Jucorujinha 07/09/2022
Achei ao acaso e já quero pra ontem (186 páginas)
"Não gosto de pós-modernismo, ambientações pós-apocalípticas, narrações post mortem nem de realismo mágico. Não costumo gostar de artimanhas nos formatos, fontes múltiplas, imagens desnecessárias - basicamente, truques de qualquer tipo. Acho ficção sobre o Holocausto ou qualquer outra grande tragédia mundial de mau gosto: apenas não ficção, por favor. Não gosto de mistura de gêneros, tipo romance literário de detetive ou fantasia literária. Literatura é literatura, gênero é gênero, misturar as coisas não costuma dar muito certo. Não gosto de livros infantis, principalmente os com órfãos, e prefiro não entulhar minhas prateleiras com livros juvenis. Não gosto de nada com mais de quatrocentas páginas e menos de cento e cinquenta. Sinto repulsa por romances escritos por ghost-writers para estrelas de reality shows, livros de imagens de celebridades, memórias de esportistas, edições pós-filmes, livro-brinquedo e, suponho que nem preciso dizer, vampiros."
Como não gostar do personagem depois de ler isso? Logo no início do livro, já fiquei cativada com A.J Fikry, nosso protagonista ranzinza: um livreiro viúvo que aparentemente ficou muito amargurado com a morte da esposa. A vida do livreiro vai se transformando quando ele se vê cuidando de uma criança.