La Terre

La Terre Émile Zola




Resenhas - La Terre


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Marcos606 09/08/2023

O décimo quinto volume da série Rougon-Macquart e, sem dúvida, o mais violento.

Uma evocação sombria do mundo camponês da segunda metade do século XIX, pequenos proprietários ávidos por ganhos, devorados por uma paixão pela terra que poderia ir até o crime. Todo o livro está imbuído de uma bestialidade capaz de chocar os leitores em qualquer época, as cópulas de animais alternando com as de humanos, elas mesmas marcadas por uma grande precocidade e por uma brutalidade que chega frequentemente ao estupro.

Assim que foi publicado, La Terre suscitou violenta polêmica, ilustrada em particular pelo Manifeste des cinq, artigo publicado no Le Figaro por cinco jovens romancistas que aconselharam Zola a consultar o doutor Charcot para curar suas obsessões mórbidas.

A ação acontece em Rognes uma vila em Beauce. O herói do romance é Jean Macquart, filho de Antoine Macquart e Joséphine Gavaudan, um dos raros membros do ramo Macquart livres de qualquer defeito. Ele já aparece em La Fortune des Rougon, onde aprende o ofício de carpinteiro. Depois de deixar Plassans, sua cidade natal, foi sorteado em 1852 e participou das campanhas militares do Segundo Império. Ferido na Itália, ele retomou o trabalho como carpinteiro e depois se contratou como trabalhador agrícola em Rognes, onde permaneceu por dez anos. Jean Macquart será então o herói de La Débâcle e o reencontramos no último romance do ciclo, Le Docteur Pascal.

A história, particularmente atroz, se passa dentro da família Fouan. O velho Louis Fouan, conhecido como Pai Fouan, decidiu aos 70 anos dividir sua propriedade entre seus três filhos: Hyacinthe, conhecido como Jesus Cristo, Fanny e Buteau, era responsabilidade deles acomodá-lo, alimentá-lo e dar-lhe duzentos francos por ano cada um.

Eles se saem muito mal de sua tarefa, em particular Buteau.
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Gláucia 07/08/2018

A Terra - Émile Zola
Décimo quinto volume da saga Os Rougon-Macquart - História Natural e Social de uma Família sob o Segundo Império. Dessa vez não consegui encaixar os personagens na árvore genealógica, parece não haver relação alguma entre eles; logo não entendi o motivo desse livro fazer parte da série.
A ação se passa em Beauce (cidade fictícia?), zona agrícola onde a terra representa a vida para essas pessoas. Jean é um marceneiro, forasteiro sem eira nem beira que pretende aí se estabelecer. Lisa e Francisca são duas irmãs que possuem uma pequena propriedade. E por fim temos a família do velho Fouan, pai de 3 filhos para quem passa suas terras por não ter mais capacidade física para geri-la, em troca de uma renda anual.
Todos esses personagens acabam se envolvendo e o objetivo de cada um deles passa a ser a posse do maior pedaço de terra, a ambição e o desejo de ter os une ao mesmo tempo que os separa. A narrativa gira em torno disso e encontraremos todos aqueles elementos dos outros volumes, característica do Naturalismo. O que me incomoda um pouco nessa corrente é um certo exagero, as pessoas parecem não ter sentimento algum, dão a impressão de se guiar apenas pelos instintos mais primitivos.
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