Eternidade Por Um Fio

Eternidade Por Um Fio Ken Follett




Resenhas - Eternidade Por Um Fio


200 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Peregrina 02/02/2015

O fim do século mais agitado da humanidade
Encontrei o primeiro volume da trilogia "O Século" em meados de 2013 e não foram necessárias muitas páginas para que me apaixonasse perdidamente por ele. O primeiro livro que li do autor consagrado internacionalmente por livros como "Os Pilares da Terra" (que mais tarde viria a ler) e "Mundo sem fim" foi igualmente fantástico, um grande sucesso.

Para mim, a leitura foi encarada a princípio um desafio. Como disse na minha resenha de Queda de Gigantes, nunca havia lido nada do tipo e nada tão... grande. Mais de 900 páginas e, à medida que avançava na leitura, encontrava-me cada vez mais imersa num mundo que fora muito mais real do que gostaria de acreditar. Alegrei-me, sofri, e vivi com os personagens durante o caos da Primeira Guerra Mundial e da Revolução Russa. O mesmo aconteceu em Inverno do Mundo com a ascensão dos regimes totalitários na Europa e a barbárie que foi a Segunda Guerra Mundial.

E eis que é lançado o último volume da trilogia que narra, sob o ponto de vista de várias pessoas de diferentes nacionalidades e classes sociais, os principais acontecimentos do século XX. Eternidade por um fio foi talvez o livro mais aguardado do ano de 2014 para mim (ainda que só pudesse ter a oportunidade de lê-lo agora, em Janeiro) e, infelizmente, não atendeu às minhas expectativas.

Eu sabia que mil páginas talvez fossem poucas para trinta anos de história, mas eu confiava que se alguém pudesse escrever sobre a Guerra Fria assim, este alguém seria Ken Follett. Porque depois de ler Queda de Gigantes, Inverno do Mundo e Os Pilares da Terra... como duvidar de sua escrita brilhante?

Ao contrário dos outros dois livros, e ao contrário dos 50 anos anteriores, a Europa ocidental perde um pouco da atenção especial dedicada a ela no início do século. Isso porque após a Segunda Guerra, a ordem mundial se torna bipolar: os Estados Unidos e a União Soviética emergem como as duas potências vencedoras do conflito e querem divulgar (ou impor) o seu modo de viver socialmente, economicamente e politicamente às outras nações. Portanto, como já era de se esperar, a maioria dos eventos do livro ocorre nos dois países que dividiram o planeta por mais de 40 anos.

Grande parte da história é ambientada na década de 1960 (acredito que cerca de 60% do livro), quando ocorreram a Crise dos Mísseis, os assassinatos dos irmãos Kennedy, o início da luta pelos direitos civis nos EUA, assassinato de Martin Luther King, início da "era" hippie, etc. Mesmo com tanta coisa para ser discutida, um significativo número de páginas foi utilizado desnecessariamente para descrever aventuras amorosas dos personagens e o pior de tudo é que poderiam ter sido poupadas. Entendi que Ken Follett queria mostrar a liberdade sexual, a questão dos divórcios, relacionamentos casuais e tal, porém ele repetia tanto isso e misturava tanto os relacionamentos entre personagens que em certo ponto se tornou maçante e empobreceu muito o livro.

A Guerra do Vietnã foi outro ponto que podia ter sido infinitamente melhor trabalhado, mais aproveitado, quero dizer. Jasper - filho de Eva Murray, amiga judia de Daisy no segundo livro - foi para a Guerra, ficou lá por dois anos, mas só temos UMA cena de ação no Vietnã e, se houve mais, não foram muitas. Eu já tinha aceitado que ele nem falaria da Guerra da Coréia porque ela se passou num período de tempo bem antes ao início do livro, mas não foi dada a devida importância à Guerra do Vietnã e, na minha opinião, isso não deveria ter acontecido. Porque, bem, essa é a Guerra Fria! A Guerra Fria foi marcada por conflitos como a Guerra do Vietnã, conflitos indiretos entre as potências dominantes. A parte que Jasper está no Vietnã foi tão curta, tão óbvia que foi quase ridícula. A informação das atitudes nojentas dos soldados americanos foi bem-vinda e interessante, mas todo o conjunto de partes que narram a guerra foi pobre também. Esperava muito mais de quem narrou com tanta emoção e vivacidade o ataque à Pearl Harbor em Inverno do Mundo.

Sobre a questão cultural - o ponto mais trabalhado pelo autor -, Follett fez questão de exaltar a ruptura com as tradições do passado com a rebeldia dos filhos com os pais, muito sexo, muita droga e muita música (Rock'n'Roll!). Só com esse clichê já descreveria quase a totalidade do livro.

Gostaria de comentar sobre alguns personagens, entre eles Walli, alemão filho da Carla, que deu a sorte de fugir da Alemanha Oriental duas vezes (algo que não me convenceu, sinceramente. Era difícil atravessar uma vez, agora, duas?) detestava o "pai", queria viver da música e aderiu ao movimento hippie depois de uma decepção amorosa. Esperava um desenvolvimento melhor, um engajamento maior na política, mesmo que não fosse lá tão ativo. Ele viveu numa família com todo um histórico político e isso não teve o efeito que eu esperava sobre ele. Ele foi uma decepção para mim por conta disso. De qualquer forma, sua irmã Rebecca e até mesmo Lili acabaram atendendo às expectativas que eu tinha em relação a Walli e deram para o gasto.

Apesar de tudo, Walli foi utilizado para mostrar como o que aconteceu com os jovens que se tornaram dependentes de drogas nas décadas de 1960 e 1970: acabaram em um péssimo estado. Só que Walli conseguiu se recuperar milagrosamente após um ano e deu tudo certo: não pegou nenhuma doença sexualmente transmissível nem qualquer outra depois de anos injetando droga diretamente na veia com seringa de qualquer um e praticando o "amor livre". Prefiro nem comentar sobre a verossimilhança desse caso. Nós também vivenciamos o seu drama de ter a família dividida pelo muro, passar mais de duas décadas sem ver a própria filha e isso valeu o personagem.

Gostei do filho do casal interracial Greg e Jacky do segundo livro: George Jakes. Sem dúvida, a intenção era que ele fosse o que a Ethel e o Lloyd foram nos primeiros volumes. Aquele personagem que todo mundo torce para que dê tudo certo com ele. Só que foi bem mais fraco, fui simpática à sua luta pelos direitos civis e gostava realmente dele, mas sua vida amorosa ficou entediante em certo ponto e estragou um pouco a sua trajetória na história, no quesito Corno Manso só não perdeu para o russo Dimka (sobrinho de Volodya, neto de Grigori), que foi um saco. Os olhos do Kremlin se dedicavam mais aos seios da Natalya do que à ação em si e isso cansou MUITO. Talvez pareça um exagero, mas antes de mais nada queria dizer que sim, Follett obviamente tratou de política sim, só não tanto quanto do lado cultural e grande parte do tempo dedicado à política era para bajular os irmãos Kennedy.

Ainda com Dimka e George, como disse antes, entendi que Ken Follett quis demonstrar a liberdade sexual e o advento dos casais divorciados, dos segundos casamentos, mas as trocas de casais foram irritantes demais. Um momento George estava apaixonado por Maria, mas namorava fulana cujo nome não me lembro, só que queria dormir com Verena, depois terminou com a fulana pra sair com a Maria que começou a ter um caso com outro, então saiu com ciclana, o que não deu em nada e mais páginas foram gastas à toa.

Outra crítica vai para o fato de que praticamente TODOS os personagens ficaram famosos de certa forma. Walli e Dave fizeram sucesso na indústria musical internacional, Evie, a irmã do Dave - filhos de Lloyd - vira uma atriz global, Jasper se torna um jornalista global, Rebecca faz parte do parlamento e mais tarde ocupa um importante cargo no ministério das relações exteriores... então foi um pouco inverossímil, até mesmo para um livro de ficção. Ken Follett usou e abusou da licença poética.

Gostei muito da Tanya, irmã gêmea do Dimka, sua personalidade determinada, corajosa e sua amizade com Vasili também. Guardei uma decepção pequena porque queria ter tido pelo menos um breve relato de que o escritor - que também ficou famoso, para variar - assumira suas obras e recebera toda a fortuna que acumulara por anos com seus livros e, aproveitando a brecha, queria criticar o fato de que vários personagens foram ignorados. Tanto dos livros anteriores como Billy Williams e Erik von Ulrich), quanto desse próprio, quando o final se aproximou. Além dos personagens, Follett pareceu ter se esquecido que o socialismo não acabou com a queda do muro...

O que mais? Poderia aproveitar para dizer que Ken Follett exprimiu em cada linha sua opinião política e fez de tudo para demonizar qualquer viés contrário aos ideais que defende, mas então ficaria muito tempo discutindo sobre isso. Para resumir, eu sei que o livro é dele e ele faz o que quiser, principalmente porque tudo sobre essa trilogia envolve política, mas eu não achei lá muito legal do tom muito - além de - parcial que ele usou, o jeito como "só o partido que eu defendo que é o certo" que ele escreveu sua história. Ele poderia deixar impressa sua opinião, porém de modo mais leve porque ele nem se preocupou em disfarçar que mesmo que os democratas queridinhos da década de 1960, os irmãos Kennedy, fossem canalhas em alguns aspectos ou simplesmente imbecis eram os melhores políticos da história dos Estados Unidos ao passo que qualquer coisa que os republicanos - ou outros democratas de quem ele não gosta - fizessem era um enorme pecado e pareciam ser monstros de 7 cabeças. Sem mencionar que os comunistas pareciam uns grandes bobos, mas ok.

Enfim, esperava muito mais história, muito mais conflitos, mais acontecimentos importantes da época que mal foram mencionados e esperava personagens melhor desenvolvidos, com histórias mais críveis e de quem eu gostasse tanto quanto gostei da Maud, do Walter, do Lloyd, do Volodya...

Mais uma vez, eu sabia que era necessária uma abordagem cultural impecável da época porque foi um período de grande efervescência e ruptura com antigas ideias conservadoras, só que por dar muita importância à questão cultural, Follett acabou negligenciando outros aspectos da história.

A história não é ruim, muito pelo contrário, Ken Follett narra a luta dos negros pela igualdade com maestria, descreve a tensão da Crise dos Mísseis com tanta propriedade que nós sentimos na pele o medo que aquelas pessoas sentiram e relatou com tanto esmero o drama da construção e queda do muro de Berlim que foi impossível não se emocionar. O problema é só que eu esperava TANTO desse livro, pensava que seria espetacular e não foi, não o tempo inteiro. O início foi muito bom e o fim também, porém o autor pecou em vários elementos no meio da história, foi terrível e esmagou de vez minhas expectativas.

Follett poderia ter feito melhor.
Maurinho 05/02/2015minha estante
ótima análise. O livro é bom, se não você não vence mais de 1000 páginas, e tem passagens muito boas,...mas não achei os personagens tão carismáticos, e isso criou uma falta de empatia.


Peregrina 17/06/2015minha estante
Maurinho, o livro é bom sim. O problema se dá quando o comparamos aos anteriores que foram excepcionais (especialmente o primeiro). Os personagens, de fato, não são tão carismáticos quanto seus ancestrais e, em minha opinião, foi um ponto negativo, porque não conseguia me "prender" às suas histórias :/


Caio 20/07/2015minha estante
Ótima resenha, onde eu assino?

Também senti muita falta de certos personagens, mas a questão da parcialidade do Follett foi a que mais me incomodou, nos 2 primeiros livros ela já existe, porém no Eternidade por um Fio o autor ultrapassou todos os limites no que toca a personagens preto e branco. A glorificação de certas correntes ideológicas foi levada a um patamar extremamente forçado que na minha opinião é o principal responsável pela queda considerável de qualidade da obra quando comparada ao resto da coleção.


Peregrina 21/07/2015minha estante
Infelizmente, Caio. Nos primeiros livros, a questão do posicionamento político-ideológico dele era mais branda e, portanto suportável. No entanto ele se esbaldou nesse livro e a qualidade desse último volume da trilogia decaiu muito. Eram tantos absurdos, glorificação mesmo de certas ideologias, partidos e mesmo políticos, além da demonização de outros, que fiquei até enjoada e por vezes tinha que largar o livro.


Valério 24/08/2015minha estante
Talvez nosso maior pecado tenha sido termos ambos esperado demais.
Quando criamos demasiada expectativa, mesmo a proximidade da perfeição nos parecerá insuficiente, manca.


Roberto.Suga 26/08/2015minha estante
Ótima resenha, Enza! Realmente fica difícil acreditar que neste volume a história seja contada sob o ponto de vista de pessoas "comuns", afinal todos viram top em suas áreas, seja no lado profissional, na musica, na política etc.


Peregrina 27/08/2015minha estante
Valério, realmente. Mas como esperar algo menos do que vi em Queda de Gigantes e em Os Pilares da Terra? Impossível. Esse livro foi bem desleixado se comparado aos outros. O engano de Follett foi, por pensar que havia vivido tudo isso, suas lembranças sobre o aspecto cultural da época bastavam. O que sobrou em romance e posicionamento ideológico, faltou em conteúdo histórico. Lamentável.


Peregrina 07/09/2015minha estante
Roberto, os outros livros foram bem mais "críveis" nesse aspecto. Este exagerou demais...


Carolina Benatti 08/01/2016minha estante
Que decepção saber que o esse livro não segue o nível dos anteriores! Vou começar a ler agora, já com a expectativa reduzida rs
Parabéns pela resenha!


Fernanda DCM 23/05/2016minha estante
Pois é, foi muito assunto pra abordar, histórico, político, cultural e social, mas deu pra viver um pouco da época. Agora queria saber o que aconteceu com o irmão de Carla, com a amiga Frieda Frank, Billy Williams e filhos, que nem foram mencionados, não foram ao enterro da Ethel... também achei o livro muito imparcial, as bombas em Hiroshima e Nagasaki meceram poucas menções no segundo livro, agora quanto ao assassinato do JFK todo mundo em todo mundo parou o que tava fazendo e chorou..... exagero.


Adalberto Gonçalves 22/01/2017minha estante
Obrigado pelo ótima resenha! Terminei de ler, e você colocou em palavras o que eu não estava conseguindo explicar: o motivo de não ter me apaixonado como nos outros. Até eu que não era fã de História e não me lembro de quase nada percebi alguns exageros políticos, ideológicos, etc. e senti falta de aprofundamento, foram muitos acontecimentos em um livro só. E que falta senti de alguns personagens ;(. Enfim, disse tudo! Enquanto os dois primeiros eu li em 1 semana, este demorou quase um mês. É ótimo, só não se compara aos outros! Mas quando acaba, bate uma tristeza... Vai fazer muita falta esta trilogia..


Peregrina 08/06/2017minha estante
Adalberto, a saga poderia ter se encerrado em um nível melhor, mas aquele final corrido, as várias pontas soltas de alguns personagens, o troca-troca de casais e posicionamentos políticos um tanto exagerados, infelizmente, acabaram enfraquecendo este último volume da trilogia.




LuliFiedler 27/10/2014

Amo Follet, mas... que decepção.
Follet deveria ter dividido esse livro em dois. Tratar de todo o período de Guerra Fria em um livro só foi um tiro no pé, em especial porque ele não conseguiu trabalhar nem o lado humano nem o lado histórico direito. Como romance histórico esse livro é sofrível, digno de Wikipédia com meia dúzia de conhecimentos do "Livro dos Curiosos" versão história. Follet introduziu um tema interessante que são as mudanças sócio-culturais que vieram da ou que mudaram a música, o que é um ponto interessante para análise, mas ficou tão raso e tão mal trabalhado que não acrescentou em absolutamente nada. Na verdade, ele parece partir do princípio que as mudanças culturais acontecem de uma hora para outra. Até onde me lembro, o divórcio ainda era mal visto pela sociedade nos anos 70, apesar das influências da geração hippie. No geral, como continuação e finalização tão esperada da trilogia O Século, esse livro foi um balde de água fria com direito a Follet esquecendo de sequer mencionar personagens tão presentes no livro anterior, como Erick, irmão de Carla e ex-soldado nazista. Isso me custa muito dizer, porque sou fã incondicional de Ken Follet, mas Eternidade por um Fio ficou pobre, mal trabalhado, mal finalizado e parecendo um grande resumo. Em suma, não acrescentou em nada. A Guerra Fria foi limitada a meia dúzia de páginas, enquanto as desventuras amorosas e profissionais de Dave Williams ganharam capítulos infinitos. Os conhecimentos de Follet sobre João Paulo II e a participação do Vaticano são dignos de livreco de ensino fundamental. Guerra do Vietnã, Guerra da Coréia, Tchecoslováquia, Primavera de Praga, criação do "muro Palestina-Iraque", Reconstrução da economia japonesa, Operação Blackwater, tantos temas importantíssimos e interessantíssimos de serem tratados a fundo esquecidos ou relegados a meia dúzia de comentários. Follet deveria ter lido Sashenka para conseguir construir um livro que abrangesse eras de maneira completa e quiçá complexa.
Peregrina 27/11/2014minha estante
"A Guerra Fria foi limitada a meia dúzia de páginas, enquanto as desventuras amorosas e profissionais de Dave Williams ganharam capítulos infinitos" Ai minha nossa não fala um negócio desses não! :((((( Ainda não li o livro, mas custo a acreditar que o fechamento dessa trilogia tão boa ficou ruim :(


anna v. 02/12/2014minha estante
Luiza, concordo em gênero, número e grau com sua resenha. Considero Follett um mestre, sou sua fã e leitora fiel, mas este livro ficou muito aquém dos anteriores. Parece que não deu conta de tantas histórias que se desenvolviam, e acabou meio que "passando a régua" em tudo. Pena mesmo.


MarioLuiz 08/12/2014minha estante
Também fiquei, não diria decepcionado, mas sentindo falta de mais detalhamentos e falta de alguns episódios que mudaram o mundo nos anos sessenta, setenta, como os movimentos estudantis de 68 na França e até no Brasil que foi um movimento muito forte, os festivais de Woodstock, Monterey Pop nos EUA e Ilha de Wigt na Grã-Bretanha, onde grandes astro da musica pop mundial como Joe Cocker; Jimi Hendrix; Santana; Janis Joplin; Ravi Shankar; Joan Baez; The Who; Crosby, Stills, Nash & Young; Richie Havens; Creedence Clearwater Revival; Blood, Sweat & Tears; Crosby, Stills, Nash & Young; Jethro Tull, (louco por este); Led Zeppelin; Bob Dylan e tantos outros, é muita gente boa para se lembrar de todos, se apresentaram e foi também uma grande explosão de modernidade na musica mundial, um divisor de águas, agora com respeito ao divórcio, era mal visto no Brasil e América Latina onde o divorcio só foi aprovado nas décadas de setenta para oitenta, mas EUA e centro norte da Europa onde passa a maior parte das ações da trilogia já era bem comum o divórcio, principalmente em países da Cortina de Ferro


Leticia 12/12/2014minha estante
Esse eu estou terminando e achei o mais fraco da Trilogia, os personagens não foram tão bem aproveitados, a Guerra Fria foi pouco abordada. Não foi um bom livro para terminar. Estou na página 800; mas acredito que não vou me emocionar como me emocionei com a história da Carla do último livro.


A.Abitbol 27/12/2014minha estante
Assim como o Erick, o Billy Willians também sumiu da história...


Tatiana 04/11/2016minha estante
concordo com você, não trabalhou nem o lado histórico nem o lado humano, raso e chato, muito diferente dos dois primeiros.


Ary Seldon 12/06/2017minha estante
Sinceramente foi o livro no qual eu mais me envolvi e senti o suspense, sou suspeito, pois adoro a guerra fria, amei esse livro!!


Henrique225 13/10/2017minha estante
Eu gostei muito do livro e não tinha pensado pelo seu ponto de vista...
Realmente alguns personagens sumiram sem explicação e outros bons eventos para serem abordados foram deixados de lado... Até Chernobyl seria um bom tema para ele incluir na história, mas sequer foi mencionado...
Mesmo assim, gostei demais do livro




Rosangela Max 15/10/2021

É aqui que toda a genialidade do autor fica mais evidente.
Ele se superou nesse terceiro volume.
Misturar ficção com acontecimentos mundiais como: a política de Cuba, a construção do muro de Berlim, a segregação racial e os Kannedy não é para qualquer um.
Uma trilogia espetacular que deixará os leitores (aqueles que não se intimidam com calhamaços) encantados.
CPF1964 15/10/2021minha estante
??? Já comprei a Trilogia. Começarei a ler em breve.


Rosangela Max 15/10/2021minha estante
Tenho certeza que irá curtir. ??


Rodrigo 15/10/2021minha estante
Uaaaaau! Que belo resumo... Sempre achei esse volume o melhor da trilogia...


Gervasio 19/03/2022minha estante
Rosângela ? concordo que este é o melhor, mas levo em que os acontecimentos reais foram por nossa geração acompanhados. Parabéns pelo resumo!!!


Gervasio 19/03/2022minha estante
? em conta que?


Rosangela Max 19/03/2022minha estante
Muito obrigada! ??


Gabriel1994 06/02/2023minha estante
Escrever Ficção Histórica não é pra qualquer um! Eu terminei a trilogia agora e Ken Follett é um monstro!!! Muito bom!!!




Caroline Gurgel 26/06/2015

Desfecho de uma trilogia maravilhosa...
Eternidade por um fio coroa a incrível trilogia O Século, de Ken Follett, mas, embora ainda muito bom, é o livro mais fraco – - ou menos bom – dos três.

Quando comecei Queda de Gigantes me encantei de cara com a capacidade de Follett de encaixar personagens fictícios nos momentos históricos de maneira primorosa. Uma mistura de ficção e realidade tão bem construída que nem percebemos a quantidade de páginas e logo estamos lendo o segundo livro, Inverno do Mundo, que é tão bom quanto o primeiro e nos deixa cheios de expectativas para esse terceiro volume. Como ele finalizaria a vida daquelas famílias? Que fatos históricos do pós guerra ele abordaria? Será que seria possível gostar da mesma maneira dos filhos e netos dos protagonistas das edições anteriores? Bem, foi assim, cheia de questionamentos que iniciei Eternidade por um fio.

Esse volume começa no ano de 1961 e acompanhamos toda a tensão da Guerra Fria, a aflição gerada com a Crise dos Mísseis de Cuba e as tentativas de se evitar uma nova guerra. Acompanhamos a briga pelo poder, a polarização EUA versus URSS, o comunismo versus capitalismo, a Cortina de Ferro e seu domínio soviético. Vemos erguerem o Muro de Berlim e a incalculável dor das famílias separadas. Follett fala também da Guerra do Vietnã e as inúmeras tentativas de justificá-la; nos mostra Martin Luther King e sua luta pela igualdade nos Estados Unidos. Acompanhamos os presidentes norte americanos, suas eleições e algumas de suas medidas mais importantes. Vemos políticos serem assassinados, civis serem presos. Na União Soviética, vemos entrar líder, sair líder e nada mudar. Em meio a tanta tensão, também temos o rock and roll e alguma menção ao movimento hippie. Claro, chegando à década de 80, vemos a queda do muro de Berlim e o comunismo ruir, levando consigo as barreiras que tanto causaram medo e sofrimento.

São inúmeros e importantes momentos históricos que se misturam aos personagens fictícios e nos fazem enxergar a História por diversos ângulos. Ao inserir a vida comum dos personagens, com suas paixões, medos e dúvidas, erros e acertos, glória e declínio, Follett nos aproxima da História, faz com que vejamos tudo mais de perto, um pouco menos mistificado. Não fosse a mania do autor de colocar sexo em tudo, diria que deveria ser leitura obrigatória nas escolas.

A leitura desses três livros me fez refletir sobre caráter e índole e sua relação com o posicionamento político de cada um. Follett me fez perceber que, em certos casos, mesmo estando do lado “"errado"” da política, a pessoa pode realmente acreditar que está fazendo o bem, que está lutando por melhorias. Tomando Grigori Peshkov como exemplo, foi um personagem bem querido, mesmo tendo morrido acreditando que o comunismo agia corretamente. Apesar de boa pessoa, o poder o cegou e ele não percebeu que passou a ter muitas regalias, as mesmas regalias que os monarcas tinham e que o levou às ruas para protestar no início do século XX.

O autor foi super feliz ao criar personagens verossímeis, nem completamente maus, nem totalmente santos, e conseguiu uma variedade impressionante em relação a personalidade de cada um. É incrível como ele consegue inserir pra lá de duzentos personagens e não ficamos perdidos –- ou pelo menos não completamente rsrs. Por mais que tenhamos que parar algumas vezes para pensar em quem era o pai ou avô daquela pessoa, isso não atrapalha o andamento ou a compreensão da leitura.

Sei que é natural sentir falta dos protagonistas anteriores e achar estranho vê-los sendo mencionados apenas de vez em quando, mas devo dizer que essa nova geração não me conquistou como as outras. Minha ressalva está principalmente nas mulheres que ele criou. Poxa, Ken Follett, não é possível que não tenha existido uma mulher decente sequer nessa época!!! Por que “todas” tinham que ser infiéis ou bem assanhadas?

Outra ressalva está no fato de que todos os conservadores foram pintados como vilões, com Ronald Reagan, por exemplo, sendo simplesmente um assassino.

A escrita do autor continua simples, direta, sem firulas. É um pouco seca, mas se encaixa perfeitamente no que ele quer contar. Como lhe é peculiar, não nos poupa de detalhes cruéis da guerra e das atrocidades cometidas.

Preciso dar destaque a duas matriarcas: Ethel e Maud, minhas personagens favoritas de toda a série. A vida de Ethel Williams Leckwith me fez pensar em como a vida é uma caixinha de surpresas e me fez refletir por quantos acontecimentos passa alguém que vive por muito tempo e o quanto de experiência acumula. Gostaria que ela tivesse tido mais destaque nesse livro, mas ainda assim, gostei do que li. Maud? Tudo o que Maud passa é de partir o coração desde o livro anterior. Que irônico o destino, não? Quem diria que a pobre Ethel viveria tão bem e a rica Maud terminaria na Alemanha Oriental?

Posso passar ainda parágrafos e mais parágrafos comentando sobre essa trilogia de tão boa e cheia de conhecimento que ela é. Um banho de História, daqueles livros que acrescentam, que nos faz enxergar um pouco além. Uma trilogia que merece ser lida e recomendada sempre. Para quem não costuma ler ficções históricas, aconselho a tentativa, certamente irá se surpreender. É fato, nunca mais verei a História como antes.

site: www.historiasdepapel.com.br
Maria Janir Pir 27/06/2015minha estante
Carol li o primeiro livro Queda de Gigantes em 2011 sabendo já que o segundo livro só seria lançado em 2012 e o terceiro em 2014. Comprei os dois últimos no início desse ano, pois gostei demais do primeiro e estava curiosa pelo desfechos daquelas famílias.
Acontece que estou com receio de dar continuidade sem dar uma relida no primeiro livro, afinal já se foram 4 anos e são tantos personagens, será que vou lembrar de tudo? Lendo suas resenhas como sempre maravilhosas estou tentada a dar continuidade a essas quase 2 mil páginas....rsrsrs... Bjos carinhosos para você.


Ruivo 03/07/2015minha estante
Maria, não se pegue demais ao livro anterior, ele usa os personagens e suas gerações, mas sua memória voltará conforme for lendo. As memórias do livro anterior surgirão naturalmente e onde forem necessárias. o que digo é: NÃO DEIXE DE LER..rs


DIRCE 09/07/2015minha estante
Preciso tomar coragem e encarar os " tijolos" novamente, Caroline.
Excelente resenha.
bjs


Caroline Gurgel 09/07/2015minha estante
Obrigada, Dirce! É tão boa essa trilogia, vale cada página :)))
Bjos


Caroline Gurgel 09/07/2015minha estante
Maria,msó vi agora teu comentário. Isso mesmo que Ruivo falou, leia sem esse receio de não se lembrar. Também dei um intervalo grandes entre um e outro e dá pra acompanhar super bem :))))


Caio 20/07/2015minha estante
Caroline, gostei muito da sua resenha porque nela se vê exatamente a imparcialidade que o livro falha em demonstrar.

Óbvio que o autor tem todo o direito de "puxar sardinha" para o que ele acredita, acho inclusive que ele fez isso de uma forma bastante aceitável nos 2 primeiros livros, porém no Eternidade por um Fio a distorção é absurda, ele demoniza e glorifica personagens sem a mínima preocupação em mostrar o outro lado da moeda.

Aliás, achei engraçado você também notar a questão das personagens do livro, é incrível como "todas" são infiéis, no fim da obra eu não aguentava mais ler sobre a Verena kkkkkkkk


Caroline Gurgel 05/10/2015minha estante
Caio, bem isso mesmo! Rsrs




Henrique225 12/10/2017

Favorito
Adorei a leitura, li todos os livros da trilogia e antes de ler esse eu já achava que o segundo livro seria melhor por se tratar da segunda guerra mundial, um assunto mais emocionante. Mas esse livro com certeza foi meu favorito nessa trilogia, Ken Follett sabe muito bem utilizar a ficção no contexto dos anos 60 até o final dos anos 80.
Definitivamente uma aula de história.
Natalia1433 19/10/2017minha estante
Ótima trilogia! Os Pilares da Terra também é maravilhoso =D


Henrique225 20/10/2017minha estante
Nossa Natália! Curti muito essa trilogia! Achei incrível como ele conta a história dos personagens, você acaba se apegando a eles kkkkk


Henrique225 20/10/2017minha estante
Vou procurar ler Os Pilares da Terra também! Valeu a indicação hahaha


Natalia1433 21/10/2017minha estante
Pilares da Terra foi o melhor livro que li, rsrs.




sonia 07/10/2014

como um americano vê o século XX
Depois de 2 ótimos livros, a trilogia enfraquece.
É um livro cheio de detalhes sobre fatos do século XX envolvendo a Guerra Fria e toda essa maluquice comunista, intervenções americanas indevidas na Ásia e em Cuba etc
Porém, se excelente como fonte de informação sobre a política global, o quesito personagem ficou muito fraco, meio que forçado todos os netos da primeira geração da trilogia virarem artistas famosos e ocuparem cargos importantes. As historinhas dos jovens ficaram muito evidentemente atreladas à necessidade de se ter um personagem naquele lugar e naquela hora, muito troca-troca de casais, uma superficialidade que não tem muita lógica mesmo em se tratando de geração hippie.

Fiquei um pouco cansada e pulei umas páginas sobre Luther King, Kennedy e Nixon - vivi tudo isso, li muito sobre eles por anos, então não era novidade, ao contrário dos 2 primeiros livros, que me esclareceram muitos fatos que estavam desfalcados em meu conhecimento.


http://soniareginarocharodrigues.blogspot.com.br/
Lianny 09/10/2014minha estante
Pra mim, os melhores momentos do livro foram aqueles protagonizados pelas primeiras gerações, a maioria das historinhas da nova geração foi bem "tanto faz", e a da Rebecca muito mal aproveitada.


LuliFiedler 20/10/2014minha estante
Fiquei com a mesma impressão do livro. A ideia do "amor livre" foi abarcada como uma coisa aceitável por quase todos os personagens, numa espécie de quebra cultural. Fiquei pensando se a intenção do Follet não era mostrar os personagens mais reprimidos (como Walli e Rebecca) se enebriando com a liberdade do ocidente, mas foi tão pouco ou mau trabalhado que isso foi uma conclusão otimista da minha parte. No geral achei os personagens muito superficiais, não sei até que ponto Follet não foi pressionado pelo prazo da editora. Decepcione-me bastante com esse livro. Por acaso, ele chegou a mencionar Erik, irmão de Carla que estava entusiasmado com o regime soviético? Achei que ele seria um importante ponto de contradição para a família Ulrich, mas não lembro nem de ter sido mencionado.


Márcia Naur 11/02/2018minha estante
Gostei do seu comentário.




Oscar 14/04/2017

A série "O século" desenvolveu-se de forma bastante imparcial até a "Eternidade por um fio".
Neste livro percebe-se claramente a tendência socialista que o autor imprimiu ao livro, diria até tendência comunista (não o comunismo tradicional, que caiu junto com o muro de Berlim, mas o moderno, no qual o comunismo se transformou no momento que achavam que ele acabaria e acabou invadindo o mundo).
Se percebe esta tendência "socialista" pois quase a totalidade dos personagens são socialistas ou comunistas (os americanos são democratas, o ingleses são trabalhadores, os russos são comunistas embora considerem que o comunismo que estava em voga deveria mudar, que foi o que aconteceu).
Todos os presidentes americanos republicanos foram pintados como muito ruins. Nixon foi retratado como um mentiroso contumaz, sendo que tudo que ele dissesse era mentira, por exemplo, mesmo tendo implantado muitas mudanças que os democratas queriam serem implantadas mas não haviam implantado, mesmo assim os personagens o taxaram com muito ruim. Presidentes bons somente os democratas.
No terceiro livro, inclusive, boa parte dos personagens "escureceram", ao menos os principais, ficando então além de socialistas, afro-americanos, como uma forma de defender os afrodescendentes.
Por outro lado, os personagens que viviam sob o comunismo não o consideravam tão ruim.
Considero que esta parcialidade com que foi retratada a época da guerra fria, tirou o brilho de uma obra que, embora superficial pela sua extensão sendo retratada em apenas 3 livros apresentou os principais acontecimentos sob uma ótica pessoal de quem a viveu.
Peregrina 07/06/2017minha estante
Concordo. A parcialidade exagerada no terceiro livro acabou por empobrecer o final de uma trilogia que tinha de tudo para acabar de forma excepcional. Os dois primeiros foram bem superiores.


Oscar 15/06/2017minha estante
?


Oscar 15/06/2017minha estante
?




Alexandra 23/12/2014

Criativo, mas não tão bem sucedido quanto os anteriores
O último volume da trilogia “O Século”, “Eternidade por um Fio”, mostra novamente o poder criativo de Ken Follett, mas, também, ressalta os seus problemas como escritor.

A história contada aqui é desenvolvida depois dos eventos da Segunda Guerra, com ênfase nos anos 60, ainda que se desenvolva de forma mais sucinta pelas décadas restantes. O foco é o desenvolvimento da Guerra Fria e a luta pelos direitos dos afro-americanos, mostrando a crise dos mísseis em Cuba, a Guerra do Vietnã, a Primavera de Praga, a construção do Muro de Berlim e os assassinatos de figuras importantes nos Estados Unidos, como os irmãos Kennedy e Martin Luther King. Pena que os assuntos não foram abordados com a profundidade e números de páginas de mereciam, já que são muitos anos e acontecimentos para serem colocados em um único livro. Além disso, a obra faz uma análise cultural da época, com a liberdade sexual e o surgimento dos grupos de rock’n’roll – surge até uma referência ao início da carreira dos Beatles, com shows na cidade de Hamburgo e a posterior expulsão deles.

Os descendentes dos personagens dos livros anteriores são os protagonistas da história, sendo que todos eles de alguma forma participam dos fatos históricos. Um problema é que dessa vez falta um personagem verdadeiramente carismático. Muitos são simpáticos e interessantes, mas dificilmente se torce muito por algum deles.

Além disso, o livro me decepcionou pelo modo como a política foi abordada. Os comunistas russos eram tratados como burros e loucos. E os americanos direitistas como trapaceiros e malvados, sem consciência alguma. Aborrece o fato de não haver nenhuma crítica aos políticos americanos liberais como os Kennedy’s. O autor os trata como politicamente irrepreensíveis, são honestos, possuem as melhores intenções e acabam sempre salvando o mundo. Dessa forma, o autor deixa clara a sua visão política. Até eu mesma, que tenho uma visão política de esquerda liberal, achei exagerado o modo como o Ken Follett glorifica algumas personalidades, indicando que só possuíam algumas falhas pessoais, mas jamais erravam como políticos. Enquanto os demais livros ainda buscavam mostrar que todos eram culpados pelo que acontecia, essa obra falha nesse quesito.

Mas o que me incomodou mais foi o modo de escrever do Ken Follett. Já havia notado nos demais livros que o autor não fazia uma descrição muito boa dos personagens, e que os diálogos eram fracos, mas tive que a impressão de que esses defeitos foram ressaltados neste livro, sendo o mais fraco dos três. O uso constante das expressões; “pele lisinha”, “corpo perfeito” e “sensual” chega a ser cômica. Toda vez que um personagem bonito aparece, os mesmos adjetivos são utilizados, e logo já sabemos que irá acontecer alguma cena de sexo. Em certos momentos fiquei até com “vergonha alheia” do que estava lendo e de como algumas situações eram simplesmente tolas.

De qualquer forma, quem leu os demais livros deve ler este. A criatividade do autor para adequar seus personagens aos eventos históricos é bem sucedida, e o leitor que talvez não conheça muito esse período histórico vai achar interessante. Claro, isso acontece de forma limitada, afinal, são muitos anos a serem desenvolvidos. Por exemplo, senti falta de uma abordagem sobre as ditaduras militares na América Latina, que seria interessante para mostrar que um regime totalitário é sempre ruim, independentemente se for de esquerda ou de direita.

É um livro interessante, mas não tenham tantas expectativas. Vale a pena pelo conjunto, mas se fosse escrita com mais cuidado, tinha chances de se tornar um clássico.

site: http://eunaosoualexandredumas.blogspot.com.br/
Peregrina 02/01/2015minha estante
Eu acredito que o fato de o autor tentar compilar décadas de história em único livro, mesmo que este possua mais de mil páginas, acabou desfavorecendo-o um pouco. Talvez se ele tivesse dividido o livro em dois, daria pra detalhar melhor vários acontecimentos importantes que mal foram mencionados na história.


Raquel 04/01/2015minha estante
Adorei sua resenha, casou perfeitamente com as minhas impressões! Achei ruim também o desaparecimento de alguns personagens, e até a falta ade final de outros.


Ruas 13/02/2015minha estante
Ótima resenha, representou bem minhas impressões sobre o livro. Não se compara em qualidade aos demais... Durante a leitura me peguei às vezes pensando que o autor talvez estivesse premido por algum prazo do editor para terminar logo e acabou errando a mão...
Enfim, o livro é bom, mas os demais são melhores.
E, no bem da verdade, a motivação para enfrentar esse calhamaço, de mais de 1.000 páginas, se deve mais à curiosidade de se saber o final da trilogia do que à qualidade dessa última obra.




Valério 28/01/2015

Guerra e literatura frias
O último volume da trilogia "O século" não possui um único foco, como no caso dos dois primeiros volumes (Primeira Guerra Mundial, no caso de "Queda de gigantes" e segunda guerra mundial, no caso de "Inverno no mundo"). Mas gira em torno da Chamada "Guerra fria", que consistia numa competição armamentista dos EUA contra URSS e que colocava o mundo todo de cabelos em pé sob a ameaça constante de um apocalipse nuclear a ser detonado a qualquer minuto, como tema central. E da luta pelos direitos civis norte-americanos, talvez até com mais foco, em muitos momentos.
Não há dúvidas da importância destes dois assuntos para a humanidade. Especialmente na Guerra Fria e no fim do comunismo.
Contudo, em relevância histórica e consequências para a humanidade (inclusive com relação ao número de vidas ceifadas), sequer chegam perto da grandiosidade trágica das duas grandes guerras.
Assim, a impressão que se passa é que o autor quis embarcar de carona no sucesso dos dois primeiros volumes e prolongar as suas estrondosas vendas.
Não que o terceiro volume seja ruim, mas está aquém dos outros dois volumes.
Há também um esforço do autor por demonstrar a falácia do comunismo.
E, principalmente, um erro de julgamento fatal: Ao final do livro, com a queda do muro de Berlim e o abandono da tirania moscovita face às demais nações comunistas europeias, o autor considerou que o comunismo estava liquidado. Certamente ele desconhece os rumos que o comunismo/socialismo vem tomando, dessa vez tendo como foco as nações sul americanas.
O terror nos ronda perigosamente e vem tendo sucesso no domínio da América no hemisfério abaixo do Equador.
Os personagens também não possuem a grandeza dos personagens dos dois primeiros volumes.
Além disso, as gerações anteriores são praticamente apagadas da história, com modestas participações.
À exceção, talvez, de Ethel.
Se leu os dois primeiros, vale a pena ler o terceiro. Mas não precisa se descabelar se não o fizer. A melhor parte do caminho você já terá trilhado quando chegar até aqui.
Peregrina 02/02/2015minha estante
Concordo plenamente na questão do comunismo e nos personagens! Ele, de fato, abandonou o comunismo como se com a simples queda do muro já significasse seu fim imediato. Erro terrível. E nenhum personagem conseguiu minha afeição como os dos primeiros dois volumes e as primeiras gerações ficaram bem de lado mesmo...


Valério 24/08/2015minha estante
Enza, bom ter uma confirmação da minha percepção.


Anna.Rebeca 18/01/2016minha estante
Tive a impressão que conforme mais as gerações passavam , mais fútil ficavam (principalmente entre os ingleses e estadunidenses.)
O melhor livro é realmente o primeiro .
Gastou muito tempo na década de 60, mas as demais ficaram muito curtas e fragmentadas .




Emilia @biblioteca_decitacoes 20/08/2020

Trilogia O Século, Ken Follet
Resolvi escrever uma resenha para a trilogia inteira, já que o fio da narrativa principal todo mundo já conhece das aulas de História. Nesses três livros, acompanhamos a vida de 5 famílias dos EUA, Inglaterra, País de Gales, Rússia e Alemanha, durante os grandes acontecimentos do século passado. Em Queda de Gigantes, temos a narrativa durante a Primeira Guerra Mundial, em Inverno do Mundo, vemos os personagens enfrentarem e Segunda Guerra Mundial, e em Eternidade por um Fio temos, por fim, a Guerra Fria.

Acompanhamos os personagens fictícios, juntamente com personagens históricos, protagonizando momentos decisivos de um século muito conturbado. Passamos pelo sufrágio feminino, revolução russa, ascensão e queda do partido nazista, luta contra segregação racial nos EUA, construção e queda do Muro de Berlim, corrida nuclear durante a Guerra Fria e muitos outros acontecimentos importantes.

No decorrer da narrativa, Ken Follet dá ao leitor “acesso ao camarote” de momentos famosos do século XX. E além de aprender e recordar muito sobre História, acompanhamos tudo isso de um ponto de vista diferente das salas de aula: percebemos como todos esses conflitos afetaram a vida de pessoas comuns. Elas tiveram sonhos interrompidos, foram separados de pessoas queridas e tiveram sua liberdade atacada por muitos anos. A sensação que fica depois de ler os livros é de ter visto de perto e vivido algumas das emoções que as pessoas que passaram por tudo aquilo viveram.

Um dos aprendizados principais da leitura desses livros é reafirmar a importância de estudar História para não repetirmos os erros do passado. Embora continuemos a ver muitos equívocos serem repetidos ao longo dos anos, é de extrema importância persistir e sempre relembrar o que foi feito de errado no passado que degringolou no mundo em que vivemos hoje.

Nos dias de hoje, a maior parte do muro de Berlim já não existe mais, porém alguns trechos foram preservados e se tornaram memoriais. É o caso da East Side Gallery, uma galeria de arte ao ar livre que expõe, em mais de 1 km de muro, artes de pessoas de diversos lugares do mundo. Nas resenhas, eu geralmente separo algumas citações que me marcaram durante a leitura, mas desta vez não consegui escolher nenhuma que representasse essas quase 3 mil páginas. Porém, escolhi uma das artes da East Side Gallery que me impactou muito e me lembrou da leitura desses livros. Uma escrita, sobre o desenho do planeta Terra, diz em alemão “Du hast gelernt was freiheit heisst und das vergiss nie mehr” (“Você aprendeu o que é liberdade e nunca se esqueça disso.”)

Instagram literário: @biblioteca_decitacoes
Cristina 14/12/2020minha estante
Ótima resenha, vc tbm acha que faltou algo sobre Chernobyl? De verdade, fiquei esperando e nada, mas daí pensando bem daria assunto pra mais um livro hehe, mas faria parte da queda da URSS.


Emilia @biblioteca_decitacoes 23/12/2020minha estante
Realmente, não tinha percebido isso, mas poderia ter tido alguma coisa sobre Chernobyl sim. Acho que o autor teve que condensar muita coisa nesse último livro, e teria sido melhor se ele tivesse dividido em 2 para abarcar mais coisas que ocorreram durante a guerra fria. Eu com certeza leria mais 10 livros dessa série hahaha




Guilherme Dehon 24/12/2021

Digno...
Eternidade por um Fio... A última viagem pela Trilogia O Século! Não é tão intenso, marcante, empolgante quanto Queda de Gigantes e Invento no Mundo, mas não menos interessante.

O livro retrata dentre vários temas muito interessantes e importantes na história, como a luta pelos direitos civis nos EUA, segregação racial, a crise dos mísseis em Cuba, a gerra fria, colapso da URSS, subida do muro de Berlim, os assassinatos dos irmãos Kennedy, a guerra do Vietnã, Amor livre, Rock and Roll, etc...

De todos, é o mais político dos volumes e as intrigas e armações são constantes..

Também achei o mais utópico, surreal, e sexual dos livros... Todo mundo próspera financeiramente, quase que por mágica. Uma pegação, que ao meu ver, um tanto desnecessária... Poderia ter acrescido mais em fatos históricos do que "encher algumas linguiças"

Investigação, espionagem, opressão, miséria, sofrimento, luta, superação, medo, esperança, permeiam a obra...

Estamos na terceira geração dos personagens que conhecemos no primeiro volume, porém não achei nenhum tão impactante quanto alguns dos volumes anteriores...

Novamente as personagens fictícias se destacam pela ótima construção, e a evolução marcantes; intensos, cativantes.

Ken Follett realmente é um artista impar no quesito real/ficcional.

Obra Singular!

Já estou com saudades!
Lypee 24/12/2021minha estante
Discordo de alguns pontos. Concordo com outros. Mas acima disso, realmente foi ímpar a escrita dele. Minha saudade foi tanta que já estou pensando em começar a quarta leitura da trilogia rsrs.


Guilherme Dehon 24/12/2021minha estante
Você é um gênio! Três vezes essa trilogia não é pra qualquer leitor não! Um dia quem sabe eu volte a esta saga, porém há outras para trilhar...




Peter.Molina 23/11/2022

Final da trilogia
Após quase 1 mês terminei Eternidade por um fio, esse volume abrangendo a Guerra Fria, o declínio de comunismo na Europa ,a queda do Muro de Berlim dentre outros temas mais contemporâneos. Neste livro achei a história mais arrastada e depois tomou um ritmo mais acelerado no final. O mais fraco dos 3 mas essencial à narrativa. Bom pra quem quer conhecer Tb fatos históricos essenciais com uma perspectiva mais narrativa e dramática.
Kelly Martinez 19/03/2023minha estante
Tô achando esse volume bem diferente dos outros. Tenho a sensação de que foi escrito por outra pessoa! :D


Peter.Molina 20/03/2023minha estante
Sim. Depois do volume 2 que foi impactante esse achei mais morno.




Fran 06/05/2018

Incrível
Trilogia perfeita! Este último livro foi emocionante do início ao fim, numa aula de história espetacular. Super recomendo.
Ivanna 06/05/2018minha estante
Quero ler essa trilogia. Amei sua resenha !


Fran 08/05/2018minha estante
Ivanna, é muito bom. Nem consigo descrever o quanto.




Cleane 03/03/2020

? vou sentir saudades
Com mais de mil páginas (que você nem sente passar), esse romance histórico vai de 1961 até 1989, saltando para 2008 no epílogo, e enfim encerrando uma trilogia que começou no início do século XX.

Esse terceiro volume veio com tudo, enquanto os dois primeiros tinham uma pegada bem retrô nos relacionamentos, com personagens parecidos e amores de conto de fadas, esse veio seguindo a cultura dos anos 70, estilo hippie do amor livre, com relacionamentos reais que algumas vezes dão certo e muitas vezes não.

Agora falando da parte mais importante, os fatos históricos, que leitura enriquecedora!

Guerra Fria, Muro de Berlim, crise dos mísseis de Cuba, escândalos presidenciais, luta pelos Direitos Civis nos EUA, a furia dos segregacionistas, os Kennedy, Martin Luther King, Sibéria, a guerra do Vietnã, Papa João Paulo II e tantos outros assuntos importantes desse período.

Talvez tenha sido um pouco tendencioso no sentido político, tendendo para o liberalismo. O único conservador, Cameron Dewar, é retratado de uma maneira bem estereotipada.

Misturando ficção e realidade, com personagens cativantes e o contexto histórico detalhadamente pesquisado, Eternidade por um fio é uma história arrebatadora sobre a luta pela liberdade individual em um mundo dominado pelo maior choque de superpotências que a humanidade já viveu.
Rodrigo 03/03/2020minha estante
Se li melhor resenha, não me lembro...rs


Cleane 03/03/2020minha estante
Ahuhahua..ta bem!!




Márcio 11/06/2020

Decepcionado
Os dois primeiros volumes foram excelentes, este último foi decepcionante...o autor tentou abarcar todos os fatos históricos pós segunda guerra até a queda do muro de Berlim...pecou nisso, tornando a história rasa e resumida, ao contrário dos dois primeiros que ficou na primeira e depois na segunda guerra... Confesso que pulei páginas para terminar logo...
CRIS LI 11/06/2020minha estante
Muito chato quando isso acontece. :/




200 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR