A Matemática nos Tribunais

A Matemática nos Tribunais Leila Schneps...




Resenhas - A Matemática nos Tribunais


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Leandro Matos 17/11/2014

A Matemática nos Tribunais | Quando a Justiça é reprovada em Matemática
Leio em média cinco livros por mês, por vezes mais. Dentre romances, crônicas, poesias, científicos e tantos outros gêneros literários, como identificar um padrão? Que tipo de livro leio com mais frequência? Existe uma sequência lógica para escolha deles? Qual a probabilidade de gostar de um livro em especifico dentro de um mês, ou de ano, e fazer dele uma indicação constante como uma leitura original e surpreendente dentre tantas outras? Pois é, nesse experimento aleatório acho que encontrei um livro-evento…

O livro ‘A Matemática nos Tribunais’, publicado pela editora Zahar, das matemáticas Leila Schneps e Coralie Colmez foi uma das melhores leituras de 2014. O título propõe detalhar sobre casos judiciais, onde cálculos, estatísticas e proporções matemáticas foram imprescindíveis para inocentar ou condenar alguém.

São 10 casos descritos no livro de forma aleatória. As autoras, não ficaram presas a períodos, o que a meu ver permitiu uma maior flexibilidade do livro em transitar durante qualquer época. Um deles por sinal, aconteceu no final de 1800. Mas todos são muito bem detalhados, proporcionando uma leitura agradável para todo tipo de leitor. O leitor que se aventurar nas páginas do livro, só precisa de uma compreensão limitada de matemática, pois, toda e qualquer especificação é contextualizada, a fim de produzir um melhor entendimento para com a dissecação dos casos. Em um primeiro momento, pode-se passar a impressão de que a leitura poderia ficar presa a especificações técnicas do Direito e/ou da Matemática, mas muito pelo contrário, o que a dupla de mãe e filha fazem, é permear o livro com uma narrativa fácil, tirando de termos abstratos um sentido amplo.

Os casos são especificados com rigor e minucia, em um deles, por exemplo, uma mãe é acusada de matar um dos seus filhos e entra em uma infeliz proporção, em um outro caso, um filho é indiciado pela morte dos pais e por uma sucessão de eventos, cai em um cálculo probabilístico. Uma pirâmide financeira é esmiuçada em um dos casos e uma enfermeira é a principal suspeita em uma probabilidade que acontecia onde a mesma trabalhava. Um dos mais recentes e espantosos dos casos, é o relato sobre Meredith Kercher, uma estudante britânica, que foi encontrada morta no alojamento de um intercâmbio na Itália. Esse caso até hoje não foi totalmente esclarecido, os acusados do crime escreveram até um livro com a versão deles sobre os fatos e atualmente, se encontram em liberdade.

“Será que a Matemática deve ser usada nos tribunais? Será que ela deveria desempenhar algum papel na detecção e prova de um crime? A desvantagem óbvia, tema principal desse livro, é que é fácil demais para os não matemáticos – ou para os matemáticos desacostumados a aplicar a disciplina nas situações da vida real – entender mal e utilizar erroneamente a matemática numa grande diversidade de maneiras.”

A Matemática nos Tribunais combina drama de tribunais, história e matemática para mostrar que nem sempre, somente a perícia legal pode ser responsável pelo destino de um réu.

site: http://nerdpride.com.br/a-matematica-nos-tribunais/
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Blog MDL 02/10/2014

"A Matemática nos Tribunais" é um livro majoritariamente feito para aqueles que se interessam por criminologia, bem como, por matemática. Abordando dez casos com erros matemáticos que influenciaram na sentença do réu de alguma maneira, as autoras Leila Schneps e Coralie Colmez lançam luz em especial a um determinado tema: a probabilidade e a estatística. Com claros níveis de dificuldades, cada caso representa um desafio maior não só para os estudiosos convidados para dar suas opiniões acerca das condições extraordinárias que envolvem os crimes, como também, para os leitores que se veem cada vez mais imersos em uma situação onde um número pode determinar o futuro de uma pessoa seja ela inocente, seja ela culpada.

Transitando sempre em um terreno perigoso, as autoras deixam claro a todo o momento o quão complicado é a utilização dessa área tão racional, em algo que requer tanta sensibilidade. Mas mais do que isso, pensando no desconhecimento dos leitores tanto com relação a área criminal, quanto a área matemática, Schneps e Colmez optam por uma escrita didática que não só ensina os pré-requisitos básicos que envolvem a matéria de estudo de cada caso, como também, a sua possível validade nos tribunais. Preferindo o relato informal, sempre que elas necessitam recorrer a termos mais específicos, elas ora adicionam notas explicativas, ora dissecam o assunto no texto de modo a nos deixar mais à vontade diante de teorias que nem sempre são conhecidas pelos não estudiosos da matemática.

Acredito que por isso não senti muita dificuldade em acompanhar os casos e entender precisamente qual era o ponto que elas queriam chegar com o esmiuçar dos fatos. No entanto, estranhei a maneira como elas logo nas primeiras linhas direcionavam o leitor acerca do juízo sobre a inocência ou culpa do réu. Nesse quesito achei que faltou um pouco mais de clímax, o que não é algo completamente inesperado, já que por mais que as histórias relatadas por elas tenham material suficiente para uma escrita mais dramática, o fato do livro ser uma não-ficção deve ter pesado na decisão das autoras de se manterem um pouco mais distantes desses artifícios para que os textos não perdessem a credibilidade que de modo tão hábil eles souberam conquistar dentre aqueles que utilizaram seus escritos como fonte de estudo.

Após relevado este ponto, os apaixonados por uma boa história policial encontrarão nesse livro casos interessantíssimos para acompanhar. Dentre eles, merecem destaque o caso de Meredith Kercher, uma jovem britânica que fora brutalmente assassinada em seu quarto enquanto participava de um intercâmbio na Itália pelo programa ERASMUS, cujas suspeitas da realização do crime recaiam sobre uma companheira americana de hospedagem e o seu então namorado, um jovem italiano; bem como o caso de Lucia de Berk, uma enfermeira holandesa que fora acusada de assassinar os pacientes (que até então tinham sido considerados vítimas de mortes naturais) após uma colega de trabalho dizer ao diretor do hospital em que trabalhava que achava estranho a quantidade de incidentes que ocorriam no lugar com a presença de Lucia.

Ademais, por ser focado na matemática, aconselho o leitor que não tem muita habilidade na matéria, revisar os princípios básicos que regem a probabilidade e a estatística, pois mesmo com as explicações das autoras, se não houver um conhecimento prévio nos assuntos, isso pode prejudicar o entendimento das profundas e às vezes complexas explicações acerca do uso dos números nos tribunais. Principalmente, porque é através desses estudos que elas entram no universo peculiar dos matemáticos e porque não, dos geneticistas. Diante disso, é importante pontuar que se o leitor em questão não gostar de nenhuma das áreas que o livro trabalha, provavelmente não conseguirá apreciar o belo trabalho que as autoras fizeram. Mas se o leitor tiver o mínimo de interesse pelo tema, perceberá no decorrer da leitura que o livro é uma fonte preciosa de conhecimento.

site: http://www.mundodoslivros.com/2014/09/resenha-matematica-nos-tribunais-por.html
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notmuchcompany 19/12/2016

Um tema bem diferente dentro das minhas leituras de criminologia. Achei muito interessante e me abriu campo para novos pensamentos e considerações. O último caso apenas que não me prendeu muito, mas os outros nove não deixaram a desejar. Exceto, é claro, pelo fato de que alguns ainda estão em tramite, o que impede de sabermos dos desfechos pelo livro.
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Ca Agulhari @literario_universo 18/07/2017

Muito interessante!
Esse livro é interessante demais! Me deu um nó nas descrições estatísticas em alguns momentos mas ele é fascinante. Todo jurista e matemático deveria ler. E porque não também os meros curiosos?
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BrendaDi 22/03/2023

RECOMENDO!!
Amei ler esse livro porque gosto do tema criminal e ele conta histórias por dentro dos julgamentos. Bem legal pra quem gosta de ler sobre o assunto
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