ValGouveia 30/12/2014Resenha: Confesso que mentiPrimeira coisa que me chamou a atenção neste livro: a capa. Achei forte e muito bonita. Em segundo lugar, o título. Não tenho o costume de ler sinopses (pelo menos não inteiras), mas quando vi que tinha suspense no meio, não pensei duas vezes e peguei pra ler.
Mas fui com muita sede ao pote.
Micah tem 17 anos e é uma mentirosa. Ela mente o tempo todo, sobre tudo e sobre todos. Quando ela começa na nova escola e uma das professoras a confundiu com um menino por causa do nome, ela não desmente e se passa por menino por três dias, quando é desmascarada por uma garota, ao entrar sem querer no banheiro feminino.
E as mentiras não param por aí. Ela mente que é hermafrodita e de uma certa forma adora que as pessoas acreditem nas mentiras dela e a chamem de “esquisita”. Ela é negra, tem os cabelos muito curtos e corre mais rápido que os meninos da equipe de atletismo. Micah é imbatível no quesito velocidade. E é por causa disso que ela começa a se relacionar com Zach. Após se conhecerem , os dois passam a correr juntos. Zach ensina toda a parte técnica pra Micah.
Zach é um dos garotos populares do colégio e namora com Sarah, uma menina rica, bonita e super estilosa. Totalmente o oposto de Micah. Mas quando os dois se conhecem a atração entre eles é inevitável. Micah e Zach passam a ter um relacionamento fora da escola, desconhecido (ela acha), por todos. Até o dia em que Zach morre. E todas as suspeitas recaem sobre Micah, que se surpreende quando um dos garotos conta sobre o namoro dela com Zach.
E ela mente sobre isso. E continua mentindo.
Não achei que o livro é confuso. Mas esperava algo diferente. Fiquei surpresa na segunda parte, quando a autora surpreende com a revelação sobre o segredo de família que Micah esconde de todos. Na verdade, todo o gênero do livro mudou nesse momento e EU não esperava por isso.
A personagem mente tanto que fiquei perdida. Não sabia quando ela dizia algo que era verdade, ou se continuava mentindo. Mesmo quando ela jurava que estava contando a verdade. Toda a história é narrada em primeira pessoa, intercalando passado e futuro. Na verdade, o livro não tem capítulos. A personagem narra separando entre “Antes” e “Depois” (da morte da Zach).
No final a sensação que tive foi de tempo perdido. O livro termina e você não sabe se o que a personagem narra é verdade ou mentira. Outra coisa que achei completamente morna foi a revelação sobre a morte de Zach, quando o verdadeiro culpado é revelado. Achei completamente sem graça.
A autora terminou o livro me deixando com um grande ponto de interrogação estampado no rosto. Será que a personagem realmente está dizendo a verdade ou não? Acredito que o final tenha sido proposital, para que o leitor continuasse com a pulga atrás da orelha. Mas confesso que o máximo que consegui sentir foi raiva.. rs
Dei nota 3 à leitura e nem sei dizer o porque. Normalmente eu nem sigo em frente em leituras que não me agradam. No caso de “Confesso que menti”, finalizei porque queria descobrir quem matou Zach. Mas, como disse acima, a sensação ao fechar o livro foi de total tempo perdido. Não fez minha cabeça.
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