História Universal da Infâmia

História Universal da Infâmia Jorge Luis Borges




Resenhas - História Universal da Infâmia


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Guilherme Amin 27/03/2024

Um Borges levinho
?História universal da infâmia? (1935), que reúne oito contos e um nono texto, composto por pequenas antologias, é uma obra agradável e de leitura muito mais fácil que outras coletâneas magistrais do escritor argentino, como ?Ficções? (1944) e ?O Aleph? (1949).

Aqui a temática é mais acessível. Em lugar de narrativas complexas e abundantemente intelectualizadas sobre o tempo, a morte e a literatura, histórias interessantes de homens e mulheres que em tempos remotos cometeram crimes, fraudes e desonras sem qualquer escrúpulo.

Seja o texto menos ou mais difícil, a prosa concisa e elegante de Borges sempre presenteia o leitor com um deleite estético que resulta também no aprimoramento de seu olhar e de sua própria escrita.
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Bruno236 20/01/2024

Um livro curto e perspicaz.
Uma obra inteligente, bem humorada e perspicaz. Contos curtos e divertidos. Uma leitura agradável de um autor em fase experimental.
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Luiz Henrique 05/09/2022

O livro serve como um guia para quem começa a ler o autor, pois apresenta seu estilo particular de escrita e descrição de narrativas. O volume consiste de uma série de contos que se unem pelo fato de terem protagonistas que fogem aos arquétipos mais comuns de bem e mal. É uma forma excelente de conectar o leitor a todos personagens cinzas que a obra se propõe.
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Gabriel.Larrubia 28/03/2022

Sempre me sinto confuso e perdido com a literatura do Borges (provavelmente porque não dou a atenção devida mas tudo bem) mas também sempre sou muito recompensado com algumas revelações ou coisa do tipo. Esse aqui não me senti assim, mas como tudo do Borges um dia volto nele com mais calma... Não me sinto tão mal dando nota baixa pra isso porque 1 nem o Borges parece gostar 2 minhas notas não querem dizer muita coisa além de como foi mais ou menos minha experiência com aquilo naquele momento então fodase...
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Pedróviz 22/01/2022

História universal da infâmia
Este livro vale a pena ser lido principalmente pelo estilo de Borges. Trata-se de uma série de crônicas a respeito de personagens na maioria desconhecidas por mim, relatando sobre os motivos de estarem incluídos num livro sobre a história universal da infâmia. Todos os artigos iniciam de forma indireta, com uma espécie de introdução, situando o caso no tempo e no espaço, bem como num determinado contexto, para então iniciar o relato a respeito das infâmias do personagem da vez. Um livro que, ao meu ver, resultou numa experiência muito boa devido mais à capacidade do autor do que ao tema em si.
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Bi 30/12/2021

Como um café expresso
Um livro inteligente e digestivo. Curto e intenso. Um aprofundamento na arte de se envolver com o exercício narrativo. Quase um treino cerebral de agilidade e perspicácia. A reflexão provém da estética e não de perfis psicológicos profundos e metáforicos.
Uma experiência divertidíssima. Não diria necessária, mas prazerosa, assim como tomar um expresso num dia nublado de dezembro.
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Felipe770 10/07/2021

Borges incrível como sempre. Neste livro ele reconta algumas histórias a sua maneira, de maneira sempre erudita, surpreendente e única. O conto final lembra muito os contos de Ficções, ao passo que os outros são diferentes para quem só conhece a obra mais famosa ou O Aleph. Um bom livro para se iniciar no universo borgiano.
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Paulo 12/03/2021

Uma enciclopédia sobre seres infames
Os contos aqui, magistrais, parecem ser verbetes de uma enciclopédia sobre a infâmia. São relatos históricos e universais que mesclam realidade e ficção para apontar como que, muitas vezes, a infâmia está mais na percepção que a sociedade tem sobre o indivíduo do que em suas próprias atitudes. Com uma escrita deliciosa, ele narra histórias curtas repletas de aventuras e de desfechos inesperados. Muito divertido. De alguma forma, é um livro que faz sentido também como um romance.
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fev 13/01/2021

Não fui fisgado pelo livro, mas também não posso dizer que ele é ruim. Tem umas partes bem legais. O conto que eu mais gostei foi o da pirata chinesa.
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Alê | @alexandrejjr 23/10/2020

A ficção na impureza

A leitura de Jorge Luis Borges é uma espécie de meditação sobre o ato de criar narrativas. Ambíguo, estranho, erudito. Borges é literatura na sua forma mais impecável.

Em “História universal da infâmia”, de 1935, somos apresentados a um Borges na meia idade, então com 36 anos. Diferentemente do que se possa pensar, ele não estava em crise e sim construindo sua poderosa obra em prosa curta. É fácil exemplificar o que digo a partir da última (famosa) frase presente no prólogo da primeira edição: “Ler, antes de tudo, é uma atividade posterior à de escrever: mais resignada, mais civil, mais intelectual."

E é verdade. A palavra “universal” não está no título à toa. Nesta edição que li da Cia. das Letras estão presentes nove contos, sendo o último uma espécie de conjunto de microcontos. Juntos, os textos levam o leitor ao confronto, à confusão em histórias que misturam realidade e ficção e embaralham nossa percepção. Em resumo: somos jogados a um dos labirintos da cabeça de Borges.

As histórias se passam em quase todos os cantos do mundo: nos Estados Unidos, claro, com “O provedor de iniquidades Monk Eastman”, ou ao lado pistoleiro Billy the Kid em “O assassino desinteressado Bill Harrigan” ou, ainda, no Sul escravocrata antes da Guerra Civil em “O atroz redentor Lazurus Morell”, todas acontecendo entre o séculos XIX e XX; na América do Sul, no Chile, com “O impostor inverossímil Tom Castro”; na longínqua Ásia em três lugares, sendo “A viúva Ching, pirata” no mítico território chinês entre os séculos XVIII e XIX, “O incivil mestre de cerimônias Kotsuké no Suké” na terra dos samurais do Japão feudal e “O tintureiro mascarado Hákim de Merv” no mundo árabe do Turcomenistão com ares de “As mil e uma noites”. É a polifonia de vozes e ideias que envolvem o leitor em uma meticulosa teia sobre a autodestruição e perversão humanas.

Como Borges é demais para eu colocar neste singelo texto, contribuo aqui ao dizer que este foi meu primeiro contato com a prosa do mestre argentino. Houve uma desastrosa tentativa de ler “Ficções” que não vingou, mas que terá sua vez um dia. Jorge Luis Borges brincou como ninguém com a ideia do valor fabricado, do conceito de conhecer sem conhecer. É por isso que quero acabar este texto prolixo com uma frase que gostei muito e que pretensiosamente acho que resume bem a percepção de Borges sobre nossa condição e destaca o poder de concisão do mítico escritor: “A Terra que habitamos é um erro, uma incompetente paródia. Os espelhos e a paternidade são abomináveis, porque a multiplicam e afirmam”.
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Clio0 13/07/2020

História Universal da Infâmia é uma leitura leve que vai da sátira ao drama e passa da crônica ao diário.

Algo interessante é que todos os contos são baseados em lendas ou fatos reais. Dá pra reconhecer histórias famosas como Billy the Kid e até aquelas já abordadas por autores tupiniquins como O Alquimista.
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André 05/02/2020

Borges, o infame.
Borges é Borges. Um dos maiores nomes da literatura latino-americana, talvez uma das vozes mais potentes da literatura mundial, Borges escreve seus textos com uma precisão milimétrica. É chocante.

Sou levado a imaginar o escritor, a ideia surgindo de contar histórias infames, uma espécie de desafio, e a subsequente realização dessa cirurgia linguística que nos apresenta a história desses sujeitos infames sem passar pela via do romance ou da condenação - é um ato puro de contação de história e de filosofia poética.

Não é o melhor livro dele, nem de longe, mas é uma leitura fácil, agradável, por vezes divertida e provocativa como só Borges poderia ser. Me fica a questão: existe só uma maneira de de escrever um relato?
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Biblioteca Álvaro Guerra 17/05/2019

Antes de escrever 'Ficções' e 'O Aleph', Borges trabalhou como jornalista e publicou as 'biografias infames' nas páginas do jornal 'Crítica', de Buenos Aires, que introduziu um jornalismo moderno na Argentina, aberto ao sensacionalismo do Cidadão Kane e à participação dos grandes escritores do momento. Dividindo suas histórias com manchetes, entregando-se ao prazer intenso de imaginar crimes violentos, Borges inventa novas versões de casos de infâmia, alguns famosos, outros desconhecidos. Cria um estilo, de enumerações heterogêneas e tom sensacionalista. Borges, já conhecido nos anos 20 como grande poeta e ensaísta, descobre sua vocação de contista. 'História universal da infâmia', publicado em 1935, foi durante anos um livro quase secreto, embora um dos contos, 'Homens da esquina rosada', ficasse famoso pela evocação dos compadritos, os criminosos pitorescos dos bairros de Buenos Aires.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/8525004352
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Paulo Sousa 28/02/2019

História universal da infâmia
Título: História universal da infâmia
Título original: História universal de la infamia
Autor: Jorge Luís Borges (ARG)
Tradução: Davi Arrigucci Júnior
Editora: Companhia das Letras
Ano de lançamento: 1935
Ano desta edição: 2008
Páginas: 96
Classificação: ??????
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"A história sabe os diversos momentos daquele pesadelo tão lúcido: a descida arriscada e pendular pelas escadas de corda, o tambor do ataque, a precipitação dos defensores, os arqueiros postados no terraço, o reto destino das flechas rumo a órgãos vitais do homem, as porcelanas infames, a morte ardente que depois é glacial" (Posição no Kindle 537/51%).
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Eu precisava ler alguma coisa do escritor argentino Jorge Luís Borges, para muitos um dos maiores escritores do século XX.
Acabei topando com este curto "História Universal da Infâmia", um livro difícil de ser classificado, já que, uma vez contada pelo escritor, atravessa séculos, oceanos e dimensões físicas e espirituais para descortinar a vida de criminosos, piratas, canalhas, falsários e profetas, todos tendo deixado em sua passagem por este plano seus nomes marcados nos registros infortunados da humanidade. Borges, nesses curtos contos (acho que podem ser assim classificados) se utilizou de uma bibliografia pré-existente, apropriando-se do que outros autores e historiadores escreveram acerca dos personagens que povoam o livro.
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No final se encontra o melhor conto, sobre o homem da esquina rosada. Fala. Sobre covardia e coragem, sobre modalidade duvidosa, o que facilmente leva o leitor a pensar que na verdade ninguém está isento de, um dia, habitar as páginas da infâmia. Na verdade todo o livro, revisitando existências marcadas não por heroísmo, patriotismo e outros "ismos", mas por existências que se confundem com o próprio ato de errar. Vale!
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jota 29/08/2018

É tudo uma questão de...
Penso que ainda me faltam mais paciência e inteligência literária para apreciar com profundidade as narrativas de Jorge Luis Borges. Mesmo quando elas se apresentam através de textos curtos como os desse volume, que não exigem tanto empenho do leitor em termos de leitura, compreensão e apreciação. Mas gostei de O Assasssino Desinteressado Bill Harrigan (sobre Billy the Kid) e de alguns textos de Et Caetera.

O restante das histórias não me disse lá muita coisa, não achei nenhuma delas especialmente curiosa, engraçada, comovente ou interessante a ponto de sair da leitura bastante satisfeito, como ocorreu com outros leitores. Mas isso parece ser um problema meu, claro: em termos de criação digamos que Borges sempre esteve ligado no 220v (altamente cerebral) enquanto eu como leitor me viro melhor no 110v (55% cérebro + 55% coração). Deve ser isso. Ou, quem sabe, algo mais complicado...

Lido entre 25 e 28/08/2018.
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