Uma Canção para a Libélula

Uma Canção para a Libélula Juliana Daglio




Resenhas - Uma Canção para a Libélula


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Thomas.Igor 27/02/2020

Simplesmente encantador.
O modo como a leitura de Uma canção para a libélula me envolveu foi inexplicável. Não sei se foi o fato de ter sido o primeiro livro do gênero o qual tive contato ou por ter me empolgado em saber que não precisei recorrer a autores internacionais pra ter acesso a uma boa literatura contemporânea.
Diferente de qualquer coisa que já lera antes, a narrativa que conta a história de Vanessa e todos os seus dilemas me instigou bastante a devorar essa obra.
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Helena Dias 16/06/2014

Um livro de muitas emoções!!
Sabe, se eu comparasse esse livro com a minha vida, eu diria que ele É A MINHA VIDA. Não sabia como começar essa resenha e, sinceramente, ainda não sei ao certo. Eu tive uma ressaca literária tão grande que só consegui começar a ler outro livro, quando finalmente decidi que eu teria que arrumar palavras (nem que eu as inventasse) que mostrassem o que senti com esse livro. Isso nunca tinha me acontecido.

A leitura é simples, rápida e muito agradável. Entre os capítulos, você encontra amor e desprezo; felicidade e depressão; medos e desejos. Tudo isso reunido em uma narração profunda e cheia de sentimentos controversos, sinceros e fortes.

"O que a pobre menina não entendia era que naquele momento, em que entoara uma breve canção à Libélula, havia atraído para si algo mágico, quase sobrenatural. Uma escolha de vida." p.5

Quando eu disse que essa história é a minha vida, eu não estava exagerando, pessoal. Eu passei por muita coisa na minha adolescência e pude identificar cada sentimento, cada atitude e cada pensamento de Vanessa. Senti como se ela fosse a minha versão literária nos meus tempos mais escuros. Caminhei ao lado da protagonista em todos os momentos, como se estivesse revivendo a minha história. E, sabe de uma coisa? Isso não me deixou triste. Pelo contrário, eu percebi o quanto fui forte para enfrentar meus vilões e superar tudo aquilo. E, a essência desse livro é exatamente sobre isso.

"Ao longo da vida nós percebemos que grande parte de nossos ideais são meros disfarces mentais, que as verdadeiras respostas estão submersas em uma camada misteriosa que separa nossa consciência de todas essas verdades dolorosas." p. 72
...

Leia a resenha completa:

site: http://cafecomlivroo.blogspot.com.br/2014/06/minha-opiniao-uma-cancao-para-libelula.html
Juliana 16/06/2014minha estante
Minha primeira resenha é a coisa mais linda do mundo


Mariana - @escreve.mariana 23/07/2014minha estante
Resenha maravilhosa! :3


Helena Dias 26/09/2014minha estante
Obrigada, Mariana!!




Cristiane174 24/03/2023

Forte, mas sensível
Indico a todos que sofrem de depressão ou convivem com alguém que tem a doença. Não há cura, mas há remissão. Não percam esperança. Por mais escuro que seja o horizonte que esteja a sua frente, ou tão assustadora seja a mulher cinza a seu lado. Não se entregue, solte suas asas lentamente, e uma hora você voa...
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Giih 08/08/2014

[Resenha]: Uma Canção Para a Libélula – Parte I | Juliana Daglio

Sinopse: Era uma comum primavera numa fazenda qualquer, mas um encontro inusitado aconteceu: a Menina e a Libélula se viram pela primeira vez. Assombrada por um medo irracional da Morte, a Menina é marcada por esse encontro para o resto de sua vida. Compõe então uma canção em seu piano, homenageando a misteriosa libélula. Os anos se passaram, Vanessa vivia em Londres e tinha a vida cercada por seu iminente sucesso como pianista, porém, algo aconteceu, mudando seu destino: Uma doença, uma viagem e um reencontro. Vanessa precisará encarar fantasmas que sequer lembrava um dia terem assombrado sua vida, tendo de relembrar a morte do irmão e reviver seu conflito com a mãe. E mais importante e mortal, conhecer a grande antagonista de sua vida, a quem chama de Vilã Cinzenta. De Londres a São Paulo, dos Palcos aos Lagos. “Uma canção para a Libélula” é a história de uma alma perdida e de sua busca por quebrar o casulo de sua existência, para só então compreender o sentido da própria vida. Este livro é um profundo mergulho em uma mente nebulosa, permeada por lagos obscuros e pela inusitada morte; não havendo sequer esperanças.


"O lado obscuro dentro de mim odiava ser subestimado. Ele me levara até ali, e me manteria assim, do jeito que julgasse melhor me conduzir."



Aiii! Não sei nem como começar essa resenha é serio gente me faltaram palavras adequadas! Eu simplesmente amo livros de todos os gêneros possíveis, com drama e suspense porque o livro faz com que a gente se tele transporte para um mundo surreal e faz com que sentimos na pele tudo aquilo que os personagens vivenciam durante a historia toda, choramos quando os personagens choram, ficamos bravas, nós apaixonamos por eles e etc. Eu como uma “devoradora” de livros mergulho de cabeça na historia e tenho todos esses sintomas. A narrativa de Uma canção para a libélula me causou tudo isso e um pouco mais é incrível é carregada de sentimentos, mágoas muita mágoas, dificuldades, dúvidas e um suspense viciante que nos prende de uma tal forma que não consigo nem expressar.


A trama começa com uma premissa do passado de Vanessa fazendo um encontro inusitado com uma libélula a beira de um lago, mas essa libélula não é uma libélula qualquer ela tem um significado realmente importante para a Vanessa, uma jovem loira que teve uma infância catastrófica e muito conturbada, e após o seu encontro inusitado com a libélula, correu para o seu piano e compôs sua primeira musica dedicado a ela.



Passado alguns anos Vanessa se tornou uma bela mulher foi morar com sua tia em Londres, e o seu excepcional talento como pianista fez com que se tornasse uma artista de muito sucesso por lá, mas no auge de seu brilhante sucesso eis que os seus fantasmas do passado resolvem aparecer em sua vida fazendo ela relembrar seus traumas de infância e então ver sua vida, sua carreira, desmoronar de uma hora para outra.


O passado de Vanessa é um mistério e é isso que nos prende na historia do começo ao fim, e esse mistério todo fez com que eu devorasse cada pagina do livro freneticamente ansiando por desvendar esse mistério logo, a cada pagina virada a cada capitulo concluído a autora vai nos dando pedaços do passado da nossa protagonista e tudo vai começando a fazer sentindo, tomei as dores de Vanessa porque seu passado é realmente traumático.


E o que falar dos personagens?! Teve personagens que amei, dei umas risadas principalmente com Becca a prima de Vanessa, uma garota elétrica super divertida totalmente o oposto de Vanessa que é mas recatada, tímida, e também teve personagem que odiei e que me assustei também, como no caso da mãe de Vanessa, deu vontade de entrar no livro e estrangular ela, vocês iram entender o que eu estou falando se pegarem para ler o livro algum dia. Os personagens são bem construídos, eu gostei da maneira como a autora os descreveu.


O livro de um modo geral fala sobre seus medos, depressão, magoas da personagem e o rumo que esses turbilhões de sentimentos podem nos causar .

Foi uma leitura gostosa, e com um final inesperado e eu li escutando uma playlist maravilhosa que a autora Juliana Daglio nos preparou para acompanhar com a leitura e eu particularmente amei cada musica.


Enfim o livro é realmente emocionante, pense em uma menina chorona, sim, escorreram algumas lagrimas quando lia alguns capítulos, essa obra está super-recomendada para aqueles que gostam de um bom livro de mistério, suspense e que gostem de se emocionar junto com os personagens, o livro se tornou um dos meus livros nacionais preferidos.




"Ao meu lado estava a vilã. Ela ria. Um sorriso gelado com hálito de notas tensas de uma música fúnebre. A reunião sombria estava pronta, como se tivesse sido planejada. Nós três, e a lembrança de uma morte"

site: http://voceeoquele.blogspot.com
Juliana 10/08/2014minha estante
Adorei ler essa resenha. Dá vontade de chorar na autora ahUAHuhauHA
Linda!! Muito obrigada, Gih!




Thaís Santos 12/09/2014

Um canção ao coração
Começar essa resenha não é fácil, não só por não caberem palavras, mas por dividir uma parte de mim que foi desnudada nessa leitura. Porque existem leituras que, de vez em quando, te levam a viver a história com tanta intensidade que, quando acabam, deixam não só um aprendizado ou uma reflexão, mas verdadeiramente mudam sua vida. E Uma Canção Para a Libélula é definitivamente um desses livros: não só palavras que emocionam e personagens cativantes, mas um life changer com um tema que ainda parece ser um grande tabu, mas que na verdade é a realidade de muitas pessoas que ainda não sabem lidar com seus "vilões cinzentos" interiores.

Vanessa dos Santos já foi uma menina curiosa, amante de música e libélulas. Agora é uma pianista de sucesso, vivendo sua vida aparentemente intocada em Londres, nos grandes palcos e sob a luz dos holofotes. Mas sua vida está longe da perfeição. Com um passado conturbado (que nos é apresentado aos poucos), ela literalmente passa os seus dias com seus tios e sua prima Becca, as poucas pessoas no mundo com quem sente uma ligação. Depois de terminar com o namorado - extremamente idiota, diga-se de passagem - e receber um telefonema do pai, ela decide voltar para o Brasil e para a casa que tanto lhe atormentou na infância. E é aí que ela imerge em seus primeiros passos em direção ao caos.

Apesar do amor compartilhado por seu pai e seu irmão Alex, existe uma pessoa capaz de despertar o pior de Vanessa: sua mãe, Valéria. Uma mulher amarga, triste e solitária, que culpa a filha por sua perda. Os sonhos, o relógio, a vilã cinzenta... todas essas coisas vem à tona com o reencontro. Medo. Insegurança. Frieza. São sentimentos que a inundam, numa busca pela sua própria salvação. Vanessa acaba sendo apenas uma marionete em sua própria vida, movendo-se apenas pelo desejo de seu pai em vê-la feliz e claro, sua paixão: a música.

À primeira vista achei que não me envolveria tanto com a história. Mas o livro se tornou tão pessoal que eu podia sentir cada passo da protagonista. Cada angústia, cada choro, cada atitude que muitas vezes era mal interpretada por todos.
Senti sim, muita raiva de Valéria também. Porém, em alguns momentos, tudo o que eu conseguia ter dela era pena. Por sua perda, por sua dor e pela amargura que acabou se tornando parte do seu ser.
Mãe e filha se tornaram o foco, os dois lados de uma relação autodestrutiva, para ambas.
Uma leitura carregada de melancolia, de poesia e de sentimentos que te levam ao extremo. Como estar preso a um oceano e decidir entre nadar ou apenas deixar a correnteza te levar... Uma escolha.

Uma Canção Para a Libélula é a história de alguém que luta contra seus demônios. É a história de alguém que pede um socorro silencioso. É a história de alguém que apenas passa pela vida. E é a história de milhares de pessoas que lutam contra uma doença, sem ao menos saberem que tem uma voz que merece ser ouvida. Com um desfecho brutalmente real e tocante.

Agradeço a Juliana por contar essa história - que também é parte de mim - tão lindamente e sem exageros. Poderia sim ter ido para o lado melodramático da história, mas não foi o caso. Muitas vezes eu me lembrei de momentos ruins do meu passado e o sentimento que vinha à tona durante a leitura só me fazia ser grata por ter tido uma segunda chance. Por ter me permitido escolher viver de verdade. E por ter conhecido esse livro LINDO, que merece ser lido por todos, sem exceções!

Leia na íntegra em:

site: http://www.missthay.com/2014/09/li-e-resenhei-uma-cancao-para-libelula.html
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Dani 19/09/2014

Uma canção para nunca mais se esquecer
Então, hoje eu trago para vocês a resenha de um livro pelo qual me apaixonei. Há algo que ocorre quando você lê muitos livros, mesmo sendo os mais diversos possíveis, chega um ponto em que todos parecem ser muito similares. E por mais que você goste da leitura, não é algo que vai te surpreender e fazer sentir algo diferente. Então surgem preciosidades pelo caminho que levam seus sentimentos de leitor aos extremos. "Uma Canção Para A Libélula" foi uma preciosidade para mim e, honestamente, acredito que ele seja uma preciosidade independente do leitor. É um livro com alma. Genuíno.


Essa é a minha impressão, vou tentar compartilhar um pouco dela com vocês. Para começar, vamos falar da linha de narração da história. Vanessa é uma jovem muito introspectiva, que não acredita no amor, e tem um grande talento: ela é uma pianista, compositora, um prodígio! Aos 24 anos, Vanessa vive em Londres há 13 anos com os tios, Ted e Lorena, e a prima, Rebecca. A moça ama sua música, mas detesta as formalidades e a pose dos recitais e coquetéis que tem que fazer durante sua turnê profissional.

"O frio, só o frio. Mas ele não foi suficiente para calar a voz da menina que eu fui, dizendo-me coisas que eu achei ter esquecido; contando-me de uma tristeza que nunca tinha deixado de existir."

Depois do termino com o namorado, Jude, Vanessa fica um pouco abalada, mas não pelo fim do relacionamento que apesar de duradouro nunca a havia feito realmente feliz, e sim pelas duras palavras que ouviu do rapaz. Por mais que Vanessa não queira admitir, Jude abriu uma ferida incurável de seu passado, uma ferida que ela tentou superar e esquecer por 13 anos, mas que pode ser grave demais para ser reparada, mesmo depois de tanto tempo.


créditos na imagem
Pouco depois do término, a jovem recebe um telefonema de seu pai na manhã de natal. Ela precisa regressar ao Brasil, pois seu pai está doente e ambos temem pelo pior. Mas retornar para o Brasil, voltar para a sua casa em São Paulo, são coisas que ela nunca cogitou antes. Mas precisa agora. Vanessa terá que reencontrar Valéria, sua mãe. A pessoa que foi a razão de sua vida ter sido tão complicada, a razão dela ter adoecido, a razão de ter que ir morar na Inglaterra com os tios, a razão dela não ter "tido" um pai. Com todos esses fatores, antes mesmo de viajar, Vanessa já se encontra bastante abalada.

"Senti uma batida falhar no meu coração e me odiei por ser afetada daquela forma, como se meu rancor estivesse vivo e eu tivesse que fazer um esforço tenaz para não demonstrá-lo."

Acho que minhas palavras foram insuficientes, simples demais para fazer vocês compreenderem a complexidade da protagonista criada pela Juliana Daglio, com essas descrições talvez até pareça que ela é uma personagem bastante convencional, quando na realidade está distante disso! A narrativa da história é de uma poesia e de uma intensidade que envolve por completamente a mente e o coração do leitor. Os sonhos enigmáticos que a jovem tem, as descrições de seus sentimentos, os fragmentos do seu passado que nos são entregues a cada linha... um quebra-cabeça dolorosamente intrincado!


Imagem: Juliana Daglio
"Uma Canção Para a Libélula" é um livro que trata sobre temas muito graves, um em especial muito complexo. Vaidade, amor, renuncia, rejeição, autenticidade, superação, depressão... são muito bem simbolizados e desenvolvidos na narrativa que é em primeira pessoa, pela perspectiva da Vanessa. Meu emocional e psicológico eram extremamente afetados por esse livro, eu sentia desespero, rancor, medo... E essa talvez seja a parte mais intrigante dessa história, distinguir momentos de mínima felicidade em suas 231 páginas é algo não muito fácil. E, muito pelo contrário, sentir a tristeza que impera cinzenta nas suas linhas torna a leitura muito mais real, próxima, tocante e condizente com o que a história propõe.

"Os fantasmas gritam, riem e choram Eu tenho medo que eles me encontrem ali. (...) Eu não posso viver nessa pele dura. Mas se eu sair, os fantasmas me pegam."

Vanessa irá passar por momentos críticos, sobretudo de volta ao Brasil, é impossível não sofrer junto com ela, não se compadecer, não querer ajudá-la. Juliana Daglio desenvolveu uma história magnífica, com uma protagonista autêntica, com desenvolvimento verossímil, e uma narrativa bem característica. Ansiei muito pela leitura desse livro e ele foi marcante, sem dúvidas. O final apesar de não ser pontuado diretamente permite-lhe deduzir exatamente o desfecho dessa primeira parte da história. Mas a sensação que eu tive é a de que a libélula que eu me tornei nessa leitura ainda não se libertou, mesmo com aquele final que, justamente por ser bem desenvolvido, me deixou ansiando desesperadamente por mais!



A edição está ótima, não me recordo de ter encontrado erros, acho que estava compenetrada demais para percebê-los se houveram. Além disso a diagramação é belíssima e muito confortável. Gostaria de parabenizar a Ju pela sua obra incrível! Você é incrível, Ju!!! E muitíssimo obrigada por esse presente que falou, definitivamente, ao meu coração. Posto isso, eu não posso deixar de recomendar muito, muitíssimo esse livro.

Deem-se a chance de conhecer "Uma Canção Para a Libélula"!

site: http://1000-vidas.blogspot.com.br/2014/09/resenha-22-uma-cancao-para-libelula.html
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Juliana Grade 24/09/2014

[Resenha] Uma Canção para a Libélula - Parte I - Juliana Daglio
Antes de tudo preciso dizer que esse livro acaba de se tornar um dos meus favoritos.
Uma Canção para a Libélula conta a história de Vanessa, uma jovem pianista que vive em Londres com os tios Lorena e Ted e a prima Rebecca. Vanessa ama fazer a sua música, mas odeia as formalidades dos recitais. No prólogo, conhecemos um pouco do passado de Vanessa, quando a menina encontra a libélula e para esta faz uma canção.
"Talvez um dia a tal morte chegaria, e em sua eterna ingratidão, por todos os pensamentos dedicados levaria algo precioso, sem dar tempo para se pensar na vida, arrancaria lágrimas como a que viu nos olhos de seu pai naquela tarde, e deixaria uma eterna marca em seu coração. A marca já estava lá."
A partir do primeiro capítulo, acompanhamos o presente de Vanessa, olhando de fora todos podiam imaginar que ela teria uma vida perfeita. Inclusive a própria Vanessa achava que tudo estava correndo bem em sua vida, era uma pianista renomada e famosa, vivia com uma tia que considerava como sua mãe, mas tudo isso muda quando termina com o seu namorado, Jude, e este fala coisas que a deixa abalada e ficar se perguntando se ele tem razão. Além disso, Vanessa se vê obrigada a voltar para São Paulo, depois que seu pai lhe faz uma ligação pedindo que voltasse, Vanessa volta mesmo tendo que conviver em uma casa com fantasmas de sua infância.
"Quando uma dor pede para levar embora suas lembranças ruins, ela leva também a parte boa. Arranca as raízes de tudo que você lembrava ser. [...]"
Esse livro definitivamente me tocou, o tema principal do livro é Depressão, uma doença que atualmente é bastante comum. A Juliana soube abordar uma história que nos envolve totalmente, muitas vezes me vi chorando pela protagonista. Tenho certeza que muitas pessoas irão se identificar com a história mesmo sem ter tido Depressão, Uma Canção para a Libélula é definitivamente uma história que me fez me apaixonar pela a história de Vanessa e querer lutar por ela. Na história podemos ver quais os danos que poucas palavras podem fazer para uma pessoa que tem Depressão, e esses danos são grandes.
"Ao longo da vida nós percebemos que grande parte de nossos ideais são meros disfarces mentais, que as verdadeiras respostas estão submersas em uma camada misteriosa que separa nossa consciência de todas as verdades dolorosas."
A edição esta ótima, não percebi nenhum erro. Os personagens foram muito bem elaborados, são personagens que poderíamos facilmente encontrar ao nosso redor. Enfim, o livro é realmente incrível e emocionante, é impossível não se apaixonar pelo livro. Não vejo a hora de ler a parte II.
Eu realmente recomendo que todos leiam Uma Canção para a Libélula, que não vão se arrepender. Um livro que é emocionante e mostra muito bem como é a vida de uma pessoa com Depressão.

site: http://rainbooksandcoffee.blogspot.com.br/2014/09/resenha-uma-cancao-para-libelula-parte.html
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Rosana230 15/10/2014

Uma Canção para Refletir
Leitura da semana: Uma Canção para Libélula.
Aquilo que eu imaginei ser um livro de meninas me afetou de forma profunda.
Um toque magistral de talento que afeta você intimamente, mexendo com seus sentidos e acima de tudo, te conduzindo a reflexão. Literatura para mim, além de lazer, é uma fonte de saber e conhecimento, gosto de ler livros que me ensinem algo, que façam com que eu reflita de forma a somar na minha vida e é isso que esse livro nos traz: indução a parar e pensar acerca do que povoa nossa mente, sentimento e alma. Uma literatura que ultrapassa a simples criatividade e composição de personagens. Um enredo que te fornece algo único: a oportunidade de você se identificar com o livro como se a autora pudesse ler você e dessa leitura tivesse escrito o livro.
Fiquei surpresa com a intensidade que esse livro nos mostra e seu profundo teor psicológico e pessoal. É como se fosse escrito para mim, para você ou para qualquer outra pessoa que um dia já pensou acerca de si mesmo como um ser isolado do mundo.
EU GOSTEI porque foi uma experiência literária diferente, inusitada e impactante em plena três da madrugada.
EU NÃO GOSTEI porque o livro entrou em mim, em um lugar profundo que eu achei ser só meu e que na realidade é similar para muitas outras pessoas que também possuem crises de identidade como eu já tive tantas vezes.
Não gosto de livros que adentrem de forma tão pessoal no meu eu. Mas não posso negar que foi uma incursão sem igual.
Parabéns a autora... É um livro incríveL..
Que venha o segundo..terceiro..quarto..

site: contosromierling.blogspot.com.br
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Nilda 13/04/2015

Resenha Uma canção para libélila
Uma canção para a Libélula traz a história de Vanessa, uma pianista prodigo, que desde muito pequena já tocava piano com ninguém.

A narrativa inicia com Vanessa em Londres, onde vive com a tia, a quem considera sua mãe. O livro é narrado pela voz da protagonista Vanessa.

Vanessa é uma jovem com uma carreira brilhante, com vários concertos agendados. Além disso, ainda tem um belo namorado e um pedido de casamento.

No entanto, nada disso parece deixar Vanessa feliz. Primeiro porque ela não pensa em casar, não acreditar amores para sempre. Segundo, a vida de artista famosa não lhe agrada nem um pouco. Ela detesta os cumprimentos decorados, os beijos frios, os abraços sem emoção nos coquetéis dos concertos. Vanessa, na verdade, usa uma mascara da felicidade, mas por dentro só quer mesmo ficar as sós com suas partituras.

Aos poucos ficamos sabendo o motivo de Vanessa não morar com a família em São Paulo. Ela tem pai, que a amor muito, um irmão e a mãe, Valéria, que já no inicio do livro percebemos que as duas não se dão nada bem.

Uma ligação do pai faz com que Vanessa voltasse ao Brasil. E aí tudo começa a ficar mais escuro na vida da protagonista. A mãe a recebe com indiferença. E, além disso, acontecem várias cenas desagradáveis que só prejudica mais a relação da mãe e filha.

Uma canção para a Libélula é um livro que desmonta tudo que conhecemos sobre relação de mãe e filha. Ou será que são só estereótipos maternos?

Mas mais do que isso, Uma canção para a Libélula é um livro sobre pessoas que precisam de ajuda profissional. Pessoas corroídas por culpas. O livro traz questões fortes como a depressão e suicídio. Vanessa está doente. A mãe está doente. E acredito que o pai e, até mesmo o irmão estejam doentes.

Juliana Daglio aborda todas essas questões com muito cuidado. A autora vai introduzindo aos pouco, como se fosse mesmo o processo da doença. No inicio, a gente percebe que algo estar errado porque os sonhos da Vanessa nos indica isso. A necessidade de se isolar de Vanessa não é só uma questão de personalidade.

A autora usa os sonhos como metáfora para falar de suicídio, de depressão, sempre no inicio dos parágrafos. E tudo vai se intensificando até chegar ao fundo do poço de toda a família, mas principalmente de Vanessa.

Uma canção para a Libélula é um daqueles livros que nos faz refletir sobre vários aspectos da nossa vida. Na nossa cultura estamos acostumados achar que mães são leoas que estão sempre prontas a defender os filhotes, mas até as leoas adoecem. As leoas também rejeitam os filhotes. Também achamos que carreira profissional é sinônimo de felicidade e nem sempre é assim.

Estou ansiosa para ler Uma canção para a libélula II. Quero muito saber quando acabam os dias cinzentos de Vanessa, pois ela merece dias de sol.

site: http://www.osnosdarede.com/2015/04/resenha-uma-cancao-para-libelula-i.html
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Sah Ollie 04/08/2014

Quando não resta mais nada você fica presa... dentro de si mesma, esperando que alguém o liberte, e finalmente você possa abrir suas asas.
"As pessoas ficam impressionadas com os melhores.
Mas elas não sabem: eles são loucos, cheio de cicatrizes"
Eles caem, até o nada"

[Nota Pessoal]

Bem, é muito difícil reunir as palavras certas para descrever as emoções que senti lendo esse livro. Ele é de uma sensibilidade, um realismo incrível, que nos faz refletir depois que termina.
Logo de início a autora nos transporta a uma lembrança, e você já fica imaginando mil coisas. Como será que a menina está hoje em dia, o que fez, como é. Então depois somos levados à Londres, onde é o atual lar de Vanessa, a jovem que teve uma infância infeliz e conturbada, mas que nela conseguiu encontrar sua paixão, assim que encontrou-se com uma libélula, e compôs sua música para ela.
Vanessa cresceu, e foi morar em Londres com a tia, e virou uma famosa pianista com uma carreira promissora. Vive bem, com seus tios e sua prima Becca, e não deseja que mudem o que demorou anos para se ajeitar.

"... Entendi que você era especial, pois todas as meninas sonham com fadas, borboletas, e princesas, e você escolheu algo tão inusitado. Compreendi que sua alma procurava significado e não beleza. (...) - Queria poder mostrar a você o quanto sua vida tem significado"

Bem, o que me deixou mais curiosa foi em relação ao seu passado, que é contado aos poucos, pra manter o mistério. E é então que vamos descobrindo alguns detalhes que ela vai contando ou relembrando. Sabemos que ela passou por um trauma relacionado à família e a morte de um deles (não vou falar, pra manter o mistério.. aliás estou tentando entender até agora..rs), e que não fala com a mãe, mas tem uma relação estável com o pai e o irmão... Aliás, eu me assustei muito com a personalidade da mãe. Eu tive tanto ódio, acho que os sentimentos de Vanessa passaram pra mim, pois realmente senti a mágoa dela...
Depois de um pedido de casamento recusado, e o convite (mais uma intimação) de seu pai, para que passasse um tempo no Brasil por causa da sua saúde, ela começa a retroceder.. voltar ao seu casulo, sua casca. Não que ela tenha superado todos os seus traumas, eles estavam meio que sufocados, anestesiados, e de uma forma ela conseguia viver. De volta ao Brasil, encarando seus medos, e sua inimiga que chama de Vilã Cinzenta, Vanessa terá que ter forças para não cair no mesmo abismo novamente, o que a roubou sua vida na infância.

"Ao meu lado estava a vilã. Ela ria. Um sorriso gelado com hálito de notas tensas de uma música fúnebre. A reunião sombria estava pronta, como se tivesse sido planejada. Nós três, e a lembrança de uma morte"

O livro fala profundamente sobre os medos, inseguranças, e a tão ignorada depressão, sim, pois ela muitas vezes é ignorada. Os lampejos que ela tem, as memórias e sonhos, são descritas de forma que nos sentimos dentro deles, e eu que sou grande fã do cinema, já imaginei como num filme de suspense e terror, como aquilo poderiam ser considerados delírios, visões, não sei, mas que dariam um belo roteiro para uma ótima adaptação no cinema, com certeza!. Eu me identifiquei de muitas maneiras com o livro e vocês devem imaginar o porquê. Sim, as pessoas nem sempre são, foram ou é feliz o tempo todo. E é uma luta constante para não ceder. A verdade é que essa vilã que tem consumido muitas pessoas, permanece escondida por muito tempo, e as pessoas tentam levar a vida normalmente, fingindo não estar em depressão, e vestindo a capa da normalidade. Mas é só eles se confrontarem com seus medos, que ela volta a atacar.
Além disso tive mais uma conexão com a personagem, foi a música, sempre fui apaixonada por piano e nunca tive a oportunidade de estudar a fundo, o máximo foi aprender tocar algumas coisas no teclado virtual do computador...rs. E tudo sozinha, só escutando as notas, odeio a teoria..rs... mas ainda pretendo tocar. É algo que me acalma escutar o som desse instrumento.

"... tudo que eu desejava era me libertar daquilo. Liberdade. Como eu me libertaria daquilo que mal lembrava?"

É um livro extremamente tocante, me fez chorar muito. Eu recomendo para aqueles que desejam entender um pouco dessa doença, e também aqueles que querem simplesmente se emocionar, e curtir um ótimo livro. Eu terminei de ler de madrugada e soltei um palavrão! Rsrs.. isso mesmo, mas foi para mostrar minha indignação! Por que eu queria mais!! Claro, quando o livro é bom sempre queremos mais. Mas meu consolo é saber que tem a segunda parte. E Juliana por favor, faça umas 500 paginas...rs. Também tenho esperança que ela possa encontrar um grande amor, que claro, ajuda curar muitas feridas. Acredito que ela já o tenha conhecido, e espero que eu esteja torcendo para o cara certo kkkk. Porque ultimamente só torço para os pouco prováveis. Mas entendo que o romance não seja o foco principal, mas não custa sonhar né..rs. Bem, é isso pessoal, não posso contar mais, aliás falei demais! Espero que possam lê-lo algum dia e se emocionarem como eu. Quero agradecer a autora que cedeu o livro em parceria. Sou apaixonada mais do que nunca pela libélula. Um beijo.


site: http://meuclubedaleitura.blogspot.com.br/2014/07/resenha-uma-cancao-para-libelula-parte-1.html
Juliana 04/08/2014minha estante
Amei essa resenha!!
Palavras assim fazem tudo valer a pena.





Paula Juliana 11/09/2014

Resenha: Uma Canção para a Libélula - Parte I - Juliana Daglio

''Já vi os olhos da menina brilharem, as asas da libélula refletirem discretamente as cores do arco-íris, mas nunca as duas coloridas. Se fosse um quatro, diria que o pintor guardou a melhor parte para o final e acabou ficando sem tinta. No entanto é uma imagem, e se move dentro da minha mente sem que eu tenha nenhum controle sobre ela. Não são em sonhos, nem em devaneios, eu simplesmente a vejo, num piscar de olhos, num trocar de canal na televisão, num intervalo de uma nota musical, ou me alcança quando uma rajada chata de vento vira, sem eu querer, a página do livro que eu estou lendo.''

Beleza. Inocência. Mistério. Lembranças. Solidão. Medo!

Uma história instigante, que deixa o leitor curioso do começo ao fim, uma história
emocionante, que sabe mexer com os sentimentos dos leitores, que conduz, envolve, vai lhe levando até à beira do precipício, deixa você naquela linha entre cair e se salvar e sem mais, sem menos, te joga! Uma Canção para a Libélula, é assim... INTENSO! Avassalador, ele te conduz por meio da história da menina Vanessa, te faz passar por todos seus sentimentos, suas angustias, seus medos. Faz você entender o valor da vida!
A autora nacional Juliana Daglio, apresenta nessa primeira parte - de duas, uma história que te fez refletir, uma canção em palavras, é quase lírico de tão bonito!
Dizer que me envolvi com essa história é pouco!

'' Quando você acordar, eu estarei aqui.''

Ela sentia medo! Ela, a menina de cabelos de algodão, sentia dentro do seu coraçãozinho uma sombra, uma presenta, uma angustia, que não conseguia entender! Uma menina triste. Um paisagem bonita. Um lago. Um pai amoroso, gentil, e um triste homem! Uma melancolia no ar! Melodias de piano! Asas sem cores! Asas com cores! Cores que não existem mais no mundo da triste menina! Um encontro repentino! Um rumo a seguir! Uma tragedia! Uma separação...
Tormento, angustia, música, melancolia, segredos! Um coração despedaçado pela vida. Uma alma quebrada!
E a volta para onde tudo começou!

''A Libélula ficou ainda mais atraída pelo som vindo da menina e se aproximou. As duas ficaram se olhando por um tempo, sem censura, apenas presas entre si como os seres celestiais se prendem às preces dos mortais.
Foi aí que a cena foi registrada para sempre. Nunca se perdeu apenas estagnou-se no tempo como uma lembrança incompleta, um filme ainda não revelado, uma fotografia pela metade. Uma canção sem acordes.''

O Prólogo, começa contando uma parte do passado de Vanessa. O tão falado encontro entre a menina e a Libélula. Lá a autora mostra que o livro é forte e que veio para mexer com você, na segunda página do livro, já estava com lágrimas nos olhos e o coração muito emocionado.

A Obra começa mesmo, no primeiro capitulo apresentando a Vanessa adulta. 24 anos, Morando em Londres. Uma pianista famosa e renomada. A presença da Tia mãezona, do Tio, de sua prima, e de um namorado. Família, fama, sucesso... Seria a vida perfeita?

A vida dessa talentosa menina está longe de ser perfeita. Um pedido de casamento e dois quase infartos de seu pai, fazem que Vanessa tenha que voltar para o Brasil, o lugar que ela tinha fugido quando criança.
E principalmente o passado volta para assombra-la. Ela terá que reencontrar com sua mãe!

O contexto e os acontecimentos logo dos primeiros capítulos, nos deixam perguntas!
O que aconteceu de tão terrível com essa família? O que aconteceu com Vanessa de tal forma que ela se fechou para sua própria vida? O que faria uma mãe ser vista como uma horrível inimiga?

Cenas conectadas. Pistas. O relógio, o lago, a hora, o sangue, o piano! O que será que estão tentando contar? Estaria tudo entreligado?

'' As palavras ruins penetravam em mim, Empurram com força a tampa de um baú de sentimentos enterrados no mais profundo de minha alma.''

Vanessa é uma personagem complexa. As suas relações sociais sempre giravam em torno de não ser desagradável. Sorrisos forçados, abraços falsos, felicidade aparente. Ela preferia os livros, poucos amigos. As suas partituras. Mas jamais era grosseira. Era gentil. Amava sua Tia, que sim! Era sua verdadeira mãe de coração. Sua prima, tão brilhante e espontânea, o completo posto dela. Acreditava que quem nunca espera nada de ninguém... nunca se desaponta!

''Você tem a si mesma, e isso basta.''

Porém, Vanessa se sentia vazia, era um vazio que sempre esteve presente nela, juntamente com a presença cinza. Dominada pelo medo, reprimia suas emoções, sua tristeza, sua solidão.
Vanessa era apática, pálida para sua própria vida.

''Aquela presença era minha velha conhecida. Eu observava as pessoas felizes enquanto ela me observava. As princesas dos livros cor-de-rosa eram assombradas pela bruxa má, rainha má, ou madrasta má. Eu tinha uma mãe má, mas ela não era minha vilã como aquelas dos livros. Era como se a vilã fosse a presença cinza, era ela quem fazia tudo acontecer... Minha vilã cinzenta.
- Foi um erro voltar aqui - pensei em voz alta.''

A Obra aborda a Depressão.
Essa presença silenciosa e destrutiva. As pessoas confundem a depressão com loucura, quando ela é uma doença. Uma doença que muda a pessoa, que faz elas se transformarem na sombra delas mesmas. Um fantasma do que um dia foram. Uma morte em vida!

O tema é abordado brilhantemente. Os sentimentos são palpáveis, as descrições expressivas, repletas de cargas, sentimentos, medos, segredos, fantasmas e histórias.
Ninguém tem noção do quanto uma pessoa pode guardar dentro de si mesma!

''Quando uma dor pede para levar embora suas lembranças ruins, ela leva também a parte boa. Arranca as raízes de tudo que você lembrava ser. Foi isso que me aconteceu. A dor me levou a parte boa de minha infância, e só deixou um vazio enegrecido para trás. Eu fora feliz em minha maneira silenciosa. Uma menina quieta e sensível que compunha músicas e não sabia como desenhar as partituras tendo que aprender sozinha.''

Falando sobre os personagens!

Valéria. A mãe de sangue de Vanessa. Com certeza saudável não é! É uma doente, além do seu vício em álcool, vejo mais que doença nela, ela é egoísta, vaidosa, manipuladora, uma daquelas pessoas que trazem somente coisas ruins e pesadas para os outros ao seu redor.
Mas principalmente ela é CRUEL. E a crueldade dela machuca, choca e mexe com você quando está lendo.

Marcos. O pai de Vanessa. Esse homem é imundado pela culpa. Marcos se culpa por ter deixado Vanessa ir embora, quando ela mais precisou dele, depois da tragedia que aconteceu com essa família, as coisas ficaram pesadas e ele teve que escolher entre ajudar a mulher ou a filha. A filha acabou indo ser criada por sua irmã. E agora Marcos tenta concertar seus erros. Depois de dois quase infartos, tenho que desabafar com vocês, que pensei que esse homem iria dar um ''treco'' durante a parte final. Foram muitas emoções pesadas, e olha! Se não infartou ali, não infarta mais! Eu gostei muito de Marcos. Ele é uma pessoa boa, Um homem gentil, que teve muito azar com seu destino e algumas más escolhas.

''Ao longo da vida nós percebemos que grande parte de nossos ideais são meros disfarces mentais, que as verdadeiras respostas estão submersas em uma camada misteriosa que separa nossa consciência de todas as verdades dolorosas.''

O LIVRO É LINDO! Ele trata de um tema pesado, mais é feito com uma sensibilidade e uma beleza que é muito difícil expressar em palavras. Um dos MELHORES livros que li esse ano. Com certeza. Acho que qualquer pessoa, mesmo que nunca tenha tido depressão, vai se identificar ou se sensibilizar em alguma parte da obra. Eu senti a angustia da personagem durante a leitura, senti seu medo, sua culpa, sua solidão. E doeu, como se fosse em mim mesma. Esse é um livro que faz você refletir sobre sua vida, mas não me deixou triste, ele me fez agradecer por tudo que eu tenho, ele me fez enxergar como temos a força e o desespero dentro de nós. A libélula e o cinza... A vilã cinzenta. Como podemos ser os grandes algoses de nós mesmos. Como o grande vilão pode estar dentro de você!

Amei as metáforas, amei a linguagem poética, bonita, sensível. Sorri, me envolvi, chorei - chorei muito! Uma Canção para a Libélula, fala do significado da vida, do seu sentido. E de como cada pessoa tem a necessidade de encontrar o seu!
Mais que indicado! LEIAM!

''As pessoas ficam impressionadas com os melhores.
Mas elas não sabem: eles são loucos; cheios de cicatrizes.
Eles caem, até o nada.
(...)
A vida havia ido embora de mim, enquanto isso a morte me sorria ao pé da escada. batia palmas à minha apatia.''

''Compreendi que sua alma procurava significado e não beleza.''

Paula Juliana

site: http://overdoselite.blogspot.com.br/
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@retratodaleitora 11/04/2015

Tema difícil e personagens marcantes em uma narrativa poética e inteligente.
"A Libélula ficou ainda mais atraída pelo som vindo da menina e se aproximou. As duas ficaram se olhando por um tempo, sem censura, apenas presas entre si como os seres celestiais se prendem às preces dos mortais."

*

Vanessa é uma jovem e famosa pianista, ela ama o que faz e encontra nesse instrumento uma razão para viver, um alívio para sua alma marcada pelas dores do passado e uma certeza para o futuro.
Foi viver em Londres ainda quando criança e, morando com sua tia, nem cogita a ideia de voltar ao Brasil. Não aguentaria as lembranças que viriam assim que pisasse em sua casa; não aguentaria ter que olhar para Valéria, sua "mãe", a razão pela qual Vanessa teve que ir embora, a pessoa que destruiu sua vida.
Em Londres ela pode contar com pessoas maravilhosas, sua tia e sua prima, sua família. Mas ainda assim está longe de ser a vida perfeita. Os pesadelos..., a angústia, a ferida em seu coração, as lembranças, a culpa... Além das apresentações sem fim e da pressão que sente para continuar sendo a pianista perfeita. Tocar para ela não é um problema. Problema é ter que lidar com os elogios vazios, com a exposição que sofre, com o sentimento de não pertencer aquele mundo. Ela só deseja tocar em paz.

Mas parece que Paz é algo que ela não vai ter. Depois de receber uma ligação de seu pai que está doente, Vanessa se sente dividida entre a vontade de ver o pai antes que seja tarde e o temor por tudo o que pode lhe ocorrer estando no centro de sua dor e perto daquela que lhe fez tão mal.
A vontade de ver o pai fala mais auto e apesar de sua tia implorar para que não vá ela decide enfrentar seus medos, afinal ela era só uma criança quando tudo aconteceu, agora é adulta e pode se defender.

Mas ela não poderia imaginar o que sua volta iria lhe causar. Agora, mergulhada em um mar de dor, incertezas e culpa, ela precisa reunir todas as suas forças para não sucumbir à depressão, que se aproxima sem dó nem piedade.
Será que Vanessa será forte o suficiente? Será que receberá a ajuda que precisa? Ou será que a Vilã Cinzenta, antagonista de sua vida, levará a melhor nessa história?

*****
Uma Canção para a Libélula trás ao leitor uma protagonista difícil, que nos narra uma história densa, triste, mas maravilhosamente coerente e, infelizmente, a realidade de muitas pessoas.
O mais triste é quando começamos a nos identificar com a tristeza dela.
Afinal, quem nunca teve que lidar com uma dor profunda? Com a vontade de sumir e a sensação de estar vivendo apenas por viver, não encontrando razão para nada? Bem, eu sim, e foi realmente difícil não me ver um pouquinho que seja na Vanessa e entender, pelo menos um pouco, seus pensamentos, seus anseios e seus atos.
O livro é um Sick-lit e como todos os livros do gênero trás um personagem doente. A doença abordada nesse livro é a Depressão. Doença essa que muitas pessoas não dão a devida atenção e apoio e tratam como algo banal.
Juliana Daglio fala desse assunto como nenhum autor que li se arriscou até agora. A leitura é densa, sim, mas é tão inteligente, interessante e diferente que é fácil ser tragado para dentro do mundo e da cabeça da protagonista. Depois dessa leitura incrível é impossível olhar a doença com os mesmos olhos.

A autora mantém um mistério até o final, e assim faz com que o leitor sinta sede de respostas e com isso acabou deixando a leitura mais fácil ainda. É difícil ler devagar quando queremos descobrir o segredo da protagonista, o que aconteceu com ela para que sua vida desmoronasse e seu sorriso fosse apagado.
É um tema pesado, sem dúvidas, mas que foi tratado com uma linguagem fácil e narrativa bem poética por alguém que entende do assunto. A Juliana é psicóloga.

Os personagens foram bem construídos, mas só temos a visão da Vanessa e senti falta de saber mais sobre outros personagens bem interessantes que aparecem poucas vezes, mas fazem bastante diferença na narrativa.
O final foi de cortar o coração, não foi um final que eu esperava e fiquei dividida entre não gostar do que aconteceu e amar a autora por ser tão corajosa e fazer algo diferente e inesperado. Fiquei com a segunda opção.
Mas não para por aqui, o livro tem continuação. Uma Canção para a Libélula parte 2 está nas fases finais para impressão e logo logo poderei continuar apreciando essa historia fantástica.

Juliana, com toda sua inteligência e criatividade, entrou para meu top 5 de escritores nacionais favoritos. Me fez derramar lágrimas logo nas primeiras páginas e, no final, me emocionou ainda mais.
Definitivamente indico esse livro para todos, acredito que agradará a maioria dos leitores!


site: http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/
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Tati Duraes 15/05/2015

Forte e Profundo.
Olá pessoal!
Esse livro eu troquei com a Ju (eu mandei um AFL e ela me enviou um dela), já que nós duas queríamos ler o livro uma da outra.

Resenha!

Vanessa, a personagem principal, é uma famosa pianista na Inglaterra. Vive com a tia Lorena, irmã de seu pai. É uma garota recatada, que não gosta de lugares cheio, porém os enfrenta quando necessário, principalmente dos coqueteeis após suas apresentações.
Ela tem um namorado, por qual não é apaixonada, uma prima (Rebecca) muito alegre e extrovertida e um tio (marido da Lorena) mais reservado.

Vanessa deixou seu passado no Brasil e vivi há 13 anos em Londres. Sua vida gira em torno do piano e de suas composições, porém guarda em seu coração muito rancor, medo e tristeza.
Ela foi maltratada pela mãe e por isso foi embora do Brasil. Foi resgatada e acolhida pela tia, a qual considera como uma mãe.
Porém quando seu pai sofre um quase infarto, ele pede para que ela volte a São Paulo e passe um tempo ao lado dele e do irmão Alex. Mesmo com medo do passado, ela aceita. Ao mesmo tempo Jude, o namorado, a pede em casamento e ela não quer aceitar, pois não se vê passado a vida ao lado dele.
Então em um encontro, onde ela diz não, ele joga em sua face, palavras grosseiras que a faz lembrar-se do passado, de tudo o que passou tanto tempo se esforçando para esquecer e superar.
Ela retorna ao Brasil como planejado, para passar algum tempo ao lado do pai e rever o irmão que está prestes a se tornar pai.
Os fantasmas do passado começam a retornar para assombra-la.

Minha Opinião!

Primeiramente gostaria de falar que nunca sofri bulling na escola, ou se sofri, não me recordo e nunca sofri com depressão. Nem quando engravidei sem desejar, nem quando fiquei, por dois anos, desempregada. Então, até há algum tempo eu achava besteira, bobagem, quando falavam que alguém estava doente com depressão.
Depois a gente amadurece, cresce e aprende. E a obra aborda esse tema: Depressão!

Então fiquei pensando em como resenhar um livro tão profundo?? Com uma história tão triste e bela ao mesmo tempo... Que nos faz sentir tristes, nos deixa com raiva, angustiados...

Vanessa foi maltratada pela mãe desde que nasceu, e até certo ponto da história, isso é uma dúvida. O quanto ela sofreu, para que tivesse tanto medo da mãe dessa forma?
Ao desenrolar da história é que vamos entendendo tudo. Se bem que determinadas coisas não são bem esclarecidas nesse primeiro volume. Sim! Essa é a parte 1 e a parte 2 será publicada ainda esse ano!!!

Valéria, mãe da Vanessa, é desprezível como mãe, como mulher e como ser humano. É repugnante que existam mulheres como ela, mas infelizmente existem. Vemos todos os dias, nos jornais, mães que abandonam seus filhos no lixo, nos hospitais ou que os matam de fome, de espancamento.... enfim, Valéria não fez isso com a filha, mas a forma como a tratou.. era melhor que a tivesse abandonado no nascimento.

Marcos, o pai, por outro lado é carinhoso e atencioso, ou pelo menos tenta ser. E ama a filha. Infelizmente ele não foi o pai que ela precisava antes e agora ele tenta recompensa-la. O que me irritou muito, pois ele chega a ser egoísta. Pelo menos eu o senti dessa forma. É claro que entendo o desespero que ele deve sentir ao ver a filha sofrendo.

A escrita da Juliana é fluida. Ela consegue passar com maestria os sentimentos da personagem. Mesmo eu, uma pessoa que nunca sofreu com depressão, cheguei a chorar em determinados pontos. Senti-me angustiada e triste pela Vanessa, e com vontade de entrar na história e dar uns safanões em alguns personagens. rsrs...

Confesso que fiquei com medo. Medo de não conseguir me envolver na história, principalmente por ser algo tão fora do que costumo ler, mas é impossível não se comover, não sentir, não se deixar levar pela onda de sentimentos descritos no livro.

O desfecho foi brilhante para deixar-nos curiosos para o próximo volume. É claro que também foi maldade...

site: http://tatiduraes.blogspot.com.br/2015/05/resenha-uma-cancao-para-libelula-parte.html
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Sabrina 19/12/2014

Livro lindo, emocionante e confortante.
Confesso que já faz tempo que tento escrever a resenha desse livro, mas tive uma ressaca literária muito grande, precisei de um tempo para me recompor e tentar (digo bem tentar) expressar meus sentimentos sobre a ele.
A história se inicia em Londres, que na minha opinião não tinha cidade melhor para se adequar o perfil da personagem, uma alma acinzentada. Vanessa, é uma pianista de sucesso, consagrada nos palcos, e tem uma vida aparentemente tranquila. Porém, quando seu ex-namorado Jude abre suas feridas mais profundas, toda tranqüilidade que ela passou anos tentando construir, começa-se pouco a pouco a se desmoronar.
Logo após esse acontecimento, o pai de Vanessa liga para ela e avisa que está doente, e temendo o pior pede que ela vá morar com ele um tempo. Mesmo diante do desafio de ir de encontro com seu passado dolorido, pelo amor de seu pai Vanessa embarca para o Brasil.
Lá ela terá que lidar com as mais tristes lembranças. Conviver com sua mãe amarga, que a culpa por toda sua infelicidade e pecado. Com a lembrança da morte do seu irmão, e o reaparecimento de uma velha conhecida, a vilã cinzenta.
Não quero contar mais sobre a história, pois não quero dar spoilers. Então agora vamos aos meus sentimentos.
Todo mundo que já sofreu uma dor imensa na vida, com certeza vai se identificar com a personagem, e entender porque diante de algumas situações ela parece até ser uma alma sem sentimentos. Vanessa teve que reconstruir uma vida diante de lembranças de morte, de rejeição e de raiva, e mesmo assim construir uma carreira. Porém quando a dor não é devidamente superada, qualquer fagulha é o suficiente para abrir essa ferida, e fica difícil perceber qual o limite da nossa força.
Eu tinha vontade de entrar no meio do livro e conversar com a Vanessa. (Ok, confesso que fiz isso em pensamento, tive um bom diálogo com ela).
A nossa querida autora Juliana, nos trouxe de maneira linda um tema que ainda no nosso tempo é um tabu, a depressão. E difícil entender tal doença, porque as vezes o stopim para ela começar pode ser o motivo mais banal.
Para Vanessa, o motivo foi nada banal e ela teve que lutar sozinha, com suas angústias e com sua dor. Acho que muitos lendo, se identificaram, o quão difícil é muitas vezes estar num local, onde nada parece fazer sentido para você, os móveis, as fotos e as conversas e não conseguir sair para correr e pedir ajuda é desesperador. E nesta frase do livro, que me marcou profundamente, eu trouxe ela para vocês.
“Quando uma dor pede para levar embora as lembranças ruins, ela leva também a parte boa. Arranca as raízes de tudo que você lembra ser.”
Acho que é uma das maiores verdade, na minha fase depressiva graças a Deus apaguei n situações da minha mente que foram devastadoras, mas também apaguei muito de bom. Soa como se eu tivesse acordado depois de muito tempo, e boa parte da minha história caiu no esquecimento.
A leitura é leitura fluída, sensível e emocionante,e me fez derramar lágrimas e lágrimas. Tocou minha alma e o meu coração, e estou esperando ansiosa pela segunda parte.

site: http://sabrinaikeda.blogspot.com.br/
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marioandre.sene 16/12/2014

Forte.
A princípio, quando recebi o pacote com o livro, minha emoção foi grande. Ao abrir o livro e ler a dedicatória eu confesso ter sentido uma sensação ímpar e complexa de descrever, que se repetiu assim que li os agradecimentos, ao fim do volume, e lá estava meu nome. Afinal, ter sido professor de uma figura que amadureceu tanto é qualquer coisa pra se orgulhar mesmo. Uma jovem autora de apenas vinte e poucos anos.
Mas então, veio a leitura. Uma narrativa tensa, onde a vida de uma personagem intensa e triste se vai apresentando ao leitor e se desmontando ao mesmo tempo. Ganchos estrategicamente posicionados fazem a leitura se tornar chamativa, a ponto de eu ter lido o volume todo em apenas um dia! Na verdade, eu uma única viagem diurna de ônibus.
Se fosse um filme, eu o classificaria como um filme de baixo orçamento e elevadíssima relação custo benefício. Poucos cenários, poucos atores, mas muita intensidade em cada local descrito, cada ser humano. A riqueza descritiva que se encontra encrustada na narrativa é tamanha que faz parecer que o livro é ilustrado!
Mas o melhor é a intensidade que o livro ganha a cada página. Não que haja ação, mas a mente de uma pessoa profundamente angustiada se revela aos poucos, criando diversos clímax magistralmente, antagonizada pela própria mãe e por si própria, na forma de monstros que moram em sua mente, uma ferida aberta desde a infância que nunca cicatrizou.
Uma leitura que vale a pena. E olha que eu nem sou de romances e ficções, afinal, gosto mesmo é de ler obras de divulgação científica.
Mas, ao fim da leitura, ao reler a dedicatória e os agradecimentos, aí sim pude ver o quanto estes eram significativos... Pois não era mais só a obra de uma aluna que venceu. Não! Era uma belíssima mostra de talento e competência.
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