Resenhas - Tungstênio

joaoggur 22/04/2021

O cotidiano do crime.
?Tungstênio? tem uma das melhores histórias que já li em um quadrinho.

É uma história, sem dúvida alguma, baseada em um efeito borboleta: ?Segundo a cultura popular, a teoria apresentada, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo?, ou seja, uma pequena ação pode influenciar tudo.

Ta, mas qual é a história??

Um traficante que paga de bom moço e um ex sargento loucaço estão em um forte, na cidade de Salvador, e percebem uma pesca ilegal perto dali. E pelo simples fato do Ex Sargento ter se revoltado com aquilo... fez com que, (SPOILER) além de uma multidão de pessoas irem até o local, um casamento volte a dar certo. é ou não é um efeito borboleta?

(FIM DOS SPOILERS) Dando essa simples sinopse, podem achar a história desinteressante e ruim, mas estão extremamente enganados: a história se ganha pelo fato de mostrar um simples fato ocorrido na vida de algumas pessoas.

Mas, acima da história, a montagem da trama é o ponto chave do quadrinho. Quintanilha consegue montar uma história, nem tão linear, mas que deixa tudo explicado, e mesmo sendo inovadora para qualquer leitor, conseguimos entendê-la.

Recomendo essa obra para os que já tem certa bagagem na nona arte e estejam preparado para uma nova narrativa.
Obrigado por lerem,
Joao Guilherme.

Luciano 03/05/2021

Leitura frenética e marcante! Como já era de se esperar, os traços também são incríveis.

May 18/03/2024

Interessante
O tema do Hq é muito interessante, porém a história é muito curta.
Os principais personagens são um policial e a sua esposa, um vendedor de drogas, um velho ex. Soldado, pescadores que utilizam bomba para pescar e tudo se passa em salvador. A história é boa, mas precisa de mais elementos para ficar melhor.

Margô 13/08/2021

Pesca com bomba, dá bomba!
Li esta obra de Marcelo Quintanilha com muito gosto. A ilustração é Salvador, mais precisamente na Ponta de Humaitá, cidade baixa.

É uma história policial, urbana com personagens periféricos...

Um policial valentão, mulher do policial que apanha, sofre, mas não separa, um jovem traficante, um sargento reformado que fala muito, e tem a honra de ter servido ao exército, ( mas não fez [*****] nenhuma), e a mãe do Caju ( jovem traficante), que se diz beata, mas namora o sargento reformado às escondidas...rs.

Gostei das referências que sobressaem na ilustração, o "Casquinhas", ( bar dançante), que eles chamam Baile das pelancas, o bairro do Canela e Piatã, desenhos que remetem às comunidades mais afastadas do centro, as empresas de ônibus, e a visão urbana que o ilustrador traz, é muito bacana!

Enfim, HQ é mais caro, mais tem tudo pra ser. Arte em dobro.Adoooro...
Li em um piscar de olho!

@limakarla 16/11/2023

Que delícia ler histórias sobre experiências em lugares em que nem sempre são o foco. Os desenhos são maravilhosos e eu sempre me divirto com o jeitinho do Nordestino falar, seja lá qual dos sotaques.

Rodrigo.Calza 02/04/2024

Que leitura divertida e cheia de brasilidade! É como se estivéssemos situados na Bahia! E o mais gostoso da HQ é que é uma trama do dia a dia! Um história que acontece todos os dias! Com personagens dúbios e falíveis como os seres humanos!

Lhyz 27/07/2023

Uma lapso da violência do dia a dia.
A arte é incrível, mas o que realmente me prendeu nessa HQ foram as 3 histórias contadas que estavam muito bem interligadas. As transições de uma pra outra e a sensibilidade na hora de cortá-las é o que, para mim, torna essa obra em algo maravilhoso.

Bia 25/08/2020

Uma hq bem rápida e fácil de ler, ela mostra um dia "comum" no subúrbio de Salvador através de três personagens, que mais tarde vemos como eles estão interligados. Gostei da forma sutil que as críticas sociais são inseridas no contexto da hq.

Pedro Marques 28/08/2020

Uma aula de narrativa gráfica
A forma de contar os eventos da obra envolvem o leitor e instigam sua curiosidade.

André Hausmann 16/10/2021

Esse é o primeiro trabalho que leio desse autor e posso dizer que curti.
Ele nos apresenta histórias de quatro personagens num começo de tarde indo para a noite na cidade de Salvador, que de uma forma ou de outra estão interligadas. Algumas dessas correlações são facilmente percebidas, outras nem tanto até que se chegue ao final.
Mas o mais importante não são as associações e sim o caráter desses personagens, onde todos são os heróis. E também os vilões. Nada é simples e preto no branco. Todos apresentam seus acertos e erros, com seus comportamentos cheios de particularidades e incongruências morais.
O trabalho narrativo e a arte de Quintanilha é outro ponto forte. A utilização do tempo em sua história é muito interessante, com transições bem desenvolvidas de acordo com a necessidade do flashback sem afetar o curso da narração. Suas ilustrações fazem o leitor mergulhar na cidade e se identificar com os personagens; seu trabalho cheio de fluidez e dinamismo acentua ainda mais as cenas de ação.
É uma história frenética onde tudo acontece em pouco tempo, onde praticamente os diversos desdobramentos têm suas pontas bem amarradas no final.

Ricardo.Barroso 07/05/2021

Incrível
A HQ tem uma estética que lembra cinema, não é a toa que virou filme. A construção das personagens, a caracterização das falas, o andamento das ações e o próprio enredo são muito bons.

Laris 09/04/2019

Baianidade por alguém que não é baiano
A primeira reação que tive ao terminar de ler Tungstênio, foi procurar saber de onde era esse broder que escreveu tão bem sobre um dia cotiadiano em Salvador. Foi uma surpresa saber que o Marcelo Quintanilha é na verdade de Niterói, RJ.
O quadrinho é muito bem feito, a pesquisa feita ao nosso sotaque, bairros, foi muito bem feita, as situações são profundamente palpáveis, possíveis. O que pra mim foi uma grata surpresa, já que comecei a ler esse quadrinho enquanto a questionável novela "Segundo Sol" ainda era transmitida.
O que ficou pra mim, além dos personagens extremamente possíveis e da trama rápida e empolgante, foi como é possível criar uma ótima história fora do seu cotidiano, sem cair em estereótipos, sem enbranquecer.

Blur 30/04/2020

Essa HQ é o meu segundo contato com o autor e percebo que realmente faz parte de sua habilidade nos trazer temas recorrentes da cultura de nosso dia a dia. Não tem como você não identificar um ar de cultura que só um brasileiro conseguirá reconhecer. É isso que faz a imersão na história ser tão grande. Leitura muito leve e envolvente.

José 31/07/2020

Frenetico e puramente brasileiro
É o meu primeiro contato com o Quintanilha, muito se falava nele e foi uma surpresa começar com Tungstênio! A obra não dá um respiro desde a primeira página, isso pode ser até um pouco desesperador, mas faz com que tudo fique mais e mais intenso caminhando com o traço de um autor que surpreendentemente fluido.

Todos personagens são muito multifacetados e em com apenas três quadros em uma mesa de buteco, você percebe a magia que o autor tem em representar o Brasil tão bem.