O Sol Desvelado

O Sol Desvelado Isaac Asimov




Resenhas - O Sol Desvelado


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Ketlin 22/01/2024

A mente que se expande jamais retorna ao tamanho original
Depois de ler o primeiro volume da Série dos Robôs, fiquei muito interessada em continuar acompanhando as aventuras do detetive Elijah Baley e de seu parceiro nada convencional, Daneel Olivaw. Em "O Sol Desvelado", o autor faz isso muito bem, nos levando ainda a explorar pelos Mundos Siderais, que não foram tão detalhados no primeiro livro da saga.

O enigma da investigação e o enredo geral são bem interessantes, mas acredito que o seu desdobramento até o final ficou em segundo plano e, pra mim, deixou a desejar um pouquinho.

Um dos pontos altos dessa leitura é a demonstração do contraste cultural entre duas sociedades humanas que se desenvolveram em planetas distintos. A forma como o autor abordou essas diferenças e construiu os diálogos foi até um alívio cômico em vários momentos.

Pra finalizar, foi destaque do livro pra mim a maneira como os personagens lidam com suas limitações e medos. Enquanto alguns sequer cogitam que seja possível superá-los, outros os enfrentam mesmo com receio, se desafiam e, quando ultrapassam suas próprias barreiras, se transformam.

É, pelo jeito eu vou ler muito mais Asimov esse ano! ?
Gabriel.Nunes 22/01/2024minha estante
Asmov parece ser incrível, espero ler em breve. Bela resenha


Ketlin 22/01/2024minha estante
Inclusive essa série dos robôs é um ótimo começo! Amei "As Cavernas de Aço"


Gabriel.Nunes 22/01/2024minha estante
Eu pensei que seria uma boa começar por fundação, mas vou anotar seu conselho.


Adriana Naves 22/01/2024minha estante
Fundação é mais complicado, eu comecei pela série dos Robôs e foi incrível, gostei muito.


Gabriel.Nunes 22/01/2024minha estante
Eu entendo, faz sentido. Vou em busca desse em breve, mas desse ano não passa ??


Ketlin 22/01/2024minha estante
Senti a mesma coisa que vc, Adriana! Fundação é ótimo também, mas é melhor ainda quando já estamos nos habituando com esse universo de outros mundos.


Léo 22/01/2024minha estante
Ótima resenha, gostei.
Só li o primeiro dessa série ano passado, é muito bom. Recomendo ler O Fim da Eternidade que é livro único.


Ketlin 22/01/2024minha estante
Oi, Léo! Eu acabei começando a ler Asimov justamente por "O fim da eternidade". Tenho resenha dele aqui no Skoob também, se vc quiser dar uma olhada




Laís 18/11/2021

Asimov Visionário
É a segunda vez que me acontece isso!
A história é legal, não me pega 100%, mas vou levando. Aí, nas últimas páginas, os personagens entram em uns diálogos tão profundos, que relembro toda a história com outros olhos, e ela passa a me agradar imensamente.
Nessa, o diálogo final entre Bailey e Minnim vale o livro todo! A compreensão de Bailey sobre as semelhanças entre Solaria e a Terra, o sentimento de que não pertencia mais ao seu planeta natal "subterrâneo" e a certeza de que muito mais poderia ser conquistado pelos terráqueos foi o ponto alto. É difícil voltar à rotina quando o desconhecido foi desbravado e passou a ser amado. Não se tem mais medo! Muito ainda está por vir...
Brujo 18/11/2021minha estante
Adorei a análise !


Laís 22/11/2021minha estante
Hahahah valeu! :)


Iza 07/01/2022minha estante
amei sua resenha!


Laís 08/01/2022minha estante
Obrigada, Iza!




Pipuli 29/08/2022

Talvez um prelúdio... mas com certeza um excelente história!
Neste segundo livro da série dos robôs temos de volta a parceria entre Elijah Baley e R. Daneel Olivaw, mas agora o cenário é Solaria, um dos Mundos Siderais.

Ambos são enviados à Solaria para investigar um assassinato que em um primeiro momento parece óbvio demais devido as suas circunstâncias, porém vemos que esse crime pode ser um ponta pé inicial de algo muito maior.

Solaria é o dos 50 Mundos Siderais, e é considerado o mais avançado em relação a robótica, é um lugar onde a relação entre robôs e humanidade é de 20 mil robôs para cada humano.

O que me chamou mais a atenção na história não foi a investigação do assassinato em si (o que é muito interessante pensando no que poderia acontecer se não fossem descobertas as razões por trás do ato), o que mais me chamou a atenção foi a parte sociológica da coisa (já utilizando os temos do livro rsrs).

Vemos o preço que uma cultura ou uma sociedade paga por abdicar de certos costumes, por exemplo o pânico por estar em espaços abertos, a incredulidade de ficar dependente do giro de um planeta para se ter a noção de dia e noite. Ou então a estranha, porém compreensível, diferença entre ver e olhar.

Recomendo imensamente essa leitura, ainda mais pensando que, quando terminando de ler e refletindo um pouco talvez, e eu digo apenas talvez, tenhamos um prelúdio do início de algo muito grande... ou quem sabe até mesmo duas coisas muito grandes rsrs
Paola 29/08/2022minha estante
Eu mal comprei um box de sete livros da fundação e já estou arrancando os cabelos pra comprar os boxs dos robôs ??


Pipuli 29/08/2022minha estante
To tentando seguir a ordem cronológicas das coisas kkk... tenho todos os livros tbm... só faltam os 3 da série império galático


Lucas 11/09/2022minha estante
Na verdade se passa antes de fundação por isso parece um prelúdio de algo gigante (e é!) ?


Pipuli 12/09/2022minha estante
Simmm... mas é muito legal pegar essa referência futura logo agora kkkkkk




Vania.Cristina 29/11/2023

Robôs, mistério, fobias e tabus
Dois gêneros deliciosos misturados na mesma narrativa: mistério policial e ficção científica. Esse é o segundo livro da série e trás os mesmos protagonistas: Elijah Baley, o detetive terráqueo e Daneel Olivaw, o robô humanóide, detetive do planeta Aurora. Nessa segunda história, Elijah está à vontade com Daneel, já confia nele, e é uma pessoa mais aberta a evoluir como indivíduo. Só que agora Elijah vai enfrentar um desafio muito maior, e será obrigado novamente a se desconstruir, saindo totalmente da sua zona de conforto. Ele será convocado a trabalhar na solução de um crime que aconteceu no planeta Solaria. Os terráqueos vivem a muito tempo nos subsolos do planeta Terra e tem aversão à ideia da imensidão da superfície, do ar livre, e à ideia da conquista espacial. São avessos também aos humanos siderais, aqueles que há muitos anos deixaram a Terra para colonizar novos planetas. Os siderais, por sua vez, consideram os terráqueos inferiores, primitivos e até mesmo sujos, contaminados com vírus e bactérias. O livro fala muito de fobias, cada sociedade tem uma e a entende como normal, confortável. Os terráqueos têm fobia de espaços abertos, os siderais de contaminação. Elijah se vê, então, sendo obrigado a viajar para outro mundo, onde vai ser confrontado com seus medos e preconceitos, e com os medos e preconceitos dos outros. Em Solaria ele irá reencontrar Daneel, e juntos vão se deparar com uma sociedade humana que está levando seus medos a extremos perigosos. Os solarianos têm aversão ao contato físico, que encaram como tabu, e adotam o contato virtual como prática social. Nem os filhos crescem com os pais. Como numa sociedade assim uma pessoa pode ter sido assassinada? Sem vizinhos próximos, sem nenhum tipo de relacionamento presencial, tendo por perto apenas um exército de robôs serviçais... e a esposa da vítima. O sexo no casamento é a única relação tolerada, e mesmo assim, evitada ao máximo. As casas são espaços enormes, onde as pessoas passam a maior parte do tempo, mas os casais mal se encontram no dia a dia. Em Solaria não há diferentes classes sociais, todos são privilegiados e vivem com o máximo conforto. Então, o óbvio a concluir é que a assassina só pode ter sido a esposa, a única pessoa suficientemente próxima, mas não há motivo evidente e nem a arma do crime foi encontrada. Cabe a Elijah entender como funciona esse mundo, tão diferente do dele, superar o senso comum, e desvendar um crime. No processo, superar seus próprios medos, seus preconceitos e aprender mais sobre si mesmo.
Silvia Cristina 29/11/2023minha estante
Que legal ler sua resenha, vou querer ler com certeza .


Vania.Cristina 30/11/2023minha estante
Acho que você vai gostar, Silvia.


Brujo 30/11/2023minha estante
Excelente resenha, Vânia !


Vania.Cristina 30/11/2023minha estante
Obrigada Sidney!




Antonio Luiz 21/08/2014

A robótica de Asimov, uma ciência passadista
A Editora Aleph continua sua série de edições ou reedições de clássicos da ficção científica, na maioria datados da chamada Golden Age do gênero (de fins dos anos 1930 ao início dos 1960). Alguns deles envelheceram razoavelmente bem, outros nem tanto. É pena, mas os dois primeiros romances da série robótica de Isaac Asimov As Cavernas de Aço e O Sol Desvelado, de 1953 e 1957, respectivamente, pertencem à segunda categoria. Podem interessar do ponto de vista da história das ideias, mas não mais para quem busca a ficção científica como uma interrogação sobre os rumos do futuro.

Trata-se de histórias sobre a interação entre humanos que sempre têm como pressuposto as hoje famosas Três Leis da Robótica: 1) Nenhum robô pode ferir um ser humano, nem permitir que sofra, por inação, qualquer dano; 2) Um robô tem que obedecer às ordens que lhe forem dadas pelo ser humano, a menos que contradigam a primeira lei; e 3) A obrigação de cada robô é preservar a própria existência, desde que não entre em conflito com a primeira ou a segunda lei.

As duas edições vêm acompanhadas de uma introdução na qual o autor explica a origem dessa concepção na sua insatisfação com obras dos anos 1920 e 1930 sobre robôs. Cita a peça R.U.R. de Karel Capek, que em 1921 introduziu o conceito de robô e Frankenstein (aparentemente o filme de 1931 e não o romance de Mary Shelley) e poderia ter lembrado também o Metropolis de Fritz Lang, de 1927. Asimov via essas obras, nas quais robôs foram retratados como inventos perigosos que destroem seus criadores, a um complexo de Frankenstein cuja moral se reduz a há coisas que os homens não devem saber. Atribuiu (corretamente) essa desconfiança da tecnologia ao desastre das guerras mundiais, com seus tanques, aviões e gases venenosos e queria defender a tese de que é preciso defender o avanço científico e lidar com seus perigos. As Três Leis foram concebidas em fins de 1940 e explicitadas pela primeira vez em um conto publicado em 1942, para convencer os leitores de que os riscos do progresso podiam incorporar suas próprias salvaguardas.

Como deve ser claro para qualquer leitor de 2014, Asimov trapaceou. O uso de robôs assassinos é cada vez mais generalizado, incluídos neles sistemas de combate automático como o AEGIS dos EUA (que em 1988 matou 290 pessoas ao abater, por engano, um avião de passageiros iraniano), drones bombardeiros, mísseis nucleares e outras ameaças hoje na fase experimental. Garantias automáticas não existem nem podem existir, muito menos em um mundo submetido ao capitalismo desenfreado, outro mecanismo do qual é ilusório esperar qualquer autorregulação eficaz. A única restrição possível está na intervenção externa do debate e política democrática, coisa que a mentalidade tecnocrática do chamado Bom Doutor da ficção científica não cogitava.

Mas não é só por isso que estes dois romances, que se passam milênios no futuro (a partir do ano 5020, segundo cronologia posteriormente desenvolvida pelo autor), estão não só datados, como especialmente ultrapassados. Os contos da antologia Eu, Robô partem da mesma premissa, são anteriores (1939 a 1950) e se passam no futuro próximo, no século XXI. Mesmo assim, soam algo menos antiquados, seja pelo foco em problemas lógicos e éticos em parte atemporais, seja pelo ambiente restrito em que geralmente se passam (estações espaciais e fábricas de robôs, com raras alusões à sociedade mais ampla) e pelo protagonismo de Susan Calvin, que dá às histórias um ar feminista desde que se ignore que a misantropa doutora é vista como uma anomalia em seu próprio mundo.

Já os dois romances abordam mistérios criminais com implicações sociais e políticas que exigem uma abordagem da sociedade do futuro. Nisso, a imaginação de Asimov se mostra surpreendentemente travada, a ponto de ocasionalmente contrariar sua própria lógica para não violar convenções que era incapaz de ultrapassar. Não era apenas uma limitação da época, pois Arthur C. Clarke, no contemporâneo A Cidade e as Estrelas (de 1956, recentemente republicada pela Pulsar, selo da editora Devir), pôde ir muito além delas. Duas em especial servem de exemplo: o antropomorfismo dos robôs e o papel das mulheres e da família.

Os cidadãos da Diaspar de Clarke vivem cercados de realidades virtuais e de inteligências artificiais onipresentes, mas quase invisíveis de tão rotineiras e integradas ao quotidiano que se tornaram. Tomam inúmeras formas (em geral não antropomórficas) e algumas delas lembram muito os drones hoje tão na moda. Mesmo se a tecnologia que os torna possíveis não é explicada, é do ponto de vista da informática um mundo surpreendentemente moderno do ponto de vista de 2014.

Já o VI milênio de Asimov, fora serem as cidades subterrâneas e servidas por esteiras rolantes, reflete o mundo dos anos 1950. Os robôs são todos humanoides e exercem funções antes desempenhadas por empregados subalternos exatamente da mesma maneira, inclusive calçar senhoras nas sapatarias e levar e trazer recados em escritórios como contínuos um correio eletrônico, aparentemente, não passava pela mente do autor. São até chamados por garoto (boy) à maneira paternalista de estadunidenses brancos da época para com empregados negros. Apesar de supostos milênios de convivência com a robótica, essas máquinas continuam desajeitadas e caricaturais. O autor alega que a forma humana é a mais versátil e adaptável às diferentes ferramentas e painéis já existentes, mas o argumento faz pouco sentido mesmo na sua Terra, onde a maioria dos robôs desempenham tarefas especializadas. Menos ainda em Solaria, cenário do segundo livro, onde cada indivíduo tem milhares de robôs a seu serviço. Vê-se, por exemplo, um robô cuja única função é manter a sintonia de um sistema de comunicação holográfica à distância, manipulando diais analógicos com as mãos. Sua versão da robótica é essencialmente um escravismo idealizado e atualizado, embora sirva também à construção de interessantes enigmas de lógica e dedução.

Na cidade futurista de Clarke, os indivíduos são projetados e gestados por um Computador Central, as famílias tradicionais não existem e a igualdade entre homens e mulheres é enfatizada. Este último ponto vale inclusive para na cidade alternativa de Lys, onde as crianças continuam a nascer da maneira convencional. Já na Terra do futuro de Asimov, espera-se que as mulheres abandonem a carreira quando se casam e dependam exclusivamente da carreira do marido, mesmo se o número de filhos é limitado por lei e há pouco trabalho doméstico a fazer, pois apartamentos são minúsculos e muitas tarefas são automatizadas. É o caso de Jessie, esposa do protagonista Elijah Baley, como foi o dos pais do detetive. A situação é diferente em Solaria, onde a única função do casamento é promover relações sexuais geneticamente desejáveis, as crianças são gestadas e criadas numa instituição especializada e as mulheres têm propriedades, robôs e carreira à sua disposição tanto quanto os homens, mas isso é tratado como indesejável e contrário à natureza feminina. Clichês sobre os gêneros são tão naturalizados e projetados no futuro que se torna um fator decisivo para a trama do primeiro livro que, indiscutivelmente, homens jamais falam entre si quando estão em banheiros públicos e mulheres sempre o fazem.

Dado curioso, Jessie se orgulhava do verdadeiro nome, Jezebel, associado na tradição cristã popular a crueldade e sedução algo como o único grão de pimenta de uma existência de resto insossa e o marido a irrita ao convencê-la de que a Jezebel bíblica foi uma esposa fiel, e uma boa esposa (...), ela não teve amantes, não ficava de brincadeira e, moralmente, não tomava liberdades de maneira alguma. Essa frustração a leva a se unir a um grupo subversivo e a um choroso arrependimento. De resto, a história de como os dois se casaram e vivem juntos é árida e monótona. O que há de mais sensual e romântico neste ciclo (e talvez em toda a obra de Asimov) é a tensão sexual entre o detetive e Gladia Delmarre, suspeita do segundo romance, que segue os clichês do gênero noir tanto quanto cabe na sociedade ultraelitista imaginada por Asimov nesse planeta. Embora talvez a relação amorosa mais genuína seja a que se desenvolve entre o protagonista e seu parceiro robô, R. Daneel Olivaw.

As obras citadas de Asimov e Clarke têm, por outro lado, uma peculiaridade em comum: ambas mostram um mesmo horror ante a possibilidade de uma civilização fechada em si mesma a cidade de Clarke é protegida por uma cúpula, as cidades da Terra de Asimov são subterrâneas , cujos cidadãos perderam o interesse pela exploração espacial e temem até sair a céu aberto. Estranhamente, ante o recém-terminado pesadelo da II Guerra Mundial e a ameaça crescente da aniquilação nuclear, ambos receavam sobretudo um acomodado fim da história. Pareciam suspirar por uma expansão sem fim, por alguma forma de retornar aos tempos das conquistas imperiais britânicas ou dos pioneiros do Oeste norte-americano.

Diaspar é uma sociedade igualitária, próspera e tão cheia de luxos e diversões como um misto de parque temático com shopping center gratuito, ao passo que a Terra futura de Asimov aparece pobre, superpovoada e sobrecarregada de complicadas e ridículas distinções sociais, de forma a evocar estereótipos sobre a União Soviética de Stálin e ao mesmo tempo sobre a China ou a Índia coloniais. Não há dinheiro e as pessoas (que não sejam mulheres casadas) são premiadas ou punidas com promoções e rebaixamentos numa minuciosa escala de graus o protagonista, por exemplo, começa a história com uma classificação C-5 e aspira a ser C-6, o que lhe daria mais alguns invejáveis privilégios. Um assento na via expressa na hora do rush, e não apenas das dez às quatro. Mais opções no cardápio das cozinhas comunitárias da Seção. Talvez até um apartamento melhor e uma cota de entradas para os andares do Solário para Jessie. Há um governo mundial com sede em Washington, tecnocrático, burocrático e aparentemente não eleito.

Essa situação poderia ser facilmente apresentada como uma distopia tirânica, mas essa não é a preocupação de Asimov. Os únicos descontentes são os medievalistas, que detestam robôs por tirar empregos e pregam uma vida mais natural e a céu aberto, mas são representados como sonhadores ingênuos e desajustados. O protagonista não se sente oprimido e não questiona sua realidade a não ser na medida em que se sente humilhado pelos Siderais, descendentes de colonos humanos que vivem em mundos mais ricos e poderosos (como Solaria) e que interferem em assuntos terrestres. É só quando percebe que seu mundo é insustentável a longo prazo que conclui que a solução é retomar a conquista espacial que tenta persuadir as autoridades de seu mundo a planejar mudanças.
Curioso um autor obviamente inteligente não ser então capaz de perceber que a estreiteza e o provincianismo de suas concepções sobre a vida e a humanidade eram uma limitação muito mais real à aventura humana do que os obstáculos imaginários às aventuras espaciais. Tratando-se, bem entendido, do Asimov da Golden Age. Suas obras dos anos 1970 aos 1990, influenciadas pela revolução da New Wave da ficção científica, mostram mais abertura e questionamento de seus preconceitos anteriores. Mas essas são outras histórias.

site: http://www.cartacapital.com.br/blogs/antonio-luiz/a-robotica-de-asimov-uma-ciencia-passadista-1515.html
Diogo 19/11/2014minha estante
Interpretação anacrônica.


Pedro Ivo 17/07/2015minha estante
Gostei bastante, Antonio.
Mas tenho de ressaltar que, embora considere ambos os romances datados, não acho que eles tenham se tornado desinteressantes.
Podem não servir a uma analise de futuro (mas no fundo nenhuma ficção cientifica trata mesmo do futuro, mas de sua época) mas são boas narrativas. Menores dentro dqa obra de asimov. Mas incríveis.


Rodrigo 05/04/2021minha estante
Blablabla,mais parece um rascunho da história da humanidade esse sua pseudo resenha longa e cansativa




Rian 25/03/2022

Sem palavras
Asimov é incrível, diferente de cavernas de aço que dei 4,5 estrelas por ter momentos específicos que achei um pouco cansativo, este daria 5 pois não consegui parar de ler. O livro te instiga a continuar até o final para saber cada detalhe daquele mundo, do que está acontecendo, de como as coisas funcionam e quais serão suas conclusões perante ao caso. Amei o livro, estou ansioso esperando para ler o terceiro que ainda não adquirir e fico feliz de que próximo mês será lançado o Quarto e último livro dessa saga de Bentley. Espero que continue incrível e instigante como esses últimos foram.
William LGZ 25/03/2022minha estante
Já li o primeiro, preciso ler esse agora!


Rian 25/03/2022minha estante
Muito bom, não vai ser arrepender. Estou só esperando uma promoção na amazon pra comprar, tô achando muito caro no valor que ta agora


Rian 25/03/2022minha estante
No caso o terceiro volume




Thiago Araujo 15/06/2020

Simples e eficiente
Quando a expectativa é alta corremos alguns riscos. Pra mim Asimov sempre correrá esse risco. Um mestre não pode ser subestimando jamais. Mas Sol Desvelado provou ser só um pouco mais do que ele sabe.

Boa escrita, ritmo fluido, livro curto e rápido, mas sem aquele plot de explodir a cabeça, mais para uma receita simples e eficiente de sucesso, mas que não agrega tanto ao coração.

Mesmo assim os robôs de Asimov nunca perdem seu encanto e seu universo é de cair o queixo de complexidade. O final deixou aquele gostinho de potencial de crescimento forte, que espero que se cumpra na próxima aventura de Bailey. Ah, e Daneel não pode ficar de fora, claro!
Tatta 15/06/2020minha estante
uma dúvida! p ler este livro é preciso ter lido ?eu, robô? ou apenas ?cavernas de aço??

melhor, você recomenda alguma ordem de leitura?


Thiago Araujo 15/06/2020minha estante
Pra contextualizar, melhor ter lido o Cavernas de Aço. Já que é uma sequência. Já O Eu, Robô não precisa. É claro que ajuda a entender o universo, mas não precisa.


Tatta 15/06/2020minha estante
entendi!! valeeeeuuu




Leticia 24/04/2021

Adoro essa serie
O livro não é perfeito mas não quero ressaltar nenhum dos defeitinhos que tem. É muito agradável de ler, ainda mais para quem leu fundação e sabe um pouco do futuro desse universo.
Será que eu deveria ter lido a saga dos robôs antes de ler fundação? Talvez sim hahahahaha mas vou para o terceiro livro da série feliz com a forma que sol desvelado terminou, ansiosa para ver como a terra chegou ao ponto em que vemos ela chegar na série fundação.
Guilherme 24/04/2021minha estante
Acho que Asimov era muito a frente de seu tempo. Quanto a série dos robôs, cavernas de aço ainda é meu preferido.


Leticia 24/04/2021minha estante
Muito a frente, é até assustador parar para raciocinar em que época ele estava quando escreveu... Ainda não li toda a saga pra escolher meu preferido, mas pelo jeito vai ser uma escolha difícil rsrsr




Ari 04/07/2020

Além da racionalidade
Em "O sol desvelado", livro sequencial de "As cavernas de aço", um assassinato insolúvel baliza a trama com muitos plot twists e acaloradas discussões envolvendo "as leis da robótica", a lógica mecânica e a intuição humana. Nesse livro a balança da justiça pesa para o lado humano, visto que em "As cavernas de aço" os robôs estavam em foco.

Temas como inseminação "in vitro", distanciamento social, contatos holográficos e viagens espaciais são abrangidos nesse novo mundo de Solaria, no qual se desenrola a investigação em que Baley e R. Daneel Olivaw prestam-se a desvendar.

É um ótimo enredo que, mesmo tendo sido escrito em 1956, traz abordagens científicas que são palco para infindáveis debates até os dias atuais, vale muito a pena!
Duchesse 05/07/2020minha estante
Qual o primeiro livro dessa série? "As cavernas de aço"?


Ari 05/07/2020minha estante
Seguindo o encadeamento de Azimov, o primeiro livro, para se ter uma maior compreensão do contexto, é Eu, Robô. Ele é a origem de tudo. Após ele, sim, As Cavernas de Aço.




Roberto.Vasconcelos 10/07/2023

Superou as expectativas
Nossa que crescente foi esse livro!
Ver o Elijah e o Daneel juntos de novo foi muito bom , embora a participação do dannel me pareceu mais fraca neste livro e o destaque maior ficou com Elijah e sua fobia de lugares abertos.
A história levantou questões interessantes sobre as 3 leis da robótica e como elas podem ser "burladas" por alguém experiente.
A parte policial foi muito mais elaborada aqui e me pegou de jeito com um final incrível!!!
Me deixou com hype imenso pra conhecer Aurora e o destino dos humanos na terra.
Eles vão deixar o útero afinal ??
lio 10/07/2023minha estante
se você gostou desse, acho que vai amar o próximo (não terminei ainda, mas já promete ser meu favorito da saga).


Roberto.Vasconcelos 10/07/2023minha estante
Tenho certeza disso. Mal posso esperar...




Livia1405 11/03/2023

Meio decepcionante
O primeiro livro me fez de besta e estava com uma expectativa alta para essa. Mas além de um excesso de machismo envolvido na leitura, até pro nível do Asimov, eu achei a solução foi proposta 100% pelo pênis. Ainda assim, foi uma forma interessante de explorar não apenas as leis da robótica de outra forma, mas também outros planetas dos Mundos Siderais.
Gledy 17/05/2023minha estante
Concordo plena mente.




THALES76 19/04/2022

Modelo social interessante
Toda a trama achei bem desenvolvida, Baley mesmo sendo de um planeta menos desenvolvido que Solaria, não se intimidou a foi pra cima, bolando suas teorias e deixando os soberbos solarianos boquiabertos.
O modelo social é deveras interessante, pessoas vivendo afastadas, tecnologia avançada e muitos robos a disposição me soou até como uma distopia, claro... pra mim como um mero terráqueo, pensar viver uma vida sem tocar em alguém ou se vir a tocar, será a que o governo me designará é bastante impensável.

Continuando minha saga de Asimov esse ano e dessa vez li “O sol desvelado”, que ao contrario de seu antecessor, a história se passa fora da terra num planeta chamado Solaria.
Baley um terráqueo, que vive nas cavernas de aço de seu planeta isolado do resto da galaxia, acaba de ter a oportunidade de fazer uma viagem interstelar para investigar um crime em Solaria.
Solaria é um planeta que segundo seus habitantes “é a tendencia de outros planetas siderais á virem se tornar”, julgam-se superiores pelo fato de terem erradicado quase que completo a presença de seres humanos num mesmo lugar, lá a população é pequena, cada um vive num espaço imenso com milhares de robos a sua disposição, o contato humano praticamente inexiste e as interações são via hologramas.
Após um assassinado ocorrer em Solaria, Baley é convocado para investiga-lo, será o primeiro terráqueo a pisar em solo solariano, Baley tem diversas dificuldades em se adaptar ao planeta, onde os costumes são muito diferentes dos da terra.
Baley quer ver pessoalmente as pessoas, mas no costume deles “ver” é algo nojento, pois ninguém se vê, é tudo por contato holográfico.
Lelouch_ph 21/06/2022minha estante
Tô curioso pra ler esse ainda. Se eu conseguir adiantar minhas leituras eu leio ele esse ano.




Rubens.Ricardo 28/10/2020

Bela continuação
A continuação de as cavernas de aço foi muito boa, Baley com atuação primonosa, gostei muito.
Agnaldo Alexandre 28/10/2020minha estante
Asimov é demais. Todas as continuações dele não são apenas continuações, são muito bem pensadas. Quer ver na série fundação, que é demais também




souphiss 15/01/2022

O livro é muito bom. Acho que nunca li nada do Asimov que me desapontasse. O mistério do assassinato é bem construído e finalizado, as histórias dele sempre são o ponto alto dos livros. Sempre tem alguma coisinha que eu não consigo adivinhar da trama, por isso adoro.

Único ponto negativo do Asimov comigo são os protagonistas, que eu geralmente acho todos sem graça, bem chatos. Apesar de que são inteligentes e muito bem desenvolvidos.

No geral, devorei o livro. Fácil de ler e muito recomendável. Preciso ler o primeiro da coleção!!
bia 15/01/2022minha estante
Ele amo como ele consegue desenvolver bem a história e te envolver de um jeito q vc fica querendo conhecer mais do mundo q ele criou




Chayene.Goncharenc 07/12/2021

"As civilizações sempre tiveram estrutura piramidal. Conforme uma pessoa sobe em direção ao topo da estrutura social, dispõe de mais tempo livre e de mais oportunidades para buscar a felicidade. Conforme uma pessoa avança rumo ao topo, encontra cada vez menos pessoas para desfrutar de tudo isso."
Ivan.Rodriguez 11/04/2022minha estante
Anotei exatamente essa frase em um caderno quando li




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