Dean and Me

Dean and Me Jerry Lewis...




Resenhas - Dean and Me


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Fabrício Franco 31/07/2022

Memórias melancólicas do fim de uma amizade
Jerry Lewis e Dean Martin fizeram seu último show juntos numa terça-feira de julho de 1956, 10 anos depois de começarem sua parceria. "Quando acordei na quarta-feira à tarde", escreve Lewis em "Dean and Me", seu livro de memórias, "compreendi como um amputado deve se sentir." Casamentos de celebridades desmoronam o tempo todo. Mas a separação dos dois devastou os inúmeros fãs da dupla mais do que o fim de qualquer romance de Hollywood (para quem conhece Martin e Lewis apenas como relíquias do show-biz, eles eram como astros do rock antes que esses existissem). Os fãs superaram o rompimento, mas Lewis deixa dolorosamente claro que nunca o fez. A fórmula de Martin e Lewis era bastante simples: Martin era o adulto sensato (e sonhador), e Lewis era o garoto maluquinho. O mecanismo que os tornava tão hilários juntos era delicado e irreprodutível. Os shows ao vivo da dupla eram um pandemônio, bolhas de caos potencial, em que tanto eles quanto o público sabiam que a qualquer minuto absolutamente qualquer coisa poderia acontecer. Mas Lewis admite abertamente que o que realmente fez Martin e Lewis terem sucesso foi o prazer em se apresentar juntos. Lendo "Dean and Me", percebe-se que nem mesmo Lewis sabe exatamente o que acabou com a dupla. O ciúme profissional é a razão mais óbvia e fácil de entender ? Martin preocupava-se com os críticos pensarem que Lewis fosse a espinha dorsal do ato. Mesmo 50 anos depois, Lewis pareceu quase incrédulo que os dois tenham seguido caminhos separados de forma tão amarga (eles se reconciliaram, no final da vida de Martin, morto em 1995). Estas são memórias cativantes, mas também comoventes, do fim de uma amizade, e o quanto isso amargura até mesmo o mais bem sucedido artista.
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