Novela de Xadrez

Novela de Xadrez Stefan Zweig




Resenhas - Novela de Xadrez


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jota 12/09/2018

Jogo da vida...
Millôr Fernandes disse uma vez, certamente de brincadeira (mas sabe-se lá se foi assim mesmo), que jogar xadrez torna as pessoas mais inteligentes para... jogar xadrez. Bem, lendo esta curta novela de Stefan Zweig (1881-1942), última obra que escreveu antes de se matar, ao final o leitor vai discordar do grande humorista brasileiro (e também pensador, entre outras coisas).

Zweig conseguiu transformar o jogo de xadrez num personagem tão importante quanto os dois personagens principais. De um lado, um campeão mundial de xadrez, Mirko Czentovic, um sujeito um tanto bronco e arrogante, do outro, o doutor B., um jogador misterioso cuja curiosa história nos vai sendo revelada aos poucos, por ele mesmo.

Muita coisa da novela, o jogo de xadrez, o embate entre os dois homens, o clima em que ele se desenvolve e termina, tudo tem a ver com um livro subtraído pelo doutor B. do bolso do casaco de um interrogador nazista durante sua prisão. Isso ocorreu enquanto ele aguardava num corredor para ser interrogado, fato que se dá mais ou menos lá pelo meio da história. É um dos pontos altos da novela, assim como seu final, que contém uma mensagem filosófica. Tudo muito a ver com o autor austríaco, que morou e morreu em Petrópolis, RJ.

Lido em 11 e 12/09/2018.
Thiago 13/09/2018minha estante
Millôr, era terrível! Tem uma crônica dele falando sobre o Dom Casmurro, que é de deixar qualquer um boquiaberto e apoplético com a análise que ele faz.


jota 13/09/2018minha estante
Ah, sim, Thiago. Pra ter levado uma cusparada do Chico Buarque na cara, Millôr não era nada fácil mesmo. Por outro lado, era genial (imagino o que estaria escrevendo diante da mediocridade geral por que passamos)! Algo parecido se diz de Thomas Bernhard: li que o austríaco era insuportável, mesmo para quem o apreciava. Mas TB ficou conhecido por ser um escritor genial, não apenas um ser genioso. Como Millôr, certo?


Thiago 13/09/2018minha estante
Sim, as semelhanças entre ele e o Bernhard, é perfeita, ambos eram desiludidos com o país que viviam, e com razão, diga-se de passagem.
Inclusive o Thomas Bernhard, mostra um lado bem humorado no livro "Meus Prêmios".




Marta Reis 29/02/2024

Gostei!
De fácil compreensão e uma leitura rápida.
Sobre a história, achei interessante e instigante, os polos, a empatia que sentimos, a narrativa bem explicada e detalhada, saindo um pouco da primeira pessoa (pretensão do texto) e entrando em uma terceira, por contar a visão da pessoa, sendo uma descrição até que longa.

Achei o conto legal, podendo ter uma moral que não compreendi de primeira, mas ao ler os comentários imagino que seja mais uma explicação do que uma moralidade em si. Seria como uma história apenas, como quando contamos algo a alguém sem pretensão, apenas para descontrair (não que o conto seja leve)

Achei as notas um pouco repetitivas, porém com algumas coisas novas interessantes.
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