CDU

CDU Sebastião de Souza




Resenhas - CDU


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Drika 16/06/2010

Classificação Decimal Universal - CDU
CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSUNÇÃO - UNIFAI

BIBLIOTECONOMIA - 3º SEM. NOT.



Adriana Aparecida da Luz

Denise Yamashita

Sueli Alves de Lima



RESENHA

Trabalho apresentado para avaliação
na disciplina de Representação Temática II,
do curso de Biblioteconomia, 3º semestre noturno,
ministrado pela professora Marcely Bento Rangel.


São Paulo
2010


A CDU e sua relação com a CDD



A Classificação Decimal Universal é um sistema de classificação bibliográfica desenvolvido pelos belgas Paul Otlet - advogado reconhecido pelo seu trabalho desenvolvido no campo da bibliografia em Ciências Sociais - e seu colega Henri La Fontaine. Foi publicada pela primeira vez na França entre os anos de 1904 e 1907. Baseada na Classificação Decimal de Dewey, divide o conhecimento em 10 classes principais de assunto subdivididas numa hierarquia decimal.
A CDD, a CDU e as demais classificações (Cutter, LCC, Browns, Bliss e Ranganathan) são classificações documentárias (não mais chamadas de bibliográficas), voltadas para o uso em bibliotecas ou para uso bibliográfico, ou seja, para indexação e descrição minuciosa do conteúdo dos documentos. As classificações documentárias são também científicas, pois elas arrolam, na Tabela sistemática, todas as áreas do conhecimento humano.
As classificações documentárias podem ser: enumerativas, quando arrolam, em números, as categorias em que o universo do conhecimento foi dividido. A CDD e a CDU são exemplos disso. Podem ser também facetadas, quando identificam características comuns a várias categorias de assuntos, organizando-os em facetas. Essa classificação também é conhecida como “analítico-sintética”, na qual os assuntos são decompostos, visando uma síntese. Desde a década de 80, do século XX, a CDU vem sendo atualizada no sentido de se tornar cada vez mais uma classificação facetada e não simplesmente enumerativa, como a CDD.
Na CDU, um determinado assunto pode ser encontrado em mais de um lugar dentro da tabela. Isso acontece porque a CDU é uma classificação por aspectos, ou seja, um assunto é classificado segundo seu contexto., por isso a importância de analisar a obra.
A estrutura física da CDU é simples, conta com Tabelas auxiliares, Tabelas principais ou sistemáticas e Índice alfabético de assuntos. Entretanto, sua estrutura interna, seu arranjo e todas as possibilidades que elas possuem são, na maioria das vezes, mais complexas.
A CDU possui dois tipos de Tabelas de Classificação: as tabelas principais ou sistemáticas (contendo todo o conhecimento humano, arranjado em dez classes e hierarquicamente subdividido) e as tabelas auxiliares (que servem para completar as tabelas principais por meio dos sinais auxiliares comuns e dos sinais especiais). A estrutura da CDU se completa com o índice alfabético.
A CDU engloba todos os tipos de documentos, seja documentos escritos, vídeos, filmes, álbuns, mapas, peças de museus, e continua se expandindo e se modificando, por meio de suas novas edições e de sua publicação anual: Extensions and Corrections to the UDC.
A CDU vem sendo divulgada através dos seguintes tipos de edições: desenvolvidas, médias, abreviadas, condensadas e especiais, conforme a necessidade da classificação nas bibliotecas, centros de informações e instituições. As edições médias são publicadas em alemão, francês, russo, japonês, italiano, polonês e português.
A primeira edição média em português foi publicada pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT, em 1976. A segunda edição, em 1987. Em 1997, o IBICT publicou a Edição-padrão Internacional em Língua Portuguesa – Tabelas Sistemáticas – Parte 1. Em 1999, publicou o Índice – Parte 2 da Edição-padrão Internacional em Língua Portuguesa. A última edição do sistema foi publicada pelo IBICT em 2007, que é a CDU - 2ª Edição-Padrão Internacional em Língua Portuguesa. Essa 2ª Edição-Padrão está atualizada somente até 2004. Quanto a seu conteúdo, apresenta alterações e modificações feitas pelo Consórcio da CDU de 1996 a 2004.
A CDU é atualizada, alterada, modificada, aumentada e corrigida por meio da publicação Extensions and Corrections to the UDC, conhecida pela sigla E & C, desde 1949. Inicialmente, ela era semestral; a partir de 1954 passou a ter seis números por ano, ou seja, bimestral, até 1973. De 1974 a 1992, passou a ser anual, cumulativa de três em três anos. Desde 1993, ela é anual, saindo costumeiramente no mês de novembro de cada ano.
A CDD surgiu como uma classificação direcionada para a organização de bibliotecas e a CDU como uma classificação para uso bibliográfico. A intenção de Otlet e La Fontaine era utilizar a CDU no grande repertório bibliográfico internacional que pretendiam realizar.
A principal vantagem da CDU é a flexibilidade para expansão. Quando novas subdivisões são introduzidas, não é preciso alterar o ordenamento dos números. Cada número é interpretado como uma fração decimal com o ponto decimal inicial omitido, que determina a ordem de preenchimento. Para facilitar a leitura, um sinal gráfico de ponto é geralmente colocado a cada três dígitos.
A CDU permite a composição de números de diversas formas. Uma delas é através do “subdividir como”, que também aparece com os dizeres “especificar como ou exemplos de combinações”. Essa forma de expansão é extremamente prática, pois resume as tabelas, não precisando fazer vários volumes; como existe na CDD.
Diferentemente da CDD, que é uma classificação dirigida, ou seja, tudo o que deve ser acrescentado na hora da classificação tem de se consultar a orientação dada pela tabela, a CDU é mais livre e possui maiores possibilidades de expansões e combinações, através de orientações contidas no decorrer de sua Tabelas auxiliares e principais e só quem as conhece pode utilizá-las corretamente.
A CDU, durante algumas décadas, seguiu a CDD nas suas tabelas sistemáticas. Entretanto, quanto às tabelas auxiliares, ela expandiu os seus sinais, criando uma estrutura própria para eles, utilizando símbolos da matemática (+, =) e da pontuação ordinária (“”, :, /, -), para diferenciá-los dentro da notação.


Referências:

BLATTMANN, Úrsula. Instrução nº 1. Introdução ao Sistema de Classificação Decimal Universal, Florianópolis, 2001, UFSC. Disponível em: . Acesso em 22 maio de 2010.

SOUZA, Sebastião de. CDU: como entender e utilizar a 2ª edição-padrão internacional em língua portuguesa. Brasilia: Thesaurus, 2009.

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Kiane 07/05/2015

No início um pouco difícil (já que não tenho a frequência da classificação), porém da metade do livro ao final achei bem mais esclarecedor e com exercícios que facilitaram o entendimento. Vale a pena a leitura.
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