Sangue na Lua

Sangue na Lua Sheila Schildt




Resenhas - Sangue na Lua


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Rick 17/08/2014

De terror à ficção cientifica...
Nessa coletânea de contos, onze contos no total, da parceira Sheila Schildt temos uma mescla de contos de suspense, terror, ficção cientifica e até sobre violência. A Sheila tem uma forma muito gostosa de lidar com a trama, ela deixa o leitor ansioso pelos acontecimentos e faz isso muito bem colocando aos poucos novas informações mas sem dar breve para prever o final. Os contos de terror são os melhores, não que os outros não tenham igual mérito, mas esses possuem um clima bem semelhante aos grandes clássicos do terror e chegam a causar um arrepio na espinha.
Os contos são independentes e apesar de tratarem de temas bem pesados sua leitura é rápida e prazerosa, mérito da escritora que soube muito bem o que estava escrevendo. Um ótimo livro para aqueles que gostam de estórias curtas, densas e de desfechos improváveis.

site: http://estantejovem.blogspot.com.br/
Sheila 25/08/2014minha estante
Obrigado pela parceria! Abraços




Thaís Venzel 21/02/2015

Um livro com 11 contos de suspense e terror, em que a autora trata de temas muito fortes e presentes na nossa sociedade atual. São contos não muito grandes, com uma narrativa fácil e bem construídos. Eu escolhi três deles para falar para vocês. Não são os preferidos, pois não consegui selecionar um sendo melhor que o outro, pois todos eles são muito bons, cada um com suas particularidades.

Conto 5 - Escuro

Este conto é a história de um homem que sofre de mania de perseguição. É contado de dois pontos de vista. Do dele, em meio a uma crise, e dos médicos, contando a história real e o desfecho dela. É bem curto o conto, mas mexe muito com a gente.

"Eram ELES. Eles haviam me encontrado, eles estavam ali e eu tinha que fugir para proteger os meus. Arrumei alguns poucos pertences e saí em meio à madrugada, com destino incerto, a fim de livrá-los da maldição que eu carregava."

Conto 7 - Pedro e o Lobo

Esse conto é a história de Pedro, uma criança de 5 anos que devido as dificuldades da vida já se sente um rapazinho. Ele e sua mãe todos os dias saem para catar lixo, com uma rotina sempre muito sofrida. Ao chegar em casa, quase sempre, seus esforços de nada valem, já que o padrasto de Pedro pega as poucas coisas de valor que conseguem para vender e com o dinheiro comprar bebida. Como se não bastasse, ele e sua mãe sofrem de violência doméstica, um dos temas mais tratados em todo livro. Ele então, com seus cinco anos e não conhecendo bem o mundo, resolve fazer algo de bom para que sua mãe e ele possam se livrar do padrasto. Mas o final, bem, é como quase toda história da vida real.

" Afinal, ele é só um garotinho, mas já é grande o suficiente para entender o que é não ter para onde ir. E que as pessoas têm casas, não como o barraco onde vivem com o padrasto, mas aquelas bonitas e coloridas, como no desenho que assistira na “tevelisão” de um vizinho. Logo, se eles tivessem uma casa, eles teriam para onde ir. Mas como se consegue uma casa?"

Conto 9 - O livro

Alguns de seus contos levam nomes de objetos, como "A casa", "A porta". Assim como nos outros "O Livro" é um objeto amaldiçoado. A personagem principal desta história recebe um livro em branco de herança de um tio muito distante. Inicialmente não dá muito interesse, pois era muito ambiciosa e apenas o dinheiro, que bancava os saraus em sua enorme casa, lhe importava. Com o tempo aquele objeto foi lhe despertando interesse, e teve a idéia de ali escrever suas memórias. Quanto mais tempo se dedicava à escrita de suas memórias, menos tempo passava com seus amigos. Tem um final impactante.

" O livro acabou por se tornar uma charada, um enigma, que prometia exauri-la por completo. Após titubear a respeito disso por semanas – por que fora dado a ela? Qual significado oculto por trás de tal legado? – ela finalmente pensou ter compreendido. A capa do livro não tinha seu nome? Que mais seria então, se não o receptáculo de suas memórias, das histórias que presenciara, dos mexericos que sabia? Deveria ser um livro escrito por ela, a respeito dela. Sim, deveria ser isso."

Foi uma leitura incrível. A autora é muito talentosa e amarra perfeitamente suas histórias. Os assuntos que ela aborda são de extrema importância, assuntos que precisamos refletir. É a realidade brasileira, contada de forma ficcional, porém tão assombrosa no livro quanto na vida real.

site: http://fotografiaeleitura.blogspot.com.br/
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Giane 31/01/2015

Sangue na Lua e Outros Contos
Conheci a Sheila pelo Facebook quando ela estava começando a organizar o book tour do seu livro. Quando vi que erra sobre suspense e terror não perdi tempo e pedi logo para participar.

"E, a princípio, não viu nada demais em sua tarefa, apesar de alguns dos meninos ficarem uivando no portão, como se fossem coiotes." P. 12;

Sangue na Lua e Outros Contos é um livro composto por onze contos intitulados: A Casa, A Porta, Um (Algumas Vezes Verdadeiro) Conto Natalino, Eram Almas Gêmeas, Escuro, Os Sem-Nome, Pedro e o Lobo, Sangue na Lua, O Livro, A Colonia e Quando Eu Era Professor na Escola Rainha Elizabeth Para Meninas, respectivamente.

"Mas então veio a mão. E a mão era muito, muito branca e muito, muito pequena." P. 21;

Nesses contos a autora fala sobre bullying, solidão, mau tratos à crianças e mulheres, loucura, pedofilia e culpa, para isso ela utiliza personagens como zumbis, bruxas e seres sobrenaturais. Os assuntos ficam subentendidos e isso nos obriga a reflexionar após cada conto.

"- Quando em meio a este se via segurando 'seu bebê' e o embalando nos braços, colocando-o para dormir e dizendo que o ia proteger. Não, A-Coisa-Ruim não pegaria seu bebê." P. 25;

Na descrição do livro diz que ele é de suspense e terror. Eu sinceramente só achei o suspense, mas isso é porque para ser terror, ao meu ver, tem que ter muito sangue nas páginas! Senti falta disso. O único conto que classificaria como de terror e que me deixou sedenta por mais, muito mais, foi o primeiro: A Casa. Esse eu queria que fosse desenvolvido e virasse um livro se possível. Ele tem muito potencial.

"Bom, melhor acreditar nisso do que na possibilidade de um mundo onde se possa apanhar até sentir os ossos gritarem por tão pouco." P. 31;

A diagramação está linda, com detalhes na parte inferior de cada página e nos começos dos capítulos. A capa muito bem trabalhado mostra uma lua de sague, tal qual o conto que dá nome ao livro. As páginas são brancas, letras e espaçamentos ótimos. Trabalho maravilhoso tanto da autora como da editora.

"Quando este apareceu sem os olhos e com marcas do que pareciam garras em seu dorso." P. 40;

Indico a leitura para pessoas que gostem de contos ou para ser lido entre um livro denso e outro. Ao final o livro recebeu quatro estrelinhas no site do Skoob e já está a caminho das mãos do próximo participante, o Lázaro do blog AntiVírux7.

"Ela é só mais uma das vítimas do vírus, um vírus letal que quase dizimou a vida sobre o planeta." P. 45.

site: umaleitoraaquariana.blogspot.com
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De Cara Nas Letras 06/05/2015

Sangue na Lua e outros contos - Sheila Schidt
Em Sangue na Lua, livro da autora e também blogueira brasileira Sheila Shildt, encontramos uma seleção de contos de temas variados, em um total de onze, todos escritos por ela. Como o exemplar possui um número vasto de pequenos contos, decidi que focarei naquele que dá título ao livro.

Sangue na Lua nos conta a história de um casal apaixonado e não muito rico que vive em um pequeno vilarejo. O marido trabalha o dia inteiro fora de casa, com madeira (não nos é dito especificamente qual é sua profissão, mas tomei como sendo "carpinteiro" ou algo assim), e a sua mulher é costureira e também dona de casa. Em uma manhã como outra qualquer, a mulher sente um mau presságio e o marido, intrigado, pergunta-lhe o que está lhe ocorrendo. Como não quer transtorná-lo, ela decide mentir e diz que não é nada. Ele sai para o trabalho, mas nunca mais volta. Uma simples queda de cavalo retirou a sua vida. Transloucada com a perda repentina de seu grande amor, aos poucos ela adoece mentalmente, sendo vista por todos como louca. Já sem aguentar as dores do seu coração partido, decide procurar uma bruxa da cidade para fazer um pacto que traga seu amor de volta, seja lá por qual preço...

O fechamento de todos os contos são surpreendentes, independente do tema que ele aborde. A maioria possui um toque sobrenatural, mas nem todos são assim. Há aqueles que falam de violência doméstica e/ou loucura mental. A autora sabe explorar as diversas diretrizes da nossa sociedade com propriedade, fazendo com que sua obra seja completa.

A escrita impecável e fluida traz ao livro uma elegância ímpar, proporcionando ao leitor a sensação de estar, literalmente, devorando as páginas, uma a uma. Devo afirmar que esse foi o único livro nacional que chamou minha atenção ao ponto de conquistar as cinco estrelas. Para aqueles que nunca tiveram a oportunidade de ler uma antologia de contos, deixo expresso: vocês precisam ler esse livro. Garanto que, de uma forma geral, vocês não se decepcionarão.

site: www.decaranasletras.blogspot.com
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steph (@devaneiosdepapel) 07/08/2015

Sangue na Lua - Sheila Schildt
[Resenha originalmente postada no blog Devaneios de Papel]

O livro é composto por onze contos de terror e suspense, e eu esperava muitas criaturas sobrenaturais, sangue e ~cabeças rolando~, mas fui surpreendida pois as histórias vão muito além disso. Falam sobre violência doméstica, pobreza, abuso sexual e outros assuntos tão reais que fazem o papel de nos assombrar de verdade. Estarei mentindo se disser que alguns dos contos não me deram pesadelos.

Por muitas vezes me peguei refletindo sobre os assuntos mais pesados tratados nos contos, pensando no que levou a autora a escrever sobre aquilo. Pensei bastante sobre a história de vida daqueles personagens aparentemente fictícios, mas que eu sei que são bem mais reais do que imaginamos. É triste imaginar que a violência sofrida por pessoas dentro de suas próprias casas possa ser muito mais assustadora do que qualquer monstro imaginário.

Pra mim o maior destaque da obra é o conto homônimo ao título. O tom é sombrio, macabro, e a cena final me deu arrepios. Consegui notar algumas das inspirações da autora neste conto e achei que o desenvolvimento desta curta história foi feito com maestria. Gostei bastante também de outros como Eram Almas Gêmeas, O Livro e o pós-apocalíptico A Colônia, sendo este último digno de um romance mais extenso. Me deixou com gosto de quero mais.

Fiquei muito satisfeita ao terminar o livro. Foi uma ótima experiência, leitura rápida e que com certeza irá entreter aos mais diversos tipos de leitor. Acredito que Sheila tem um caminho muito próspero pela frente no mundo da literatura nacional e torço bastante por sua carreira. Recomendadíssimo!

site: http://www.devaneiosdepapel.com.br/2015/08/resenha-sangue-na-lua-booktour.html
Douglas 08/05/2017minha estante
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Camila 28/12/2016

Recomendo!
[Resenha publicada primeiro no blog The Nerd Bubble]

Conheci este livro incrível da gaúcha Sheila Schildt através do Projeto Livro e, para quem gosta de terror e suspense como eu, esta antologia é um prato cheio! Os onze contos me fizeram arrepiar os pelos da nuca – o que, obviamente, é o intento de contos de mistério como esses. A autora tem um talento incrível para manter o suspense até o momento certo, o que é imprescindível para fazer o leitor roer as unhas de curiosidade (o que eu fiz, de fato).
Três dos contos são mais tocantes e inquietantes por mostrarem o lado mais macabro do ser humano, o que é muito mais assustador do que aliens ou zumbis. Destes três, "Um (algumas vezes verdadeiro) Conto Natalino" e "Pedro e o Lobo" são narrados pelo ponto de vista de crianças que sofrem com a pobreza e maus-tratos, retratando uma realidade que, como a autora mesmo diz, muitos de nós fingimos que não existe. O que pode ser mais angustiante que crianças perdendo sua inocência? A única crítica que eu poderia fazer a esses dois contos em especial é que os dois têm um vocabulário muito parecido, com expressões que aparecem algumas vezes em ambos para ressaltar sua pouca idade, o que não diria que é uma falha, mas pode soar um pouco repetitivo para quem devora o livro todo de uma vez só como eu.
O terceiro desses contos – "Eram Almas Gêmeas" – mostra o drama de uma mulher abusada pelo marido e a autora foi extremamente eficiente em passar a dor, a humilhação, o desespero e o conformismo da protagonista. Devo dizer que me senti tão mal e ultrajada pelo que acontecia a ela quanto me senti pelo sofrimento das crianças. A violência e a falta de esperança mostradas nesses três contos são tão bem descritas que até fiquei um pouco triste após lê-los – um elogio à escritora.
Mas não é só de tristeza e tensão que se faz o livro. Não mesmo. O primeiro dos contos – "A Casa" – mostra os terrores que se pode encontrar em uma casa abandonada, e na sequência já nos deparamos com a visão da Sheila sobre o “apocalipse zumbi” em "A Porta", não tão violeta mas tão assustadora quanto os filmes e livros clássicos do gênero. Em "Os Sem Nome" e em "A Colônia" temos um cenário meio pós-apocalíptico, onde a humanidade volta a hábitos primitivos, enquanto no conto "Escuro" seguimos um homem aterrorizado e fugindo de alguém (ou não?). "O Livro" parece se passar em algum tempo onde bailes elegantes eram comuns, mas eles não são nosso foco, mas sim o misterioso livro que a protagonista recebe de herança.
Para o final, deixei o conto que tem destaque no nome do livro e aquele que, segundo a autora conta no seu prefácio, foi escrito depois de um sonho e foi a necessidade de transformar tal sonho em história que a fez sentir como uma escritora de verdade. Pois bem, "Sangue na Lua" é um conto triste e macabro, que resume bem o tom do livro em si, o que me faz acreditar que o destaque no título não foi ao acaso e foi uma ótima escolha. A história é simples e, embora não seja surpreendente em si, é escrita de maneira envolvente e tem ares de conto dos irmãos Grimm (na versão original, claro).
O último conto, apesar de não ser meu favorito, merece meu respeito. "Quando eu era professor na Escola Rainha Elizabeth para Meninas" tem um título bem autoexplicativo e mostra os terrores escondidos nos corredores da Escola. Por que ele não é meu favorito? Só porque passamos mais tempo acompanhando o narrador do que descobrindo e enfrentando o “mal”. Não que as explicações do narrador não sejam úteis, mas, ansiosa como sou, gostaria de ter chegado um pouquinho mais rápido na “parte que interessa”. Outra coisa é que a autora usa um vocabulário rico em todos os contos, mas neste – por ser uma história passada numa época passada – ele é ainda mais, o que pode parecer um pouco demais. Novamente, não é um erro ou um problema (adoro ler um texto mais elaborado!), mas deixou o texto um pouco cansativo.
Enfim, minha opinião geral sobre a antologia não poderia ser mais positiva; recomendo "Sangue na Lua e outros contos" a todos aqueles que gostam de sentir aquele frio na espinha que só bons e poucos autores sabem causar – e Sheila certamente consegue.

site: http://mynerdbubble.blogspot.com/2015/04/projeto-livro-analise-da-obra-sangue-na.html
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