Uma Canção para a Libélula

Uma Canção para a Libélula Juliana Daglio




Resenhas - Uma Canção para a Libélula


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Cristiane174 24/03/2023

Forte, mas sensível
Indico a todos que sofrem de depressão ou convivem com alguém que tem a doença. Não há cura, mas há remissão. Não percam esperança. Por mais escuro que seja o horizonte que esteja a sua frente, ou tão assustadora seja a mulher cinza a seu lado. Não se entregue, solte suas asas lentamente, e uma hora você voa...
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Bcoralli 05/11/2021

Delicado, mas não é 5 estrelas.
Sou psicoterapeuta e lido bastante com a Depressão. Achei bem verdadeiro, bem parecido com os relatos que ouço no meu cotidiano profissional. A escrita é gostosa, a história, apesar de um pouco previsível para mim, é bem legal. Creio que para um leigo ou quem nunca se sentiu assim, seja espantoso e curioso ver o relato da protagonista, mas, achei que era preciso enfatizar que o manejo da depressão de Vanessa foi através de um tratamento completo, não só medicação, achei um pouco jogado isso. O final também me decepcionou um pouco, tive uma impressão de romance adolescente, o rumo que a história tomou foi um tanto quanto "felizes para sempre", mas acho que a temática do livro era essa, talvez eu que goste de ler coisas um pouco mais pesadas. De toda maneira, vale a leitura.
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Indiara_ 12/01/2021

Triste
Um livro bem triste, q destaca o lado sombrio e difícil da depressão.
03 de janeiro
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Thomas.Igor 27/02/2020

Simplesmente encantador.
O modo como a leitura de Uma canção para a libélula me envolveu foi inexplicável. Não sei se foi o fato de ter sido o primeiro livro do gênero o qual tive contato ou por ter me empolgado em saber que não precisei recorrer a autores internacionais pra ter acesso a uma boa literatura contemporânea.
Diferente de qualquer coisa que já lera antes, a narrativa que conta a história de Vanessa e todos os seus dilemas me instigou bastante a devorar essa obra.
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Maíra Marques | @literamai 26/01/2020

Siga: @literamai
?"Não há beleza na realidade coberta por tanto sangue."
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Esse livro é verdadeiramente uma canção em forma de romance. É uma obra poética, profunda e sensível. A autora definitivamente conseguiu transmitir tudo o que estava sentindo e o fez com louvor. Contudo, é um livro que deve estar preparado para ler, pois- dependendo do seu estado emocional- alguns trechos podem servir de gatilho.
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Vanessa é uma jovem pianista iniciando uma carreira que tem tudo para ser incrível! Ela é muito boa no que faz e a música é a sua vida. Desde muito nova aprendeu a tocar o piano, compondo ate mesmo uma canção (sobre um momento que se tornou seu ponto seguro), sendo extremamente elogiada pela sua professora o tempo todo. Porém, Vanessa guardava consigo uma tristeza imensa no peito.
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Ela possui muitas traumas em sua vida, não sabendo lidar com eles e se deixando cair em uma tristeza profunda. Com isso, acaba se rendendo ao caminho que achava mais fácil... Mal sabia o quão mal poderia deixar as pessoas com a amavam. Nossa protagonista é diagnosticada com depressão, e a autora consegue dialogar com nós, leitores, de maneira tão profunda que ficamos na torcida de uma melhora real da personagem, e é aí que a Juliana nos apresenta o transtorno e tudo o que uma pessoa que sofre dele passa. Houveram muitos trechos em que tive que dar uma pausa na leitura e respirar, pensar na minha vida, acalmar o choro, pois como também possuo esse diagnóstico, muita coisa que a Vanessa relata é o que sinto. Depois dessa leitura, acreditem, me senti muito leve. Tive a certeza que não estou sozinha.
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E é claro que, por ser o primeiro favoritado do ano, temos um romance muito lindo! Diria até que é o meu primeiro crush literário de 2020. Mas calma! Ele não é o responsável pela vitória das batalhas internas de Vanessa, contudo foi um dos suportes indispensáveis para tal. Se você sofre de depressão, conhece alguém que tenha ou quer saber mais como funciona a mente de quem a tem, leia esse livro! Foi a melhor coisa que me aconteceu até agora. Disponível apenas em e-book pelo site da Amazon. ~bjs da Mai ??
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Luciano Otaciano 18/11/2019

Livro Perfeito!
Olá queridos leitores e leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.

Nossa protagonista Vanessa tem uma estória de vida linda contada nesse livro, apesar de trágico e difícil de ser digerido pelo leitor(a) de sensibilidade aguçada, este que vos escreve possui uma certa dificuldade em ler obras tão sentimentais e que mostram claramente a dureza da vida( maioria das vezes) em que o ser humano é submetido a enfrentar na jornada que é a vida. Essa obra além de muito bem escrita, ela é poética, delicada e dura. Dura no sentido da depressão que a personagem enfrenta em todo o livro, ou( maior parte dele). A escrita da Juliana é incomparável de tão delicada, mas ao mesmo tempo realística, não é nada fácil mesclar os dois métodos num só, mas aqui a maestria da autora faz o trabalho de forma magistral, como poucos o fazem. Dores, angústias, sofrimento e mais sofrimento me fizeram quase cair em lágrimas ao terminar esse livro maravilhoso, muito embora triste, não posso negar as sensações aflitivas que a leitura me proporcionou, também não posso negar o direito de me abster de tal profundidade sentida ao me enredar por essa trama muito bem criada pela autora. Vanessa desde criança, com suas visões enigmáticas e surrealistas sobre a libélula que sutilmente aparece em seus sonhos e pensamentos um tanto desconexos da realidade. Com a maturidade a protagonista entende que é preciso lutar, e lutar muito para superar sua crise profunda e abrasadora de depressão. Algumas pessoas dizem que a depressão é frescura, uma pseudo doença relacionada ao paparico e caprichos de gente de valor financeiro elevado, as quais a sociedade chamam de "gente rica". Com minha experiência em psicologia e também um pouco de psiquiatria devo informar que a depressão pode ser considerada o novo mal do século em que vivemos atualmente, e ao lado da ansiedade são bombas relógio pronta a explodirem em grande parte da população de um modo geral. Ir no caminho contrário, ou seja na contramão do que a maioria acredita não é tarefa fácil, mas nessa estória há superação, vitória, alegria e felicidade enraizadas tão fortemente nas páginas desse livro fabuloso. Confesso que eu estranhei o fato de alguns textos terem sido modificados nesse volume único, ao qual eu li, mas fizeram o livro ainda melhor, mais completo em termos de coerência e amplitude ao livro como um todo. Peço que leiam o livro, pois é um aprendizado muito importante ao qual toda pessoa deveria ter. Esse sem dúvida é uma obra para ser eternizada, como fonte poética, singela e principalmente de vida.

Quote preferido.

Todos viam minha calma e quietude como uma qualidade, mas no decorrer da minha vida ela já tinha sido abordada com outros nomes e outros tons de voz. Retraída, tímida, introspectiva, mal- humorada...

Nossa protagonista violinista nos presenteou com uma estória linda, tocante de muita sensibilidade e que o final por ser marcante pode ferir impiedosamente o coração da pessoa com uma sensibilidade aguçada à flor da pele para sempre, deixando cicatrizes que certamente demorarão a se fechar, se é que um dia cicatrizarão. Finalizo por aqui, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!
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Aria.Verso 12/06/2018

Lindo
Chorei, me emocionei, senti todos os sentimentos que a Vanessa sentiu, senti a dor de saber o que é, e senti esperança maior ainda para vencer. Obrigada Ju Daglio por esse livro.
Juliana 16/08/2018minha estante
Coisa maravilhosa ler isso ????




Thalia 22/02/2018

Intenso e tenso
Eu não sei bem o que irá sair dessa resenha, pois eu não sei ainda o que sentir por esse livro. Foram tantas emoções e reconhecimentos que eu não sabia se a dor era minha ou da Vanessa, eu tentarei o máximo passar algo que eu senti e tentar fazer você, leitor, dar uma chance para Libélula.
Já conheço o trabalho da Julina Daglio, li O Lago Negro e a continuação. Não foi meus livros favoritos, mas a história era realmente maravilhosa. Tive nesse mês de Novembro a oportunidade de ler a primeira parte de Uma Canção para a Libélula.Vamos imergir no mundo da Libélula.
"Mas o que seria da vida se não fosse a morte? Como a valorizaríamos se soubéssemos que ela é infinita? E quando essa vida se torna um fardo?"
Vanessa é uma pianista de sucesso e irá começar um grande tour. Quando ela está em seu piano nada importa, é como se eles fossem uma única pessoa, mas Vanessa não se sente bem após o fim das sessões, ter que lidar com patrocinadores, pessoas da alta burguesia e seus sorrisos falsos era para ela a pior sensação. Há 14 anos morando em Londres deixou para trás uma vida no Brasil, essa que ela tenta esquecer ate hoje. Morando com seus tios Lorena e Ted e sua prima Becca ela vive uma vida normal, pelo menos é o que ela pensa. Se ela não está no Brasil tudo fica bem.
Após receber uma ligação de seu pai ela descobre que ele está doente e propõe que ela vá para o Brasil passar algum tempo e assim o que ela mais temia acontece: por amor ao seu pai voltou para o lugar onde todo o seu passado sombrio e doloroso, toda a sua dor e todas as memórias ruins estavam.
Quase todo sua dor e seus problemas têm um nome: Valéria. A mãe de Vanessa que de normal não tem nada, ex-modelo que engravidou de sua filha e depositou toda a culpa nela.Vanessa sentiu toda a dor da rejeição e de o que era não ser amada.
Vanessa leva a culpa, a dor e o desespero dentro de si. A volta para o Brasil foi de descobertas e encontros com a própria dor, isso levou ela a ir se quebrando aos poucos e imergindo em uma depressão. E é disso que o livro vai falar, sobre a depressão.
"Tudo começa assim: uma tristeza aqui, um dia de apatia ali;uma angústia fraca,outra forte. Depois vem a perda de interesses. Resolve-se reconhecer a própria inutilidade . Não há vontade alguma de levantar da cama,e,quando se levanta, não há vontade de voltar.Daí por diante, tudo parece estar perdido.
Parece não ter volta.
Talvez não tenha."
O que é a depressão?
“Distúrbio mental caracterizado por depressão persistente ou perda de interesse em atividades, prejudicando significativamente o dia a dia.”

Vanessa teve um passado doloroso e sombrio o que levou ela a dor, isolamento, a culpa e tristeza. Uma das atitudes que é mostrada é a não-aceitação de ter um problema e negar que está passando por algo, o que é algo bastante comum. Eu digo por mim que só aceitei a minha situação anos depois e queria viver toda a dor.”Mas é algo fácil” te dizem, mas você sabe que não é.
Ver das outras pessoas olhares de pena, julgamento e risadinhas é uma das piores coisas, a pessoa se sente vulnerável a qualquer situação. É o que nossa protagonista acaba passando e muito mais disso como a relação com a mãe que discute e joga na cara o quanto a odeia.
Simplificando Uma Canção para Libélula – Parte I fala sobre o caminho que leva a uma depressão, um passado que é mais forte que você. É um relato doloroso e triste sobre a dor.
"A vilã cinzenta agora era o ser mais presente de toda a minha existência e eu não mais lutava contra ela.Fui dominada por completo"
O que eu achei desse livro? Como eu disse no início é difícil escolher palavras para definir o que senti, foram uma porção de emoções e de dores. Era como estar na pele da Vanessa. E isso dói, quantas pessoas passam por isso e não tem o apoio de nenhum familiar ou amigo.
Um dos pontos que gostei muito foi a não romantização da depressão. Quantos livros não transformam em algo comum, com falas de estar bipolar ou depressivo? Este não é apenas um momento e vai passar, a depressão ou a bipolaridade pode se estender por anos. E a Juliana Daglio não fez isso, ela tocou no assunto de uma forma que tocava você e mostrava a realidade de sofrer tal transtorno.
Nós conhecemos através de Uma Canção para a Libélula como é doloroso, não só para quem esta passando, mas para os familiares ver alguém cair e não conseguir se levantar, foi algo que doeu em mim. Não uma dor qualquer, mas como uma identificação de “Eu já passei por isso, eu já senti isso”.
O livro é dramático, melancólico, doloroso todas as definições de dor que você tiver no seu dicionário. Eu senti cada frustração, cada resposta que ela recebia da mãe, cada tentativa de acreditar que ela não era louca, tudo. Vanessa, eu senti sua dor e ela se transformou na minha pelas 180 páginas.
Todos os personagens tem sua peculiaridade, seu estilo, sua dor, sua loucura, resumindo são personagens únicos e é o que me chama mais atenção.

Eu, Lia, amei com todas as minhas forças essa primeira parte que foi tocante e realista. Doeu muito, foi intenso e tenso, mas sabe aquele livro mais que necessário para o mundo? Com certeza é esse.Você aprende e entende um pouco sobre a depressão. Mas se você for sensível e tiver algum problema com livros que aborde esse tema e que seja um gatilho NÃO LEIA, ele pode afetar a sua vida ou algum tratamento que você faça por você ter essa sensibilidade. O livro é maravilhoso por abordar tão profundamente esse assunto, mas para algum de vocês pode não ser a melhor leitura.
Sobre a capa, eu achei ela bonita acho que expressou bem o tema. As folhas são amarelas e as letras médias, da muito bem para ler sem matar a visão, são 10 capítulos um pouco longos e cada um tem um título.
Eu me apaixonei por esse livro vou levar ele para minha vida toda, espero ansiosamente pela continuação. Levando em consideração o que falei, espero que leiam e gostem.


site: http://mundosecretodalia.blogspot.com.br/2017/12/resenha-uma-cancao-para-libelula.html
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rafaela.pedigonimauro 13/02/2018

Um mergulho em mim mesma
Às vezes, escutamos ou lemos histórias que parecem demasiadamente com as nossas. É como se alguém houvesse invadido os recantos mais sombrios e íntimos de nossas mentes e narrasse nossas experiências, com nomes de personagens, lugares e datas alterados. Como um dos personagens da trama disse, é como se encontrássemos um espelho e víssemos ali o reflexo de nossa alma e mente. Em incontáveis momentos, "Uma canção para Líbélula" foi um espelho para mim.
A forma como a Ju fala sobre depressão, ansiedade, falta de afeto na infância, baixa autoestima, perda da identidade, défict de habilidades sociais, culpa, pensamentos suícidas, dentre muitas questões envolvendo transtornos psicológicos e de um humor é didática e crua. Todos nós que enfrentamos a batalha diária que é lidar com esse vórtice de sentimentos nos enxergamos em Vanessa, em Nathan e até mesmo em Valéria.
A história de Vanessa é de uma sobrevivente. Alguém que aceitou sua condição e enfrentou-a com coragem e resiliência. Vanessa, todavia, não é uma heroína perfeita e infalível. Ela é humana. Construir uma relação de empatia com ela talvez tenha sido mais fácil por esse motivo. Sofri com Vanessa mas também senti raiva diante de suas decisões e pensamentos e me alegrei com suas vitórias, por menores que fossem.
Ler "Uma canção para Libélula" não foi uma tarefa fácil. Por maior que fosse a minha curiosidade para saber o desfecho da história, precisei fazer algumas pausas para conseguir digerir todas as informações e sentimentos. Lágrimas subiram aos meus olhos incontáveis vezes. Lágrimas de dor, de alívio, de medo.

Queria que todos pudessem ler essa história e compreendessem, mesmo que minimamente, como é viver em um casulo, mesmo sendo uma Líbélula.
Queria que as pessoas entendessem como é possuir tantas dores, culpas, medos e angústias dentro de si que chega a doer fisicamente. Um turbilhão que nos sufoca e nos faz sentir uma vontade desesperada de abrir a nossa pele para que esses demônios nos deixem. No entanto, aprendemos que este não é o único caminho possível e que coisas maravilhosas e positivas podem nascer mesmo nos lugares mais sombrios.

Vanessa aprendeu a transformar seus demônios em música.
Juliana, em livros.
E eu, em ilustrações. :3



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Dy 11/02/2018

Libélula [vol. único] | Por Minha Fuga da Realidade
E novamente eu chorei convulsivamente ao terminar a história da Menina Libélula. Lê-la novamente me lembrou tudo que senti ao conhecer essa história. Da força que me deu, ao ajudar-me a me reerguer, ao menos um pouco de meus dias cinzas. Acho que nunca me abri tanto em uma resenha, nem mesmo nas anteriores da duologia. Lágrimas permeiam meus olhos enquanto resenho aqui. Voltar a ter contato com a Vanessa, me fez refletir de que eu estava, mais uma vez, me entregando ao lado sombrio que há em mim. Mesmo tendo pessoas que me amam, apoiam e cuidam de mim, lembrando-me constantemente que sou amada. Mas essa resenha deve ser sobre a história da Vanessa, não a minha. A trágica história da pianista de sucesso que se sentia cinza por dentro. Não acho meios de falar desse livro sem deixar algum spoiler escapar, então, já aviso que pode haver a possibilidade de eu falar mais do que devo.

"Quando chegar minha hora de partir, a morte me dará um tempo para refletir em minha vida? Com tanto tempo vivido pensando na morte, seria ingrato de sua parte não retribuir o favor, não seria?
[...] Talvez pensar nas cores afrontasse a morte."

Existem pessoas que vivem, aproveitam suas vidas da melhor maneira possível, sempre visando o melhor para eles próprios. Mas também, existem pessoas que apenas existem, enxergando suas vidas como um processo doloroso e difícil de se vencer a cada novo dia. Vanessa está neste segundo grupo. Sua infância teve traumas praticamente irreparáveis. Dores que nenhuma pessoa, principalmente uma criança, deveria sentir. Desde então, Vanessa se sente vazia, incompleta, preenchida apenas por culpa e pensamentos obscuros. Sua maior companhia, sua Vilão Cinzenta, sussurra em seus ouvidos que essa vida é a que ela merece. Principalmente por todos os erros que "cometeu".
A única coisa que amainavam esses pensamentos era suas composições. Uma linda fuga. Junto ao seu fiel amante, o piano, Vanessa criava melodias capazes de externar seus sentimentos. Seu piano era o único que a compreendia. Perder sua música seria como perder a si mesma, sua alma, para sempre.
Infelizmente, com um passo de cada vez, Vanessa encaminhava-se para a ponta do abismo. Com situações que a levaram ao limite. Talvez um adeus definitivo aplacasse suas dores. Porém, seus planos não contavam com Nathan, o rapaz misterioso que salva sua vida.
Pouco a pouco, Vanessa se ergue do despenhadeiro de suas emoções. Agora, almejando melhorar, após ver quantas pessoas a amam e como sofreram com sua quase morte.

"Eu estava morta dentro de meu corpo vivo, presa no exoesqueleto de diamante, sem nem poder gritar por socorro."

Me forço a parar o resumo por aqui, se não, iria escrever páginas e páginas. Esse livro sempre mexe comigo. Não importa quantas vezes eu leia, sempre vou me emocionar. Culpo a srta. Daglio por isso. Ela escreve de maneira crua, visando dilacerar seu coração, mostrando o estrago que a depressão faz em alguém. Aqui é a parte onde eu indico esse manuscrito para todos que enchem a boca para dizer a frase mais clichê que já ouvi sobre essa doença: "DEPRESSÃO É FRESCURA!". Eu realmente gostaria que vocês soubessem o quão dolorosa e perigosa é essa doença. Adoraria que lessem e tirassem suas próprias conclusões.
Quem olha para essa nova capa pode achar que dentro, há apenas uma história levemente triste. Mas sinto decepcionar. Essa Libélula possuem uma história dilacerante, mas que traz um certo alívio ao final da leitura. Daglio escreve com maestria e um vocabulário invejável. Dessa vez me forcei a ler devagar, sorvendo as palavras e os efeitos que causavam. Adiei o máximo que pude aquele "Fim." Ah! Como eu queria este livro em exemplar físico. Só para poder abraçá-lo após ler a última folha, assim como fiz com as edições anteriores. Falando nisso, houveram algumas alterações no texto, coisas que eu amei ter aquela sensação de nunca ter lido. Conseguiu ficar melhor do que já estava!
Mais uma vez acolhi Vanessa e sua história em meu coração. E isso me trouxe luz. Sentimentos bons que eu já havia esquecido. Obrigada, Juliana, por ser esta escritora maravilhosa, esta pessoa incrível e por ser a Libélula de Diamante que ilumina e encanta nossas vidas.

"Não se deixe vencer novamente, moça, por mais coisas ruins que possam acontecer com você."

site: https://minha-fuga-da-realidade13.blogspot.com.br/2018/02/resenhando-uma-cancao-para-libelula-vol.html
Taciturno 22/11/2018minha estante
Parabéns pela fantástica resenha. Apesar de o livro não me despertar interesse, continue a escrever resenhas.
Obrigado e um abraço.




Pri 05/02/2018

Uma leitura intensa e cheia de metáforas
Finalmente tive a oportunidade de ler e me encantar novamente com a escrita da Juliana Daglio. Desde que li O Lago Negro, fiquei com muita vontade de ler seus outros livros.

"Quando uma dor pede para levar embora suas lembranças ruins, ela leva também a parte boa. Arranca as raízes de tudo que você lembrava de ser."

Vanessa tem 24 anos e desde muito pequena sempre foi um prodígio musical. Atualmente, é uma pianista com a carreira em ascensão. Há 13 anos mora em Londres com a tia Lorena, o tio Ted e a prima Rebeca, e lá criou toda sua vida, deixando seu passado sombrio para trás.
Pode até parecer que Vanessa tem uma vida perfeita: uma casa confortável, uma família amorosa, um namorado maravilhoso, uma carreira promissora. No entanto, ela não se sente uma pessoa feliz. É uma mulher centrada, silenciosa, habituada com sua rotina, mas que luta constantemente para manter seus fantasmas adormecidos. O único momento em que se sente verdadeiramente livre e alegre é quando está tocando.

"— É... Algumas pessoas só se revelam quando estão fazendo o que gostam."

Sua lembrança de infância mais forte é a de um dia no lago, quando viu pela primeira vez uma libélula e encantou-se pelo singular animal. Chegou até mesmo a compor uma linda canção no piano em homenagem a ela. Mas essa canção, assim como a lembrança, fazem parte de um passado que a persegue em pesadelos, do qual ela não quer se lembrar.
Até que chega o momento mais temido de sua vida. Seu pai, que ainda mora no Brasil, está doente e não pode visitá-la, como fez em todos esses anos. Ele pede, então, para que ela vá visitá-lo. Mesmo receando o retorno à casa que abrigou os piores anos de sua vida, por amor ao seu pai, ela decide acatar o pedido.

"— Não importa em qual lugar dessa cidade eu esteja, meu passado vai sempre me perseguir.
— Porque nós temos que resolver nossos problemas do passado antes de seguirmos adiante."

Porém, estar de volta à São Paulo, em uma casa cheia de assombrações, frente a frente com a mulher que a magoou e a destruiu de uma forma irreparável, não é tão fácil quanto ela gostaria que fosse. Pensou que ser adulta, independente, e não mais a menininha frágil e indefesa de antes, faria com que enfrentar sua mãe fosse algo simples. Mas não é. Todo o passado esquecido retorna com uma força capaz de derrubar os muros que ela criou ao redor das lembranças. E a Vilã Cinzenta, que passou anos apenas a observando, volta a apoderar-se de sua vida e de seus pensamentos com mais intensidade do que nunca, e dessa vez pode levar Vanessa ao fundo do poço.

"As pessoas ficam impressionadas com os melhores.
Mas elas não sabem: eles são loucos; cheio de cicatrizes.
Eles caem.
Até o nada."

Mais uma vez fui fisgada por uma história escrita pela Juliana Daglio. Vanessa é uma mulher adulta, o que já começou me surpreendendo, porque, não sei por qual motivo, eu esperava uma personagem bem mais jovem. Ela é satisfeita com a vida que leva, mas, de uma hora para outra tudo resolve mudar, o que a abala muito. A vilã cinzenta, como ela chama a depressão, passa a persegui-la com força total e vemos sua luta para não se entregar.
Pela primeira vez, li um livro que aborda a depressão em primeira pessoa, acompanhei todo o sofrimento de uma pessoa que tem essa doença. Eu não tenho depressão e nunca fui muito próxima de ninguém que tivesse, mas me interesso pelo assunto. O que a torna mais prejudicial é o fato de a pessoa que tem não querer admitir que está doente e recusar qualquer oferta de ajuda, assim como as pessoas próximas a ela não notarem que algo está errado até ser tarde demais. Nesse livro, pude visualizar claramente como essa situação é fácil de ocorrer. Vanessa recusa-se a se abrir, não aceita que precisa de ajuda, não aceita que está afundando em seus próprios sentimentos sombrios. Por outro lado, sua família — destaco aqui o seu pai — continua fingindo que tudo está bem, quando claramente não tem nada de normal em tudo aquilo.

"— Talvez eu pareça muito ingênua, mas de qualquer forma digo uma coisa para a senhorita: passado é passado, e é lá que deve ficar.
— E quando a gente não esquece?
— Não é para esquecer, é para não deixar ele atrapalhar o hoje."

Uma Canção para a Libélula foi uma leitura que me emocionou. Eu imaginava que iria chorar, mas, por incrível que pareça, isso não aconteceu (ainda). Mas isso não quer dizer que eu não tenha me emocionado. O livro é muito intenso, a Juliana conseguiu transmitir as emoções da personagem de uma maneira que nem consigo descrever. Eu consegui sentir tudo que ela passava, cada frase uma nova pontada no peito, uma dor que eu não tinha experimentado antes. Vanessa me fez sofrer junto com ela durante todo o tempo.
Mas engana-se quem pensa que a depressão é algo assim tão óbvio. E dentro da mente de Vanessa, a gente percebe o quanto ela se esforça para continuar normal, até não conseguir mais aguentar. No dia-a-dia, é uma pessoa como qualquer outra: sai, se diverte, faz piada, ri, tem relacionamentos. A crise vai se anunciando aos poucos e ela ainda tenta lutar no início. O que mais me incomodou no pai dela foi o quanto ele demorou para entender que precisava interferir. Não perceber que a pessoa está ficando diferente, no início, pode ser aceitável. Depois, porém, quando obviamente algo está errado, você tem que estar preparado para fazer o que é necessário. Mas outra coisa que esse livro me mostrou é que as pessoas ao redor nunca estão preparadas. Elas não sabem como lidar com alguém com depressão, não sabem como reagir, não sabem como ajudar, não sabem o que esperar. Ficam sem ação e isso acaba contribuindo para que o quadro piore. A pessoa está sofrendo e sente-se cada vez mais sozinha e desamparada, até atingir um ponto crítico.
Como era esperado, o enredo também traz um certo mistério. Vanessa tem os motivos dela para não querer lembrar do passado, e são essas lembranças terríveis e secretas que vão dando o suspense na leitura. Queremos saber o que de fato aconteceu quando ela era criança. A mãe de Vanessa, Valéria, é uma mulher que me deixou chocada e sem saber do que mais ela poderia ser capaz. Ela é louca, ela é cruel, e eu não consigo entender como uma pessoa pode sentir tanto prazer em diminuir a outra assim, principalmente sendo a própria filha. Mas não posso ser ingênua, pessoas assim existem de verdade.
Por fim, Nathan é um personagem que me deixou bastante intrigada. Sempre vejo todos que leram o livro morrendo de amores por ele, e eu só fiquei pensando "quem é esse cara esquisito?". Imagino que no próximo livro ele realmente mostre para o que veio. Ainda têm muitas coisas que precisam ser esclarecidas.

"— Sonhos... sonhos... sonhos são desejos. Você quer, garota inútil. Você quer morrer. Foi culpa sua.
Queria gritar e protestar. Por que ele me dizia essas coisas terríveis? Por que me odiava tanto? Mas era verdade! Claro que era tudo minha culpa."

Sobre a diagramação, devo admitir que a editora fez um belo trabalho. O livro está lindo, cheio de libélulas em todas as páginas. A fonte é confortável para a leitura, as páginas são amareladas, e a capa é bonita (e cheia de libélulas), mesmo que eu não goste muito dessa modelo na frente. Encontrei pouquíssimos erros de revisão, que em nada atrapalharam a leitura. O livro é bem pequeno e a leitura flui rapidamente, pois a Juliana tem uma escrita que prende o leitor.
Para finalizar, recomendo muito essa leitura. Eu já imaginava que fosse gostar, e mesmo assim foi um livro que me surpreendeu, que me fez sentir emoções que eu não esperava. A história da Vanessa e sua luta contra a vilã cinzenta são marcantes. Se você se interessou pelo tema, com certeza vai gostar de ler. Mas esteja preparado para o que vai sentir.

site: http://www.sigolendo.com.br/2018/02/resenha-uma-cancao-para-a-libelula-1.html
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Danii36 24/01/2018

Intenso e lindo!
Uma história intensa sobre os sentimentos de uma pessoa que sofre com a depressão.
Um livro bem detalhado, que relata também as emoções de todos ao redor da protagonista Vanessa.
Vanessa precisa voltar ao seu país , Brasil, para resolver algumas coisas mas um trauma sofrido na infância desencadeia esse estado de depressão, a culpa a consome e ela, sem forças, acaba se entregando, chegando ao fundo do poço. Nem mesmo a música que é a sua maior paixão, consegue ajudá-la nesse momento.
Em cada capítulo, sentimos toda a turbulência passada na mente dela, um misto de sensações que nos faz sufocar, chorar, compreender, perdoar, superar, rir, sentir as alegrias e tristezas, e a verdadeira preocupação de quem realmente nos ama.
Um livro intenso e lindo, que eu recomendo muito!
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Martha 19/01/2018

Descubra emoções que até então eram desconhecidas!
Ler Uma Canção para a Libélula foi uma experiência forte, na ausência de palavra melhor. Junto com Vanessa, fui ao fundo do poço, chorei, senti raiva e me emocionei. O interessante sobre o livro é que ele coloca um espelho diante do leitor e nos faz descobrir mais sobre nós mesmos. Aqueles que nunca sofreram com distúrbios psicológicos podem ter uma dimensão imersiva da mente de alguém atormentado pela Vilã Cinzenta (leia e descubra mais). Para quem, infelizmente, já passou por isso, é doloroso ver o reflexo de suas agruras nas páginas. Mas não se preocupe: Juliana Daglio é mestra em mostrar que existem vilões que nunca são derrotados, porém quando sublimados, podem trazer esperança até para a alma mais perdida. A escrita é singular, daquelas a serem saboreadas, de um lirismo e beleza ímpar. As referências musicais, literárias e até da cultura pop enriquecem o mundo de Vanessa. Uma coisa eu digo: você nunca mais será o mesmo e jamais olhará uma árvore roxa da mesma maneira. Eu não olharei. Eu sou Libélula.
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15/01/2018

Uma imersão
Esse livro é poesia, intensidade e uma verdadeira imersão na mente e nas emoções de uma pessoa com depressão. Perdas, medos, sentimentos diversos nos fazem não apenas ler a história da Vanessa, mas sentir cada passo dessa protagonista em seu processo de descoberta sobre si mesma, sobre seus sentimentos, sua doença, suas possibilidades e as pessoas ao seu redor. É um livro lindo, poderoso e que deveria ser lido por todo mundo para que ajude as pessoas a entenderem melhor essa doença e também para se encantarem com a escrita primorosa da Ju! Eu amei e com certeza indico para todos!!!! Cinco estrelas e favoritado!
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