Um preço muito alto

Um preço muito alto Carl Hart




Resenhas - Um Preço Muito Alto


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Paula 19/06/2014

Desconstruir para construir - um relato corajoso sobre drogas
"Um preço muito alto" é um tapa na cara. Um não; muitos tapas na cara. Trata-se de uma auto-biografia corajosa revestida por pesquisas científicas e análises sociais. Desconstrói toda e qualquer visão que se tenha sobre drogas e a forma que lidamos com elas. Oferece um olhar lúcido, sensato e muito sincero sobre o tema que nos leva a questionar a forma que a sociedade lida com essa questão e os motivos por trás da adoção de uma abordagem simplista e errônea.
Pode, de início, suscitar certa resistência no leitor e isso é perfeitamente compreensível. Desfazer preconceitos e aceitar novas perspectivas para encarar um problema da devida forma sem dúvidas requer esforço, mas o que se segue é uma vontade enorme de fazer todos aqueles ao redor entrarem em contato com essa leitura.
Além disso, a história de Carl Hart nos abre os olhos para outras questões como a discriminação racial nos EUA (e no mundo), a pobreza, a desigualdade e as dificuldades de optar por se dedicar ao mundo acadêmico.
Recomendo muito!
Vanessa 28/06/2014minha estante
Perfeita resenha!


Ju Ragni 01/10/2021minha estante
Já quero ler!!!


Kellver 25/10/2023minha estante
Que maravilhoso seu relato, estou lendo e você descreveu exatamente tudo!!! Recomendo a série The Mid Nigth Gospel, trata sobre temas semelhantes




Caio380 03/05/2023

O problema das drogas
As drogas são o problema do mundo? Ou o mundo é um problemas das drogas? Na verdade, não é uma coisa nem outra. Ou melhor, talvez, um problema seja parte de um outro problema. Falar sobre uso de drogas, vício, dependência e outras situações relacionados as drogas mexe com a emoções, sentimentos e experiências. E é isso que Carl Hart procurou fazer com esse livro. Ele convida o leitor/leitura a um mergulho as profundezas da sociedade, do preconceito, do sistema econômico e dos tramas cotidianos e familiares que atingiram a ele, parentes, amigos e conhecidos. Hart, merece ser lido pela coragem que teve. Sua história é um grande serviço a divulgação cientifica e aos esclarecimento sobre o mundo e as drogas. A leitura é inquietante. Ao final encontramos uma afirmação que pode ser transformado em pergunta: as drogas são parte de um problema chamado vida.
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Leandro Matos 11/08/2014

UM PREÇO MUITO ALTO | NEUROCIENTISTA RELATA SEUS ESTUDOS E SUA RELAÇÃO COM AS DROGAS
Intercalando passagens biográficas e dados científicos sobre suas pesquisas e estudos, o primeiro cientista afro-americano da Universidade de Columbia, Dr. Carl Hart, entrega por meio de relatos transparentes e sinceros, sua perspectiva sobre diversos pontos relacionados aos mais diversos tipos de entorpecentes no livro Um Preço Muito Alto, publicado pela Editora Zahar recentemente.

Há mais de 20 anos estudando o comportamento humano e as funcionalidades do cérebro sob o efeito de narcóticos, Dr. Hart nem sempre dispôs de oportunidade e chances para exercitar sua curiosidade incessante. De origem pobre, ele nasceu e viveu nos guetos de Miami e desde cedo, convivia com sérios problemas familiares e observava atento, quais eram as reais causas que levavam aquele contexto. Pobreza, marginalização, desemprego crônico e a falta de oportunidades, são só alguns exemplos de uma gama de fatores que acometiam a família Hart e toda as comunidades afrodescendentes da época. As drogas eram apenas um desses elementos, uma consequência, ‘uma saída’ quase que inevitável diante de dificuldades tão presentes. Mesmo se mantendo firme em suas aspirações e objetivos, Hart foi mais um na fatídica estatística de jovens negros envolvidos com drogas, tráfico e pequenos delitos, mas soube usar o esporte, a literatura, a música e até o exército como alicerces para a difícil transição da adolescência para a fase adulta.

Seus primeiros estudos científicos eram aplicados em ratos e pelo resultado obtido nesses experimentos, o cientista estendeu a execução desses estudos para humanos. Basicamente, Hart monitorava o comportamento dos roedores ao serem condicionados ao uso de cocaína e da nicotina e o quanto dessas práticas seriam definitivas para considerá-los dependentes dessas substâncias. Foi observado que esse roedores abandonavam o autocondicionamento com as drogas, mediante tivessem acesso a outras opções de recompensa. Interessante o apontamento do cientista, em elencar alguns pontos semelhantes desses experimentos com o comportamento humano submetidos a condicionamentos semelhantes. Na década de 50, a ciência acreditava que o vício estava ligado a dopamina, um neurotransmissor produzido e liberado no cérebro, que dentre diversas outras funções, também é responsável pela sensação de prazer e satisfação tão associada aos efeitos obtidos com uso de entorpecentes.

No decurso da leitura fica claro um questionamento central:

O que diferencia o usuário do viciado em drogas?

Dr. Carl apresenta argumentos e dados para responder essa e outras perguntas durante o livro. Durante suas pesquisas ele chegou a algumas conclusões surpreendentes, tais como de que 80% a 90% daqueles que fazem o uso de qualquer tipo de droga, não são considerados viciados. Ele alega que para o indivíduo ser considerado viciado, precisa estar inserido em outros contextos (sociais e até emotivos) e que por consequência, venham a atrapalhar suas funções psicossociais. Dentre outras de suas afirmativas está de que a maconha não é uma porta de entrada para ‘as drogas mais pesadas’, apontando que muitos fazem uso de forma recreativa ou até mesmo terapêutica. Sem fazer apologias, Hart levanta a proposta de que são necessárias novas concepções das políticas públicas para o tema. Afirma que a internação compulsória (à força) é antiética e desnecessária naquilo que se propõe e que do ponto de vista educacional, é necessária uma abordagem sobre o uso das drogas de modo geral. Tomando por base o resultado de algumas ações praticadas em Portugal, o cientista é perspicaz em afirmar que uma das atitudes necessárias para a desbanalização das drogas seria por meio da descriminalização, ou seja, não tratar como crime condições comuns aos usuários de drogas, tais como o porte e o uso em si. No país citado, essas práticas são tratadas em semelhante modo como multas de transito, onde não há a tipificação de crime, apenas de uma infração.

Visando quebrar paradigmas e estabelecer novas interpretações sobre o assunto, Um preço muito alto, propõe traçar um novo panorama sobre o uso, o vício e o que entendemos sobre as drogas. Um livro interessante e audacioso, que apresenta argumentações plausíveis para um melhor entendimento e consequências destas. Seja levantando questionamentos ou elucidando outros mais, é necessário reconhecer a importância desse livro como um precursor de um campanha que a passos lentos, visa não proclamar a liberdade do consumo das drogas, mas sim entender quais os fatores intrínsecos e sociais que levam ao vício.

Leia mais no link abaixo

site: http://nerdpride.com.br/literatura/um-preco-muito-alto/
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Hanna.Ramos 05/07/2020

Leitura muito necessária para quem quer entender um pouco mais sobre as drogas e os efeitos dela dentro da sociedade, nesse caso, estadunidense (porém não deixa de ser um relato que reflete a situação de muitos outros países). Toda minha admiração a Carl Hart!
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Solange 14/02/2016

Excelente leitura! Você verá como a maioria vive na ignorância
Contando sua própria história o autor faz um paralelo com o racismo latente nos EUA e conta como a guerra às drogas é baseada em dados irreais. No livro ele nos mostra, com um forte embasamento científico, como toda a sociedade paga um preço muito alto por essa ignorância generalizada e a famosa política do medo...Recomendo a leitura!
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Éverton 27/09/2019

Deveria ser lido por todo gestor de políticas antidrogas
Um livro que há muito tempo esperava ter lido. Valeu muito a pena. Nele o autor, além de contar sua vida e a relação com as drogas, coloca em evidência vários preconceitos adotados nas políticas antidrogas. O mal do uso inconsciente e compulsivo das drogas existe, mas pouco se fala que isso não é regra, mas exceção. As políticas adotadas para deter o uso de drogas causam muito mais mal aos usuários do que bem, como os que se dizem “bem intencionados” querem nos fazer acreditar. Levar as drogas para esfera criminal é marginalizar e estigmatizar ainda mais quem precisa de ajuda (o que não são todos). Quase sempre quem sofre com os efeitos perniciosos do sistema penal de combate às drogas são os grupos já marginalizados pela sociedade. Isso leva a uma retroalimentação desses indivíduos nesse sistema, pois uma vez pegos, é quase impossível sair devido ao estigma que sua ficha criminal lhes conferiu, mesmo sem ter parte em qualquer outro tipo de delito mais grave. Carl Hart trata de uma forma bem direta neste livro como nossa visão sobre as drogas está extremamente enviesada pela mídia, pelo governo e por boa parte da sociedade civil que usa de casos extremos de vício (muito atrelado à vida já ruim do usuário) para fazer sensacionalismo e ignorar os dados científicos relacionados ao uso das drogas. O preço da guerra às drogas como fazemos hoje é muito alto. São vidas destruídas pelo estigma do uso e encerradas por traficantes em disputa por território ou pela polícia no combate ao tráfico. É preciso sair da cegueira do senso comum que as décadas de desinformação nos trouxeram. Este livro deveria ser lido por cada gestor de política antidrogas e por quem realmente se preocupa e como lidar com o uso de drogas na sociedade.
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França 26/09/2022

Autobiografia de um neurocientista
Carl Hart é um neurocientista de considerável sucesso nos Estados Unidos e isso é dizer muito quando se descobre sua origem. É justamente através do relato dessa origem sócio-econômica - um pobre afro-americano - que ele nos convida a examinar os efeitos da proibição das drogas na sociedade.
Os relatos são acompanhados de estudos teóricos para justificar a sua posição política, porém sem minúcias pois a obra é antes um manifesto anti-proibição que propriamente um livro de divulgação científica.
Fica aqui minha ressalva que por vezes às agruras do um negro americano de classe baixa parecem meros dissabores pertos da realidade brasileira. É interessante notar que o que é percebido como lixo por uma sociedade seria luxa noutra. Casa, emprego, carro, escola e outros serviços públicos seriam percebidos doutra forma pelos despossuídos brasileiros.
Contudo, essa diferença de percepção antes confirma do que contesta o argumento de Carl Hart. É pelo olhos do usuário devemos observar a droga, não sendo estas algo danoso por si só. O uso como fuga, como escape, é o que geralmente levará ao abuso. Já o uso recreativo tem muito menos chances de seguir por essa caminho e isso, segundo o autor, independe do tipo de droga.
Recomendo para quem quer saber mais sobre as drogas numa perspectiva mais biológica e ao menos tempo com considerações sociais.
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fev 13/01/2021

#BingoLitNegra #LeiaNegros

O livro tem a abordagem diferente que eu imaginei que teria. O livro tem muito de memória e biografia. Acredito que Hart tenha utilizado essa abordagem para fazer com que o leitor ficasse mais próximo de um assunto que ele defende: a descriminalização das drogas hoje ditas ilegais nos EUA e o seu ponto de vista não tão estarrecedor sobre vício nessas drogas.

Carl Hart dá sempre um panorama sobre a sua vida no início de cada capítulo e mais para o final discute assuntos relacionados às drogas. Da infância pobre em Miami até professor-cientista em uma das universidades mais importantes e famosas do mundo. Ele também, como pessoa negra, faz inúmeros recortes de raça e mostra o quanto a justiça e a política americanas são racistas.

É um bom livro, só não é tão profundo como eu imaginei que poderia ser quanto a opinião do autor sobre a descriminalização. Mas é o suficiente para ser introduzidos ao assunto e ter uma visão diferente daquelas difundidas pela impressa e pelos governos e campanhas de tolerância zero às drogas.

Fica a recomendação, mas vá ciente que é um livro de memórias com discussões sobre drogas.
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Zahar 31/01/2022

A inutilidade da guerra às drogas
Neste ótimo livro o professor e pesquisador Carl Hart analisa o histórico e os resultados da guerra às drogas, enfatizando aspectos pouco abordados - sociais, culturais e econômicos - propõe novas abordagens. ****/5*
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Eduardo.Saldanha 06/06/2023

Um livro essencial para desconstruir tudo que fomos ensinados a pensar sobre as drogas. Carl Hart conseguiu expor assuntos delicados e pesados de uma forma leve e de fácil compreensão. O único arrependimento é de não ter lido antes.
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Luis 12/02/2015

Excelente!
A expectativa com este livro é de que ele iria mudar nossa forma de pensar sobre as drogas. E então nos deparamos com um relato da história de vida do autor, desde a infância passada em uma comunidade carente e violenta até sua carreira como neurocientista em uma das mais prestigiadas universidades dos Estados Unidos. É uma história viva, detalhada e honesta, na qual o autor conta de suas motivações e sua vida na periferia, com nuances muitas vezes não compreendidas por quem está de fora. São feitas comparações entre o que o autor pensava, no início de sua vida, e o que ele conhece atualmente sobre esse fenômeno à luz das mais recentes descobertas científicas.

Como cientista, ele trabalhou diretamente com efeitos de drogas sobre indivíduos, e os resultados o levaram a questionar várias das concepções amplamente aceitas, como a suposta perda de controle em decorrência do uso. Essas descobertas não alteraram a percepção pública sobre o tema, e o autor investiga quais são as reais motivações por trás da política de guerra às drogas, uma vez que não são científicas.

Ao final do livro, temos a clara sensação de que, de fato, ele destrói toda a maneira tradicional de pensar sobre estas substâncias. No entanto, ele parece não focar tanto nas drogas em si, quanto em sua trajetória pessoal, repleta de perigos, desvantagens, obstinação e a convivência desde cedo com o lado mais brutal da sociedade. Longe de ser um equívoco, esta forma nos leva a refletir sobre quais realmente são os problemas envolvendo drogas, e se a prevenção não estaria bem longe das substâncias em si, envolvendo nossas vidas como um todo.
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Samuel.Moreira 29/10/2022

Pesquisa
Outro livros que utilizei de base para meu TCC.

Apesar de ser parte relato, há muita informação pertinente e científica no livro. Carl Hart traz uma visão totalmente diferente do que todos estão acostumados quando se fala de drogas.

Percebe-se com este livro como o proibicionismo foi aplicado com o intuito de criar uma ferramenta moralizadora através do direito penal e como o racismo era predominante nas conversas em relação ao uso de drogas.

Leitura muito interessante que não se limita apenas aos estudiosos do tema, todos deveriam ler este livro e acabar de uma vez por todas com os esteriótipos criados em suas cabeças em relação às drogas.
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Mariana 22/03/2024

Grande aprendizado
Esse livro foi um grande aprendizado para mim. Por meio de sua biografia, Carl Hart discute o uso de drogas e desconstrói muitos mitos que temos socialmente a esse respeito. Ele debate o quanto os contextos micro e macro sociais interferem na questão do vício, mostrando que não é a substância química em si que é devastadora, mas sim as mazelas sociais, políticas, econômicas e raciais que permeiam a sociedade e transformam muitos em criminosos e adictos. É interessante pensar por essa perspectiva, entendendo que existem várias funções para a droga, e uma delas, é suprir a necessidade de reforçadores, que muitas vezes não existem na vida daquela pessoa.
Algumas ideias ainda ficaram um pouco difíceis para mim de entender, pois de fato desconstroem muito do que aprendemos sobre drogas. Ainda assim, recomendo muito o livro para quem quer ampliar sua perspectiva nesse tema.
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Biblioteca Álvaro Guerra 31/01/2024

Na juventude Carl Hart não se deu conta da importância da escola .Estudava apenas para permanecer no time de basquete levando a vida nas ruas , nos guetos de miami , sem perspectivas de um futuro melhor .

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788537812648
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