Telma 03/08/2014Bodas de papel é uma história de amor.
Cheia de altos e baixos... de momento de eterna alegria e de tristezas, projetando a vida real. Isso Daniel Moraes fez com maestria. Descreveu a dor e detalhes como bom observador que certamente é.
Logo no prefácio vemos que Michelle (protagonista) recebe a notícia de que o tumor que a levou afazer testes de laboratórios, era mesmo maligno e tenta convencer a Michael de que a morte é a única solução (será?)
Depois disso a história passa a ser contada desde o momento em que ambos se apaixonaram e depois de algum tempo de muito amor e sexo (com cenas eróticas descritas) ela engravida e, com um diagnóstico de câncer, enfrenta medos, dúvidas e grandes oscilações.
Além do romance, as cenas tórridas permeia o livro todo, podendo ser classificado como romance/drama erótico.
Para quem gosta de um romance apaixonado, e de leitura fácil, descompromissada, esse livro é uma boa pedida! Creio que esse foi o compromisso do autor Daniel Moraes o tempo todo: mostrar a força que tem o amor e as imprevisibilidades da vida. Mostrar como não conseguimos controlar tudo e a importância de vivermos o amor presente até a última gota.
Lendo o livro, em várias passagens lembrei-me da música “Gota de Sangue”, de Ângela Ro Ro (que com o advento “funk”, está tão fora de moda como as histórias de amor) mas que, independente de querermos ou não é tão constante... e as histórias de amor tão buscadas, disfarçadas de sexo fortuito e emancipação feminina. Vou deixar a letra no final. Acho que essa é uma boa trilha sonora para o livro.
A diagramação é bem feita. O tamanho da letra é excelente e as páginas amareladas, facilitam a leitura, deixando o livro gostoso de ser lido.
Por fim, devo dizer que encontrei erros tipográficos e gramaticais. Sugiro uma revisão na segunda tiragem do livro.
PS.: Possíveis erros gramaticais devem estar contidos nessa resenha (saiu direto do forno, sem revisão - rs*) que serão consertados posteriormente.
Gota de Sangue
Não tire da minha mão esse copo
Não pense em mim quando eu calo de dor
Olha meus olhos repletos de ânsia e de amor
Não se perturbe nem fique à vontade
Tira do corpo essa roupa e maldade
Venha de manso ouvir o que eu tenho a contar
Não é muito nem pouco eu diria
Não é pra rir mas nem sério seria
É só uma gota de sangue em forma verbal
Deixa eu sentir muito além do ciúme
Deixa eu beber teu perfume, embriagar...
A razão, porque não volto atrás?
Quero você mais e mais que um dia...
Não tire da minha boca esse beijo
Nunca confunda carinho e desejo
Beba comigo a gota de sangue final
Beba comigo a gota de sangue final
(Angela Rô Rô)
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