flaflozano 01/03/2020
A little taste
Veio atrás de mim, um pouco assustado com minha reação, mas me esgueirei pelos fundos, onde havia as diversas plantas de nossa mãe, que eram cuidadas todos os dias e formavam um caramanchão e um quase labirinto de bancos e roseiras. Ele agarrou meu braço entre elas, perto de um banco, ambos protegidos de qualquer olhar ali no meio e na quase escuridão. Exatamente como eu queria. E aí ataquei.
Virei como uma leoa, agarrando-o com toda minha força, derrubando-o sentado no banco atrás de si enquanto Joaquim xingava. Fui para cima vorazmente, agarrando seu rosto, beijando sua boca, montando em seu colo. Tentou levantar, mas me esfreguei, enfiando a língua em sua boca. E mais uma vez ele ficou alucinado e perdeu a razão.
Quando enfiou a língua em minha boca e me agarrou, eu gemi baixinho, derrubando seu chapéu, meus joelhos sobre o banco, movendo meu quadril como por instinto,esfregando minha vulva em seu pau. Senti suas mãos grandes e calosas rasparem minha pele nua nas costas, levando-me mais para ele, apertando-me até tirar meu ar, como se não fosse me soltar nunca mais, o que era o que eu mais desejava.
Eu o amava tanto! Faria qualquer coisa por ele! Qualquer loucura, desde que o convencesse a ficar comigo. Sabia que o mundo inteiro ficaria contra nós, mas se estivesse ao meu lado, poderíamos enfrentar tudo. O problema era sua teimosia, suas dúvidas, sua culpa. Pois sabia que seria uma tragédia convencer nossa família, o caos se instalaria ali.
Mas eu estava disposta a tudo por ele.
Enfiei os dedos entre seus cabelos densos e bem curtos, suguei sua língua, arfei e estremeci em seus braços, a saudade dos seus beijos e do seu toque me arrebatando, me
deixando louca de tanto desejo e tanto amor, tirando meu ar. Ainda mais quando uma de suas mãos apertou minha bunda, pressionando-me contra ele e a outra subiu por minhas
costelas do lado direito, erguendo bruscamente o sutiã, fechando-se em volta do seio até
que ele sumiu dentro de sua palma e dedos.
Enlouqueci de vez e o cavalguei, ronronando em sua boca, desvairada. Com um resquício de consciência lembrei de como cada dia daquele ano foi difícil longe de Joaquim, das vezes em que rolei febril entre os lençóis desejando aquilo, querendo estar de volta perto dele, sentindo-o, vendo seus olhos amarelados arderem por mim, tendo-o tão próximo que poderia se fundir à minha pele. E choraminguei desesperada enquanto me beijava com tanta volúpia e paixão e me pegava como se fosse mesmo dele, só dele.
Bruscamente desceu a boca por meu queixo e joguei a cabeça para trás, meus cabelos balançando, dando-lhe acesso à minha garganta, indo ao delírio quando me ergueu e mordeu com força um mamilo. Engasguei e soltei um gemido angustiado no silêncio da noite, em meio ao esconderijo e ao segredo dos caramanchões. Inclinou-me até que meu cabelo roçava seu joelho e sugava meu brotinho, fazendo o tesão me percorrer como um rio violento, arrasador.
Mamou em mim como costumava fazer, daquele seu jeito furioso, de quem não tem controle sobre os próprios instintos e tira tudo que quer, meu corpo se sacudindo sem freio, a sucção me pressionando e levando ao limite, enquanto eu esfregava insanamente minha vagina contra a coluna do seu pau e agarrava sua cabeça, entregue, a ponto de gozar assim.
Tinha perdido mesmo a cabeça, dominado pelo tesão, pois me deitou sobre o banco de pedra, ajoelhado, sem tirar meu mamilo da boca, suas mãos descendo e abrindo a minha calça, puxando-a rudemente para baixo com calcinha e tudo, até o meus joelhos.
Deixei os braços caírem inertes ao lado do corpo, minhas mãos roçando o chão, enquanto
fitava o céu totalmente estrelado sobre as nossas cabeças e sentia, como que dopada de
tanto prazer, o que fazia comigo.
Joaquim agarrou minhas pernas juntas e as ergueu, empurrando-as em minha direção, de modo que os joelhos encostaram em meu peito e minha bunda e vagina ficaram totalmente expostas para ele. Na mesma hora abracei minhas coxas, tirando o quadril do banco, nua e erguida para seu olhar.
- Ah, porra , porra - Rosnou e desceu a cabeça, enquanto eu mordia os lábios para não gritar de puro tesão ao sentir sua língua indo bem no meio da minha rachinha, entrando em mim, tomando duramente o mel quente que descia sem controle. Entrei em combustão e choraminguei, tremendo, enquanto agarrava e abria minha bunda e me lambia gostosamente por dentro.
Era narcotizante, viciante, enlouquecedor. Em segundos perdi a razão e me tornei uma extensão do prazer, agarrando minhas pernas, palpitando, despejando rios na língua dura e decidida que tomava tudo de mim. E ela subiu lenta até meu clitóris, a ponta umedecendo-o, deixando-o mais rígido e dolorosamente empinado, a quentura se espalhando da vagina para meu ventre e daí para todo corpo. E então veio seu dedo longo e grosso, a ponta indo entre os lábios inchados e sensíveis, entrando em mim. Eu me sacudi arrebatada, arregalando os olhos para o céu, implorando silenciosamente por mais.
No entanto, parou ao sentir a barreira da virgindade e ficou me penetrando devagar só até ali, deixando-me louca ao enfiar o clitóris na boca e chupá-lo com força.
- Ah - Deixei escapar, sabendo que não aguentaria aquela pressão toda, que o tesão se avolumava dentro de mim como uma bola de fogo, violentamente. E como para completar a tortura, o dedo todo melado escorregou para baixo e forçou a entrada do meu ânus apertado.
Poucas vezes o havia enfiado ali, sempre me deixando ainda mais louca e escaldante. E quando passou a fazê-lo, metendo-o em mim devagar mais com firmeza, eu passei a choramingar e me sacudir, sussurrando: - Quin ...
Afastei as pernas erguidas para os lados, ainda abraçando-as, buscando-o com o olhar desesperado de tanta paixão e tanto amor, vendo seu contorno, sua cabeça entre minhas coxas ao me chupar e penetrar, seus ombros largos recortados contra a penumbra da noite.
O dedo foi todo em meu cuzinho e voltou, só para entrar de novo, mais bruto, enquanto deixava o clitóris muito inchado e metia de novo a língua em minha vulva escaldante, sua outra mão mantendo minhas pernas contra meu peito.
Arquejei, sabendo que ia gozar daquele jeito, que estava por um fio. Meu corpo incendiava e ondulava sem controle, eu rodopiava em um céu de tesão desconexo enquanto seu dedo me sodomizava e sua boca me arrebatava. Mas precisava de mais. Eu o queria todo dentro de mim, pesando em meu corpo, fitando meus olhos enquanto me comia duramente. Passei muito tempo sonhando com aquilo, desejando, meu corpo exigindo o dele, mais completo, mais meu. E implorei baixinho:
- Por favor, Quin ... Faça amor comigo ?
Minha voz rouca no meio daquelas plantas, daquele esconderijo silencioso, penetrou em sua mente, em seu tesão. Ergueu a cabeça, parte de seu rosto na escuridão, mas seus olhos brilhando tanto que pareciam de um gato, fixando os meus, ondas de paixão vindo de seu corpo. Seu dedo parou lá, todo dentro de mim, enquanto o sentia lutar, razão e tesão travando uma batalha.
- Eu quero você ... Preciso de você .
Estremeceu, o ar saindo pesado de seus lábios. E sacudiu a cabeça, a palavra curta saindo em um arquejo:
- Não.
- Sim ... Por favor, me faça sua !
- Não. - Estava imóvel, como se temesse que qualquer movimento o fizesse perder o resto de controle que ainda tinha. E era isso que eu queria, disso que eu precisava. Por esse motivo movi o quadril e a bunda contra deu dedo, deslizando meu cuzinho nele,deixando-o sentir como eu queria, sem tirar meus olhos implorantes e apaixonados dos dele.
- Vem, mete em mim ? Faça o que quiser comigo.
Joaquim lutava bravamente, duro como uma rocha, a respiração desconexa, o corpo exalando tesão puramente masculino. Era tão intenso que eu podia sentir seu desejo, sua
vontade de jogar tudo para o alto e me foder como um animal, mas parte de sua consciência o continha, o mantinha no limite.
Minha vagina latejava, escorrendo. Gemi e movi de novo minha bunda sobre seu dedo, dizendo rouca:
- Quero ser sua mulher ...
- Não vou tirar sua virgindade. - A voz era muito baixa, quase inaudível. Mas eu soube que ganhava a batalha, pois meteu o dedo mais duramente, seu polegar indo em minha vulva, seu gemido angustiado ganhando a noite ao me sentir tão melada e fervendo.
- Então come o meu cuzinho ? - Pedi fora de mim, pois nunca tinha penetrado seu pau em mim, a não ser em minha boca. E eu queria mais, precisava desesperadamente de mais.
- Caralho !- Arfou, sua luta se perdendo, ainda mais quando eu rebolava daquele jeito, fazendo-o sentir como meu ânus também estava molhado, lubrificado. Sacudiu a cabeça. - Não posso .
- Pode. Come meu cuzinho, Quin ? - Voltei a suplicar dolorosamente excitada, ansiosa, fora de mim.
E então ganhei. O tesão gritou mais alto. Puxou os dedos de dentro de mim rápido, o suficiente para levá-los até sua calça jeans e abri-la de um safanão, colocando o pau teso e
grosso para fora, ajoelhado no banco atrás de mim. Sua mão voltou, apenas para espalhar
meus líquidos abundantes na entrada do ânus, a outra mão pressionando meus joelhos
contra os seios nus, seus olhos incendiados na penumbra. Respirava irregularmente, como
um touro prestes a investir e atacar. Perdi a razão de vez e choraminguei baixinho, precisando desesperadamente de mais. E Joaquim me deu.
Veio com tudo. Não foi delicado, não me preparou mais, como se seu controle e sua razão estivessem por um fio, uma capa vermelha diante de seus olhos. Um gritinho rouco e doloroso escapou da minha garganta quando a cabeça grande e robusta do seu pau forçou o orifício além do seu limite e entrou. Na mesma hora deitou-se mais sobre, forçando minhas pernas em meu ombro direito, entre nossos corpos, sua mão grande tapando minha boca.
Senti lágrimas vindo aos meus olhos com a ardência, a queimação absurda do membro parecendo me rasgar ao entrar.
Joaquim parou com metade do pau dentro de mim, arquejando, fitando meus olhos, tentando conter sua fúria, seus instintos viris que o dominavam. E murmurou:
- Vou parar .
Mas eu não queria que parasse. Em meio à dor ardida, à pressão terrível que parecia me invadir, eu tremia de tesão ali naquele banco, presa por seu corpo, com sua mão em minha boca e seus olhos nos meus. Era a primeira vez que o sentia assim, dentro do meu corpo, rompendo mais uma barreira, tomando mais de mim. E queria mais, precisava de mais.
Agarrei-o pela cintura e gemi contra sua palma quando movi meu quadril no pouco espaço que tinha, mostrando com meu corpo que precisava dele mais do que tudo, acabando com qualquer resquício de razão. As lágrimas escorreram pelos cantos dos meus olhos para meu cabelo, enquanto ele investia sobre mim rosnando, entrando todo, apertado e teso até o fundo.
Pude gritar contra sua mão, que abafava o som. Não pisquei, não desviei de seus olhos verdes amarelados com pupilas dilatadas. Agarrei suas costas, cravei as unhas sobre a camisa que cobria sua pele, deixei mansamente que me comesse como um macho esfomeado, passando a estocar dentro de mim, ganhar espaço, me fazer dele.
- Que delícia foder esse cuzinho apertado .- Deixou escapar, fora de si, movendo os quadris para frente e para trás devagar, entrando, devorando, me fazendo aceitá-lo mais e mais.
Fui golpeada pelo tesão violento, por um prazer sem limites e sem controle, extasiante. A dor, a ardência de ter meu ânus tão invadido e esticado pelo pau grande e grosso, apenas contribuía para as sensações arrebatadoras que me trespassavam em sua fúria, enquanto me penetrava mais e mais, até que dava estocadas longas e fundas dentro de mim.
Seus olhos domaram os meus, hipnotizando-me, fazendo-me presa, cativa de seu domínio.
A mão continuava lá, firme em minha boca, abafando os meus gemidos, até que ele próprio gemia também, deitando-se mais sobre mim, investindo agora com força, duro e bruto, arreganhando-me mais para acomodá-lo apertado e rascante. Era pesado, grande,másculo.
Então tirou a mão e substituiu pela boca, beijando-me com paixão, sua língua duelando contra minha, seus dedos indo apertar meu seio, esfregar o mamilo, bombardeando-me com sensações avassaladoras. E então desceram mais, entre nossos corpos, enquanto me fodia duro e me beijava fervorosamente.
Lambi sua língua, chupei seus lábios, movi-me contra as estocadas narcotizantes e amoriscadas do seu pau que me deixava doida, enlouquecida de tanta paixão. E quando
seu polegar rodeou meu clitóris e o pressionou, gritei em sua boca, choraminguei extremosamente, senti o corpo queimar e se esticar, beirando o precipício do prazer. Então
meteu com uma violência sem pudor e controle, ele próprio mal se equilibrando, os
sentimentos exaltados cobrando seu preço.
Sacudi-me e palpitei ferozmente, fazendo o orgasmo explodir com força total, me escaldando em sua intensidade, me levando em ondas e ondas gigantescas, enquanto seu
pau inchava, enrijecia mais e despejava o gozo quente e denso dentro de mim, alagando-
me, aumentando vertiginosamente o meu prazer. Eu chorei, o arranhei e gritei, mas fui contida e abafada, fui fodida como nunca na minha vida, fui dele de corpo e alma.
Joaquim tomou tudo de mim e um pouco mais, foi meu homem, meu amor e meu algoz,
bebeu do meu prazer e me deu o dele em gemidos roucos, beijos sôfregos, pegadas brutas.
E mesmo cheio de esperma, continuou a estocar em meu cuzinho dolorido e fervendo, que latejava, masturbando meu clitóris, arrancando de mim as últimas gotas de um gozo fulminante, estarrecedor. Pensei que fosse morrer, sem forças, sem direção de mim mesma, desgovernada, rendida. E só então ele parou, respirando pesadamente, descolando a boca e fitando-me com seus olhos pesados de luxúria.
Ficamos assim, só nos olhando, completamente colados e unidos, ligados por sentimentos golpeantes e autoritários, maiores do que qualquer comando racional, tão íntimos como duas pessoas podiam ficar. E no meio de tanta emoção, tanta lascívia e contato extraordinário, eu sussurrei brandamente, com o mais fundo do meu ser:
- Eu te amo, Quin.
Vi como ficou abalado. Por um momento, tive certeza que me diria o mesmo, mas fechou os olhos, respirou fundo. E por mais que eu tentasse segurá-lo, se ergueu, se afastou, saiu dolorosamente de dentro do meu ânus ardido, alagado por seu esperma grosso. Sentou-se no banco, fechando a calça, correndo os dedos entre os cabelos loiros e espetados.
Eu já tinha visto aquela cena inúmeras vezes e fui golpeada pelo desespero, ao abaixar as pernas devagar, dando um gemido. Estava dolorida e cremosa por baixo, mais consciente do meu corpo do que já estive um dia. Sentei no banco gelado, afastando o cabelo, olhando-o entre raivosa e suplicante. Porque eu sabia o que viria. Arrependimento.
- Não ouse se lamentar agora. - Falei baixinho, sem tirar meus olhos dele.
Joaquim virou a cabeça e me olhou. Metade do seu rosto era escuridão, mas a outra metade estava mais ou menos clara, denotando sua raiva consigo mesmo, sua indecisão.
Mordeu o lábio carnudo, respirou fundo. E emendei logo:
- Já fizemos, Quin. Arrependimento nenhum vai apagar isso.
- Mas não devíamos ter feito. - Sua voz era dura, seu maxilar cerrado, sua expressão perturbadora. - Sou a porra de um animal. Pedro e Heitor tem razão quando me chamam
de Touro. Não penso como gente.
- Pare .
- Parar o quê? - Sua voz era baixa, rascante, seu olhar me perfurando. - De me sentir um merda? Um estuprador de irmã?
- Não sou sua irmã!
- É! Pra todo mundo você é!
- Mas não de sangue! Não para mim nem para você! Quando vai entender que o que temos é mais do que isso? É paixão, é ...
- Chega, Gabriela. - Passou de novo os dedos pelo cabelo, nervoso, se erguendo. Ia fugir, eu sabia. Ia continuar lutando contra mim, contra o que sentia, contra o que tínhamos.
Eu me levantei também, furiosa, tremendo, puxando minha calça e calcinha para cima. Mas deixei o jeans aberto, não fechei a camisa nem coloquei o sutiã no lugar. Senti seus olhos em meus seios, a briga que travava consigo mesmo, o desejo que ainda estava lá, latejando entre nós.
-Vai ser sempre assim, Quin? Eu implorando e te seduzindo e você fugindo depois de gozar?
- Fale baixo! Arrume essa roupa. - Exigiu nervoso.
- Por quê? - Abri mais a camisa, mostrando meus seios, expondo-me com um misto de raiva e mágoa. - Vai se tornar um animal de novo e me comer se eu te provocar bastante?
- Gabriela ? - Começou, ameaçador.
- Não é assim, Tourinho? Eu estendo o manto vermelho e você vem com tudo!Depois foge como um cordeirinho.
- Cala a boca ...
- Ou o quê? Vai comer meu cu de novo?
Parecia chocado que eu falasse assim, tão claramente. Senti que vacilou, fugindo do meu olhar, abaixando-se para pegar seu chapéu no chão e enfiar na cabeça, tentando recuperar o controle.
- Isso não vai tornar a acontecer. Nunca mais. - Disse entredentes.
Fiquei furiosa de verdade. Era a mesma coisa há mais de quatro anos, desde a primeira carícia e o primeiro beijo. Sua culpa, seu afastamento, sua fuga. E eu sempre mendigando mais, pedindo, suplicando, esperando por migalhas como uma maldita faminta. E sempre sendo repelida, afastada, negada. Enquanto eu despejava lágrimas e esperava por ele, Joaquim se divertia com as Tininhas da vida.
Nunca senti tanta revolta e fui consumida pelo ódio. Senti seu olhar quando abaixei o sutiã e comecei a abotoar a camisa com dedos trêmulos. Então ergui a cabeça e o fitei, dizendo baixo, firme e decidida:
- Sim, não vai acontecer nunca mais. Sabe por quê? Porque cansei de ser eu a correr atrás de você. Depois me trata como se a culpa fosse minha por ser um maldito animal irracional. Chega! A partir de hoje, não quero que toque mais em mim. Porque não vou nunca mais... Nunca mais, está ouvindo? Me jogar em cima de você. Vou procurar um homem que me ame e dê valor.
Isso o alertou. Deu um passo em minha direção, puto.
- Não fale merda!
- Merda você vai ver!
- Que homem? O que ...
- Não te devo satisfações. - E ergui o queixo, fechando a calça.
- Gabriela ? - Ameaçou, sem poder disfarçar o ciúme. - Se eu souber que você está transando por aí ....
- O que vai fazer? Virar um tourinho? Correr para contar para o Theo? - Ri, sem vontade, olhando-o com desprezo, o que o surpreendeu e deixou imóvel. - Tenho vinte anos. Posso transar com quantos eu quiser e não vai poder fazer nada, irmãozinho. Fique com a Tininha! Aproveite com ela. Porque comigo não terá mais nada.
Virei. Ouvi que me chamava baixo, que vinha atrás de mim. Se me tocasse, se me agarrasse, eu não ia resistir. Ia me humilhar de novo, implorar, cair aos seus pés querendo
de novo suas migalhas. E assim, com o peito doendo e os olhos cheios de lágrimas, corri
para casa e fugi dele.