro explora muito a carga opressiva da negligência, o peso de ser uma "ninguém", o que me tocou muito.
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Báh~ 15/05/2020

Villette Charlotte Brontë
A história é narrada em primeira pessoa, por Lucy Snowe. E a escrita é rica em detalhes. A protagonista traça o perfil e característica de todos, observa com muita profundidade. Ela é irônica e crítica, e conversa com o ?Leitor?, revela fatos que já sabia a muito tempo, o que gera surpresa e dúvidas quanto as coisas que fala ou deixa de falar. Ela tem o sentimento de que sempre as coisas irão dar erradas. Tinha medo de ter esperanças ou de sentir felicidade. E é mostrado uma dificuldade por parte da protagonista em tomar atitudes, mesmo sendo decidida em relação ao que acredita. Faz perguntas e reflexões que o leitor pode se identificar. Foi ótimo acompanhar o crescimento da protagonista.

O livro traz muitas referências da Bíblia, da mitologia grega, de lendas, de livros como ?As Mil e uma noites?, de pintores, etc. É um livro muito rico.

Particularmente, no início, achei M. Paul irritante e engraçado ao mesmo tempo, devido ao temperamento e discussões exageradas. Depois é mostrado um lado mais dócil e como ele é uma pessoa impressionante. E o desenvolvimento do romance de Lucy e Paul foi bonito e angustiante. O sentimento que ela teve por ele foi diferente do que teve pelo Dr. John, em um momento fica claro isso.

Eu já havia lido Jane Eyre da mesma escritora, e Villette tem o seu próprio brilho.


blog: livrosaoredordomundo.wordpress.com (tem a resenha completa). Minha primeira resenha :)
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