Menard 17/03/2022
Segue extremamente atual (infelizmente)
Um livro gigante ao meu ver, apesar de ter apenas 215 páginas. Nelas, encontramos a narrativa de um nazista, que talvez não era feito de maneira similar aos moldes de um Eichmann e muito menos de um Goebbels ou um Himmler. Ele não apresenta um fanatismo ou uma mente totalitária, não, ele está lúcido perante o que fez e faz. Entretanto, este artista, autor de peças renomadas na alemanhã do terceiro Reich, propagandista de guerra, trabalhando com Goebbels, serviu também como espião, embora quase ninguém o saiba. É uma ficção incrível, que nos faz pensar no absurdo completo dos acontecimentos da guerra e da cegueira das pessoas, quando o fanatismo as domina. Contudo, a narrativa encaixa perfeitamente em nossa atualidade, quando perplexos, percebemos que estamos numa realidade em que tivemos um secretário da cultura, Roberto Alvim, que copiou, na cara dura, um discurso de Goebbels. Ou quando vemos militantes fanáticos, hordas irracionais bolsonaristas, cujas ideias não tem lastro na realidade. Fanatismos que custam vidas, geram guerras e trazem sofrimento, aos montes.