O Livro dos Médiuns

O Livro dos Médiuns Allan Kardec




Resenhas - O Livro dos Médiuns


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Alex690 23/12/2023

Receberei um processo (espiritual) com essa resenha
Se o Livro dos Espíritos não configurou um novo esclarecimento para a Humanidade (como era seu intento) sequer fundou uma base filosófica espirita que se sustente (vale fazer paralelo: Agostinho tomou para si os ensinos de Platão e os converteu ao seu Cristo, Kardec secularizou a doutrina cristã e a sincretizou ao misticismo, mesmo que ele objetasse que em nada as comunicações tinham de místicas) nada de novo o leitor poderá esperar encontrar em "O livro dos Médiuns" no qual Kardec cai em valas sob valas, repetindo tantos erros científicos, factuais e de lógica, que uma simples leitura atenta de seus textos deixará nua e flagrante o malabarismo da irracionalidade; "a razão diz que, de todos os sistemas, aquele que encontra maior acolhimento nas massas, deve estar mais próximo da verdade..." (Livro dos Médiuns, parte 349).
A escravidão é moralmente correta desde que a maioria da sociedade acredite que ela o é? A queima "das bruxas e bruxos" foi correto porque a maioria assim acreditava? E a sujeição das mulheres? A homofobia? Tudo é racional desde que a massa acredite ser? Que coisa bestial Kardec, ou melhor, Grandes Espíritos Superiores.


Cômico os tais Espíritos Superiores, encorajando campos como a Frenologia e o Mesmerismo (este muito mais presente em O livro dos Espíritos). Mas espere, eles vão além: a pretensão de reformar a Ciência, tornar conhecido os efeitos magnéticos (não posso compreender tal tara com o magnestismo) dos Espíritos inferiores e dos superiores sobre os doentes do corpo e principalmente da mente, e então fornecer o meio pelo qual nenhuma enfermidade pudesse prevalecer desde que os médicos e cientistas fossem devidamente instruídos no ensino dos Espíritos. Você sofre de hérnia de disco? Fácil, vamos magnetizar você.
Quer mais?
Afirmavam que muito em breve (e já se vão quase duzentos anos) uma nova lei da natureza seria descoberta e lançaria luz sobre o Além Túmulo, ninguém mais duvidaria da sua existência, e de que as almas penadas estão te espiando a todo momento (sim, mesmo naquelas horas que você está pensando aí).

Certo é que abundam relatos como os das mesas girantes, dos objetos inundados pelo "fluído universal" (você não sabe o que é isso? Nem eles, e já fazem quase duzentos anos que vêm tentando descobrir) ganham uma espécie de vida própria, então não se assuste se numa reunião espírita uma das mesas de repente começar a saltar ou dançar uma valsa; psicografias, psicofonias, pancadas, levitação, enfim, que quase nunca são expostas sem um grande apelo à autoridade irrepreensível dos que os presenciaram; se eles viram, é óbvio que aconteceu, não importa se a mesa de centro saiu dando cambalhotas.
Mas não se engane, apenas os espíritos inferiores se servem disso, e portanto, só a Doutrina moral, àquela ditada pelas batidas da mesa ou pelas mãos do médium de repente impelidas pelo sobrenatural, deverá guiá-lo, e estas manifestações já não figuram mais em centros sérios. Daí não vermos registros dessas coisas acontecendo.
Então, se não podem fazer uma mesa levitar ou um espírito nos falar claramente sem o auxílio de alguém que pode imprimir seus próprios pensamentos nas comunicações, devemos aceitar que isto constitui uma prova contra os espíritos? Se eles brotavam como daninhas no passado, porque motivos não se apresentariam hoje a CIÊNCIA DE VERDADE e acabam de uma vez com a dúvida?
Eis a resposta: "Quanto aos incrédulos, de muitos meios dispõem para se convencerem, se desses meios quiserem aproveitar-se e não estiverem cegos pelo orgulho. Sabes muito bem existirem pessoas que hão visto e que nem por isso crêem, pois dizem que são ilusões. Com esses não te preocupes; deles se encarrega Deus."
Então deixa ver se entendi: se tem um cético no meio, o espírito fica irritadiço e em vez de humilhar o presunçoso cético, simplesmente se vai?

No auge dos fenômenos espiritas no século XIX uma oferta de quinhentos dólares foi feita, por intermédio do Boston Courier, a toda pessoa que, na presença e em satisfação de um certo número de professores, da Universidade de Cambridge, reproduzisse alguns desses fenômenos misteriosos que os espiritualistas dizem, comumente, terem sido produzidos por intermédio de agentes chamados médiuns.
O resultado?
O mesmo que o famoso e falecido James Randi obteve oferecendo UM MILHÃO de dólares a qualquer um que provasse ser portador de poderes sobrenaturais: ninguém conseguiu provar nada.
Além de que até o presente momento, nenhum estudo tenha de fato sequer apontado para a existência de comunicação com os mortos, ou melhor, mesmo com tantos livros, tantas psicografias, filmagens obscuras, áudios crivados de estática, a existência de qualquer consciência que sobreviva a morte do corpo, não arrebanha sequer uma evidência a seu favor.
Muito pelo contrário [...] evidências agora mostram que tudo o que a alma supostamente poderia fazer ? pensar, lembrar, amar ? falha quando uma parte relevante do cérebro falha. Até a própria consciência ? de outro modo não haveria anestesia geral. Uma seringa carregada de química é suficiente para extingui-la (retirado de Universo Racionalista).
Mas a doutrina espírita tem uma resposta: É que os Espíritos não gostam de serem postos a prova.
Mas que melhor cenário para enfim converter espíritos incrédulos que esse? Bastava apenas demonstrar a inteligência destes seres e recusar a soma, assim a Doutrina se confirmaria como séria e desinteressada. Vai entender esses Espíritos temperamentais.
As últimas páginas do livro estão tão carregadas de conselho temperados de melodrama caridoso e moralista, que me peguei simplesmente pulando-as... já não bastava repetir a mesma coisa centenas de vezes nos capítulos anteriores? Mas estes trechos vêm de personagens históricos, de Joana d'Arc a Jesus, é mole?

Deixo claro que não acredito que todos os espíritas sejam ora enganadores, ora enganados. Mas é preciso dizer também que a condescendência com o elitismo, a grande presunção e as distorções filosóficas e científicas de tal livro, me levam a questionar a inteligência de quem o tome como uma obra limpa e moral. O que acho de Kardec? Um grande presunçoso, se acreditava estar certo, dou-lhe o desconto, se apenas inventou tudo, é na minha opinião uma das personalidade mais desprezíveis da história.
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Claudia.Marcia 27/06/2021

Um excelente livro.Sua leitura e indispensável para aqueles que buscam a conhecer mais a doutrina. Ele aborda os meios de comunicação como o mundo invisível,o desenvolvimento da mediunidade... E ao final do livro tem o vocabulário espírita que ajuda muito a compreender palavras que principalmente os iniciantes desconhecer. Recomendo sua leitura !
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Thiago Toscano Ferrari 15/06/2020

Cerne da obra
Numa releitura pela 3ª vez constato a necessidade do estudo contínuo para firmar conceitos e aprofundar ainda mais na ciência espírita, o que move o cerne desta obra numa única frase da mensagem mais importante contida: "Espíritas! amai-vos, eis o primeiro ensino; instruí-vos, eis o segundo." (Jesus de Nazaré - Segunda Parte - Capítulo XXXI - Mensagem IX)
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