A Perfeita Ordem das Coisas

A Perfeita Ordem das Coisas David Gilmour




Resenhas - A Perfeita Ordem das Coisas


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Bruna 15/02/2024

A perfeita ordem do tédio
Quando comprei esse livro pensei que fosse gostar, e muito. A leitura, porém provou o contrário. Esse livro não é meu estilo, talvez ele seja mais atrativo para o olhar masculino (male gaze), ou para pessoas que gostam de visões mais rápidas das coisas. Apesar de ser um livro simples eu achei a leitura tediosa e desinteressante.

Não é um livro ruim, mas não se destacou pra mim.
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fernandaugusta 24/11/2021

A Perfeita Ordem das Coisas - @sabe.aquele.livro
Em "A Perfeita Ordem das Coisas", de David Gilmour (não, não é o do Pink Floyd) temos um livro de memórias, por assim dizer, romanceado.

Mas não é uma autobiografia, pois a estratégia utilizada pelo autor consiste em nos mostrar suas maiores desilusões, através da sua volta ao local em que ocorreram, em uma tentativa de solucionar estes assuntos mal resolvidos.

Acompanhamos Gilmour sofrer sua primeira traição na adolescência, e a fuga do internato onde estudava. Passamos pela casa de fazenda da família, onde seu pai se suicidou. Visitamos o festival de cinema de Toronto, onde sempre teve a impressão de estar deslocado e inferiorizado. Sua maior decepção com o melhor amigo, que ficou anos sem ver e ao retomar a amizade, quase presenciou este amigo cometer um assassinato. Também nos vemos às voltas com sua leitura de "Guerra e Paz", de Tolstói e com sua paixão pelos Beatles, quase congelado ao entrevistar George Harrison. E para encerrar vemos uma viagem à base de anfetaminas para um hotel no Caribe, o amargor com o autor de uma resenha nada elogiosa a seu último romance e uma viagem à Hollywood com o filho.

O livro é bem escrito, e tem reflexões muito boas. Mas também tem muitos episódios muito loucos, situações em que o autor passa a impressão de ser uma pessoa bem instável e egoísta, difícil mesmo de conviver (acho que foram quatro casamentos, fora as namoradas) com outras pessoas. E ele extravasa isso nestes relatos em que simplesmente reflete sobre desconfortos e angústias que por vezes me peguei pensando - 'Precisava montar todo este circo por causa disso?'

Então temos um equilíbrio entre escrita boa e situações esdrúxulas, sem um ponto final bem definido, pois quem lê sabe que, apesar de estar feliz ao fim dos seus relatos, isso pode mudar a qualquer momento (não só com ele, mas com todos nós). Enfim, uma leitura que me fez sair da minha zona de conforto, porém não espero reler futuramente.
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Minha Velha Estante 31/12/2015

Olá, queridos,

A Perfeita Ordem das Coisas é praticamente uma biografia do narrador, que é um escritor que resolve revisar o seu passado e nos conta momentos como o seu primeiro fora, a sua primeira paixão, a morte da mãe, crises de identidade, divórcio e muitos outros.

O livro é dividido em 10 capítulos onde cada um conta um fato marcante na sua história. A partir do título do primeiro capítulo, "O que mais eu não notei?", você já pode deduzir que o narrador vai revisar fatos e lugares marcantes da sua vida na tentativa de encontrar ou perceber coisas que não foram notadas ou detalhes importantes que possam ter passados despercebidos na época em que aconteceram. Então, 40 anos após o acontecimento dos fatos narrados ele retorna ao mesmo café francês para repensar o seu passado.

A Perfeita Ordem das Coisas não está entre os meus gêneros favoritos de leitura, mas posso dizer que é um livro bem interessante, apesar de empreender um ritmo bem lento em algumas partes, chegando a ser maçante em outras. Tudo bem que a vida do nosso narrador não nos desperte grandes emoções ,mas ele nos leva a uma profunda reflexão sobre o que fazemos com o que vivemos, com as nossas memórias, o que aprendemos com as nossas experiências de vida.

Capa muito bonita, ótima diagramação, revisão e tradução, mais um bom livro lançado pela Geração Editorial através do seu novo selo Jardim dos Livros.

site: http://www.minhavelhaestante.com.br/2014/09/leituras-da-drica-perfeita-ordem-das.html
Marcos Mateus 19/06/2023minha estante
Vc sabe me dizer que capítulo fala sobre a crise de identidade?




Ju 06/08/2014

A Perfeita Ordem das Coisas
Quando vi esse livro entre os lançamentos da Geração, fiquei louca para ler. Adorei a capa, e a sinopse me atraiu muito. Infelizmente, a leitura me decepcionou bastante.

Não sei nem dizer para vocês em que gênero ele se encaixa. Eu esperava um romance (é a classificação oficial dele), mas já no início da leitura comecei a duvidar que estava lendo algo do tipo. Ao terminar, fui ler as orelhas e, logo no início do texto escolhido para elas, é dito que o escritor retratado seria o alter ego de David Gilmour, o autor. Isso veio um pouco de encontro com a impressão que tive, de estar lendo uma autobiografia. E uma que não me interessava.

Sinto que não consegui compreender o livro. Para mim, de A Perfeita Ordem das Coisas não tem nada, vi a narrativa como histórias aleatórias. Todas elas têm um objetivo, claro. Tudo começa com o escritor visitando Toulouse quase que por acidente, e se lembrando do tempo em que viveu na cidade. Ao repetir o trajeto que fez por vários meses, acabou descobrindo que se tivesse dado apenas alguns passos em outra direção teria encontrado um rio de aproximadamente oitocentos metros de largura. Ele acaba, então, se questionando: o que mais teria perdido?

"Foi assim que nos meses seguintes (uma coisa bem gradual, eu me lembro) decidi, quase como quem tem vontade de pagar um débito pessoal, um débito para comigo mesmo, voltar para outros lugares onde havia sofrido, mas dessa vez com os olhos bem abertos e, o que é mais importante, voltados para o mundo exterior. Voltar e ver, fosse o que fosse."

Achei a ideia realmente fantástica, pena que as histórias escolhidas para serem contadas não me conquistaram. São dez capítulos, divididos em 167 páginas, cada um voltado para algo que mexeu com o autor. O personagem principal (gente, sério, não sei como me referir a ele - personagem/ narrador/ autor... ainda não decidi se o considero real ou não. Me desculpem por isso.) é extremamente vaidoso, e isso acabou me irritando um pouco.

Tive bastante dificuldade na leitura da maior parte dos capítulos, de um deles acabei pulando alguns trechos, porque eu realmente não queria que me contassem a história inteira de Guerra e Paz, do Tolstói. O capítulo em questão se chama "Minha vida com Tolstói", e nele é mostrada a obsessão do autor/personagem por ele. Logo em seguida, vem um capítulo que fala de outra obsessão do narrador, seja ele quem for: os Beatles. Adoro Beatles, e gostei bastante do que já li do Tolstói, mas é um pouco cansativo ser obrigada a ler páginas e mais páginas sobre a relação que o narrador tinha com eles.

Em alguns momentos, acompanhamos as lições aprendidas. Algumas são realmente interessantes, e fazem a gente parar para refletir. Mas aí me vem um capítulo em que o personagem agride outro homem e, assim, se sente infinitamente melhor e em paz. Talvez um homem consiga entender isso. Eu realmente não consegui achar legal.

Enfim, o livro não correspondeu às minhas expectativas, esperava algo completamente diferente. Mas não é porque eu não gostei que vocês também não vão gostar, gosto sempre de frisar isso, a leitura é uma experiência muito particular.

site: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2014/07/resenha-geracao-editorial-perfeita.html
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Resenhoteca 29/08/2014

David Gilmour novamente nos surpreende com uma história própria bem simples, mas altamente reflexiva e envolvedora. Com uma linha de tempo grande conhecemos não apenas um momento da vida do David Gilmour, mas sim quase que toda a sua vida, ou pelo menos a parte importante dela.

E para os fãs de “O Clube no filme” vemos mais momentos de Pai e Filho envolvendo não só o sofá e os filmes como também o livro lançado. O que pelo menos para mim, foi muito empolgante de ler por já ter lido (E ter adorado) o livro.

Depois de descobrir uma parte do mundo que não conhecia por causa de se fechar dentro de suas frustrações no passado, o protagonista resolve revisitar lugares em que viveu um momento ruim, ou uma magoa, um coração partido ou algo do tipo. Enquanto revisita esses lugares fisicamente, ele viaja mentalmente ao passado fazendo uma comparação das sensações e sentimentos do passado e presente.

David nos convida a viajar na sua vida entre presente e passado. Momentos bons e ruins. Tendo uma visão mais velha dos acontecimentos marcantes e importantes da sua vida. Gilmour nos mostra o quão bom isso pode ser em alguns momentos e em outros, que certas feridas podem ainda estarem abertas. Tudo isso de uma forma relaxada e sem dramas exagerados. Além de muita criatividade, um humor sutil e inteligente e inúmeras metáforas.

site: http://www.resenhoteca.com/2014/08/resenha-perfeita-ordem-das-coisas.html
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Gabrielle 07/09/2014

Blog ABCD dos Livros
O livro não tem uma história em si, como uma história fictícia.
É, digamos, uma biografia do autor.
Dividido em 10 capítulos, ele conta um pouco de sua vida, sendo vista do passado.
Cada capítulo é uma PASSAGEM de sua vida.
Uma vida, que, vivida pela primeira vez, não foi sentida, os detalhes não foram percebidos.
E agora, depois de 40 anos, está sentado em um café de uma cidade francesa, revivendo tudo o que lhe fez sofrer, o que lhe fez amar, o que lhe causou medo, raiva, dor.
E, depois de 40 anos, só agora, que está só esperando a morte lhe acolher, que ele está conseguindo enxergar com clareza as coisas de seu passado.
E com o livro, o autor nos faz enxergar junto com ele, viver com ele.
Conta os casos de amores que teve, os filhos que vieram com o amor deles. Brigas que tiveram, e o por que de ter acontecido.
Momentos de tensão com seu melhor amigo, que matou a sangue frio um rapaz bem em seu quintal. Livros que leu e música que ouviu, como ser fã de Tolstói e ouvir 24h Beatles.
Cenas de premiações de famosos e como eles eram hipócritas.
Os momentos tristes e desesperados que viveu quando estava no internato.
E com isso, e mais momentos tristes e felizes, o autor nos mostra, que quando revivemos nossa vida novamente, momento que tivemos, nós nunca temos a mesma visão de antes.
Conseguimos ir mais além daquilo que realmente foi. Conseguimos ver o que de fato aconteceu, detalhes que deixamos escapar, fazendo com que coloquemos a vida em sua perfeita ordem de como deve ser!

Um livro muito diferente do que eu já li. Se eu falar que não gostei e que não recolhi nenhuma mensagem inspiradora e motivadora, vou estar mentindo.
Eu gostei do livro, uma biografia bem montada, de idas e voltas, a forma como o autor foi se descrevendo, as cenas que passou em sua vida.
E uma coisa é verdade, quando revivemos nossa vida novamente, nós percebemos o que está em nossa volta, o por que de ter acontecido aquilo, detalhes que não capitamos quando estávamos presentes por lá. Talvez por estar com raiva ou muito feliz, eu fiz coisas sem pensar. E quando eu revivo minha vida, esses detalhes aparecem facilmente. Isso é só comigo?
Os capítulos que eu mais gostei foram o primeiro, o quarto, o sexto e o oitavo.
Mas sem dúvidas, o que eu mais entrei dentro do livro foi o quarto. O capítulo em que seu melhor amigo que mata um homem a sangue frio.
Outro que eu gostei bastante também foi o sexto, o capítulo dos Beatles.
É um romance, mas eu o encaixei como auto ajuda, até por que de certa forma nos faz pensar de uma outra maneira, e acidentalmente meche com nosso interior, fazendo nós melhorarmos ou talvez piorarmos.
Pois mexer com o passado pode ser perigoso, pode nos ferir ou trazer alegrias. Isso só depende de você e como deseja enxergar o passado.
Ao todo, é um livro bom. O único ponto negativo, é que tem alguns capítulos arrastados, foi até por isso que eu demorei para ler.
Mas, com certeza, foi um livro que valeu a pena ter lido.

site: http://abcddolivro.blogspot.com.br/2014/09/resenha-perfeita-ordem-das-coisas.html
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kleberaugusto 14/07/2017

A Biografia de uma História em andamento
O livro começa meio devagar, mas depois percebi que é porque eu não o tinha entendido ainda como uma autobiografia... Uma vez que esse fato é esclarecido, os capítulos e as descrições se tornam muito melhores.

O autor - que não se reconhece como personagem - escolhe algumas passagens de sua vida e as descreve para nós, com seus altos e baixos, desde a infância até a idade adulta. É interessante notar que ele revela que 'as histórias foram escolhidas por serem aquelas em que ele mais sofreu', e que na maioria possuem uma mulher envolvida.

É possível ver também o amor imenso que ele tem pelos filhos, e o capítulo final - um simples diálogo - guarda uma surpresa, uma amarração com outro livro de sucesso dele.

Muito bacana, gostei muito de ler, e apesar de eu não considerá-lo um ótimo escritor, ele passa o recado.
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Edu 22/12/2019

Raso como o rio de 800m
Comprei o livro há 7 anos atrás influenciado pela orelha. Na época, a ideia de revisitar lugares do passado onde se foi feliz ou triste buscando um novo sentido parecia fantástica. A capa também me chamou muita atenção, só a sugestão de acessar arquivos que causam embaraços e ordená-los sem pendências afetivas entoou quase como um alerta para mim. Algo como "preciso disso". 

Hoje, já outra pessoa, me deparei com o livro marcado em sua metade e resolvi reiniciar a leitura. Devo admitir que a escrita e centenas de metáforas criativas para sintetizar dramas e sensações foram impecáveis. Mas acabam aqui as surpresas. 

As histórias do autor, também personagem, não são tão instigantes, algumas vezes a narrativa fica um pouco cansativa e a espera por um ponto de virado com uma atitude ou fato revelador que não vem é decepcionante. 

Um dia, ao mudar o lado da estrada que percorria há meses, fez com que ele descobrisse um rio de 800 m de largura e se questionado: "o que mais eu teria perdido?".

Pode ser uma reflexão interessante, mas não me conquistou. Existem pesos para toda experiência que decidimos viver e fazer um balanço de todas elas talvez seja mais sensato do que imaginar o que perdeu.

A cada capítulo e lugar revisitado, pode-se sentir a quebra de expectativas do autor, com doses fortes de lamentos, remorsos e, até, culpa. Realmente é frustrante quando a expectativa de ser bem recebido por alguém que guardamos com grande estima é tida como uma mera visita casual, por exemplo. Porém, remoer o passado e alimentar tais expectativas é como engatilhar uma depressão e deixar que dispare "acidentalmente". 

Outro ingrediente que dificultou a empatia pelo personagem fica por conta do esteriótipo de escritor beberrão, que tem mulheres como seu ponto fraco, deixando escapar toda sua vaidade disfarçada de auto-crítica e que se droga pra enfrentar a difícil missão de acordar em seu flat. As comparações com Guerra e Paz Tolstoi e trecho dos Beatlles funcionavam como alívio pra fugir disso.   

Toda a reflexão só ganha mesmo um sentido específico e valioso com a amarração do último capítulo. Se forçar a essa viagem ao passado é, na verdade, a preparação para morrer bem, colocando em ordem os assuntos psíquicos e emocionais.
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Vanessa Lima 07/05/2020

A perfeita ordem da monotonia
Leitura difícil por ser incrivelmente monótona, chegando a ser exaustiva.
A proposta seria do personagem principal repensar sobre toda a sua vida e amores, mas o que vemos é um homem altamente narcísico em que seus interesses e devaneios sempre estiveram em primeira pessoa. Um leitura que realmente não indicaria.
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