Natalia.Eiras 20/12/2014Resenha publicada no blog Perdidas na Biblioteca Shutter Kelly é um adolescente no último ano do ensino médio, que não se preocupa com nada. É como se ele sofresse do complexo de Peter Pan. Tudo na vida dele gira em torno de festas e bebidas, e quando eu digo tudo é tudo mesmo.
Todo mundo sabe que adolescentes bebem. Atire a primeira pedra aquele que conseguiu passar toda a adolescência indo a festas e nunca colocou um copo de cerveja ou qualquer coisa alcoólica na boca até completar 18 anos.
Bem...
Como não recebi nenhuma pedrada, acho que todos nós quebramos essa regra. Até ai... ok.
O problema é que Shutter bebe muitooooooo!
Ele começa o dia dele tomando whisky no café da manhã para comemorar o fato de estar vivo mais um dia e poder agraciar o mundo com sua presença. Ele chega "calibrado" para trabalhar; dirige bêbado; ou seja, ele vive em constante estado de embriaguez.
Mas Shutter não é uma má pessoa. Ele é inconsequente, irresponsável, uma eterna criança, um cara sem conserto, mas... uma boa pessoa.
Tanto que quando ele é dispensado por sua namorada (porque ela não aguenta mais a incerteza de um futuro com ele, já que o cara só pensa no agora), ele conhece Aimee, uma nerd que vive humilhada e sub-julgada por todos ao redor dela. E quando digo todos, são todos mesmo! Até a mãe dela é uma sanguessuga!
A menina ajuda a mãe a entregar jornais às 4h da manhã todos os dias, enquanto a mãe vai pro cassino com o namorado gastar o dinheiro da conta de gás; e quando Aimee contou para a mãe que queria ir para uma faculdade em outra cidade, a mãe utilizou de chantagem emocional para destruir os sonhos da menina. E, é claro, que Aimee caiu nessa direitinho...
Shutter percebe que Aimee não tem autoestima e que precisa aprender a se impor, por isso, decide ajudar a menina a ganhar mais confiança em si mesma. Com isso, eles acabam virando amigos, mas Shutter deixa bem claro para todos os amigos dele que esta fazendo isso apenas para ajudar Aimee e que não tem nenhum interesse sexual na garota.
Porém, como já era de se esperar, com o tempo isso muda...
Resumindo, o livro trata-se da história do "CARA" da escola, aquele cara que todo mundo ri das piadas, que passa nos corredores falando com todo mundo, que é o rei da festa e que de repente resolve ajudar a pobre garota nerd que ninguém notava até ele passar a andar com ela, e se envolver amorosamente com ela.
Bem clichê, né?
Eu não consegui gostar dos personagens. Aimee é sem sal! Você poderia jogar todo o sal do mar nela, que ela conseguiria continuar sem sal.
E Shutter... é engraçado, mas todo bêbado é até certo momento. Como ele narra a história, nós temos vários trechos divertidos, pois ele é meio palhaço, porém ele vive a base da 7Up (um refrigerante) batizado com whisky, e depois de passar o livro inteiro vendo ele se embebedar, você perde a paciência! Sua vontade é de mandar ele logo pro AA, pois de livre e espontânea vontade ele não vai...
Você passa o livro inteiro achando que sabe como vai terminar essa história, exatamente porque toda a ela é clichê, certo?
Errado. Quando você acha que vai vir aquela "moral da história", o autor termina o livro. E não...não tem uma continuação...
Esse livro esta prestes a ganhar uma adaptação para os cinemas, mas sinceramente eu não consigo me ver pagando para ir ao cinema para ver essa história. Ainda mais se seguir fielmente a história do livro.
Sorry... mas é a verdade.
Eu sinceramente acho que o autor se perdeu completamente na história. Era para ser mais uma história de sessão da tarde acabou virando uma história vazia.
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http://www.perdidasnabiblioteca.blogspot.com.br/2014/07/o-maravilhoso-agora-por-tim-tharp.html