spoiler visualizarEdoarda 10/05/2023
Segundo livro da série de robôs e um aprimoramento de Asimov. A escrita, agora sim, começa a misturar mais satisfatoriamente ficção científica com história policial, embora a parte investigativa da história ainda seja muito rasa (e com um final semelhante aos de Poirot, da Agatha Christie). Aqui Daneel mal aparece, e Baley finalmente toma o protagonismo para si, e pára um pouco de ter constantes ataques de preconceito contra robôs. O fato de não se passar na Terra, mas em Solária, começa a desenhar melhor para o leitor quem são os Siderais, e o quão heterogêneo e desunido é esse grupo, de como a cultura pode ser diferente (ver e olhar, por exemplo). Ao analisar a questão robótica do assassinato, Asimov começa a soar como seus contos deliciosos de ?Eu, Robô? e começa a satisfazer a minha vontade de sci-fi. Ponto negativo é Gladia, uma personagem feminina rasa, que não pode ser ?assim tão inteligente? e não entende nada de robótica, morando numa sociedade que respira isso, mas tem interesses mais inofensivos, como arte - além da sexualização desnecessária. Um reflexo da década de 50.