Proposta Inconveniente

Proposta Inconveniente Meg Cabot




Resenhas - Proposta Inconveniente


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Livy 07/09/2014

Acho que meu grande problema é: eu estava esperando mais do livro do que deveria.
Proposta Inconveniente é um dos livros de romance de época escrito por Meg Cabot com seu pseudônimo Patricia Cabot. Eu devorei muitos livros da autora como Meg mas não havia lido nada como Patricia. Sempre namorei os livros, com estas capas lindas. Apesar de ter alguns dos títulos na estante, ainda não havia me animado a ler seus romances de época. Até que li a sinopse de Proposta Inconveniente com navios, piratas e uma jovem destemida e diferente. Eu simplesmente tinha que ler.

Acho que meu grande problema é: eu estava esperando mais do livro do que deveria. Realmente esperava, segundo promete a premissa, um livro cheio de aventura e muitas reviravoltas. Acontece que encontrei um livro de época erótico, com uma história mal desenvolvida e muita enrolação.

Payton é uma jovem que está prestes a completar 19 anos e viveu toda a sua vida rodeada por homens, sem qualquer influência feminina, já que sua mãe morreu quando era um bebê. Navegando junto aos seus irmãos que trabalham na empresa de navios do pai, ela sempre se vestiu com calças e camisas largas, justamente como um menino. Destemida, ela ama o mar, e sonha um dia ter seu próprio navio, o Constant. O problema é que sendo mulher, mesmo não sendo muito feminina, seus irmãos não acham certo que ela seja a capitã de seu próprio navio. Ross, o irmão mais velho e já casado, não vai ceder e não vai deixar que ela saia navegando por aí.

Acontece que ela não só tem este desejo, como também ama secretamente Connor Drake, seu amigo de longa data, e um dos capitães da empresa de seu pai. Ela o conhece muito bem e sempre navegaram juntos. O amor surgiu inevitavelmente. Mas ela nem poderia sonhar que em apenas uma noite ela poderia perder tudo o que mais ama: Drake vai se casar e também ganha o navio que ela tanta queria como presente de casamento. O quê!? Ela está soltando fogo pelas ventas! Mas claro, astuta como é ela logo percebe que por trás deste casamento há um grande interesse escuso da noiva, que parece não ser tão boazinha quanto todos pensam. Vai restar a Payton se aventurar para salvar o amor de sua vida.

Bom, o que posso dizer é que Patricia Cabot enrolou em mais de 70 páginas apenas com o dito casamento, e o restante do livro com a aventura de Pay no mar para salvar Drake. Não se engane procurando aventura no livro, pois é um dos pequenos detalhes que compõem a trama, é tem um papel bem secundário na história. A verdade é que Proposta Inconveniente é basicamente um livro erótico de época, então se você gosta do estilo, vá em frente pois vai amar. Eu estava esperando mais conteúdo e menos lenga lenga, então me decepcionei sim.

Além disso há coisas absurdas, cenas realmente impossíveis de se acreditar, que você só encontra em um livro mal escrito do gênero. Por exemplo, o cara tá lá preso, acorrentado; o navio está cheio de piratas terríveis; a mocinha está disfarçada e... ela ainda consegue dar uma escapulida e eles darem uns bons amassos e ainda fazerem sexo. OK, dei muita risada, porque é tão clichê.

Não só isso, me irritei demais com como os personagens perdiam tempo analisando tudo. Remoendo e pensando em tudo, apesar da narrativa ser em terceira pessoa. Acho que, como disse antes, a autora perdeu tempo com muita enrolação e não desenvolveu bem a história. Não que eu não goste de um bom romance, pelo contrário, mas o problema é que a história acabou perdendo o seu sentido a partir do momento em que os personagens principais se entregam aos braços um do outro. A autora muda drasticamente o foco do livro para tórridas aventuras a dois (se é que me entendem).

Tirando este lado do livro, o que mais gostei foi da irreverencia da Payton. Ela é realmente hilária, tem um jeito único e independente. Ela sempre luta pelo que acha certo e segue seu coração. As melhores cenas do livro são por causa deste jeito diferente de ser dela. Claro, mesmo assim eu me irritei um pouquinho com algumas atitudes muito infantis dela, principalmente mais para o final do livro. Mas no geral é um ótima personagem. Drake também é um bom personagem para o tipo do livro, mas confesso que não consegui sentir muita empatia. Ele é bem intenso, mas faltou algo a mais para eu cair de amores por ele. Destaco os irmãos da Payton pois eles são muito hilários, tentando defender a irmã e ao mesmo tempo só atrapalhando. Agora, o vilão da história tem um papel muito importante na trama e durante todo o livro, mas o mesmo não me convenceu e muito menos me deu medo. Aliás, mostra em muitas vezes ser bem covarde, na verdade apenas um cara bem comum e ruim, nada mais.

Algo que me chamou a atenção e vale total destaque, é a capa lindíssima do livro. Que aliás, está muito mais bela do que a original. Um ótimo trabalho da editora. Queria eu ter mais livros de romance de época com capas tão primorosas e belas quanto esta em minha estante.

Em suma este livro é bem fácil de ler e, apesar da história mal desenvolvida, Patricia Cabot tem uma narrativa que é bem gostosa. Proposta Inconveniente não é um dos melhores livros que já li do gênero, pois faltou profundidade, mas serve para distração. É gostosinho de ler se você não tiver nenhuma pretensão e amar livros de época com uma boa dose de erotismo.

site: Confira mais resenhas: http://nomundodoslivros.com
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Liachristo 07/09/2014

Proposta incoveniente - Patricia Cabot - Editora Record
Payton Dixon é uma jovem de 19 anos que foi criada, por seu pai e irmãos de uma maneira nada convencional. Seu pai é dono de uma companhia marítima, a Dixon and Sons Shipping Company e a criou no mar a bordo de seus navios. Sua mãe morreu de uma complicação do parto, e desde pequena só teve contato com seu pai e irmãos, por isto se vestia como menino, e tinha todos os trejeitos de um. Ela passou toda sua vida viajando pelo mundo com eles em seus navios. Ela é tão hábil em navegação e outras funções de navio como eles são, e por isso, em sua mente a empresa realmente deveria ser chamada de "Dixon, Sons, e filha .

Foi desta maneira que ela conheceu Connor Drake. Um jovem que foi empregado por seu pai, para trabalhar em seus navios, quando tinha a idade de 17 anos. Desde então Payton se afeiçoou a ele, e estava sempre por perto, sempre atrás de Connor, até que um dia percebeu que sentia muito mais por ele do que somente amizade.

Seu sonho é ser capitã do navio Constant, um novo navio construído para ser top de linha.
Ela tem outro sonho também, embora ela saiba que não será muito fácil de realizar - Ela deseja se casar com Connor Drake Capitão de Mar, que é o melhor amigo de seus irmãos e seu delicioso companheiro nas viagens marítimas.

Quando seu aniversário de 19 anos está próximo, seu irmão mais velho Ross se casa, e ela passa a conviver com sua cunhada Georgiana, que tenta lhe ensinar boas maneiras, tenta fazer com que ela se torne uma verdadeira dama, o que acaba se mostrando ser bem complicado.

Payton, era apaixonada por Connor, mas não tinha coragem de se insinuar e nem mesmo se declarar para ele. Queria mesmo é que ele a percebesse, que ele descobrisse que ela já era uma mulher. Mas, ela desiste de seu sonho de ele finalmente vê-la como mulher, ao descobrir que ele está noivo e que seu casamento será no dia seguinte. Na noite antes de seu casamento, Connor promove uma festa em sua mansão e finalmente percebe que Payton cresceu, e se tornou uma bela mulher ao vê-la de vestido, e ainda por cima usando espartilho o que a deixa muito feminina e desejável.

Os dois acabam se beijando pela primeira vez nesta noite, nos jardins, mesmo sabendo que nada poderá mudar o que vai acontecer no dia seguinte.

Na manhã seguinte, Payton descobre que a noiva de Connor o está enganando e coloca um ponto final no casamento. Connor, então toma a decisão de ir embora com a noiva, a dissimulada Srta. Becky para Nassau, para finalmente realizar seu casamento.

Payton fica arrasada, e acha que Connor acreditou nas mentiras de sua noiva. Mas, mesmo assim, depois de algumas confusões, consegue fazer que seus irmãos acreditem nela, e resolvam seguir Connor, para impedi-lo de fazer uma besteira. E todos ficam até mesmo temendo por sua vida.

Quando já estão avistando o navio de Connor, o Constant, Payon e seus irmãos percebem que ele está sendo atacado por piratas e e está sendo levado como prisioneiro. O capitão pirata quer uma cópia de um mapa valioso que Connor desenhou. Payton sem pensar duas vezes, salta a bordo do navio pirata e se disfarça como um menino, para que ela possa encontrar uma maneira de salvar Connor.

Enquanto está no navio pirata, Payton descobre que a noiva de Connor é realmente amante do capitão pirata, e enquanto tenta encontrar uma maneira dela e Connor escaparem, os dois começam a se deixar levar pela paixão um pelo outro durante as visitas que Payton consegue fazer ao local onde ele está sendo mantido prisioneiro. Connor, tenta lutar contra seus sentimentos, seu desejo, mas acaba sucumbindo a Payton e mesmo temendo por suas vidas, ele a faz sua, e a partir daí, aproveitam todos os momentos a sós para se conhecerem melhor.

Quando eles finalmente conseguem escapar dos piratas, eles ficam perdidos na bela ilha de San Rafael. Os dois se apaixonam de vez, e aproveitam todos os dias e horas que estão sozinhos na ilha para darem vazão a sua paixão, até que sejam finalmente encontrados pelos irmãos de Payton. As cenas de amor deles não são mansas. Em vez disso, elas são abundantes, detalhadas e muito bem escritas.

Ao serem achados, os irmãos de Payton ficam com raiva de Connor, achando que ele se aproveitou de sua irmã e o obrigam a se casar. O que eles não contavam é que Payton não iria aceitar se casar com Connor, mesmo que ele queira se casar com ela, devido ao fato de ela acreditar que ele só está fazendo isto por estar sendo forçado.

Os dois devem lutar contra os mal-entendidos, e os irmãos irritantes de Payton, se quiserem encontrar uma forma mais divertida de acharem o seu caminho para a felicidade.

Eu amei esta capa, foi a primeira coisa que me chamou a atenção. A fonte escolhida, a cor das páginas, e a revisão nos proporcionam uma leitura de qualidade. Mais uma bela publicação da Editora Record.

Uma leitura gostosa, fácil, e que nos faz dar algumas boas risadas, com as maluquices que a protagonista apronta. Às vezes é bom saber que nem todos os heróis precisam ser homens torturados com um passado obscuro. Se você está à procura de aventura, sem o derramamento de sangue, que tantas vezes encontramos neles, ou talvez para uma divertida, leve e sexy leitura, uma Proposta Inconveniente é uma excelente escolha.
Leitura mais que recomendada.
Bjus


site: http://www.docesletras.com.br/p/resenhas_8.html
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Paulinha 04/09/2014

Payton e Connor
Assim como todos os livros assinados por Patricia Cabot, este não ficou por desejar. Os romances dela são perfeitos, de época e bem escrito, tem muita aventura e claro muito romance – com encontros e desencontros – mas deixa sempre um gostinho de quero mais no final.

Aqui a Payton foi criada pelo pai, ausente em suas memórias e pelos 3 irmãos mais velhos. Que sempre permitiram tudo, ela navegava com ele e falava palavrão como os marinheiros, mas quando Ross, o mais velho se casa, a presença da cunhada muda a vida de Pay e ela passa a usar espartilhos e deixa as roupas masculinas, com isso chama a atenção de seu amor o capitão Connor Drake.

Ele está com a vida virada mas ela como uma boa mocinha ajuda seu amor sem pedir a ele permissão fazendo muitas tolices também. Tem partes engraçadas neste romance e outras que ficamos querendo saber tudo. Vale muito ler o romance. Amei!!
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Dri 16/08/2014

Proposta Inconveniente
Quem me conhece bem sabe que eu adoro romances históricos. E como um excelente romance histórico que é, não poderia deixar de ler Proposta Inconveniente da autora Meg Cabot – aqui com seu pseudônimo de Patricia.

Pois bem, vamos à história: Payton Dixon é uma mulher que desde criança sonha em comandar um navio e que tem uma paixão secreta por Connor Drake, um velho amigo da família. Porém, para ele, ela não passa de uma criança ou de uma irmã mais nova. Então as coisas mudam, e Drake começa a vê-la com outros olhos quando as “roupas masculinas” que costuma usar passam a ser substituídas por um espartilho (nota-se aqui a grandessíssima semelhança com outros livros da autora de mesmo gênero como A Dama da Ilha, e Retrato do Meu Coração).

Eu adoro as cenas dos irmãos da Pay – a cena em que eles percebem que ela já tem seios é demais -, eles a veem tanto como uma criança e a tratam tanto como uma que dá até dó dela...

[…] Payton baixou o olhar e examinou o decote. Era mesmo um pouco audacioso. Não tinha muito a mostrar, mas o pouco que tinha estava bastante exposto. Quando ergueu os olhos novamente, viu que Hudson acompanhara seu olhar.
- Sim, Pay, eu notei que você já tem seios. Quando isso aconteceu? […] pag 13


Para piorar, Pay descobre que a bruaca da noiva de seu amado, a srta. Whitby está conspirando com o inimigo da família Dixon que quer um mapa que pertence à Drake. Ou seja, a cobra vai fumar! Tudo isso, porém, já dá pra saber pela sinopse e pela aba do livro.

Quando o navio dos noivos parte para Bahamas e é atacado, Pay não pensa duas vezes e infiltra-se na tripulação, fingindo-se de garoto. Para quem gosta de humor, definitivamente, o livro é ótimo, no começo do livros há várias cenas engraçadas. Mas também muitas irritantes, em minha opinião, como quando Payton pede um navio para comandar e seus irmãos e Drake dizem que não, isso o livro inteiro... é tão, mas tão cansativo! Putz, qual o problema de uma mulher ser a capitã de um navio? Sim, eu sei que é outra época, que as mulheres deviam baixar a cabeça e obedecer aos homens, mas... por favor!

Outra coisa que me incomodou profundamente também foi o fato do Drake saber que o filho que a besta da noiva esperava era de outro e mesmo gostando de outra, não quis cancelar o casamento. Cara, você gosta de ser chifrudo! A Pay deveria ter deixado que ele se livrasse sozinho da situação em que se meteu e casar com alguém que não fica irritado com sua tentativa de socorro e que a valoriza e a apoia...

No geral, como sempre, o livro é maravilhoso, muito bem escrito, com romance, humor, aventura, ação... e sendo um romance histórico de ninguém mais, ninguém menos que Patricia Cabot, já vale muito a pena!

Agora só espero que a Editora Record publique o último livro da Meg/Patricia que falta pra minha coleção de romances históricos: UM PEQUENO ESCÂNDALO!

site: http://mylivrofavorito.blogspot.com.br/2014/07/resenha-proposta-inconveniente-patricia.html
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Carolina.Inthurn 11/08/2014

Pirataria, sensualidade, diversão e romance num livro só!
Com base na minha experiência com a autora em diversos livros que li da mesma, posso dizer que me surpreendi de uma maneira positiva com o enredo e a história de Proposta Inconveniente. Pra quem não sabe, Meg Cabot usufrui do pseudônimo Patricia Cabot para seus livros mais adultos, com cenas mais sensuais. De cara, com essa capa fofinha e frufruzinha, não dá pra imaginar que por dentro dessas páginas há uma história de piratas. SIM, PIRATAS! Ok, vou me controlar. Eu amo piratas, cara. E a tia Cabot conseguiu unir pirataria, sensualidade, diversão e romance num livro só!

Somos apresentadas a uma família um tanto peculiar. Payton Dixon é a mais nova de três imãos, Hudson, Ross e Raleigh. Como ambos são marinheiros, a jovem Srta. Dixon viveu toda sua vida ao lado de homens, ou seja, nada mais aceitável que a mesma se comportar, se vestir e falar como um. Mas a mocinha é perdidamente apaixonada pelo capitão Connor Drake, que trabalha pro seu pai e é melhor amigo dos seus irmãos. Mas veja bem... Por qual motivo um sujeito bonitão, charmoso e bonitão de novo olharia para uma Payton nada feminina?

E tudo, absolutamente tudo muda quando no casamento de Connor Drake com a Srta. Whitby, Payton usa um espartilho e nota que tem seios! Isso mesmo! E não foi só ela quem notou não, viu? A maioria dos homens a olhara, inclusive seus irmãos que vivam se perguntando: "De onde surgiu isso aí, mulher?". De fato, no vestido que sua cunhada lhe preparou, Payton era muito mais mulher do que a maioria. E só então, na véspera da sua cerimônia de casamento é que Drake nota tudo isso. E mais, percebe também que está completamente apaixonado por ela.

Vou parar de contar senão eu vou narrar o livro inteiro, o que não seria má ideia, até porque me apaixonei completamente por ele! Cabot sabe escrever um bom romance histórico com pegadas sensuais, que te prende a cada virada de página e faz com que você anseie por mais. Sua personagem principal, Payton Dixon, é sarcástica e dura na queda, a melhor marinheira que você já viu, tornando o livro um tanto engraçado e um amorzinho que só. Considerando o fato da história se passar nos anos 1800 e bolinha, lá em Londres, dá pra imaginar que os suspiros rolarão soltos né? Mas não fique com pé atrás, nessa história de amor e desencontros, há muito mistério, luta e piratas! PIRATAS! Prepare-se para uma escrita brilhante da Cabot, porque essa mulher sabe conduzir muito, muito bem uma história.

"Não é nisso que consiste o amor? Não só resistindo às tempestades, mas o fazendo por longos períodos de estagnação sem enlouquecer ou sem passar a se desprezar?"

"O charme de Payton estava na sua atitude, na confiança com que se portava, na força graciosa de cada movimento, na incapacidade de ocultar os sentimentos, na transparência de suas emoções através daqueles imensos olhos castanhos..."

site: http://www.estantedasfadas.com.br/
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Mara seidhom 10/08/2014

Apaixonada pelo capitão Connor Drake, Payton sonha em ser capitã de seu próprio navio. Ela cresceu desejando essa profissão exclusivamente masculina, mas agora deve abdicar disso tudon para conseguir um bom marido. O problema é que Connor só percebe seus sentimentos por Payton na véspera de seu casamento com outra. Quando o barco dos noivos parte rumo às Bahamas, ele é atacado e resta a Payton se infiltrar num navio pirata para salvar a vida do seu amado. A coragem une os dois, e o resgate pode gerar mais frutos do que ela imaginou.
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RôPeyres 30/07/2014

Assim como eu, muitos iniciaram-se no universo da literatura através da série Harry Potter. Mais especificamente, as meninas da minha geração – um prelúdio do que conheceríamos como chick-lit – também por meio dos livros da Meg Cabot. Um cenário mais próximo à realidade feminina de nós que estávamos na transição da infância para a adolescência e passávamos pelos típicos percalços.

Foram livros como a série Diário da Princesa, A Garota Americana e a série A Mediadora, para citar alguns, que me acompanharam durante essa fase. Inclusive uma das minhas melhores memórias foi quando em 2009 pude conhecê-la em uma tarde de autógrafos em São Paulo. Porém, as últimas publicações da Meg não têm me agradado muito, talvez o ritmo intenso de trabalho tenha afetado sua escrita e a sua criatividade. Como, por exemplo, as decepcionantes sequências de A Garota Americana e Insaciável, respectivamente, Quase Pronta e Mordida.

Entretanto, apesar de não serem a minha prioridade em meio a minha enorme lista de futuras leituras, um livro lançado por ela sempre se destaca, até mesmo pela minha ligação afetiva com a autora. Recentemente publicado pela Record, Proposta Inconveniente saltou aos meus olhos e passou na frente de outros livros.

Não dava para negar que eles eram amigos, bons amigos de longa data, que não só já tinham salvado a vida um do outro como, mais importante ainda, estavam sempre prontos a se ajudar quando a situação não era ameaçadora, durante as calmarias. No mar, quando nenhum vento sopra por dias seguidos, isso pode levar qualquer um à loucura, mas eles passaram por muitas situações dessas com humor e imaginação. Não é nisso que consiste o amor? Não só resistindo às tempestades, mas o fazendo por longos períodos de estagnação sem enlouquecer ou sem passar a se desprezar?

Sob o pseudônimo de Patricia Cabot, que utiliza para seus romances históricos – gênero que eu gosto muito -, o livro originalmente foi escrito em 1999, mesmo que só agora tenha sido traduzido. Enredos como este me lembram dos enredos envolventes da autora, que tanto me cativaram cerca de 13 anos atrás. Proposta Inconveniente vai agradar especialmente quem gosta de Piratas do Caribe – sim, os filmes com o Johnny Depp -, claro que com uma pitada muito maior de romance e com algumas cenas eróticas.

O sexto que leio deste gênero escrito pela autora se destaca exatamente por trazer a aventura para o romance histórico – o que não é comum. A família da personagem principal, Payton Dixon, possui uma empresa de navios mercantes. E é nesse universo que o enredo se desenrola.

A mais filha mais nova foi criada navegando pelo mundo com seus três irmãos. Longe de ser a donzela que espera-se que jovens de 19 anos sejam na Inglaterra do século XIX, ela usa calças e está mais habituada a conviver com marinheiros do que em salões de baile. É uma ótica pouco explorada, já que geralmente as personagens femininas de tais romances, por mais que também tenham espíritos mais libertadores e não tão convencionais, dentre os que já li, jamais ambicionavam capitanear um navio. Isso inclusive dá margem para discutir os primórdios do feminismo e o papel da mulher na sociedade da época, mesmo que de forma muito sutil.

- Já ouvi falar de você, Srta. Dixon.
- Bem – disse ela. – Eu fiz mesmo a viagem para a Índia Ocidental em menos de 17 dias, mas admito que tive a ajudo de meu irmão Hudson…
- Não foi isso que quis dizer. Eu falei que soube que você possui umas opiniões um pouco… excêntricas.
- Ah. – Payton concordou com um aceno de cabeça. – Se a senhora se refere ao fato de eu acreditar que não existe trabalho que não possa ser feito por uma mulher tão bem ou melhor do que por uma homem, então sim, creio que tenho. Ross diz que eu não deveria ter muita esperança, mas espero que no meu aniversário, mês que vem, eu receba de presente o comando de um navio. Tomara que seja o novo veleiro mais rápido, o Constant, mas eu também poderia…

Como não poderia deixar de ser, o romance é uma parte fundamental da trama, já que se inicia no que seria o pior dia da vida de Payton: o homem que amava, o capitão Connor Drake, estava prestes a se casar com outra mulher, sendo que o seu próprio pai a levaria ao altar, e o navio que sonhava capitanear havia sido dado à ele. Tudo isso a condenou a um futuro no qual seria apresentada à sociedade inglesa e buscaria por um marido.

A narrativa, que demora um pouco para engrenar e depois flui, alterna-se sob o ponto de vista de Payton e Connor. Este, mesmo após anos convivendo com Payton, apenas na véspera de seu casamento a vê com outros olhos, como uma mulher e não como uma menina que sobe em mastros com mais destreza do que muitos marinheiros.

Porém, o fato que traz toda a aventura à la Piratas do Caribe é o sequestro do navio Constant por piratas que podem estar envolvidos com o maior rival da família Dixon, o que ocorre após uma série reviravoltas. Em versão espelhada de Will Turner e Elizabeth Swann, Payton se infiltra no navio para salvar Drake da tripulação que o fez prisioneiro.

Ele deveria saber. Afinal, o tempo todo estava óbvio, no modo como ocasionalmente a pegava olhando para ele [...]; na maneira como ela criara o hábito de se sentar próximo a ele nas refeições – nunca exatamente ao seu lado, mas perto o bastante para ouvir suas conversar e fazer uma observação maliciosa; na maneira como ela sempre escolhia ficar ao seu lado… [...] Há quanto tempo Payton Dixon o observava, o queria? E há quanto tempo ele andava perdido por aí… sem a menor ideia do que tudo o que ele sempre procurava numa mulher estava bem ali ao seu lado? [...] Como ele poderia, mesmo pela melhor das razões, ter se casado com Becky Whitby sabendo que Payton Dixon existia?

O gênero certamente não traz finais imprevisíveis, porém são inúmeras as reviravoltas até a última página. Certamente, por sair do óbvio, conquistou a minha preferência entre os livros sob o pseudônimo Patricia Cabot.

É um livro para agradar quem gosta de uma pitada de ação e surpreender quem não está acostumado com o gênero. Com aventura e muito romance, além de alguns clichês. Mas o que seria a vida sem eles?! ;)

site: www.mudandodeassunto.com
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Jéssica 29/07/2014

Proposta Inconveniente, de Patricia Cabot, foi publicado aqui no Brasil pelo Grupo Editorial Record. É a primeira vez que leio algo da Meg Cabot usando esse pseudônimo e eu gostei desse romance histórico.

O livro se passa no século XIX, onde as mulheres deveriam se damas e se preocuparem apenas em arrumar um casamento respeitável, mas o sonho de Payton Dixon é ser capitã de um dos navios da família. Ela é uma garota firme, inteligente e que não tem papas na língua. Sua mãe faleceu quando ela nasceu e Payton cresceu ao lado de seu pai e três irmãos. Agora ela está próxima de seus 19 anos e seu irmão mais velho pretende casá-la e assim terá que abdicar da ideia de ser capitã, mas a mesma não aceita isso, não quer se casar, não quer abandonar o mar e também não pode amar outro homem, já que é apaixonada por Connor Drake - melhor amigo dos irmãos dela.

"Não é nisso que consiste o amor? Não só resistindo às tempestades, mas o fazendo por longos períodos de estagnação sem enlouquecer ou sem passar a desprezar?"

Connor nunca reparou em Payton, ou melhor, ninguém nunca percebeu já que ela sempre usava roupas de homem e só quando seu irmão se casou e que sua cunhada a obrigou usar um vestido é que todos parecem perceber sua beleza, inclusive Connor. Ele não consegue acreditar que a menina Dixon, quase dez anos mais nova que ele, se transformou numa linda mulher. Só que agora ele não pode tê-la, pois só percebe isso na véspera de seu casamento. Payton fica inconsolável em ver o homem que ama se casando com outra, mas ela não é de ficar chorando e gritando aos ventos por isso. Ela é bem durona para idade e foi isso que eu mais gostei nela. Payton não é uma protagonista tola, é esperta e destemida, que para a época não era o recomendável. É inocente e ingênua em determinados assuntos, mas sabe muito bem o que quer e não nega o que sente.

Connor enfrentará alguns problemas e Payton irá enfrentar uma jornada cheia de aventura e muita ação para salvá-lo. Piratas, piratas...eu sou completamente apaixonada por histórias que contém eles, deixa a narrativa mais empolgante e hilária.

A família Dixon é dona da empresa de navegação ''Dixon e Filhos'' e eles possuem riqueza e status, mas não são esnobes e muitas vezes eu dei gargalhadas com eles. Os irmãos Dixon são tão fofos, mas o problema deles é que tratam Payton como um menino, fazem brincadeiras, só que a protegem de uma forma implacável. Ninguém toca na irmã deles, o louco que fazer isso estará morto em um piscar de olhos.

A diagramação do livro está muito boa e não encontrei nenhum erro de revisão. A capa é bem chamativa e representa bem a Payton. É um livro cercado de clichês, mas seu diferencial é a protagonista e sua habilidade de contagiar o leitor. Eu não recomendo a leitura para menores de 16 anos, pois possui algumas cenas picantes e sensuais. Patricia Cabot conduz a história de forma contagiante e divertida, principalmente quando os irmãos Dixon estão envolvidos. Para quem não sabe a Meg Cabot usa esse pseudônimo para escrever romances para adultos. Leitura recomendada para quem adora um bom romance histórico.

Quotes:
"Todos nós queremos coisas que não podemos ter."

''O charme de Payton estava na sua atitude, na confiança com que se portava, na força graciosa de cada movimento, na incapacidade de ocultar os sentimentos, na transparência de suas emoções através daqueles imensos olhos castanhos...''

site: http://www.leitorasempre.com/2014/06/resenha-proposta-inconveniente-patricia.html
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C. Aguiar 27/07/2014

Confesso que eu esperava muito mais desse livro!
A jovem Payton vai completar 19 anos e como todos os homens da família Dixon recebem um navio ao completar essa idade (para comandar o mesmo), a jovem está com a ideia fixa na cabeça que também irá receber um, e que esse será o mais rápido da frota.
Porém não é isso que seus irmãos tem em mente! Payton tem que arrumar um bom marido e deixar de ter essa ideia que pode comandar um navio, mas vamos descobrir uma Payton bem determinada no decorrer dessa história, afinal só porque são seus irmãos não quer dizer que sabem o que é melhor para ela.
Nossa história começa com Payton ajudando os irmãos a arrumar-se para a festa que vai acontecer antes do casamento de Connor Drake por quem é completamente apaixonada, mas como é que ela irá conquistar o capitão Connor quando ele está prestes a casar-se no dia seguinte (com uma mulher odiosa diga-se de passagem)? Após algumas confusões na festa e um encontro noturno os dois finalmente estão cara a cara com o sentimento um do outro e isso só deixa Connor mais confuso, afinal ele viu Payton crescer e ele não pode fazer "coisas" com a irmãzinha dos seus melhores amigos.
O livro chegou a ser um pouco maçante para mim e Payton é um pouco orgulhosa (e chata) e acha que tudo tem que ser do jeito dela, mas também os irmãos não ficam atrás então no meio da leitura eu estava de saco cheio dessas briguinhas infantis que os irmãos dela ficam fazendo o livro todo, sem contar que ninguém dá um pouco de crédito para ela porque ela é mulher... tem que fazer outras coisas e não ficar pensando em navegar e viver lutando com piratas, e blá blá blá.
O livro tem uma pitada de ação interessante e cenas explicitas de sexo que para mim foram um pouco brochantes, acho que deve-se ao fato de ser um livro de época e o pessoal meio que ficavam "escandalizado" com tudo então é basicamente "tudo muito novo" para uma garota fazer certas coisas, mas enfim foi um livro que eu achei bom no começo, mas depois me venceu no cansaço.
Não achei nenhum erro na história e a diagramação é simples, mas legal.
Apesar de ter o "final feliz" a história para mim poderia ter sido melhor.

site: http://www.seguindoocoelhobrancoo.com.br
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Diego 26/07/2014

Payton é uma garota de 18 anos que cresceu no mar na companhia de seus 3 irmãos mais velhos, Ross, Raleigh e Hudson. E quando Cabot fala que "Payton cresceu no mar", significa que desde criança acompanha a família em suas viagens comerciais enfrentando piratas e se divertindo muito a bordo do navio.
Seu maior sonho é, ao fazer 19 anos, ser presenteada com o Cobalt, um veleiro da frota da família e ser então nomeada sua capitã. Isso e claro, o coração de Connor Drake, um dos capitães da frota de seu pai e melhor amigo da família.
Aí junta essa mulher independente com um capitão Drake que não está muito aí pra ela, já que a enxerga apenas como uma menininha e o casamento dele que se aproxima. Sim, Cabot não contente em fazer o protagonista mal reparar na mocinha do livro, ainda fez com que ele estivesse prestes a se casar
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Psychobooks 21/07/2014

Classificado com 3,5 estrelas

- Enredo aka máaaa oeeee, bora de pirata, gente!

Meg Cabot enquanto Patricia Cabot é sempre um convite à leitura, gente. Pra quem gosta de romance histórico, Cabot enquanto Patricia é a escolha certa.
Em "Proposta Inconveniente", Cabot saiu um pouco do lugar comum e resolveu levar seu romance para alto-mar.

Payton é uma garota de 18 anos que cresceu no mar na companhia de seus 3 irmãos mais velhos, Ross, Raleigh e Hudson. E quando Cabot fala que "Payton cresceu no mar", significa que desde criança acompanha a família em suas viagens comerciais enfrentando piratas e se divertindo muito a bordo do navio.
Seu maior sonho é, ao fazer 19 anos, ser presenteada com o Cobalt, um veleiro da frota da família e ser então nomeada sua capitã. Isso e claro, o coração de Connor Drake, um dos capitães da frota de seu pai e melhor amigo da família.
Aí junta essa mulher independente com um capitão Drake que não está muito aí pra ela, já que a enxerga apenas como uma menininha e o casamento dele que se aproxima. Sim, Cabot não contente em fazer o protagonista mal reparar na mocinha do livro, ainda fez com que ele estivesse prestes a se casar. E agora, gente?

- Narrativa da Cabot aka onde a magia começa

O que mais gostei nesse livro foi os desdobramentos que Cabot deu à narrativa.
Cês já repararam como todos os romances históricos são, na verdade, fanfics de Jane Austen? Verdade, somem 2 + 2! Todos acontecem na sociedade londrina, todos têm um protagonista riquérrimo, cheio de amor pra dar e uma mocinha que tá ali, meio que sem querer muito, mas até que querendo... Enfim.

Cabot tirou Payton e Connor da sociedade e os jogou no mar, assim, bem literalmente mesmo. E o resulto foi bem divertido!

A narrativa é em terceira pessoa, com a visão ora acompanhando Drake e ora acompanhando Payton. A dinâmica dos dois é o maior problema de toda a história, mas vou falar em um tópico separado.

O que sempre me atrai na narrativa de Cabot é a forma como ela não desperdiça palavras, pensamentos e ações. Mas, vejam bem, é um grande "mas", dessa vez ela exagerou exatamente nesse tópico. Achei a escrita cansatia em inúmeros pontos, com os personagens repetindo pensamentos e ações inúmeras vezes e com várias inserções desnecessárias ao bom andamento da história.

- Agora chegou a hora de falar do romance... Eike me decepcionei

Uma coisa que NUNCA falta nos livros de Cabot é química entre os personagens. Até mesmo em "Mordida", o pior livro de Cabot que já li, há química entre os protagonistas.

Payton e Drake não me convenceram por um bom tempo. Drake passa muito rápido do estágio "te enxergo como uma irmã mais nova" para "meu deus, deusa do sexo, onde você estava escondida?". Ficou tudo muito forçado, sabem?

A forma como o romance se desenrolou também não me agradou muito, mas Cabot, sempre sendo Cabot (gente, quantas vezes já escrevi Cabot? Preciso contar!), consegue dar a volta por cima e acende a chama que antes parecia inexistente e aí o livro engrena novamente.

- Concluindo a resenha e/ou Vale a pena, Alba?

Não dá pra errar lendo Cabot enquanto Patricia. Apesar dos problemas apontados, a leitura corre superbem e é divertida. A mudança de ambiente também foi bem-vinda. A única coisa que fiquei na dúvida foi quanto ao nome e a "Proposta Inconveniente". Não sei onde se encaixa... E não falo isso por terem sido poucas...

Recomendo a leitura.

"Essa, todavia, não era uma dessas ocasiões. Porque Deus - aquele mesmo que levara sua mãe embora quando ela nasceu e depois a amaldiçoara mais ainda permitindo que ela se tornasse adulta quase sem ter seios - ouvira suas preces."
Página 201


site: www.psychobooks.com.br
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PorEssasPáginas 17/07/2014

(...)Proposta Inconveniente é um livro muito interessante. Ele é muito diferente de todos os romances históricos que eu li até hoje. Normalmente eles focam na sociedade, bailes e casamentos – mas nesse caso, o tema está presente, porém só como base para o enredo. Payton é realmente um escândalo para a época, com o seu amor pelo mar e com as suas roupas que mais parecem de um menino. Todo o background da história e da família da Payton é muito interessante – não tem como não rir com os irmãos dela! Porém, como o início do livro é praticamente só uma apresentação dos personagens e do enredo, o começo é muito arrastado. E são aproximadamente 100 páginas assim. Claramente tinha como a autora ter condensado um pouco esse início, até porque o ponto mais importante dessa parte (ou seja, quando Drake começa a perceber que sente algo por Payton) foi muito corrido.

E então o enredo começa realmente a ser desenvolvido e o livro começa a ficar mais dinâmico. Payton é aquela protagonista que não tem medo de ninguém e muitas vezes age até mesmo pensar… Mas você não consegue ficar com raiva dela, porque entende os seus motivos. Ela tem todas as características que uma Capitã deve ter! E é exatamente por causa dela que eu fico pensando… O livro poderia ser MUITO melhor. Não sei se foi por causa das minhas expectativas, mas fiquei com a sensação de que a autora tinha um enredo maravilhoso nas mãos, mas não conseguiu trabalhar ele adequadamente. Quando Payton vai parar o mar (e não posso contar detalhes porque são spoilers), o livro mostra que é realmente um romance histórico e começam as cenas quentes. Mas o problema é que ele vira um “vamos-colocar-cenas-quentes-em-todos-os-cenários”. Não tenho nada contra elas, até porque eu já sabia que elas existiriam, mas em alguns momentos ficou… Forçado. As cenas não ficaram muito bem divididas! A autora poderia ter equilibrado e colocado um pouco mais de aventura junto com o romance. Essas cenas são muito rápidas e pouco descritas (resumindo: a parte de piratas me decepcionou um pouco). Eu acredito que isso também venha do amadurecimento da autora. Somente nos últimos livros, principalmente com a série Tamanho 42 não é gorda, é que Meg Cabot conseguiu realmente se aprofundar mais nesse tipo de cena. Os primeiros livros dela eram bem simples – assim como Proposta Inconveniente.

Analisando assim parece que o livro é ruim – mas bem, não é verdade. As cenas, separadamente, são muito boas. Mas quando você une todas elas, fica faltando algo… O romance entre Payton e Dixon é muito interessante, principalmente porque os dois são muito teimosos. Os personagens coadjuvantes são muito interessantes, principalmente os irmãos de Payton. Eu com certeza leria um outro livro centrado neles! Mas algumas cenas foram pouco trabalhadas, enquanto outras poderiam ser retiradas e foi exatamente isso o que atrapalhou a leitura.

E o final… Bem, teve uma cena que me incomodou profundamente. Sabe quando você simplesmente não acredita quando aquele personagem tão bem trabalhado toma uma decisão que UGH??? Pois é, foi exatamente isso o que aconteceu!

Enfim, Proposta Inconveniente é um romance diferente mas que tinha potencial de ser muito melhor. Indico a leitura para quem adora romances históricos porque ele sai de alguns dos clichés desse tipo de livro. E tem PIRATAS – não tem como errar!

site: http://poressaspaginas.com/resenha-proposta-inconveniente
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Vanessa Vieira 16/07/2014

Proposta Inconveniente_Patricia Cabot
O livro Proposta Inconveniente, de Patricia Cabot, nos traz um romance de época muito bem escrito, com personagens fortes, divertidos e cativantes. A história em si é um tanto quanto atraente e tem a dose certa de sensualidade que se espera de uma trama romântica.

O enredo se passa na Inglaterra de 1830 e nos apresenta Payton Dixon, a caçula e única menina entre quatro irmãos. Pelo seu modo de agir e vestir, muitos a confundem até mesmo com um garoto. Porém, agora, prestes a completar 19 anos, ela é obrigada a abrir mão do seu jeito de outrora e ganhar ares mais refinados e sutis, de uma verdadeira dama, já que se encontra na idade de arranjar um bom casamento. É claro que tal ideia não a agrada nem um pouco, já que o seu maior sonho é comandar um dos navios de seu pai, Henry Dixon, dono de uma grande companhia de navegação inglesa.

Payton é persuadida pela cunhada, Georgiana, a se vestir da forma mais feminina possível e, quando resolve usar um espartilho, acaba atraindo a atenção do capitão Connor Drake, amigo fiel de sua família, além de ser sua paixão secreta desde tenra idade. Quando nota que Payton não é mais uma menina e sim uma linda e atraente mulher, Drake fica completamente apaixonado por ela mas, infelizmente, só toma ciência disso no dia de seu casamento.

Além de amargar a dor de ver o seu grande amor se casar com uma mulher dissimulada e a quem Payton acredita se tratar de uma golpista, ela ainda vê o Constant, o navio que tanto ansiava navegar, ser entregue como presente de casamento para Drake. E mais: no dia da cerimônia ela fica sabendo a respeito de uma conspiração contra ele, arquitetada por um grande rival de sua família, Marcus Tyler, com o intuito de roubar um valioso mapa que pertence a Drake, nem que para isso ele tenha que tirar a vida do capitão. Tentando avisá-lo, Payton interrompe o matrimônio, mas todos acreditam que seja uma tentativa frustrada da moça de extravasar seu ciúme.

O que Payton tanto temia, logo acontece. Assim que o barco dos noivos parte rumo às Bahamas, uma equipe de piratas os ataca, ameaçando as duas coisas que a moça mais ama neste mundo: Drake e o Constant. Para salvar a vida de seu amado capitão, ela não pensa duas vezes e se infiltra entre a tripulação do navio. Seu ato de coragem acaba por uni-la ainda mais a Drake e lhe propiciar mais aventuras do que ela esperava...

"Não é nisso que consiste o amor? Não só resistindo às tempestades, mas o fazendo por longos períodos de estagnação sem enlouquecer ou sem passar a se desprezar?"

Proposta Inconveniente não deixa nada a desejar para os demais livros publicados de Patricia Cabot. Com um romance de tirar o fôlego e repleto de cenas divertidas e inusitadas, conhecemos personagens fortes e encantadores, que conseguem conquistar e cativar o leitor, página após página. A obra foi muito bem escrita e possui uma sincronia brilhante e envolvente, que consegue prender sua atenção do início ao fim. Minha única ressalva é a respeito de algumas interjeições e palavreados presentes no enredo que não condizem com a época em que a história se passa, ou seja, início do século XIX, mas, de toda forma, não foi algo que destonasse a magia presente na trama. Narrada em terceira pessoa, de forma coesa e fluída, temos uma história de amor irresistível, permeada de paixão, sensualidade e perigo.

Payton é uma personagem forte e centrada. Por ser criada entre homens, ela adquiriu muitos de seus costumes, e ao contrário das moças de sua época, frágeis e extremamente delicadas, ela é completamente impetuosa e não tem medo de nada, desafiando tudo e a todos. Suas descobertas no campo amoroso são divertidíssimas, pois conseguem retratar toda a sua inocência e pureza da forma mais assimilável possível. Amei o seu romance com Drake, que foi bem construído e consegue encantar devido a riqueza de detalhes e a intensa química presente entre o casal.

"E antes que Payton pudesse se afastar, constrangida, Drake segurou-lhe o rosto com mais força para não deixar que ela escapasse. Então ela usufruiu mais daquele calor que emanava de Drake, pois sentiu os lábios dele nos seus. Simples assim."

Drake é um homem experiente e incrivelmente atraente. Assim como Payton, compartilha da mesma paixão pelo mar e ama a liberdade que possui ao navegar pelo oceano. Ele sempre enxergou a caçula dos Dixon como uma garotinha, mas quando a avista vestida como uma dama e com um decote bastante generoso, logo fica apaixonado por ela. Mesmo estando comprometido com outra moça, ele não consegue controlar os seus impulsos por muito tempo.

"Era uma febre. Drake não sabia mais o que poderia ser. Ele já contraíra inúmeras doenças nas viagens ao redor do mundo, algumas que quase o mataram mais de uma vez. Porém, esta não era como nenhuma outra. Era uma febre que queimava lentamente e parecia ficar mais forte toda vez que Payton Dixon estava em seu ângulo de visão. Não havia explicação. Nenhum médico no mundo poderia diagnosticar sua natureza exata, menos ainda prescrever uma cura. Ele só podia sofrer..."

Em síntese, Proposta Inconveniente é um romance maravilhoso, que consegue encantar pela sua sensualidade como também divertir devido as cenas inusitadas presentes na trama. A narrativa de Patricia Cabot é deliciosa e consegue nos entreter e arrancar suspiros do início ao fim. A capa é linda e a diagramação está ótima, com fonte em tamanho agradável e revisão de qualidade. Recomendo, com certeza!

site: http://www.newsnessa.com/2014/07/resenha-proposta-inconveniente-patricia.html
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