A Holdford 15/08/2015Mais ou menosA história de criação da Vampira no livro foi alterada. Sim, Cody está lá em coma e ela lembra de tudo o que era recordação dele, mas a semelhança morre aqui.
Está Vampira morava com uma tia Carrie, um tipo de carola/beata, que ficou incumbida da criação da menina após seus pais desaparecerem misteriosamente. O que dá para se entender é que eles faziam parte de uma seita que cultuava discos voadores, mas o ponto não é muito explorado e não fica realmente bem claro o que houve de fato com eles, apenas que ela morou com a tia por conta disso.
Apesar de tudo, é bem interessante acompanhar as lembranças dela sobre a época na qual morava com a tia. Após o que aconteceu com Cody, ela fica desesperada e faz um teste para saber se realmente aquilo foi real (mas não na tia, calma, é em outro ser vivo) e é isso que a faz fugir. Em vias de fato, ela não é expulsa. Mesmo que a tia fosse rígida, ela não chega a saber o que houve e a expulsá-la de fato. A Vampira só faz a arte, atesta que ela fez porcaria e some no mundo. (O interessante é a tal Carrie nunca ter se dignado a procurar, mas vamos entendê-la, não? Afinal os pais da menina também sumiram, deve ser algo genético na cabeça dela, não é? ehehe).
Quando começamos a estória, Vampira já está morando em Jackson, Mississipi, após fugir da casa da tia. Ela trabalha em uma padaria no período noturno, reproduzindo as receitas, deixando bolos prontos para serem vendidos no dia seguinte e limpando o banheiro. Sua chefe, Wendy Lee, vive bem arrumada e é uma ótima cozinheira e apenas a contratou porque nem desconfia do que a garota é capaz.
Embora tenha pouco, ela consegue se sustentar e pagar o aluguel de onde está. Porém, uma noite ela vê um homem a espreita (depois ficamos sabendo que seu nome é “James” e posteriormente Touch) enquanto ela vai trabalhar.
Se você reparar verá que o título original (Rogue Touch) é o codinome dos dois personagens, mas no título nacional o sentido acabou se perdendo um pouquinho. Voltando ao moço, tristemente ele se veste tal qual ela, e na calada da noite dois esquisitões vestindo roupas de frio chama a atenção de alguma vizinha da padaria que comenta com Wendy Lee. A chefe, por sua vez, acaba demitindo a Anne Marie (que vem a ser o nome da Vampira).
Sem eira e nem beira, Vampira está na rua. Sem condições de se alimentar, ela tem que recorrer ao seguro social, mas sabe que em breve não terá aonde morrer, pois não poderá pagar o aluguel.
A vez seguinte em que ela encontra o rapaz é bem tumultuada, mas digamos que logo eles estão em um carro, andando pelos Estados Unidos, fugindo de policiais e algo mais. E, bem, embora o rapaz seja bem esquisito, ele é engenhoso, e é ele quem a chama de Vampira pela primeira vez (aqui pelo menos).
Embora em português o codinome dela seja Vampira, digamos que Caco Ishak deve ter penado muito para tentar transformar a explicação dele plausível. Já que Rogue (do original) é um tipo de “trapaça” nos jogos e não tem nenhum sentido com a tradução adotada para o codinome dela no Brasil. Embora, convenhamos, com o dom de sugar a força vital das pessoas que ela tem, Vampira faz bem mais sentido mesmo.
O modo de agir da Vampira pela maior parte do tempo é o de uma garota apaixonada, que faria de tudo para ficar com quem ama. Mesmo o cara sendo casado com uma loira (Gambit, é tu? Só que não!) e tendo um filho (é não é mesmo). Ela enfrenta um monte de gente e não recebe muitas desculpas plausíveis do rapaz ao longo da trama para justificar o porque de ele estar sendo perseguido. O que me faz crer que a Vampira atrai mesmo os tipos mais complicados para a sua vida, heheh (oh, dó!).
Para quem tem a mente mais e não liga de ler algo que soa uma fan fiction em muitos momentos, o livro é bem bacana. Ele é, com certeza, mais bem aproveitado por quem não tem nenhuma ideia do passado da garota, mas quem gosta da personagem pode tentar encarar isso de outra forma e se divertir um pouco com a leitura também.
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