Mar 18/11/2014Um enredo clichê, minha narração favorita!Se você leu a sinopse, deve ter pensado que este seria mais um livro com um enredo clichê. E vou te confessar: Sim, o enredo é clichê! Porém, este livro é especial! Madelyn, nossa protagonista, apaixona-se por Bennet. Este, por sua vez, alimenta o sentimento, mesmo com medo por ser seu professor. O problema maior, porém, não é a profissão do mocinho. A menina passou pelas aulas avançadas do Ensino Médio e está cursando o Básico na faculdade. Madd, tem apenas 16. E Bennet? Bennet tem 26 anos, é um homem feito e além dos dez anos de diferença... É professor da menina! Este relacionamento estava fadado.
Achei que minha carta talvez o ajudasse a ser libertado, porque eles veriam que tudo havia sido minha culpa [...] [ Pág. 192]
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A construção das personagens foi interessante. Ambos os protagonistas, e até mesmo os coadjuvantes, foram caracterizados como pessoas que facilmente encontramos na vida real. Foi tão fácil eu imaginar os pais controladores de Madd e sua revolta por ter passado tanto tempo aceitando escolhas e sonhos que não eram seus... Que eu simplesmente me peguei entendendo todas as suas atitudes, suas mentiras, suas revoltas e indecisões. Não que tenha enlouquecido e achado que ela estava certa... Mas suas ações eram passíveis de compreensão.
Meu exemplar na cabeceira!
Além de Madd, tinha o Bennet! Acredito que a autora poderia ter desenvolvido mais a estória e ter incorporado algumas páginas a mais. Mas, acho que foi a pitada certa da estória, porque meu coração dilacerou com poucas páginas, mas isso é assunto para outro parágrafo. Voltemos ao segundo protagonista... Eu me apaixonei por Bennet em poucas páginas. Amanda Grace, pseudônimo de Mandy Hubbard, a autora da obra, provavelmente não seria fracassada se desenvolvesse mais o personagem. Ele apareceu como vítima na história. Então, eu sentia mais pena do que amor por ele. Basicamente isso! Não que seja um ponto negativo, mas seria melhor se fosse exposto um pouco mais do lado sedutor, apaixonante ou qualquer outra coisa além da vitimização do cara!
Congelei no caminho entre a porta e a cama, no caminho entre o que nos tornaríamos e o lugar aonde eu sabia que estávamos indo. [Pág. 168]
Quanto a narração, aí está o "X" da questão", foi ela quem fez esta obra ser especial. Tem tanto sentimento naquelas palavras que eu estou me questionando se a autora passou por isso. Se ela juntou em algum momento da vida dela essas cartas e agora resolveu publicar com o intuito de explicar um passado a alguém importante... Eu acreditei muito fácil na história!
Um ponto que eu não devo deixar de citar é o pronome usado, "Você". Em algum momento da minha vida eu li um outro livro com a mesma "pegada". "Stolen - Carta ao meu Sequestrador" também usava o pronome "Você" e, como o subtítulo já diz, era também uma carta. "A verdade sobre nós" foi narrado, assim como "Stolen", através de cartas. Da primeira página até a última a protagonista se desculpa pelas mentiras e por tudo o que fez. A narração, dessa forma, ficou perfeita. A protagonista conversa, de pertinho, no íntimo, com o leitor, e quem está lendo quase responde! Pelo menos foi assim comigo!
Havia concentrado todo o meu tempo, todos os meus pensamentos naquele momento. Depois que ele passou, percebi com uma chocante clareza. Ali, de pé no meio do chalé, percebi que estiver disposta a fazer qualquer coisa durante doze semanas, estivera disposta a mentir e a criar para você uma versão de mim inteiramente nova... [Pág. 164]
Acho que não vou conseguir expressar o que eu senti enquanto eu lia. O livro é fininho, li muito rápido. Durante todas as páginas, desde a primeira!, a autora dá dicas, ou até mesmo fala claramente o que acontece no final. E, ao contrário do que você pensa, isso vai dar mais calor à leitura. Você ao mesmo tempo vai querer que acabe, mas que também não acabe! E, acredite!, só não saiu lágrimas porque eu me forcei para não sair, afinal, eu estava lendo em local público! O livro é bem triste... O que posso dizer sobre as últimas páginas dessa obra sem dar spoiler? Que é tremendamente triste. Facilmente pode acontecer na vida real. Não existe uma heroína, existe um cara querendo viver um amor mas sendo enganado novamente por uma adolescente inexperiente que só quer fugir do controle e expectativas de seus pais.
Antes de finalizar essa resenha falando que eu amei muito este livro e dizendo que a autora, com certeza, entrará para minha listinha de autores prediletos, eu preciso falar uma coisa: Eu preciso de uma continuação! Amanda Grace? Eu preciso que você publique um segundo livro porque aquele final simplesmente deixou um grande vazio em meu coração. De verdade! Parece que eu vivi aquilo tudo na minha pele! Sensacional! Se você tem outros livros como esse... Com certeza um dia serão meus! Porque estou disposta a comprar todos!
Provavelmente eu sabia, não é? Que tudo daria errado. Tinha dezesseis anos, mas não era burra. [Pág.164]
Quanto às minhas recomendações... Leiam, leiam, chorem, deixei o coração apertar! E quando chegarem no final... Não travem as lágrimas, deixe seu coração apertar até o último suspiro. Este livro é tão lindo... Tão lindo... Tão real! Ele é especial! Se tornou um dos meus favoritos!
Resenha publicada no blog LaGarota.com.br
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