O Trem dos Órfãos

O Trem dos Órfãos Christina Baker Kline




Resenhas - O Trem dos Órfãos


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cris.leal 13/09/2021

Esperava mais...
Vivian tinha 7 anos quando sua família deixou para trás as dificuldades da vida na Irlanda e mudou-se para os Estados Unidos. Dois anos depois, em 1929, ela perdeu os pais e os irmãos no incêndio que atingiu o cortiço onde moravam, em Nova York. Sozinha no mundo aos 9 anos de idade, Vivian foi parar no Trem dos Órfãos. Aqui, a ficção esbarra na realidade porque o movimento Orphan Train (Trem dos Órfãos) existiu e foi o precursor do sistema de adoção dos Estados Unidos. Consistiu em um ambicioso, e às vezes questionável, programa de bem-estar que transportava crianças órfãs, abandonadas ou desabrigadas de cidades populosas do leste dos Estados Unidos para lares adotivos localizados principalmente em áreas rurais do Meio-Oeste em desenvolvimento. Estima-se que entre 1854 e 1929, cerca de 200.000 crianças foram transportadas nesses comboios de órfãos. Algumas crianças foram calorosamente recebidas por suas novas famílias. Outras foram maltratadas, insultadas ou ignoradas. Alguns desses meninos e meninas vagavam de casa em casa até encontrar alguém que os quisesse. Este, inclusive, foi o destino de Vivian por um tempo.

Em 2011, 82 anos depois do episódio do Trem dos Órfãos, vamos encontrar Vivian rica, viúva, vivendo sozinha em uma mansão e decidida a organizar o sótão da casa, onde estão guardadas caixas com objetos do seu passado. A ajuda para esta tarefa, ela recebe de Molly Ayer, uma adolescente de 17 anos, órfã de pai e abandonada pela mãe, que precisa cumprir horas de serviço comunitário por ter roubado um livro da biblioteca. Apesar da grande diferença de idade, as duas foram entregues para adoção e lutaram para sobreviver à orfandade, e isso cria um vínculo de amizade entre elas. As caixas quando abertas despertam as lembranças do passado de Vivian entre os anos de 1929 e 1943. Essas lembranças são contadas em capítulos que se alternam com outros, que abrangem vários meses do presente e trazem detalhes da vida de Molly.

As minhas expectativas em relação ao livro eram altas por abordar um gigantesco experimento social e atravessar dois acontecimentos históricos importantes: a Crise de 1929 e a Segunda Guerra Mundial. No entanto, me frustrei. Não achei o livro ruim, mas ele não me empolgou. Acho que apresentar o enredo alternando as histórias atrapalhou um pouco. A parte do livro sobre Vivian é profunda e envolvente, mas a de Molly não é. Saltar para frente e para trás entre o presente e o passado, nestas condições, trouxe um sério descompasso à trama. Além disso, não consegui entender algumas situações. Como explicar, por exemplo, que alguém que sofreu um grande trauma, que foi jogado de um lado pro outro, que sentiu na pele a dor do abandono, abandone também? Difícil de engolir. Sem entrar no mérito do final meio irreal, avalio que o real valor do livro está em lançar luz sobre um episódio estranho e pouco conhecido da história dos Estados Unidos. ?
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01/02/2021

Tocante
Vivian e Molly apresentam histórias parecidas apesar de todas as diferenças que elas tem. Suas histórias estão permeadas pela maldade humana, também que as mazelas humanas são atemporais. e como podemos ser cruéis , mas também o quanto podemos ser bons, respeitar e ajudar o outro .
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Mari 13/10/2021

Um livro lindo de viver.
? Molly é uma adolescente de dezessete anos (quase órfão) que vive em um lar adotivo.

Vivian é uma senhora de noventa e um anos (órfã) que mora sozinha em um casarão.

? Suas vidas se cruzam num momento em que ambas precisam de ajuda. A garota tem que prestar um serviço comunitário, a senhora precisa se livrar de alguns pertences antigos. Juntas vão se descobrir, vão unir passado e presente em uma linda história de superação e recomeços.

Uma leitura fluída, que não se apega muito a detalhes, mas que deixa tudo no lugar.
4 estrelas.
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Ladyce 15/11/2014

Previsibilidade à vista!
Daqui a dez anos, não vou me lembrar deste livro. O que ficará comigo da leitura de O TREM DOS ÓRFÃOS? Fica o fato histórico, uma revelação mesmerizante, mesmo para quem está familiarizado com a história dos Estados Unidos:por mais de cinquenta anos houve um trem de órfãos. Mas é só. Só isso que ficará comigo. O resto não criou raízes, não me afetou. Na verdade me irritou muitas vezes quando me senti manipulada emocionalmente.

O título e a chamada na capa traseira da edição brasileira já preparam o leitor para um drama e direcionam a nossa opinião para uma injustiça social. “Entre 1854 e1929, os chamados ‘trens dos órfãos’ percorriam regularmente cidades da costa leste até fazendas do meio-oeste dos Estados Unidos, carregando milhares de crianças abandonadas cujo destino seria determinado simplesmente pela sorte”. Note-se que a sugestão de que nossas emoções serão testadas começa aí, quando faz-se a notificação de que o “destino[ das crianças] seria determinado simplesmente pela sorte”, ou seja que elas estariam abandonadas à sua sorte, por causa do trem que as levava. Este é o alerta às nossas lágrimas e soluços,que vem da sugestão de que só o destino dessas crianças é determinado pela sorte, quando que sabemos muito bem que todo ser humano, assim como essas crianças, tem sua sorte determinada em grande parte por seu destino. Começamos, portanto, a nossa leitura guiada, enviesada, para achar o ‘trem dos órfãos’ uma prática desumana e inaceitável.

Há um grande problema com releituras de fatos históricos: a tendência de julgarmos o passado com os olhos de hoje. O que eram práticas comuns em Roma antiga, por exemplo, não conseguem ser aceitas hoje: escravidão, estupro dos vencedores sobre as mulheres dos vencidos na guerra, relações licenciosas entre meninos e homens maduros. Não se aceita, no presente, que o dono de uma terra tenha o direito à primeira noite de núpcias da jovem com quem seu inquilino se casara, como podia acontecer em comunidades medievais. O comportamento humano é passível de mudança, mas qualquer historiador sabe que o ser humano é cruel com o seu semelhante. Mas sabemos também que as condições históricas de cada momento não conseguem ser pensadas com integridade, quando o leitor contemporâneo se encontra sentado no conforto de sua poltrona preferida, desfrutando de luxos como uma semana de 40 horas de trabalho, ar-condicionado para os dias de calor e um carro potente a levá-lo sem esforço a comprar os suprimentos necessários à sua vida. Sem maior conhecimento de história, não nos lembramos que esses luxos foram adquiridos só depois da segunda metade do século XX. E é aí que se encontra o ponto mais fraco do romance de Christina Baker Kline, a falta de contexto histórico que localize para o leitor as razões desse experimento social. Um bom romance com temática histórica implica uma revelação contextualizada. Nesse livro o contexto aparece superficialmente e com o viés moralista da atualidade. Não descobrimos claramente o porquê? Por que havia tantos órfãos ou crianças abandonadas nas ruas das grandes cidades americanas? Seria o mesmo fenômeno social apresentado nos livros de Charles Dickens, o escritor inglês que se distinguiu pela descrição dos moleques de rua, criminosos, na Londres vitoriana, como acontece em OLIVER TWIST? Não sabemos. A história centrada nos dois personagens que se opõe na idade mas que são semelhantes em sua exclusão social se apequena às experiências das duas protagonistas. O tema é muito maior... e se perde.

Um bom debate, caso esse livro chegue ao seu círculo de leituras, seria justamente descobrir que medidas tomar quando há um número extraordinário de órfãos, crianças abandonadas ou maltratadas. O trem dos órfãos americano foi um experimento social que tinha como objetivo, proteger e melhorar as condições de vida dessas crianças. Pode não ter dado certo, ou pelo menos para alguns não deu certo, mas também foi capaz de dar casa e comida para muitos indigentes menores de idade cujo destino já se projetava nefasto, caso permanecessem onde estavam, abandonados nas ruas.

Quase todas as pessoas que encontrei gostaram da leitura de O TREM DOS ÓRFÃOS, emocionadas com a trágica vida de Vivian Daly. Mas a trama é previsível e melodramática. Só faltava a orquestra de violinos em alguns momentos cinematográficos. Molly Ayer, uma menina quase adulta, que paga pela sua rebeldia com trabalhos sociais é um estereótipo, um personagem raso e improvável. A narrativa que se apresenta com altos e baixos, aparecendo mais complexa só na descrição da nonagenária Vivian. Molly parece ter sido um personagem inserido posteriormente, como se uma obrigação – poderia ser a conselho do editor? -- para contrabalançar a história de vida da velha senhora. Há momentos, principalmente a partir de meados do livro que a prosa parece ter sido escrita em um outro momento da autora e às pressas.

Tenho a impressão de que este foi um romance encomendado para o mercado jovem adulto. Muita emoção, muita reverberação fácil de questões de identidade, pouca preocupação com estilo. Não foi escrito com a intenção de permanecer na nossa imaginação dando frutos para experiências futuras. Não me surpreenderei ao ver essa história no cinema, onde garotas adolescentes encontrarão na sala escura, ambiente favorável ao debulhar de lágrimas tão necessárias para o equilíbrio das glândulas hormonais em desalinho. Dá saudades de grandes romancistas históricos contemporâneos como Philippa Gregory, Noah Gordon, Hilary Mantel entre outros escritores de ficção histórica.
Andrea 18/09/2015minha estante
Não li o livro, mas gostei da sua resenha, sua visão acerca do que é apresentado no livro e a clareza com que você enxergou a obra. Vou ler justamente pela sua resenha e tirar minhas conclusões! Parabéns!


Less 11/04/2017minha estante
Muito boa a resenha.


Lory 13/10/2017minha estante
Ótima resenha. O livro começa como um pastiche de histórias sobre órfãos - cita até Anne of Green Gables e Jane Eyre - mas até que convence durante uns 3/4 da leitura.

Depois, a autora definitivamente perde a mão e começa a "correr" com a história. Ela cria novas situações, bastante forçadas, em busca do drama que estava lá desde o começo do livro, mas que ela não soube explorar.




Livy 07/09/2014

O Trem dos Órfãos é um belo livro, e contêm um história poderosa.
O Trem dos Órfãos é um livro que me surpreendeu muito. Sou apaixonada por livros que retratam culturas, épocas ou fatos reais. E a história mescla realidade e ficção, passado e presente, de forma muito bem construída.

A história nos mostra duas personagens importantes: Vivian Daly uma senhora de 91 anos de idade que leva uma vida pacata e tranquilha em Spruce Harbor, no estado do Maine (Estados Unidos). Para esta mulher seus fantasmas são todas as lembranças e pessoas que ficaram para trás em seu passado turbulento: um passado cheio de reviravoltas e sofrimento. Agora tudo o que restou são as lembranças deste passado, guardadas em caixas dentro de seu sótão. Mas cada um dos objetos ali guardados tem um significado, e ela precisa de ajuda para arrumar o sótão e colocar em ordem suas próprias lembranças.

Molly Ayer tem 17 anos, e está encrencada. Orfã, ela está cansada de ser tratada como uma inútil, julgada pela aparência que montou para si, e de se sentir só. Está cansada de viver nos lares que viveu. Depois de cometer um roubo de um livro que amava, ela precisa prestar serviços comunitários para não acabar num reformatório. Surge então a oportunidade de ajudar Vivian a limpar seu sótão. O que nem Molly ou Vivian esperavam é que conforme elas seguem com a organização de suas lembranças e pertences, elas descobrem que tem muito em comum e vão acabar descobrindo que nunca se é tarde para recomeçar.

O livro é dividido em partes entre o passado, no período da Grande Depressão e o presente. As partes que narram o passado a partir de 1929 são contados pela própria Vivian em primeira pessoa. Estes trechos são o relato da senhora para a Molly. O tempo presente é narrado em terceira pessoa.

O livro traz uma parte da história americana pouco conhecida, e um tanto triste através das lembranças de Vivian. O Trem dos Órfãos realmente existiu e transportou mais de cem mil crianças entre os anos de 1854 a 1929. As condições que estas crianças enfrentavam não eram nada bonitas, e muitas eram adotadas apenas pela força de trabalho que iriam produzir. Muitas vezes eram levadas para trabalharem em regime escravo. Foram anos de verdadeiras tristezas, mas houve alguns finais felizes também. Fiquei impressionada com o relato de uma parte da história que eu nem sonhava ter acontecido, e surpreendida com o resultado de um estudo que mostrou que um em cada 25 americanos descende do trem dos órfãos.

Ambas as personagens são órfãs, e ambas passaram por sofrimentos. E achei lindo o modo como a autora construiu a amizade e a ligação das duas. Mesmo sem perceber, aos poucos, elas se tornaram amigas, se tornaram confidentes. Molly e Vivian estão ligadas pelo sofrimento e pelas suas lembranças e vivências. Conforme Molly ajuda Vivian a se soltar, recordar e contar sua história, Vivian também ajuda Molly a se encontrar e se aceitar.

Eu achei tão bonita as lições, a trajetória e o desfecho para ambas. E achei bonito também o fato de Molly ter tantas semelhanças com sua nova amiga Vivian. A autora mostra claramente que ambas precisavam uma da outra de alguma forma, e que ambas são muito parecidas.

A história contada por Christina Baker Kline é muito bem construída e a narrativa é sensacional. Uma das coisas que amei no livro são as descrições. A riqueza de detalhes e sentimentos foi fantástica. Fora que por tudo que li e pesquisei, percebi que a autora se importou muito com todos estes detalhes, e fez uma ótima pesquisa para tornar seu livro ainda mais crível. Achei magnifico o cuidado com que a autora faz estas descrições. A ambientação, as vestimentas, os problemas da época, as características de cada personagem, etc. Tudo é tão bem descrito e narrado que eu consegui visualizar tudo claramente. Além disso eu amei o modo como ela conduziu as personagens, suas descobertas, suas redenções e suas decisões. O modo como a autora uniu as duas mulheres, separadas por tantos anos de diferença, foi incrivelmente bem elaborado.

Outro ponto de reflexão do livro, e é uma grande lição, é de que mesmo sob diversas adversidades e sofrimento nenhuma das protagonistas se rende. Elas continuam lutando, vivendo, e não se deixam envergar pelas situações ruins. Nem por causa de todo sofrimento elas se tornam pessoas amarguradas, e também não deixam de acreditar e lutar por aquilo que sonham e querem realmente ser. Independente de qualquer situação, não foram os acontecimentos que as moldaram, mas elas se moldaram conforme os acontecimentos, se tornando fortes e maduras.

O Trem dos Órfãos é um belo livro, e contêm um história poderosa. Um livro que traz fatos reais, que traz sentimentos e emoções fortes, para se refletir e sentir. Este é um livro sensível que fala de amor, amizade e o recordações. O poder da herança que se leva no coração e na alma.


site: Confira mais resenhas: http://nomundodoslivros.com
Edméia 18/04/2017minha estante
*Livy , adorei a sua resenha e fiquei mais curiosa para ler este livro ! Obrigada !!! Um abraço.




Denise Ximenes 28/05/2022

Uma prática tão comum quanto absurda!
Vez por outra "cai" um livro com essa temática no meu colo: orfandade, busca pela própria identidade, redenção.

Um encontro casual entre Molly, 19 e Vivian, 91. A menina é órfã, foge da iminência de ir ao reformatório; e a senhora é rica e viveu momentos difíceis, quando fazia parte do trem dos órfãos. Herdeira de uma fortuna que ela ajudou a construir, Vivian (que já foi Dorothy e Niamh) precisa de alguém pra organizar seu sótão, onde estão os registros da maior parte de sua vida. Molly cumpre assim as suas horas de trabalho social.

O enredo é ameno - alternando 2011 e 1930. O trem dos órfãos foi uma prática comum nos EUA do início do século XX. Crianças abandonadas eram "expostas" nas estações. As mais "sortudas" eram levadas por famílias que precisavam de ajudantes para a lavoura.

Com um enredo dinâmico e leve, aprendemos sobre empatia. As vidas de Vivian e Molly se cruzaram nesse espiral de adoção, abandonos e troca de nome. A busca pela identidade é algo que compõe a vida das duas.

Gostei e recomendo!
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Cah. 22/02/2023

I M P O S S Í V E L não se emocionar com esse livro!
Comecei a ler esse livro hoje pela manhã, e só consegui deixar ele de lado após terminar, que história! Meu coração doeu pela Niamh, que infância difícil, os primeiros lares adotivos que ela passou, foi tratada como empregada, e quase abusada sexualmente! Existem boas pessoas e Niamh acabou encontrando com algumas delas, como a professora Larsen, e Sra. Murphy e o casal Nielsen ...Mas ela ainda passou por umas perdas difíceis em sua vida, não tem como não se emocionar! E Molly foi o elo que as uniu, duas gerações tão diferentes com quase 70 anos de diferença, mas graças a Molly, Niamh pôde reencontrar seu passado, ela merecia muito depois de tanto sofrimento...
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Ju Oliveira 23/06/2014

Tocante!
Molly é uma adolescente rebelde, órfã, que vive trocando de lares adotivos. No momento ela se encontra na guarda do casal Dina e Ralph. Dina é uma mulher arrogante e implicante e deixa claro que só aceita a presença de Molly em sua casa pelo dinheiro que recebe por acolher um órfão. Já o “pai” Ralph é atencioso e até se mostra carinhoso com Molly.

Após cometer uma pequena infração, (roubar um livro da biblioteca), para não ser mandada para o reformatório, Molly decide prestar algum tipo de serviço. Com a ajuda de seu namorado Jack, ela acaba conhecendo Vivian, uma rica senhora de 91 anos, que está a procura de alguém para ajudá-la a organizar seu sótão, onde há muitos pertences antigos, guardados a várias décadas. Mesmo achando que esse serviço certamente seria um tédio, Molly aceita.

Logo após o primeiro encontro com a senhora, Molly percebe que elas tem muito mais em comum do que qualquer um poderia imaginar. A simpatia de uma pela outra é recíproca. Vivian também é órfã. Conforme elas vão abrindo as caixas para separar os itens para doação, lixo ou embalar novamente, Molly fica encantada, pois cada objeto que há naquelas caixas tem toda uma história por trás, geralmente uma triste história.

Vivian relata a Molly sua infância sofrida, a vinda da Irlanda com sua família, a morte de todos eles em um incêndio e após ficar órfã, a triste viagem no “Trem dos órfãos“, com apenas 9 anos de idade. Sua busca por um lar de carinho e o sofrimento enfrentado a cada nova parada do trem, quando era rejeitada, pois na época as famílias eram interessadas em bebês ou meninos mais fortes para trabalhar em suas lavouras.


O trem dos órfãos é um dos livros mais tocantes que já li na vida. Muito triste saber que ele realmente existiu nos EUA entre os anos de 1854 e 1929, chegando a transportar até 100 mil crianças órfãs. Narrado em primeira pessoa pela personagem Vivian, ela nos conta todos os horrores e as barbaridades que teve que enfrentar na vida, desde seus 9 anos. Os lares horrorosos por que passou, sendo tratada pior que bicho, por seres humanos insensíveis e maldosos.

Certos momentos da leitura, a angustia e a judiação era tão grande que chegava a doer. Revolta, raiva, compaixão, uma mistura de muitos sentimentos em um só livro. Apesar de a autora expor detalhadamente o sofrimento vivido por Vivian e vários outros órfãos, a lição que ela passou nessa obra é muito linda. A autora conseguiu nos fazer enxergar, que por mais triste e sofrida que tenha sido a infância da personagem, ao crescer e se tornar uma jovem mulher, ela não permitiu que o ódio e a amargura tomasse conta de sua vida. Pelo contrário, lutou para se tornar uma pessoa digna e honesta. E essa é a lição que Molly acaba aprendendo com Vivian.

O trem dos órfãos certamente vai mexer com o emocional dos leitores, assim como fez comigo. Tocante, emocionante, revoltante (em certas partes). Muito bem escrito, a autora fez uma grande trabalho de pesquisa, chegando a entrevistar descendentes dos passageiros e até mesmo alguns próprios passageiros do trem dos órfãos, todos já passados dos 90 anos.

Enfim uma leitura rica em sentimentos e fatos históricos, tristes, mas infelizmente reais. Eu indico muito. Leiam!

site: http://juoliveira.com/cantinho/o-trem-dos-orfaos-resenha-sorteio/
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Letícia Góis 10/03/2021

O livro contém uma história linda com duas personagens fortes, apesar da leitura não ser nem de longe leve, algumas partes me deram uma angústia tremenda, mais o enredo do livro em si é de fácil compreensão e os capítulos são curtos o que contribuiu para me deixar presa a ele até o final. Super recomendo a leitura, virou o primeiro favoritado do ano.
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Yuri 12/07/2020

"Aprendi há muito tempo que a perda não é apenas provável, mas inevitável. Sei o que significa perder tudo, sei o que é abrir mão de uma vida e encontrar outra. E agora sinto, com uma estranha e profunda certeza, que deve ser o meu destino na vida aprender essa lição vezes e vezes sem conta."
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San... 15/07/2014

Um livro muito bem escrito e que foi capaz de me levar às lágrimas, coisa que há muito tempo não acontecia... Embora seja, sob certos aspectos, uma história triste, também é bastante interessante e me mostrou uma prática que foi bastante usual no inicio do século XX, nos Estados Unidos. Esse trem de órfãos realmente existiu. Atrás dos motivos humanitários propagados, uma verdade feia se escondeu: a maioria desses órfãos foi dada para trabalho escravo em regiões afastadas e inóspitas, onde os maus tratos, em sua maioria, não foram documentados ou denunciados. E que não se pense ser uma leitura piegas, enfadonha, apelativa. Muito ao contrário, a simplicidade da narrativa, sua objetividade e leveza, oferece ao leitor uma leitura muito boa e proveitosa. Recomendo.
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anarontani 23/09/2023

Ameiiii

se vc quer chorar tudo q tá preso dentro de vc, leia esse livro!

muito, muito dolorido, triste e estarrecedor?

mas 2 personagens carismáticas e encantadoras ?

e a escrita é super fluída e empolgante?
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Morgana 11/05/2021

? #resenhauniversodeutopia ?

É muito difícil eu comprar um livro por uma capa, mas de vez em quando caio em certas armadilhas como aconteceu com este exemplar, que mesmo tendo um título impactante me conquistou sem grande esforço.

Baseado em acontecimentos reais, a escritora já prepara o leitor para o drama da injustiça social ocorrida na história dos Estados Unidos que afetou milhares de órfãos, os quais eram submetidos a um trem que passava de cidade em cidade e o destino deles era determinado pela sorte, ou, pela empatia daqueles que encontravam pelo caminho.

Numa narrativa não linear, a história se passa nos dias atuais na perspectiva da adolescente Molly (2011) com o passado de Vivian, nonagenária( período entre 1929 a 1943), as quais embora de contextos diferentes suas existências se cruzam trazendo rendenção tanto para os personagens quanto para os próprios leitores.

Molly era mais um órfã problemática que precisava ajudar uma velhinha a esvaziar o sótão e cumprir seus horários para se livrar das seus dilemas emocionais, bem como de parar num reformatório. O que ela não sabia é que ao esvaziar as velhas caixas, ela iria se encantar pela jornada de Vivian e sua relação com o trem.

Posso dizer que essa é uma história boa e que deve ser lida em doses homeopáticas. O conceito de futuro incerto de sua própria vida a boa vontade dos outros, bem como todos os sofrimentos enfrentados, me fez repensar em muitas coisas, sobre: vida, gratidão e empatia. Indico a leitura para todos que não tem medo de se emocionar e gostam de história com um fundo de verdade.

#tremdosorfãos #editoraplaneta #segundaguerra #livrosdasegundaguerra
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Jacqueline 28/08/2020

O Trem dos Órfãos
Livro gostoso e fácil de ler. Recomendo.
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