Carol Amaro 24/02/2011Aisha é uma menina muito ativa e curiosa. Uma criança de apenas 6 anos que sonhava em ser uma guerreira beduína e de repente vê seu mundo mudar. Em mais um dia de sua vidinha de sonhos e traquinagens ela recebe a notícia de que está noiva do simpático senhor que visita sua família. Esse senhor é Maomé e para preservá-la até a época do casamento, Aisha deve viver enclausurada em sua própria casa.
Com apenas 9 anos Aisha se casa e começa a tumultuada jornada que a transforma na esposa favorita do Profeta…
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Sou suspeita para falar de romances históricos com mulheres protagonistas. Eu simplesmente ADORO! Com esse livro não foi muito diferente. Eu me envolvi com a história e com toda a ambientação da época, além de simpatizar com a jovem Aisha.
O livro me interessou principalmente por tratar de uma cultura e período que tenho conhecimento apenas geral: a Árabia do século VII e a fundação do Islã. Gostei de ler sobre o dia a dia das famílias no deserto e sobre o homem que uniu tanta gente em uma mesma fé. Detalhe: esse livro foi proibido em alguns lugares justamente por retratar Maomé, o que segundo o Islã é haram dos brabos.
Saber um pouco mais sobre as origens do islamismo me fez entender um pouco mais do contexto que levou ao surgimento de tamanha religião. Claro que o livro é um romance e por isso podem haver partes forçadas ou talvez inverossímeis para alguns, mas para mim de um modo geral a história foi bem construída e, em vários pontos, totalmente factível.
Enfim, é um livro bem interessante e parece que haverá continuação. Se for o caso, lerei com certeza.
(Originalmente postado em: http://www.meunomenaoekerol.com/2011/02/ja-li-a-joia-de-medina/)