Eternidade Por Um Fio

Eternidade Por Um Fio Ken Follett




Resenhas - Eternidade Por Um Fio


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Rosangela Max 15/10/2021

É aqui que toda a genialidade do autor fica mais evidente.
Ele se superou nesse terceiro volume.
Misturar ficção com acontecimentos mundiais como: a política de Cuba, a construção do muro de Berlim, a segregação racial e os Kannedy não é para qualquer um.
Uma trilogia espetacular que deixará os leitores (aqueles que não se intimidam com calhamaços) encantados.
CPF1964 15/10/2021minha estante
??? Já comprei a Trilogia. Começarei a ler em breve.


Rosangela Max 15/10/2021minha estante
Tenho certeza que irá curtir. ??


Rodrigo 15/10/2021minha estante
Uaaaaau! Que belo resumo... Sempre achei esse volume o melhor da trilogia...


Gervasio 19/03/2022minha estante
Rosângela ? concordo que este é o melhor, mas levo em que os acontecimentos reais foram por nossa geração acompanhados. Parabéns pelo resumo!!!


Gervasio 19/03/2022minha estante
? em conta que?


Rosangela Max 19/03/2022minha estante
Muito obrigada! ??


Gabriel1994 06/02/2023minha estante
Escrever Ficção Histórica não é pra qualquer um! Eu terminei a trilogia agora e Ken Follett é um monstro!!! Muito bom!!!




LucAlio.CAmara 05/02/2024

Eternidade por um fio
RESENHA
Lendo... início: 10/07/2023
Livro: Eternidade por um fio
Autor: Ken Follett
Origem: Inglaterra
Páginas: 1056

Ficção

Sobre o que achei:

??????
Finalizado

Esse livro é o vol 3 da trilogia - O século. Ele começa em 1960 e vai até 1989. Nesse período de tempo acontece muitos acontecimentos históricos No EUA e na política externa. Passa pela luta racial do EUA com o líder Martin Luther King junto com o presidente Kennedy e assim o assassinato de ambos. Fala sobre a crise de Cuba com o EUA e de muitas outras coisas e principalmente do muro de Berlim onde teve duas Alemanha, uma orinental que era comunista dominada pela União Soviética e a Alemanha Ocidental que era livre e capitalista.

Eu particularmente achei emocionante o muro de Berlim cai e Alemanha se unificar e os parentes conseguirem reverem suas famílias que eram separadas pelo muro. O interessante que a narrativa desses acontecimentos são bem desenvolvidos e elaborados com os fatos históricos escrito. Enfim, uma coisa que achei engraçado dos romances ocorridos ao longo da história, é que teve muita traição e ao mesmo tempo no seu devito tempo também teve as reconciliações. A escrita é muito profunda em relação a outros acontecimentos nesse período de tempo que não mencionei. Teve inclusive mais de 3 presidentes americanos e o epílogo é de 2008 com o Barack Obama como presidente. Eu levei 4 meses pra finalizar esse livro, mas valeu a pena. A escrita do Ken Follett é envolvente e muito informativa além de interessante.

RECOMENDO!
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LuliFiedler 27/10/2014

Amo Follet, mas... que decepção.
Follet deveria ter dividido esse livro em dois. Tratar de todo o período de Guerra Fria em um livro só foi um tiro no pé, em especial porque ele não conseguiu trabalhar nem o lado humano nem o lado histórico direito. Como romance histórico esse livro é sofrível, digno de Wikipédia com meia dúzia de conhecimentos do "Livro dos Curiosos" versão história. Follet introduziu um tema interessante que são as mudanças sócio-culturais que vieram da ou que mudaram a música, o que é um ponto interessante para análise, mas ficou tão raso e tão mal trabalhado que não acrescentou em absolutamente nada. Na verdade, ele parece partir do princípio que as mudanças culturais acontecem de uma hora para outra. Até onde me lembro, o divórcio ainda era mal visto pela sociedade nos anos 70, apesar das influências da geração hippie. No geral, como continuação e finalização tão esperada da trilogia O Século, esse livro foi um balde de água fria com direito a Follet esquecendo de sequer mencionar personagens tão presentes no livro anterior, como Erick, irmão de Carla e ex-soldado nazista. Isso me custa muito dizer, porque sou fã incondicional de Ken Follet, mas Eternidade por um Fio ficou pobre, mal trabalhado, mal finalizado e parecendo um grande resumo. Em suma, não acrescentou em nada. A Guerra Fria foi limitada a meia dúzia de páginas, enquanto as desventuras amorosas e profissionais de Dave Williams ganharam capítulos infinitos. Os conhecimentos de Follet sobre João Paulo II e a participação do Vaticano são dignos de livreco de ensino fundamental. Guerra do Vietnã, Guerra da Coréia, Tchecoslováquia, Primavera de Praga, criação do "muro Palestina-Iraque", Reconstrução da economia japonesa, Operação Blackwater, tantos temas importantíssimos e interessantíssimos de serem tratados a fundo esquecidos ou relegados a meia dúzia de comentários. Follet deveria ter lido Sashenka para conseguir construir um livro que abrangesse eras de maneira completa e quiçá complexa.
Peregrina 27/11/2014minha estante
"A Guerra Fria foi limitada a meia dúzia de páginas, enquanto as desventuras amorosas e profissionais de Dave Williams ganharam capítulos infinitos" Ai minha nossa não fala um negócio desses não! :((((( Ainda não li o livro, mas custo a acreditar que o fechamento dessa trilogia tão boa ficou ruim :(


anna v. 02/12/2014minha estante
Luiza, concordo em gênero, número e grau com sua resenha. Considero Follett um mestre, sou sua fã e leitora fiel, mas este livro ficou muito aquém dos anteriores. Parece que não deu conta de tantas histórias que se desenvolviam, e acabou meio que "passando a régua" em tudo. Pena mesmo.


MarioLuiz 08/12/2014minha estante
Também fiquei, não diria decepcionado, mas sentindo falta de mais detalhamentos e falta de alguns episódios que mudaram o mundo nos anos sessenta, setenta, como os movimentos estudantis de 68 na França e até no Brasil que foi um movimento muito forte, os festivais de Woodstock, Monterey Pop nos EUA e Ilha de Wigt na Grã-Bretanha, onde grandes astro da musica pop mundial como Joe Cocker; Jimi Hendrix; Santana; Janis Joplin; Ravi Shankar; Joan Baez; The Who; Crosby, Stills, Nash & Young; Richie Havens; Creedence Clearwater Revival; Blood, Sweat & Tears; Crosby, Stills, Nash & Young; Jethro Tull, (louco por este); Led Zeppelin; Bob Dylan e tantos outros, é muita gente boa para se lembrar de todos, se apresentaram e foi também uma grande explosão de modernidade na musica mundial, um divisor de águas, agora com respeito ao divórcio, era mal visto no Brasil e América Latina onde o divorcio só foi aprovado nas décadas de setenta para oitenta, mas EUA e centro norte da Europa onde passa a maior parte das ações da trilogia já era bem comum o divórcio, principalmente em países da Cortina de Ferro


Leticia 12/12/2014minha estante
Esse eu estou terminando e achei o mais fraco da Trilogia, os personagens não foram tão bem aproveitados, a Guerra Fria foi pouco abordada. Não foi um bom livro para terminar. Estou na página 800; mas acredito que não vou me emocionar como me emocionei com a história da Carla do último livro.


A.Abitbol 27/12/2014minha estante
Assim como o Erick, o Billy Willians também sumiu da história...


Tatiana 04/11/2016minha estante
concordo com você, não trabalhou nem o lado histórico nem o lado humano, raso e chato, muito diferente dos dois primeiros.


Ary Seldon 12/06/2017minha estante
Sinceramente foi o livro no qual eu mais me envolvi e senti o suspense, sou suspeito, pois adoro a guerra fria, amei esse livro!!


Henrique225 13/10/2017minha estante
Eu gostei muito do livro e não tinha pensado pelo seu ponto de vista...
Realmente alguns personagens sumiram sem explicação e outros bons eventos para serem abordados foram deixados de lado... Até Chernobyl seria um bom tema para ele incluir na história, mas sequer foi mencionado...
Mesmo assim, gostei demais do livro




Nat 21/09/2020

^^ Pilha de Leitura ^^
Último livro da trilogia O Século, e também o mais “movimentado”. Enquanto os anteriores você pode resumir em um grande evento cada, esse tinha muitos – comprovando como cada vez mais acontecem mais coisas importantes ao mesmo tempo. As partes falando da banda foram as que achei menos interessantes, apesar de com isso serem explorados outros temas como drogas. Confesso que me emocionei com o final: a queda do muro de Berlim, e o acréscimo da vitória de Obama como presidente. Esses pontos são exemplos de como esse terceiro volume trabalha mais as emoções de cada personagem. Trilogia nota dez!

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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Gabriel1994 06/02/2023

Trilogia O Século
Ontem de madrugada terminei Eternidade Por um Fio e finalizei a trilogia O Século do mestre Ken Follett. Trilogia O Século vai contar a história de cinco famílias diferentes por três gerações em tempos e eventos diferentes do Século XX. Misturando Ficção, Romance e Dramas Familiares com Eventos Históricos, Ken Follett presenteou o mundo com essas três obras de arte!

Galera. De verdade mesmo, escrever Ficção Histórica não é pra qualquer um e Ken Follett tem o dom e a maestria de fazer o negócio acontecer!

Pra mim Queda de Gigantes foi o melhor da trilogia (sei que muitos amam Eternidade Por um Fio), mas de qualquer forma o conjunto da obra é sensacional! O estudo e a imersão que Ken Follett entrega ao leitor com os eventos históricos, personagens e romances acontecendo em volta dos fatos é absurdo de bom!

O livro pelo qual mais demorei foi Inverno do Mundo, e realmente, Segunda Guerra Mundial não é um tema fácil e eu senti o baque da densidade do livro (não é atoa que o segundo livro demorei 5 meses pra terminar) que abordou muito profundamente as questões da Segundas Guerra Mundial e o mergulho dos personagens dentro dos eventos da guerra.

Nesse terceiro livro creio que Ken Follett teve um trabalho mais árduo. Guerra Fria parece não ser um tema tão interessante quanto Primeira Guerra Mundial (história foco do primeiro livro) ou Segunda Guerra Mundial, mas se for parar pra analisar foram muitos eventos durante a Guerra Fria em um longo período.

Tiveram alguns pontos que não gostei no terceiro livro. Primeiro que o Ken Follett destruiu a imagem empoderada e resiliente de uma das personagens em menos de 200 páginas colocando ela em um lugar que deu a entender que só sendo ou fazendo "aquilo" ela chegaria a um lugar de relevância. Ken Follett poderia ter explorado mais assuntos e temas como Vietnã, foi muito ralo e ele poderia ter poupado algumas traições, adultérios e disputas de ego para focar em passagens como a Guerra do Vietnã que é um evento protagonista (ou deveria ser) do século XX. A inclusão de um dos personagens, Cam Dewar, repentinamente no final do livro foi um ponto de interrogação com confusão. Ele não teve um destaque ao longo do livro e o personagem não foi entregue ao leitor de forma que suas características e relevância (ou potencial relevância na história) tivessem um crescimento ao decorrer do livro... A sensação foi de um estranho batendo em sua porta com uma visita inesperada e desconhecida.

Mas apesar de qualquer crítica e detalhe que incomodou no livro (existem coisas boas e ruins, vai... O terceiro livro é uma viagem de mil páginas, ter esse conflito de gostos durante a leitura é normal e não computa de forma nenhuma que a leitura fora ruim, pelo contrário) tiveram muitas partes boas, emocionantes, tensas e empolgantes no decorrer da leitura.

Também tiveram personagens muito marcantes nesse terceiro livro que seria impossível não frisar: George Jakes (que apelidei de Galanteador sem Grife) com seu protagonismo como negro que luta pelos direitos civis e conquista um cargo de relevância na Casa Branca, coisa incomum para um negro na época.
Dimka tendo um posto de grande protagonismo sendo o braço direito de Kruschev e mesmo depois do fim de Kruschev, permanecendo no meio político soviético tendo certa relevância entre os poderosos do Kremlin.
Tanya, irmã gêmea de Dimka que como jornalista se colocou em muitas situações de risco sendo correspondente, primeiro em Cuba, depois na Polônia, sem contar que foi uma anti comunista do Dissidente que panfletou muito contra o comunismo da época. Além de ter sido a responsável por fazer o intercâmbio arriscado das obras de um grande amigo, Vasili, preso na Sibéria (por atos ativistas contra a ideologia comunista da URSS).
Walli é outro personagem figura nessa história tendo, fugindo da Alemanha Oriental comunista em uma travessia perigosa e arriscada para o Ocidente no sonho louco de virar cantor e na mais louca ainda atitude de deportar o medo e arriscar tudo pela liberdade.
Dave um jovem que amadurece cedo e sai de casa muito novo para realizar o sonho de viver da musa e ser um astro pop.

Tiveram outros personagens coadjuvantes com participações que agregaram muito na fluidez e harmônia do livro: Verena, Maria Summers, Jasper, Evie Williams até mesmo o meu favorito Lev Peshkov com raras aparições, mas aparições engraçadas e que trouxeram a nostalgia da peripécia, sagacidade, malícia e ligeireza do primeiro livro.

Um ponto a ser considerado foi a maestria de Ken Follett ao trabalhar personagens reais com personagens fictícios (apesar do meu ranço pelo que ele fez com Maria Summers), ele entregou uma harmônia e contraste muito boa. Assim como também trabalhou com maestria a morte dos personagens históricos (enfeitou um pouco demais na morte de Martín Luther King, mas ok).

Uma obra realmente envolvente, cativante, que faz o leitor mergulhar em uma ficção e romance que entrega muita diversão e conhecimento, mas com fatos e eventos históricos reais que conecta esses personagens a dor, sofrimento, levando o leitor não somente ao encantamento de uma boa ficção, mas levando também o leitor a noção de que foi real!

A Ficção Histórica tem disso, por isso devemos separar ROMANCE HISTÓRICO (aquele onde o "histórico" é apenas pano de fundo para cenário de histórias inventadas) de FICÇÃO HISTÓRICA (onde a história tem um arco respeitado e o romance entra para harmonizar e prender mais ainda o leitor). Porque de verdade se a história fosse algo meramente jogado a esmo, não seria nada além de papel jogado fora e tempo perdido. Mas o autor aproveitou muito bem cada detalhe encaixado e mesmo que tenha ficado o gosto de "quero mais" em algumas partes como Vietnã e "poderia ter mudado" em alguns casos, o conjunto da obra é perfeito e respeita a proposta do gênero literário e da ideia de entregar um livro que brevemente conta a história do Século XX.

Ken Follett é mestre e um dos meus autores favoritos! Estou muito satisfeito pela conclusão dessa obra e dessa trilogia que de fato foi um marco na minha experiência de leitor. Muito bom mesmo viajar na história dessas famílias e desses personagens individualmente.

Uma leitura maravilhosa e digníssima de 5 estrelas favoritado!

Recomendo muito a leitura da trilogia completa!




Obrigado Ken Follett!!! Entregou a alma nessa obra-prima!!!
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Peregrina 02/02/2015

O fim do século mais agitado da humanidade
Encontrei o primeiro volume da trilogia "O Século" em meados de 2013 e não foram necessárias muitas páginas para que me apaixonasse perdidamente por ele. O primeiro livro que li do autor consagrado internacionalmente por livros como "Os Pilares da Terra" (que mais tarde viria a ler) e "Mundo sem fim" foi igualmente fantástico, um grande sucesso.

Para mim, a leitura foi encarada a princípio um desafio. Como disse na minha resenha de Queda de Gigantes, nunca havia lido nada do tipo e nada tão... grande. Mais de 900 páginas e, à medida que avançava na leitura, encontrava-me cada vez mais imersa num mundo que fora muito mais real do que gostaria de acreditar. Alegrei-me, sofri, e vivi com os personagens durante o caos da Primeira Guerra Mundial e da Revolução Russa. O mesmo aconteceu em Inverno do Mundo com a ascensão dos regimes totalitários na Europa e a barbárie que foi a Segunda Guerra Mundial.

E eis que é lançado o último volume da trilogia que narra, sob o ponto de vista de várias pessoas de diferentes nacionalidades e classes sociais, os principais acontecimentos do século XX. Eternidade por um fio foi talvez o livro mais aguardado do ano de 2014 para mim (ainda que só pudesse ter a oportunidade de lê-lo agora, em Janeiro) e, infelizmente, não atendeu às minhas expectativas.

Eu sabia que mil páginas talvez fossem poucas para trinta anos de história, mas eu confiava que se alguém pudesse escrever sobre a Guerra Fria assim, este alguém seria Ken Follett. Porque depois de ler Queda de Gigantes, Inverno do Mundo e Os Pilares da Terra... como duvidar de sua escrita brilhante?

Ao contrário dos outros dois livros, e ao contrário dos 50 anos anteriores, a Europa ocidental perde um pouco da atenção especial dedicada a ela no início do século. Isso porque após a Segunda Guerra, a ordem mundial se torna bipolar: os Estados Unidos e a União Soviética emergem como as duas potências vencedoras do conflito e querem divulgar (ou impor) o seu modo de viver socialmente, economicamente e politicamente às outras nações. Portanto, como já era de se esperar, a maioria dos eventos do livro ocorre nos dois países que dividiram o planeta por mais de 40 anos.

Grande parte da história é ambientada na década de 1960 (acredito que cerca de 60% do livro), quando ocorreram a Crise dos Mísseis, os assassinatos dos irmãos Kennedy, o início da luta pelos direitos civis nos EUA, assassinato de Martin Luther King, início da "era" hippie, etc. Mesmo com tanta coisa para ser discutida, um significativo número de páginas foi utilizado desnecessariamente para descrever aventuras amorosas dos personagens e o pior de tudo é que poderiam ter sido poupadas. Entendi que Ken Follett queria mostrar a liberdade sexual, a questão dos divórcios, relacionamentos casuais e tal, porém ele repetia tanto isso e misturava tanto os relacionamentos entre personagens que em certo ponto se tornou maçante e empobreceu muito o livro.

A Guerra do Vietnã foi outro ponto que podia ter sido infinitamente melhor trabalhado, mais aproveitado, quero dizer. Jasper - filho de Eva Murray, amiga judia de Daisy no segundo livro - foi para a Guerra, ficou lá por dois anos, mas só temos UMA cena de ação no Vietnã e, se houve mais, não foram muitas. Eu já tinha aceitado que ele nem falaria da Guerra da Coréia porque ela se passou num período de tempo bem antes ao início do livro, mas não foi dada a devida importância à Guerra do Vietnã e, na minha opinião, isso não deveria ter acontecido. Porque, bem, essa é a Guerra Fria! A Guerra Fria foi marcada por conflitos como a Guerra do Vietnã, conflitos indiretos entre as potências dominantes. A parte que Jasper está no Vietnã foi tão curta, tão óbvia que foi quase ridícula. A informação das atitudes nojentas dos soldados americanos foi bem-vinda e interessante, mas todo o conjunto de partes que narram a guerra foi pobre também. Esperava muito mais de quem narrou com tanta emoção e vivacidade o ataque à Pearl Harbor em Inverno do Mundo.

Sobre a questão cultural - o ponto mais trabalhado pelo autor -, Follett fez questão de exaltar a ruptura com as tradições do passado com a rebeldia dos filhos com os pais, muito sexo, muita droga e muita música (Rock'n'Roll!). Só com esse clichê já descreveria quase a totalidade do livro.

Gostaria de comentar sobre alguns personagens, entre eles Walli, alemão filho da Carla, que deu a sorte de fugir da Alemanha Oriental duas vezes (algo que não me convenceu, sinceramente. Era difícil atravessar uma vez, agora, duas?) detestava o "pai", queria viver da música e aderiu ao movimento hippie depois de uma decepção amorosa. Esperava um desenvolvimento melhor, um engajamento maior na política, mesmo que não fosse lá tão ativo. Ele viveu numa família com todo um histórico político e isso não teve o efeito que eu esperava sobre ele. Ele foi uma decepção para mim por conta disso. De qualquer forma, sua irmã Rebecca e até mesmo Lili acabaram atendendo às expectativas que eu tinha em relação a Walli e deram para o gasto.

Apesar de tudo, Walli foi utilizado para mostrar como o que aconteceu com os jovens que se tornaram dependentes de drogas nas décadas de 1960 e 1970: acabaram em um péssimo estado. Só que Walli conseguiu se recuperar milagrosamente após um ano e deu tudo certo: não pegou nenhuma doença sexualmente transmissível nem qualquer outra depois de anos injetando droga diretamente na veia com seringa de qualquer um e praticando o "amor livre". Prefiro nem comentar sobre a verossimilhança desse caso. Nós também vivenciamos o seu drama de ter a família dividida pelo muro, passar mais de duas décadas sem ver a própria filha e isso valeu o personagem.

Gostei do filho do casal interracial Greg e Jacky do segundo livro: George Jakes. Sem dúvida, a intenção era que ele fosse o que a Ethel e o Lloyd foram nos primeiros volumes. Aquele personagem que todo mundo torce para que dê tudo certo com ele. Só que foi bem mais fraco, fui simpática à sua luta pelos direitos civis e gostava realmente dele, mas sua vida amorosa ficou entediante em certo ponto e estragou um pouco a sua trajetória na história, no quesito Corno Manso só não perdeu para o russo Dimka (sobrinho de Volodya, neto de Grigori), que foi um saco. Os olhos do Kremlin se dedicavam mais aos seios da Natalya do que à ação em si e isso cansou MUITO. Talvez pareça um exagero, mas antes de mais nada queria dizer que sim, Follett obviamente tratou de política sim, só não tanto quanto do lado cultural e grande parte do tempo dedicado à política era para bajular os irmãos Kennedy.

Ainda com Dimka e George, como disse antes, entendi que Ken Follett quis demonstrar a liberdade sexual e o advento dos casais divorciados, dos segundos casamentos, mas as trocas de casais foram irritantes demais. Um momento George estava apaixonado por Maria, mas namorava fulana cujo nome não me lembro, só que queria dormir com Verena, depois terminou com a fulana pra sair com a Maria que começou a ter um caso com outro, então saiu com ciclana, o que não deu em nada e mais páginas foram gastas à toa.

Outra crítica vai para o fato de que praticamente TODOS os personagens ficaram famosos de certa forma. Walli e Dave fizeram sucesso na indústria musical internacional, Evie, a irmã do Dave - filhos de Lloyd - vira uma atriz global, Jasper se torna um jornalista global, Rebecca faz parte do parlamento e mais tarde ocupa um importante cargo no ministério das relações exteriores... então foi um pouco inverossímil, até mesmo para um livro de ficção. Ken Follett usou e abusou da licença poética.

Gostei muito da Tanya, irmã gêmea do Dimka, sua personalidade determinada, corajosa e sua amizade com Vasili também. Guardei uma decepção pequena porque queria ter tido pelo menos um breve relato de que o escritor - que também ficou famoso, para variar - assumira suas obras e recebera toda a fortuna que acumulara por anos com seus livros e, aproveitando a brecha, queria criticar o fato de que vários personagens foram ignorados. Tanto dos livros anteriores como Billy Williams e Erik von Ulrich), quanto desse próprio, quando o final se aproximou. Além dos personagens, Follett pareceu ter se esquecido que o socialismo não acabou com a queda do muro...

O que mais? Poderia aproveitar para dizer que Ken Follett exprimiu em cada linha sua opinião política e fez de tudo para demonizar qualquer viés contrário aos ideais que defende, mas então ficaria muito tempo discutindo sobre isso. Para resumir, eu sei que o livro é dele e ele faz o que quiser, principalmente porque tudo sobre essa trilogia envolve política, mas eu não achei lá muito legal do tom muito - além de - parcial que ele usou, o jeito como "só o partido que eu defendo que é o certo" que ele escreveu sua história. Ele poderia deixar impressa sua opinião, porém de modo mais leve porque ele nem se preocupou em disfarçar que mesmo que os democratas queridinhos da década de 1960, os irmãos Kennedy, fossem canalhas em alguns aspectos ou simplesmente imbecis eram os melhores políticos da história dos Estados Unidos ao passo que qualquer coisa que os republicanos - ou outros democratas de quem ele não gosta - fizessem era um enorme pecado e pareciam ser monstros de 7 cabeças. Sem mencionar que os comunistas pareciam uns grandes bobos, mas ok.

Enfim, esperava muito mais história, muito mais conflitos, mais acontecimentos importantes da época que mal foram mencionados e esperava personagens melhor desenvolvidos, com histórias mais críveis e de quem eu gostasse tanto quanto gostei da Maud, do Walter, do Lloyd, do Volodya...

Mais uma vez, eu sabia que era necessária uma abordagem cultural impecável da época porque foi um período de grande efervescência e ruptura com antigas ideias conservadoras, só que por dar muita importância à questão cultural, Follett acabou negligenciando outros aspectos da história.

A história não é ruim, muito pelo contrário, Ken Follett narra a luta dos negros pela igualdade com maestria, descreve a tensão da Crise dos Mísseis com tanta propriedade que nós sentimos na pele o medo que aquelas pessoas sentiram e relatou com tanto esmero o drama da construção e queda do muro de Berlim que foi impossível não se emocionar. O problema é só que eu esperava TANTO desse livro, pensava que seria espetacular e não foi, não o tempo inteiro. O início foi muito bom e o fim também, porém o autor pecou em vários elementos no meio da história, foi terrível e esmagou de vez minhas expectativas.

Follett poderia ter feito melhor.
Maurinho 05/02/2015minha estante
ótima análise. O livro é bom, se não você não vence mais de 1000 páginas, e tem passagens muito boas,...mas não achei os personagens tão carismáticos, e isso criou uma falta de empatia.


Peregrina 17/06/2015minha estante
Maurinho, o livro é bom sim. O problema se dá quando o comparamos aos anteriores que foram excepcionais (especialmente o primeiro). Os personagens, de fato, não são tão carismáticos quanto seus ancestrais e, em minha opinião, foi um ponto negativo, porque não conseguia me "prender" às suas histórias :/


Caio 20/07/2015minha estante
Ótima resenha, onde eu assino?

Também senti muita falta de certos personagens, mas a questão da parcialidade do Follett foi a que mais me incomodou, nos 2 primeiros livros ela já existe, porém no Eternidade por um Fio o autor ultrapassou todos os limites no que toca a personagens preto e branco. A glorificação de certas correntes ideológicas foi levada a um patamar extremamente forçado que na minha opinião é o principal responsável pela queda considerável de qualidade da obra quando comparada ao resto da coleção.


Peregrina 21/07/2015minha estante
Infelizmente, Caio. Nos primeiros livros, a questão do posicionamento político-ideológico dele era mais branda e, portanto suportável. No entanto ele se esbaldou nesse livro e a qualidade desse último volume da trilogia decaiu muito. Eram tantos absurdos, glorificação mesmo de certas ideologias, partidos e mesmo políticos, além da demonização de outros, que fiquei até enjoada e por vezes tinha que largar o livro.


Valério 24/08/2015minha estante
Talvez nosso maior pecado tenha sido termos ambos esperado demais.
Quando criamos demasiada expectativa, mesmo a proximidade da perfeição nos parecerá insuficiente, manca.


Roberto.Suga 26/08/2015minha estante
Ótima resenha, Enza! Realmente fica difícil acreditar que neste volume a história seja contada sob o ponto de vista de pessoas "comuns", afinal todos viram top em suas áreas, seja no lado profissional, na musica, na política etc.


Peregrina 27/08/2015minha estante
Valério, realmente. Mas como esperar algo menos do que vi em Queda de Gigantes e em Os Pilares da Terra? Impossível. Esse livro foi bem desleixado se comparado aos outros. O engano de Follett foi, por pensar que havia vivido tudo isso, suas lembranças sobre o aspecto cultural da época bastavam. O que sobrou em romance e posicionamento ideológico, faltou em conteúdo histórico. Lamentável.


Peregrina 07/09/2015minha estante
Roberto, os outros livros foram bem mais "críveis" nesse aspecto. Este exagerou demais...


Carolina Benatti 08/01/2016minha estante
Que decepção saber que o esse livro não segue o nível dos anteriores! Vou começar a ler agora, já com a expectativa reduzida rs
Parabéns pela resenha!


Fernanda DCM 23/05/2016minha estante
Pois é, foi muito assunto pra abordar, histórico, político, cultural e social, mas deu pra viver um pouco da época. Agora queria saber o que aconteceu com o irmão de Carla, com a amiga Frieda Frank, Billy Williams e filhos, que nem foram mencionados, não foram ao enterro da Ethel... também achei o livro muito imparcial, as bombas em Hiroshima e Nagasaki meceram poucas menções no segundo livro, agora quanto ao assassinato do JFK todo mundo em todo mundo parou o que tava fazendo e chorou..... exagero.


Adalberto Gonçalves 22/01/2017minha estante
Obrigado pelo ótima resenha! Terminei de ler, e você colocou em palavras o que eu não estava conseguindo explicar: o motivo de não ter me apaixonado como nos outros. Até eu que não era fã de História e não me lembro de quase nada percebi alguns exageros políticos, ideológicos, etc. e senti falta de aprofundamento, foram muitos acontecimentos em um livro só. E que falta senti de alguns personagens ;(. Enfim, disse tudo! Enquanto os dois primeiros eu li em 1 semana, este demorou quase um mês. É ótimo, só não se compara aos outros! Mas quando acaba, bate uma tristeza... Vai fazer muita falta esta trilogia..


Peregrina 08/06/2017minha estante
Adalberto, a saga poderia ter se encerrado em um nível melhor, mas aquele final corrido, as várias pontas soltas de alguns personagens, o troca-troca de casais e posicionamentos políticos um tanto exagerados, infelizmente, acabaram enfraquecendo este último volume da trilogia.




Jessica1248 14/03/2022

Ken Follett é um dos meus escritores prediletos do gênero ficção histórica, o cara manja dos paranauê. Ele fez eu sair do "odeio história" para "amo história". É incrível como consegui aprender muito lenda essa trilogia e com esse último não foi diferente.

Eu não sabia nada sobre a Guerra Fria (ou não me recordava das aulas da escola kkkkkk). E como sempre, ele leva seus personagens que estão de lados opostos a se encontrarem de alguma forma. Amo que todos os personagens estão centrados em algo importante da história. Desde um jornalista até um integrante de banda.

Foi abordado sobre os EUA, o Vietnã, a luta pelos direitos civis dos negros, o muro de Berlim, o comunismo na URSS, os atentados ao presidente dos EUA e do Martin Luther King.

Foi uma leitura enriquecedora, recomendo muitíssimo. Ken sabe escrever de forma clara e que não fica maçante.
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Valesca.Castelani 24/05/2023

Liberdade
Encerrando magnificamente a trilogia. Quanta perfeição. Foi bom conhecer o mundo, de vários ângulos. A luta por direitos e pela liberdade acompanhando as famílias tão queridas que parece que as conheci pessoalmente de tão apegada a elas que fiquei.
Livro incrível, final maravilhoso
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Carlos Nunes 29/12/2021

Conclusão brilhante
Depois de mais de 2800 páginas, a conclusão dessa retrospectiva do século XX trazida de forma brilhante pelo Ken Follett. Foram fatos marcantes, momentos (muito) tensos, personagens incrivelmente reais, aos quais nos apegamos e torcemos (tanto para o bem quanto para o mal).
Obra indispensável para quem deseja mergulhar na História recente do mundo de forma prazerosa e imersiva, porque você estará lá, no âmago do fato, torcendo pelas decisões e ações de pessoas que, a cada momento, num simples gesto, determinam o destino de milhares de outras.
Obra soberba, daquelas que ficam para sempre na nossa memória!
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Alessander.Oliveira 06/09/2021

Observando a História
Muito bom livro. Mas o no fim fica a sensação de que estórias não se fecharam. Vale a pena, mas dos três volumes este, para mim, está abaixo dos outros.
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DeiaMolder 22/09/2021

Leitura concluída com louvor!!!!
Pra começar esse foi um put@ livro ?
O terceiro e último livro da trilogia Século de Ken Follett, que é o Zeus de meu panteão de escritores.

Vamos lá....

"Ken finaliza a jornada das famílias dos Estados Unidos, Rússia, Inglaterra e Alemanha. Um enredo inesquecível de conflitos e paixões, numa época tumultuada da História: a enorme turbulência social, política e econômica entre as décadas de 1960 e 1980, com o muro de Berlin ?, assassinatos, movimentos políticos de massa,, a crise dos mísseis de Cuba, escândalos presidenciais e....rock 'n' roll." (adorei essa parte da sinopse por isso transcrevi ?)

Com isso tudo a narrativa se torna de ação rápida, nos deixando diversas vezes de coração na mão. O contexto histórico é brilhantemente pesquisado. Ken teve ajuda de oitos professores de História para escrever essa trilogia.
Tivemos mais alguns personagens fortes, os meus preferidos foram Rebecca Hoffmann, George Jakes, Dimka e Tanya Divorkin. Hans Hofmann foi o vilão da parada. ?

Só sei que Eternidade por um fio fecha com chave de ouro a história de pessoas que acreditavam em seus sonhos e , por isso, mudaram o mundo.

"I haver a dream" ( eu tenho um sonho) Martin Luther King.

E vc ? Tem um sonho para mudar seu mundo?

Livro foda!!!!!!!
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Luiza 29/09/2014

Eternidade por um fio 3o. volume Trilogia do Século, Ken Follett
Falar sobre os livros de Ken Kollet é desnecessario. Nessa trilogia, que termina com Eternidade por um fio, os leitores do nosso século podem entender e sentir como viviam as sociedades e as familias do seculo XIX e XX; como se originaram os conflitos que deram origem as guerras mundiais, o sofrimento da população dos países atingidos, e o aprendizado que nossa sociedade "poderia" ter tirado de todo acontecido. Uma verdadeira aula de História, com uma pesquisa história e social impecável de Ken Follett.
Que nós, leitores, possamos ser brindados com novos "tesouros" literários como a Trilogia do Século.
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Guilherme Dehon 24/12/2021

Digno...
Eternidade por um Fio... A última viagem pela Trilogia O Século! Não é tão intenso, marcante, empolgante quanto Queda de Gigantes e Invento no Mundo, mas não menos interessante.

O livro retrata dentre vários temas muito interessantes e importantes na história, como a luta pelos direitos civis nos EUA, segregação racial, a crise dos mísseis em Cuba, a gerra fria, colapso da URSS, subida do muro de Berlim, os assassinatos dos irmãos Kennedy, a guerra do Vietnã, Amor livre, Rock and Roll, etc...

De todos, é o mais político dos volumes e as intrigas e armações são constantes..

Também achei o mais utópico, surreal, e sexual dos livros... Todo mundo próspera financeiramente, quase que por mágica. Uma pegação, que ao meu ver, um tanto desnecessária... Poderia ter acrescido mais em fatos históricos do que "encher algumas linguiças"

Investigação, espionagem, opressão, miséria, sofrimento, luta, superação, medo, esperança, permeiam a obra...

Estamos na terceira geração dos personagens que conhecemos no primeiro volume, porém não achei nenhum tão impactante quanto alguns dos volumes anteriores...

Novamente as personagens fictícias se destacam pela ótima construção, e a evolução marcantes; intensos, cativantes.

Ken Follett realmente é um artista impar no quesito real/ficcional.

Obra Singular!

Já estou com saudades!
Lypee 24/12/2021minha estante
Discordo de alguns pontos. Concordo com outros. Mas acima disso, realmente foi ímpar a escrita dele. Minha saudade foi tanta que já estou pensando em começar a quarta leitura da trilogia rsrs.


Guilherme Dehon 24/12/2021minha estante
Você é um gênio! Três vezes essa trilogia não é pra qualquer leitor não! Um dia quem sabe eu volte a esta saga, porém há outras para trilhar...




Silvia 09/03/2022

Leitura obrigatória para amantes de bons livros
Essa trilogia diria que é uma leitura obrigatória para amantes de bons livros. Neste terceiro e ultimo volume, as famílias se deparam com os grandes acontecimentos do séc XX, como a construção do muro de Berlim, por exemplo.
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Roberta 10/01/2022

Um desfecho épico para uma trilogia épica!
Ken Follett começou a trilogia O Século dando seu melhor em Queda de Gigantes, relatando os horrores da Primeira Guerra Mundial e toda a trama política que a envolveu.

Em Inverno do Mundo, o segundo volume da trilogia, eu esperei por uma obra ainda melhor que a primeira, já que esta retrataria a Segunda Guerra Mundial, que foi, para mim, a mais rica em histórias.
Só que Ken perdeu o compasso e nos ofereceu um livro mediano.

Ok, vamos ao terceiro volume, Eternidade por um Fio: Guerra Fria, comunismo versus capitalismo, construção e queda do Muro de Berlim, histórias incríveis que constroem a História maior.

Follett recuperou o fôlego no último livro e se mostrou o mesmo autor do primeiro.
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