Como e Por Que Ler

Como e Por Que Ler Harold Bloom




Resenhas - Como e Por Que Ler


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Vanessa1073 02/02/2024

Comecei a ler esperando uma discussão técnica e baseada nos âmbitos sociais, contextuais e de escrita das obras escolhidas pelo autor e me deparei com uma seleção favorita da do que ele define como boa leitura e autores que valem a pena serem lidos.

Claro que é uma leitura válida, o autor traz uma basta gama de nomes interessantes e perspectivas que, ao seu olhar, exemplificam como e porque ler aquele autor. Mas tenha em mente que é um livro completamente parcial, baseado no que ele acha ou não válido, a partir do que ele seleciona como bom.
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Isa 23/02/2023

Leitura sintópica
O professor Harold Bloom faz, em seu livro, uma grande leitura sintópica, relacionando grandes obras literárias umas com as outras e especialmente com Shakespeare.
Eu achei o livro "Como Ler Livros" sensacional como introdução à leitura de grandes clássicos e me auxiliou bastante a organizar minha lista de leituras. Tenho apenas uma ressalva, entretanto: gostaria de relê-lo após ter lido as peças de Shakespeare, tanto presentes em toda a obra.
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samucacn 13/01/2023

Harold Bloom aponta os caminhos para o prazer da leitura 'Por que ler Bloom? Porque temos aqui Bloom em sua melhor forma. Ao sugerir um significado para os versos de um poema, ele faz uma mágica dentro da gente' - The New York Observer 'Harold Bloom é o mais importante crítico literário de nosso tempo (...) Ele vive a crítica, ele a encena em sua alma...' - The Guardian A literatura é um exercício de paixão. E é com toda sua paixão pelos grandes mestres e suas obras que Harold Bloom apresenta em COMO E POR QUE LER mais uma análise fascinante do universo literário. Ao longo de 40 anos de vida universitária, Bloom, crítico e professor de literatura, ficou conhecido como mestre em transformar alunos em leitores apaixonados. Neste livro, Bloom mais uma vez comprova sua habilidade em criar cúmplices para a deliciosa aventura literária. Partindo de textos célebres da literatura universal, o autor se entrega ao prazeroso trabalho de ir, pouco a pouco, desentranhando os fios que compõem poemas e narrativas - o resultado é uma perspectiva fascinante da criação ficcional. Escrito numa linguagem simples e acessível, o texto atende bem ao gosto do público contemporâneo: a leitura flui de forma agradável e, apesar dos capítulos curtos, o livro é rico em reflexões profundas e instigantes. Para chegar ao máximo do prazer da leitura, observa Bloom, não devemos desperdiçar nossas forças, lendo de modo errático e desavisado. Segundo o autor, a satisfação pessoal deve nortear todo e qualquer leitor desde o primeiro contato com a obra. Para exemplificar estas afirmativas, Harold Bloom recorre a poemas , peças de teatro, romances e contos de autores consagrados. Com eles, o autor traça o caminho ideal para o leitor se envolver com as diversas formas literárias e penetrar no mundo criado por escritores como Ernest Hemingway, Jane Austen, Charles Dickens, Proust, Dostoievski, Oscar Wilde e, acima de tudo, William Shakespeare. 'Falando concretamente (...), busquemos Shakespeare, e deixemo-nos por ele ser encontrados'. Ao ensinar como e por que ler, Harold Bloom acaba deixando, nas entrelinhas, algumas dicas importantes também para quem escreve. Entre as pistas que semeia para leitores e escritores estão: livrar a mente dos chavões profissionais, não tentar melhorar o caráter alheio pelo que lemos/escrevemos e, sobretudo, resgatar a ironia. 'Uma vez destituída de ironia' - afirma Harold Bloom - 'a leitura perde, a um só tempo, o propósito e a capacidade de surpreender'.
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Ana 27/09/2021

Superficial
Esse livro é um conjunto de pequenos resumos sobre alguns clássicos da literatura. Não existe uma análise literária consistente. O autor não analisa personagens, narrativa, enredo, linguagem, etc. Ele simplesmente conta resumidamente a história e faz alguns comentários, sempre comparando a Shakespeare. Não dá motivos concretos para ler e nem lições de como ler um clássico. É superficial, verborrágico e subjetivo.
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Márcia 30/08/2021

Como e Por Que Ler - Harold Bloom
Por que ler? Para desenvolver a capacidade de formar opiniões críticas e chegar a avaliações pessoais, o ser humano precisará continuar a ler por iniciativa própria.
Como ler ? (se o faz de maneira proficiente ou não) e o que ler não dependerá, inteiramente, da vontade do leitor, mas o porquê da leitura deve ser a satisfação de interesses pessoais.
O livro é dividido em : contos, poemas , romances, peças teatrais.

Harold acredita que por mais inovadora que a obra aparenta ser, sempre haverá uma influência de autores do passado, que, por sua vez, também já foram influenciados por outros artistas em algum momento da carreira. Inclusive, isso é uma característica das próprias escolas literárias, que surgiam para romper com os ideais da anterior, mas que bebia da fonte das mais antigas.
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Soninha 10/06/2021

Todos os apaixonados por leitura deveriam ler Harold Bloom. Um mestre na crítica literária. Leitura de excelente qualidade, mas aviso para aqueles que querem ler, que o livro traz vários spoilers de clássicos da literatura. A única coisa que lamento, é não ter a edição física desse livro. Recomendo demais.
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Codinome 14/05/2020

Um pouco sobre "Como e por que ler"
"Como e por que ler" é o primeiro livro de crítica literária que leio. Pelo título, pensei que poderia me encontrar com um livro muito simplório de incentivo à leitura, no entanto, o profundo conhecimento de Harold Bloom sobre os clássicos da literatura não o deixa nada simplório. Sua obra é dividida em cinco partes: contos, poemas, romances (1ª parte), peças teatrais e romances (2ª parte).

Acredito que ao ler um livro de um crítico literário, é importante se atentar àquilo que o autor defende como uma literatura de alto valor e que, queira ele ou não (e Bloom quer bastante), torna-se uma referência. Ao longo de toda leitura, vemos que a grandiosa referência para Harold Bloom é toda a obra de Shakespeare (aliás, ele tem um livro que trata exclusivamente do autor: "Shakespeare - A invenção do humano"), pois sempre que ele se depara com algo muito bom - seja no conto, no poema, na peça ou no romance - o ápice do elogio crítico é encontrado na comparação "cabeça à cabeça" de determinada obra não-shakespeariana (ou seja, que não foi produzida pelo bardo) com uma peça ou um personagem (ou mesmo um soneto, no caso dos poemas) de William Shakespeare.

Nos contos, na visão de Bloom, o autor mais importante e influente é o russo Tchékhov. Ao longo do livro, percebi que esse autor é um dos poucos que eu já havia lido exatamente a obra citada, no caso, o conto "O beijo" (na primeira vez que o li, não gostei tanto, mas na segunda leitura, graças à elogiosa crítica de Bloom, vi que se trata, realmente, de um grande conto). São apresentados outros interessantes (e quase sempre, clássicos) contistas como Turguêniev, Hemingway, Flannery O'Connor (essa que fiquei com muita vontade de ler), Nabokov, Borges, entre outros.

O grande tema seguinte são poemas. Uma das partes que menos aproveitei, por dois motivos: não ter o costume de ler poema, e posso dizer que a leitura dessa parte me incentivou a lê-los (o autor fornece até dicas interessantes de como ler esse tipo de texto), e também porque uma das grandes preocupações do crítico é com autores da língua inglesa, já que ele é nativo desse idioma, principalmente na parte da poesia, citando uma variedade desses poetas, os quais devo conhecer apenas um ou outro. Uma das conclusões que tiro desse livro é a de que aproveito muito mais uma boa crítica (e as críticas/análise de Bloom são sempre ótimas) quando já li a obra em questão.

Um exemplo foi minha ótima experiência lendo a análise de "Crime e castigo", de Dostoiévski, romance que já havia lido. A primeira parte dos romances se preocupa com os autores mais clássicos da literatura mundial, como Miguel de Cervantes ("Dom Quixote" é uma obra que Bloom confessa profundo respeito, sua importância é tão grande, que o autor começa a dividir os romances em shakespearianos e quixotescos), Stendhal, Henry James, Marcel Proust, o próprio Dostoiévski, Jane Austen, entre outros.

Na parte das peças teatrais, claro, seria um absurdo não abordar Shakespeare e, no que parece ser, sua maior e melhor peça: "Hamlet"; Bloom dedica um bom tempo a essa peça, em suas palavras: "Uma escritura secular, a meu ver, ela é a única rival possível da Bíblia, em força literária" (trecho em relação à obra em geral de Shakespeare, mas, pensando na riqueza de "Hamlet", a frase pode facilmente extrapolar para a obra em questão, pensando-se na idolatração de Bloom). Além do bardo, Ibsen e Wilde são lembrados.

A última parte, dedica-se aos principais romances norte-americanos escritos no século XIX e, principalmente, no XX. Em que o romance tomado como referência é o "Moby Dick", de Herman Melville, e, na visão do crítico, de alta influência nos outros que o seguem: "Enquanto agonizo", "O leilão do lote 49", "Meridiano de sangue", "Homem invisível", entre outros.

Temos, por fim, um convite para os grandes clássicos da literatura, sempre com os ótimos motivos para que cada uma dessas leituras seja feita. Através de uma grande conhecedor e, acima de tudo, grande leitor que Harold Bloom é; enriquecendo ainda mais nosso desbravamento pela alta literatura.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 14/07/2018

Para Avaliar E Refletir
Harold Bloom é um dos nomes mais influentes da literatura. Crítico, ensaísta, escritor e professor, aos 85 anos e bastante debilitado, ele continua apaixonado por livros e privilegiando o valor sabedoria ao invés da simples informação.

Publicado em 2001, "Como e Por Que Ler" é uma fascinante análise do universo literário através de poemas, contos, romances e peças teatrais selecionadas a dedo por Bloom. Uma lista que surpreende, a medida que nem sempre exibe escolhas óbvias e um bom exemplo é "Emma", ao invés de "Orgulho e Preconceito", a oba conhecida de Jane Austen.

O primeiro ponto a considerar é que o livro de Mr. Bloom não se trata de uma série de resumos que irá auxiliá-lo em provas e exames ou proporcionar uma fina camada de verniz cultural. Exige bagagem literária e prévia leitura das obras analisadas, portanto, provavelmente não será lido de cabo a rabo, mas mantido como um guia ou objeto de consulta. Por exemplo, só li o comentário para "As Cidades Invisíveis", de Ítalo Calvino, após encerrar o último parágrafo da obra e mesmo assim, reli alguns trechos.

"Como e Por Que Ler" também está voltado para quem aprecia os clássicos, a obra mais recente é "O Leilão do Lote 49", de Thomas Pynchon, lançada em 1966. Logo, esqueça a lista dos mais vendidos ou os novos talentos, pois não há uma linha sequer dedicada a eles.

Para finalizar, concluo com pequeno trecho de Bloom:
"Exorto o leitor a procurar algo que lhe diga respeito e possa servir de base à avaliação, à reflexão. Leia plenamente, não para acreditar, nem para concordar, tampouco para refutar, mas para buscar empatia com a natureza que escreve e lê."
Codinome 19/05/2020minha estante
É um ótimo livro! Li recentemente e me surpreendi bastante, realmente a escolha de "Emma" foi curiosa, em alguns casos ele deixava de abordar determinado livro, pois já o tinha abordado em alguma outra obra dele, se não me engano era o "O cânone ocidental".




Tauana Mariana 08/01/2015

Bom livro para quem quer começar a ler
Sinceramente, adquiri e li a obra aguardando uma coisa e me deparei com outra. Não que a aquisição e a leitura tenham sido em vão, mas me supriu superficialmente, eu diria. Além disso, a obra exige uma leitura pesarosa.

Para o autor, lemos para fortalecer o ego, essencialmente. Já em sua obra, me parece que o que mais se ressalta é exatamente o ego do autor. Um crítico literário que acredita piamente que o bom leitor é aquele que lê Shakespeare, Tchekhov ou Kafka, por exemplo. Que devemos ler, mas "somente o que há de melhor na literatura" (p. 35). Bem, não lhe tiro a razão, mas sou a favor da leitura indescritivelmente. Leiamos qualquer coisa, mas leiamos.

A obra foi publicada no Brasil em 2011 mas data de 2000, ano imensamente ressaltado por Bloom. Também é ressaltado em praticamente todas as páginas que o livro trata-se quase que exclusivamente de literatura norte-americana e o que essa leitura influencia ou como se relaciona com os norte-americanos. Além disso, o autor sugere que você leia as obras mencionadas da forma como ele considerou melhor, após anos de leitura. Essa sugestão pode ser boa, visto que advém de um Expert no assunto, mas é sempre bom lembrar que cada um tem o seu modo, o seu jeito. Para Bloom, por exemplo, devemos ler poesias em voz alta, e se possível, devemos memorizá-las. Já as obras de Shakespeare deve ser lida, o leitor deve assistir a peça, e ler o livro novamente. A presunção do autor às vezes me incomodou um pouco, afirmando que apenas os bons leitores poderiam entender algumas obras.

Sobre a organização do livro, após prefácio e prólogo, Bloom analisa os contos, dos quais "esperamos obter o prazer da conclusão" (p. 27). Analisa autores como Ivan Turgenev, Anton Tchekhov (este ensina que "a literatura é uma forma de fazer o bem" p. 34), Guy de Maupassant (o melhor dos autores do chamado conto popular), Ernest Hemingway, Flannery O'Connor ("mais do que uma escritora dotada de genial comicidade, [...] demonstrava possuir uma aguda percepção: para os seus compatriotas, a religião não era o ópio, mas a poesia da humanidade), Vladimir Nabokov, Jorge Luis Borges (que teve Kafka como grande percursor, e foi substituto de Tchekhov como escritor mais influente no referido gênero, a partir da segunda metade do século XX), Tommaso Landolfi e Italo Calvino.

Posteriormente, Bloom analisa poemas de Robert Browning, Walt Whitman, Emily Brontë, William Shakespeare, John Milton ("poeta central do protestantismo, assim como Dante é o poeta-profeta central do catolicismo" p. 114), entre outros. Para Bloom, os poemas devem ser lidos em voz alta, e se possível, devem sempre ser memorizados (p. 69), pois "guardado na memória, o poema passa a nos possuir, e podemos, então, lê-lo mais minuciosamente, conforme o exige e faz recompensar a grande poesia" (p. 134). Argumenta que "raramente, a poesia auxilia-nos a comungar com terceiros; trata-se de um belo idealismo, tornado realidade em certos momentos misteriosos, como no instante em que nos apaixonamos" (p. 74). Em suma, afirma: "a poesia é a única 'autoajuda' que funciona, pois recitar 'Sombras' em voz alta fortalece o meu espírito".

Descubro através desta obra que Brontë também escreveu poemas sobre O Morro dos Ventos Uivantes (meu livro de romance preferido).

Tão reprimida, mas sempre insistindo
Nos afetos que nasceram comigo,
A riqueza e o saber não mais buscando,
Os sonhos impossíveis eu persigo.
Não quero hoje correr regiões sombrias,
Cuja imensidão se faz entediante,
E onde as tantas legiões de visões frias
Trazem o mundo irreal, atordoante.
Caminhar, mas não por heróicas trilhas,
Nem pelas rotas da moralidade,
Ou entre fisionomias andarilhas,
Que a história assombram desde a antigüidade.
Caminhar, seguir minha natureza—
Outro guia não há de me servir—
Nos montes dos rebanhos sem defesa,
Onde o vento uivando posso ouvir.
O que teriam os montes a revelar?
Glória e dor mais intensas que eu externo:
Se Terra ao afeto um coração incitar,

Poderá abarcar o Céu e o Inferno.

Outro poema que me fascinou, que trata-se de uma balada folclórica, intitula-se "O túmulo sem paz" (p. 96).

Hoje sopra o vento, amor meu,
E a chuva miúda ele traz;
Tive um só amor nesta vida,
No túmulo hoje ela jaz.
Pelo meu verdadeiro amor,
Sofro uma juventude fria;
Permaneci ao lado do túmulo,
Doze meses e mais um dia.
Uma vez passado esse tempo,
A morta se pôs a falar:
“Quem chora ao lado do meu túmulo,
E não me deixa descansar?”
“Sou eu, amor, sempre ao teu lado,
Quem não te deixa descansar,
Quero beijar lábios gelados,
É tudo o que venho buscar.”
“Queres, pois, meus lábios gelados,
Mas meu hálito cheira a terra;
Beijando meus lábios gelados,
A tua existência se encerra.
“Naquele jardim verde, amor,
Caminhávamos lado a lado;
Lá, a mais formosa das flores
Terá hoje em dia murchado.
“Assim como a flor, meu amor,
Nossos corações vão murchar;
Vive, pois, feliz, meu amor,
Enquanto o Senhor não chamar.”

Os romances são analisados logo após, seguido pelas pelas teatrais, e retornando ao fim do livro. Aqui, Bloom analisa obras de autores conceituados, mas confesso que os autores do Romance II eu praticamente desconhecia. Obras de Miguel de Cervantes, Stendhal, Jane Austen, Charles Dickens, Fiodor Dostoiévski, Henry James, Marcel Proust (), Thomas Mann, Herman Melville, William Faulkner, Nathanael West, Thomas Pynchon, Cormac McCarthy, Ralph Ellison e Toni Morrison são resenhas e suas leituras são justificadas. O legal destas resenhas também se dá pelo fato de sabermos qual a relação que os autores têm entre si e entre a época em que viveram, além de sabermos um pouco mais sobre a vida, obra e morte de cada um. Enfim, Bloom (2011, p. 190) declara: "Há muitas maneiras diferentes de ler bem, mas todas envolvem a receptividade da nossa atenção. Tenho parcos conhecimentos sobre budismo (sendo eu de temperamento impaciente), portanto, o conceito de Wordsworth — “passividade sábia” — seria, do meu ponto de vista, o melhor sinônimo do tipo de atenção exigida pela boa leitura".

site: http://tauanaecoisasafins.blogspot.com.br/2015/01/como-e-por-que-ler.html
Renann 09/12/2016minha estante
Excelente resenha.


Tauana Mariana 09/12/2016minha estante
obrigada :)


Két 08/04/2017minha estante
Pensei em colocar esse livro em projeto que estou, ia até ler o livro todo. Mas acabo de perceber que não era isso que estava procurando. Obrigada pela resenha, muito boa ?


Garuda 10/05/2017minha estante
Esta é a segunda crítica feita ao livro que leio aqui na seção, exatamente partindo de como ele não confirmaria o título dado. Por um lado, ele fornece uma lista de textos para não ficarmos garimpando por aí. Por outro, ele é muito divertido. Muito divertido para quem está acostumado com a crítica especializada como eu ? ele chega a tirar sarro de certas vertentes críticas contemporâneas dominantes, especialmente na academia anglófona, e com alguma razão! Para quem se acostumou com a crítica contemporânea (praticamente sociologia especulativa sem 'fundamentum in re') é um livro libertador, mostrando que é possível, sim, exercer o ofício crítico sem ceder às modas da academia. A certa altura as comparações com Shakespeare enchem o saco, isso qualquer um é obrigado a conceder, mas ele claramente faz de propósito, pra alfinetar essa produção literária dita "engajada" contemporânea, altamente sexualizada e esvaziada de qualquer conflito real do espírito humano, focada apenas em mesquinharias citadinas pequeno-burguesas.


Eduardo.Luca 09/05/2018minha estante
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Codinome 19/05/2020minha estante
"Leiamos qualquer coisa, mas leiamos.": é que aqui no Brasil, as pessoas não possuem o hábito de ler, ou seja, o sarrafo está baixo. Se a pessoa está lendo um livro, já achamos que está bom. É ótimo que tenham pessoas que estejam lendo, mas temos muito o que melhorar ainda; acredito no leitor em evolução, que busca também os clássicos, pois não é à toa que são clássicos, possuem sempre algo a dizer, mesmo que ainda não consigamos escutar.




Katita2013 06/08/2013

Navegando em Águas rasas
A primeira coisa que tenho a dizer sobre este livro é que se você, como eu, pretende adquiri-lo pensando que encontrará uma analise consistente e detalhada de como e por que ler, sinto muito mas vai ter uma desilusão.
Primeiro porque o titulo já de cara não deixa claro a que se refere o “Como e Por Que ler”. O livro trata de algumas considerações bem pessoais de Harold Bloom( professor e Critico Literário Norte Americano ) sobre como e por que ler certos Contos,Poesias,Romances e Peças Teatrais. Já pela vasta gama dos temas tratados vemos que é uma grande empreitada para um livro de apenas 276 páginas. Além disso Bloom ainda comete o erro, ao meu ver é claro,de exemplificar cada um dos itens com uma outra ainda grande variedade de escritores,“seus preferidos”.
Assim resulta um livro de pouco conteúdo informativo, ou pelo menos de conteúdo informativo que beira o superficialismo. Resulta também um livro de leitura não fluida, visto a profusão de “vozes” que, ao meu ver, poluem o texto, conseqüência da insistência do autor em fazer sistemáticas comparações, as vezes forçadas, entre autores. Dai que o texto se torna raso e pouco denso. A obsessão do autor em comparar Shakespeare com tudo e com todos acaba por irritar a um certo ponto do livro por parecer gratuito e as vezes forçado, além de ser um outro fator a contribuir para a superficialidade do livro.
Penso que nós como leitores ganharíamos mais se o autor se concentrasse mais a análise em poucos autores e poucas obras e esquecesse as comparações, ou as fizesse somente onde fosse estritamente necessária.
Para mim é um livro muito centrado no ego de Bloom, e se como afirma o autor, um dos motivos para se lêr é “fortalecer o ego”, a leitura deste livro, ao menos no meu caso, não atinge esse objetivo tão nobre.
Para não ser tão injusta com o livro, devo dizer que apesar de tudo o que disse acima, o livro contém algumas idéias interessantes sobre o ato de ler e sobre como interpretar certos escritores, mas por todos os problemas que considerei antes, o livro se torna como um todo superficial.
É como certos livros que depois de você “enxugar” o que realmente importa, resta pouco de conteúdo. Ao meu ver a parte mais interessante, e que concentra mais informações e idéias,se não a única, é o “Resumindo” que ele faz do Capitulo sobre Romances, no qual ele sintetiza o por que lêr romances.
Uma ulterior dificuldade é que se o leitor não conhece ou não leu as obras dos quais trata o livro, as idéias de Bloom ficam menos claras, visto que o autor pressupõe que já as conhecemos. Mas e ao mesmo tempo se o leitor já os conhece, arrisco a dizer que muitos de seus comentários e idéias contidas no livro se tornam irrelevantes, pois são muitos pessoais e autocentrados.
Um boa maneira para apreciar este livro seria considera-lo como uma coletânea de resenhas sobre contos,poesias,romances e peças teatrais, dessas que encontramos em revistas ou em jornais, nada muito aprofundado. O que é uma pena, porque lendo o livro sentimos que Bloom tem muito a nos dizer sobre o ato de ler, mas que por qualquer razão fica no nível superficial.
Talvez a razão ele nos dê no prefácio quando nos diz: “A crítica literária, conforme aprendi a entendê-la, deve ser experimental e
pragmática, e não teórica”. E como minha expectativa era uma outra quando adquiri o livro, minha experiência com esse livro foi um pouco frustrante.
Veredicto: Regular
Codinome 14/05/2020minha estante
" (...)certos Contos,Poesias,Romances e Peças Teatrais": são obras importantíssimas para a literatura essas que Bloom aborda, não tem essa gratuidade como transparece seu texto, como se ele tivesse colocado à toa essas obras.
"Uma ulterior dificuldade é que se o leitor não conhece ou não leu as obras dos quais trata o livro, as idéias de Bloom ficam menos claras, visto que o autor pressupõe que já as conhecemos.": mas, meu Deus, isso é culpa muito mais do leitor do que do escritor!!




Pseudokane3 26/09/2010

O porquê do não-abandono:
Tinha marcado este filme como "abandonei", dado que recusei-me voluntariamente a ler 1/3 de suas páginas, em razão de ainda não ter consumido as obras que o exegeta tão bem comenta. Porém, o tom que permeia o restante do livro com certeza é também aplicado na parte ainda não-lida, que em breve voltará para mim, em detalhes, em precisão, em empatia extático-literária. Sendo assim, posso considerar-me apto, sim, a marcar este livro essencial de consulta como "lido". E a ser relido e praticado em breve...

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Codinome 19/05/2020minha estante
este filme?




Mônica 11/01/2010

Acho que foi Monteiro Lobato que disse: " Um país é feito de homens e livros". Aproveitando o conceito escreveria que "O Mundo é criado pelos registros que suas eras deixam e os livros de cada país retratam seu espírito em determinada fase.

É mais ou menos isso que Harold Bloom procura nos mostrar em "Como e Por que Ler". Ao falar de autores cujos livros já chegaram a todos os lados do mundo, como Dostoiéviski, Nabokov, Borges e Maupassant, ele procura despertar nosso interesse pela leitura a partir das sensações que são compartilhadas pela alma humana.

Não me atrevo a falar muito sobre os poemas, pois essa é uma das vertentes literárias que menos domino, e digo o mesmo para as peças teatrais (mas pretendo melhorar, pois o autor fornecer dicas bem interessantes). Mas o que me deixou interessada foram suas resenhas sobre os romances.

A primeira parte é dedicada a livros que já possuem notoriedade mundial, como Dom Quixote e Crime e Castigo,e sua leitura é explicada pelo fato de que ao conhecermos essas histórias conheceremos melhor a nós mesmos.

Já a segunda parte, começando por Moby Dick, pretende nos mostrar, a partir dos livros indicados, o atual estado de espírito do "homem americano". Bloom faz uma analogia muito realista sobre como o conteudo dessas obras retrata o perfil corrente dos Estados Unidos de maneira que mesmo alguém que não tenha contato com a cultura norte-americana consegue entender.

E por último, depois dessa minha resenha analítica, recomendo a leitura desse livro pois Bloom nos apresenta histórias que são muito promissoras!
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Gley 01/12/2009

Para apreciar melhor alguns autores.
Este livro apresenta alguns ensaios escritos por Harold Bloom sobre textos importantes de diversos autores que o crítico considera essenciais para uma boa experiência do leitor. Joga luz em alguns escritores menos conhecidos (para o público brasileiro) e seleciona exemplares excepcionais dentro da extensa obra de outros.

Considero apropriado para quem está à procura de obras clássicas, mas gostaria de saber o que buscar quando encontrá-las. Foi graças a este livro que felizmente conheci os excelentes contos de Ernest Hemmingway, do qual só conhecia os romances - e não gostava muito.
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Felipe Siqueira 08/01/2009

Cânone Ocidental
"Como e Por Que Ler" é o livro mais didático de Harold Bloom, para ser usado mais como guia do que lido como ensaio, apesar das análises profundas sobre vários tipos de autores, desde Shakespere (seu fetiche) até Comark McCarthy. Vale muito a pena como introdução a uma literatura mais complexa e profunda do que os best-sellers da vida (dos quais todos gostamos também).
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