Biofobia

Biofobia Santiago Nazarian




Resenhas - Biofobia


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Marlonbsan 09/08/2022

Biofobia
André, um roqueiro de meia-idade, vai para a casa, isolada, de sua falecida mãe para tratar detalhes de seus bens e dar o último adeus àquele lugar. Reflexivo sobre a vida, seus caminhos e como vê o mundo ao seu redor, André enfrentará suas frustrações e medos.

O livro é narrado em terceira pessoa e acompanhamos, basicamente o André, a linguagem é bem simples e fluída, mas apesar disso, a escrita me incomodou.

A história do livro é bem simples, mas tem uma progressão lenta, mas que gera curiosidade para saber o que está acontecendo e o desfecho de tudo isso. Como foco é em um personagem, passamos muito tempo com ele, observando suas atitudes, seus pensamentos e opiniões, só que André não é alguém agradável.

E complicada ainda mais, por conta da escrita do livro ser feita como um fluxo de consciência e por isso há uma certa desconexão e a progressão acaba um pouco prejudicada. Existe muitas repetições de palavras e isso é algo que me incomoda bastante. Outro ponto, está na falta de conectivos, já que trata de um fluxo, então os períodos são curtos para dar esse dinamismo. Ainda há a utilização de ênfase com sinônimos em sequência e uso de ideias contrárias logo em seguida, mas que, como leitor, foram coisas que incomodaram muito. Sem contar algumas expressões em inglês.

Tirando isso, apesar de ter uma progressão lenta, chega em um ponto em que há uma ruptura e finalmente acontece algo, e passa a fazer mais sentido as situações vivenciadas, claro, todas devidamente ocultadas anteriormente para acontecer o plot. E a partir disso, a história acaba ficando mais interessante.
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Tati- Leitora 14/10/2022

A escrita até que é bem fluida e entretivel porém eu não gostei nem um pouco da história, achei ela confusa e sem graça.
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Narinha 12/03/2023

Eu fiz questão de acabar esse livro pra vir aqui escrever que é muito ruim esse livro! Enredo ruim, história ruim, personagem ruim, diálogo ruim.
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sele 30/03/2021

amei odiar
terror existencialista? ou, algo assim? procurei e não achei...
o cara errou demais a mão no humor sarcástico que no lugar de ser divertido deu foi vergonha alheia mesmo, só não mais vergonha alheia do que as recorrentes expressões em inglês. o livro tinha potencial sim, mas se perdeu, assim como a proposta não teve muito a ver com o resultado final.
o protagonista nada carismático sequer é o problema, mas infelizmente ele não foi construído por um texto muito bom. foi mal, santy, as frases de efeito que tinham a intenção de chocar não me convenceram, achei bobo e raso. no mais, uma leitura fácil e (sim!) fluida, que às vezes dá esperança de entregar um algo mais de suspense, mas que não tarda a dececionar no capítulo seguinte.
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@jana450 26/07/2020

INTERESSANTE
Ele soube como criar muito bem um clima bastante sombrio.
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Alê 27/06/2022

Livro interessante, apesar do protagonista não ser nem um pouco simpático, a história se desenrola de forma a trazer muitas dúvidas no final.
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gabirelareis 01/10/2020

Uma viagem instigante pela mente perturbada de um homem de meia idade
Esse foi o primeiro livro do Santiago que eu li, foi indicação de uma pessoa da qual gosto muito, por isso, eu fui sabendo que seria uma aventura intrigante, no mínimo. Logo de cara nós somos apresentados à mãe de André, que em sua casa afastada da civilização, dividia o tempo eterno de sua velhice com os cachorros. Em seguida, no primeiro capítulo, André aparece, com uma camiseta de uma banda britânica - da qual eu mesma tenho apreço - subindo uma colina íngreme, em baixo de um sol forte (do interior de São Paulo, do qual posso imaginar que seja sofrível) para ajeitar as papeladas e doar as coisas de sua mãe, que cometeu suicídio - nota: essa informação consta inclusive na resenha.

A partir deste momento, a série de acontecimentos - que dura apenas um final de semana - é insano. Descobrimos coisas da mente de André que talvez nem ele mesmo saberia que existia. Suas brisas e suas constatações nos fazem pensar sobre as coisas que desejamos na vida, e sobre as coisas que conquistamos ao decorrer dela. A narração é ácida e muitas vezes você se pega rindo com o personagem, mesmo que a situação da qual ele esteja passando seja, no mínimo, trágica - tipo estar sem cigarros ou bebidas no meio do nada.

Biofobia é uma leitura intrigante e cativante, que mantém um bom ritmo até o fim, e deixa você órfão depois que termina, como qualquer bom livro tem a missão de fazer. Se tornou um dos meus favoritos, e com certeza quero ter um exemplar físico pra chamar de meu na estante.

5/5
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PorEssasPáginas 19/06/2014

A Cuca Recomenda: Biofobia - Por Essas Páginas
Eu tinha curiosidade de conhecer a obra do autor Santiago Nazarian desde seu livro anterior, Mastigando Humanos, também da Record. A Lucy conseguiu o livro pra mim em um evento, porém, até o momento, a pilha de leituras não tinha permitido que o eu lesse. Quando vi na lista de lançamentos da editora um novo livro do autor percebi que era o momento de embarcar em sua obra. Fui com tudo, mas saí confusa; foi uma leitura que me empolgou a ponto de ler 130 páginas em uma noite… mas depois, o jeito como a obra caminhou, o final… É, meus sentimentos ficaram realmente confusos.

O começo de Biofobia é incrível. A narração de Santiago Nazarian é envolvente, uma mistura de depressão, sarcasmo e acidez deliciosa. Nós conhecemos André, um roqueiro de meia-idade, falido e fadado ao ostracismo, que acabou de perder a mãe – ela se suicidou, era uma escritora de talento que foi razoavelmente conhecida em seu meio. Ela deixou especificado que desejava que todos seus objetos fossem distribuídos entre os amigos e a família, portanto André vai até a casa, que fica num lugar isolado e inóspito, no meio do mato, para, junto à irmã, receber os convidados que farão “a limpa” no lugar. André vai antes, “para se despedir da casa e da mãe”, e no fim acaba passando ali mais tempo do que deveria, travando uma guerra com a solidão, a natureza e seus próprios demônios.

Biofobia foi um livro muito bom até um pouco depois da metade. A leitura foi empolgante, envolvente - apesar de repetitiva às vezes, o que era uma característica fiel do personagem, um homem depressivo e, portanto, repetitivo – e perturbadora. Tudo o que um bom thriller psicológico deve ser. No entanto, depois de um tempo, o autor começa a bater demais nas mesmas teclas. Você começa a não ver mais sentido no porque André insistir em continuar naquela casa sombria (e não vê, portanto, mais sentido no próprio livro) e, quando finalmente isso é explicado, é tudo rápido e brusco demais, pouco desenvolvido, e o livro termina como um grande ponto de interrogação. Confuso, sem sentido, sem pé nem cabeça. O que era para ser um ótimo livro torna-se apenas mediano e, como leitora, fiquei triste, pois percebi que o autor poderia ter feito algo muito melhor, explorado muito mais o horror da situação, a loucura, o ambiente… enfim. Triste.

“Entraram na casa e ele viu a mãe por todos os lados. Os restos da mãe. Os livros. O pêndulo do relógio batendo. Era como uma prova viva de que ela existia. Não mais viva, insistia por todos os lados.” Página 17

O que restou foi uma sensação de vazio e perturbação após a leitura – mas não uma perturbação boa, daquelas que você fica em choque. Ficou a perturbação ruim de não compreender e aceitar aquele final, aquelas informações jogadas, aqueles sentimentos mal resolvidos. Foi como se o livro terminasse sem um ponto final, no meio de uma sentença. Você fica procurando mais, alguma maldita explicação, mas as páginas acabaram. É o fim.

Se a Cuca recomenda? Talvez, depende de como você é, leitor. Tem gente que curte essa vibe mais filosófica, mais cult, com finais abertos e pouca explicação. Eu não sei se curto, pelo menos não do jeito que foi feito. Talvez eu busque mais obras do autor, mas, para mim, Biofobia foi um livro cheio de potencial… e que se perdeu.

site: http://poressaspaginas.com/a-cuca-recomenda-biofobia
Rewgli 23/02/2017minha estante
Pela sua resenha me lembra uma outra obra dele Feriado de Mim Mesmo. Aquele livro, você sai dele sem conseguir pensar no que aconteceu! recomendo ler esse.




Noris 24/06/2014

Um bom romance claustrofóbico
Em Biofobia, Nazarian traz seu humor negro e um clima sombrio, claustrofóbico, que poucos autores conseguem.

Achei um pouco difícil me identificar com André, o protagonista, um rockeiro em decadência com crise de meia idade que perdeu a mãe, uma famosa escritora que se suicidara. É difícil até ter pena dele, com suas birras e frustrações e pedidos de atenção. Mas isso não é ruim para o livro, porque me simpatizei pela natureza, uma das possíveis antagonistas, que várias vezes o ferra e o atormenta na casa isolada que sua mãe mantinha. É lá que se passa a história, é lá o palco onde vamos descobrindo André, é lá que começamos a sentir um medo por ele e dele.

O romance começa com uma pegada existencial e pro final vai flertando com o thriller e o terror. Biofobia nos deixa tenso, nos arranca risadas, deixa a boca amarga com certas reflexões, nos dá esperança e nos tira, nos deixa loucos, tudo isso recheado de referências a música e literatura, algo que curto muito.

Eu, tive o privilégio de ler o livro numa chácara, tendo como companhia o som de grilos, vento e madeira estalando com o frio, e com certeza isso deu todo um clima para a leitura que recomendo. Aos biofóbicos, talvez um app com sons de mata sirva também ;-)
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Marcos 13/06/2014

André é um roqueiro de meia idade, vocalista de uma banda de rock que já alcançou o seu auge de sucesso e agora vive de seus anos áureos do passado. Sua mãe, uma renomada escritora, comete suicídio e lhe deixa uma propriedade numa cidade do interior. Tal casa é rodeada de muito mato e recheada de muitos livros, uma vez que ler era o principal hobby de sua mãe. Ao se deparar com tal perda, André se vê transtornado com tudo o que está passando e, junto com a irmã, tem de se livrar de todas as coisas que sua mãe tinha em vida. Ao passar por esse processo, ele começa a refletir sobre sua própria existência, rememorando o passado, revendo erros e acertos e refletindo profundamente acerca de seu futuro e de seu propósito de vida.

Em Biofobia, temos um livro voltado para o existencial. Há muito de filosofia no livro, sobretudo ao entrarmos na mente de André. Este, por sua vez, tem/teve uma vida bastante conturbada e confusa, sempre fugindo do usual. Ele lembra pouco de sua infância e a maioria de suas memórias são incertas, confusas. André pensa sobre a vida, sobre o que devemos ser/parecer, sobre morte, sobre como somos apenas carne, apenas organismos que ao barro voltaremos. Sua mente começa a lhe pregar peças e fazer confusões entre o que é real e o que é abstrato. E no meio desse paradoxo, André tem de encarar as situações e vivê-las. Relacionamentos do passado, relações do presente, escapismos, o pesar do tempo e as superficialidades da vida são os temas recorrentes.

Quer continuar a ler a resenha? Acesse:

site: http://capaetitulo.blogspot.com.br/2014/06/resenha-biofobia-de-santiago-nazarian.html
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@cheiade9h 07/08/2014

Biofobia me fisgou pela sinopse, então nem pensei duas vezes em solicitar . Estava imaginando um thriller do começo ao fim. Mas infelizmente Biofobia é uma leitura enganadora.

Primeiro de tudo, conheci o personagem mais chato/babaca/criança, o André. Segundo, a narrativa que enrolava, enrolava e enrolava. Terceiro, o final sem noção.

André acaba de perder sua mãe, uma senhora bem de vida, escritora de muitas obras e leitora assídua. Nisso, André tem que ir na casa de campo (onde atualmente sua mãe morava) e tem todo aquele baque de: "ai não cresci aqui", "ai essa casa enorme com uma pessoa só morando, whyy?" e mais questões exageradas ou não pelo personagem. Agora acrescente a natureza, a natureza em volta da casa, sufocando o André, incomodando o André, deixando o cara mais perdido que tudo. Até deixando a narrativa interessante com essa bizarrice.

André trazia a tona algumas questões sobre a vida, sobre o sucesso e a fama no decorrer do tempo em que fica na casa da mãe, tudo isso enquanto vivia respirando aquele ar puro e aguentando os incômodos que a mãe natureza causava a ele. O cara é um roqueiro falido, na crise da meia idade, não, ele não é um personagem fácil de se entender e nem se colocar no lugar, acho que pela primeira vez na vida li um livro com um personagem masculino mais louco, sem noção, sem falta de amor e tudo quanto é coisa ruim que uma pessoa pode ser pra ser um merda na vida.

Há uma certa lentidão na narrativa, pra você entender o incompreensível André. E muitas vezes, repetições de reflexões já feitas (boring) e quando parece que a narrativa pegou no tranco, finalmente chegou no finalmente, ela se transforma numa leitura confusa e com uma finalização acompanhada de um GRANDE ponto de interrogação. Muitas dúvidas apareceram quando fechei o bendito livro "o que realmente aconteceu com André?", "será que aquela entrevista que ele assistiu da mãe é realmente verdade?", "mas que porra?" ~pra falar o português claro~

Não sei se o André era problemático mentalmente mesmo, ou... Ou sei lá.

Mas pra salvar um pouco a leitura, temos a aparição da irmã, de um amigo e da sua ex-namorada. Mas todos eles eu imaginei que tivessem um objetivo na trama, serem mortos pelo André -qqq Sério, eu estava esperando violência desde o começo D:

E também como a natureza estava em tudo e perturbando André durante sua estadia na casa da mãe falecida, sério, era muito bom ler e ter a expectativa de acontecer coisas horrendas e tudo mais. Mas eram só expectativas.

Sobre a escrita do autor Santiago, ele me ganhou, mesmo com a minha dificuldade na trama a leitura fluía, tem um toque de 'narrador conversando com o leitor', um toque de 'personagem conversando com o narrador'. A forma da narrativa foi o ponto A+.

Biofobia foi uma mistura de altas expectativas com um final muito pouco desenvolvido, e isso me broxou completamente na leitura. Confesso que até fui ler algumas resenhas no Skoob pra ver se eu não tinha entendido errado a proposta do livro ou do seu final, mas mesmo assim, é assim que me senti durante a leitura e como me sinto em relação ao livro.

Enfim, Biofobia é um livro intenso e até indico pra quem gosta de roer as unhas enquanto lê, mas foi muito complicado pra eu aceitar que ele é tão mais reflexão do que ação. Ou tão mensagens subliminares, que nem percebi.

site: http://www.livroterapias.com/2014/08/resenha-biofobia.html
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Bruno 04/11/2014

De Santiago Nazarian, minha leitura anterior havia sido "Mastigando Humanos" e apenas este. Apesar de reconhecer o êxito do estilo fábula, a estética decadente não me agradou totalmente. Em Biofobia vemos esta estética de maneira mais sutil.

André é um roqueiro de meia-idade que, em uma primeira leitura e antes dos Agradecimentos ao fim do livro, pareceu-me bastante pautado em uma figura estilizada do próprio autor. Após a morte de sua mãe via suicídio, André visita a casa que ela mantinha afastada da cidade onde se dedicava à escrita, para cuidar das últimas coisas e livrar-se dos pertences. Segundo o desejo da mãe, eles deveriam ser doados a família e amigos.

O tema é bastante claro e divide-se em várias partes: o contraste entre a cidade em toda seu paradoxo de glória e decadência e o mato que, para rato de cidade como é o roqueiro, representa uma natureza hostil que quer retomar tudo o que fora seu. Se no começo a história é meio parada, com André filosofando internamente a respeito de sua vida e carreira musical curta e frustrada, logo o livro puxa alguns resquícios de um surrealismo paranoico que me lembrou Philip K. Dick (nas conversas sob o efeito de cocaína com os amigos) e Stephen King. Quem sabe uma herança de O iluminado, no jeito como a casa e o mato parece influenciar as ações de André no último terço do livro - e a eterna dúvida do que aconteceu e o que não aconteceu quando o narrador mental do roqueiro vai perdendo a credibilidade e a objetividade dos fatos que conta.

Enfim, gostei mais dessa segunda metade, mas a proposta do "existencialismo bizarro" de Nazarian não é muito a minha praia. O personagem é por vezes interessante de acompanhar, por outras um pouco previsível demais. Mas como sempre curto uma narrativa dúbia, estes meios de aconteceu e não aconteceu, essa segunda parte foi bem divertida.
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Antonio 16/02/2015

A humana é a pior das naturezas
Em Biofobia, o urbano André, um quarentão adolescente, entra em confronto com a natureza ao ver-se obrigado a se instalar na casa campestre da mãe suicida para, com a irmã, organizar seu desmanche. E André perde o confronto. Quem se desmancha é ele.
No sufocante ambiente criado pelo autor, galhos de árvore, pica-paus e cigarras se unem aos fantasmas do imaturo protagonista (um roqueiro decadente cujo passado pouco glorioso dificilmente seria pior do que o futuro que se apresentava) para levá-lo à autodestruição. Sua mãe morreu e sua madrasta o derrotou.
Usando e abusando da ironia, Santiago Nazarian consegue, em meio ao caos amedrontador que criou, arrancar risadas do leitor – tarefa mais do que difícil de ser cumprida; falha, no entanto, no uso desnecessário de onomatopeias e na construção dos diálogos que, por vezes, faz o leitor entender o protagonista (infantilmente apelidado de Andy) como alguém fútil – algo inadequado para a trama.

Trecho do livro:
“Ele estava ligando porque não estava bem, obviamente. A mãe havia se matado. Estava sozinho na casa dela e precisava do apoio da ex-namorada. Embora eles já tivessem terminado havia quase... seis anos. Embora tivesse saído com outras depois dela. E embora ela estivesse com outro havia algum tempo. Ela fora a mulher que mais o amou na vida... ele supunha. (...)” (p.54)

site: leioedoupitaco.blogspot.com
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Lucas 27/07/2018

Oi gente, tudo bom?
A VOLTA DE SANTIAGO NAZARIAN AO THRILLER NUMA NARRATIVA TÃO LITERÁRIA QUANTO CINEMATOGRÁFICA Após o suicídio da mãe, uma conhecida escritora, André, um roqueiro decadente, vai passar alguns dias na casa de campo em que a mãe passou os últimos anos. O Que deveria ser apenas um fim de semana entediante transforma-se em um pesadelo, quando a casa e a natureza circundante parecem se voltar contra André. Entre garrafas de vodca, restos de drogas, telefonemas para a ex-namorada, visitas passageiras de conhecidos, ele enfrenta os fantasmas de suas lembranças, encara a descrença no futuro e experimenta o medo do desconhecido que o cerca. Repleto do sarcasmo característico de Santiago Nazarian, Biofobia é um thriller eletrizante sobre o confronto entre homem e natureza.

No início eu me senti na pele de André, seus medos, a aflição de perder a mãe, me vi naquele buraco, me vi perdido e sufocado por aquela casa no meio da mata.

Pra quem não sabe Biofobia é o um medo ou horror mórbido a existência.

Com o passar da leitura, fui conhecendo as faces de André que ficavam escondidas entre as paredes, um homem de meia idade super dependente, que não aprendeu a lidar com seus problemas sozinho, e que ele não só amava sua mãe, mas sim dependia dela pra ser alguma coisa.

Um livro forte, que nos força a ver o nosso eu, quando os holofotes estão apagados, entre a procura de quem nos somos, e a luta das perdas que virão, Biofobia narra de uma forma deliciosa o medo irracional de estar sozinho em um lugar onde ninguém mais pode ajudar.

Super recomendo essa leitura nacional. Foi incrível, quem nunca pensou o quer fazer após a morte de um ente querido?

PS: Não sei nem o que faria, acho que eu seria muito André. Kkk.

site: https://www.instagram.com/cortedoslivros/
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Pedro 19/05/2019

Um bom livro, maaaaas
Uma breve opinião: o grande problema desse livro, ao meu ver, é que ele se vende como uma coisa, mas é outra. A maioria das propagandas o vendem como suspense/thriller, mas em sua maioria ele se enquadra como drama/ficção especulativa. Não que ele pertencer a esse último gênero seja ruim, mas é tipo você dar uma colherada num pote com um creme amarelo achando que é beijinho e na verdade é purê, hahahaha. Again, eu adoro purê, mas naquele momento não era isso o que eu queria. O que nos leva ao outro "problema" do livro: a mudança de drama/ficção especulativa pra suspense/thriller acontece só mais pro final do livro, e de uma forma super abrupta. O leitor não é preparado pra isso. Enfim, é uma boa leitura, apesar desse defeito.

site: Meu instagram: @pedromartinsescreve
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