Delirium

Delirium Carlos Patricio




Resenhas - Delirium


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Verônica 03/02/2016

Delirium
Difícil encontrar palavras que descrevam esse livro. A obra é composta por oito contos, cada um sob uma perspectiva diferente, narrando o real, passando pelo imaginário, decorrente de debates, gerando expectativas, abordando assuntos polêmicos e por fim cercado do surreal.
Alguns temas atraem atenção por seus detalhes minuciosos que beiram a veracidade, transportando o leitor para cenários asquerosos onde imaginário domina o “palco” e aviva extremidades nunca experimentadas, despertando diversos sentimentos contraditórios. Outras histórias atraem pela sua contemporaneidade, por suas reflexões, debates e mentes complexas.
Entre textos suaves ou mais fortes o autor apresenta um leque de situações, nas quais algumas pertencem ao cotidiano de pessoas “normais” e outros que beiram as mentes loucas. Dessa forma é uma viagem entre o que é considerado normal ou mesmo anormal, onde a lucidez não existe e a sagacidade é arma utilizada por poucos. Por fim, para quem é fã de contos esse é o livro que lhe conduzirá para um universo de fantasias incompreensíveis.


site: http://pensaliterario.blogspot.com.br/2016/02/resenha-delirium.html
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Raphael Rasse 16/01/2016

Delirium
Recebí este livro de maneira inusitada. Do próprio autor.
Nota-se desde o início que se trata de um escritor com muita ambição e muita criatividade além de possuir uma qualidade rara nos tempos atuais. Ele sabe sobre o que está escrevendo. Não chega a ser massacrante como a maioria dos especialistas é. Não. È um especialismo leve. O tipo de especialismo que pode nos instigar a querer ser um pouco mais especialista em algo.
A obra em questão trata-se de uma série de contos sem relação entre os próprios e que oscila entre os caminhos que chamam de estilo. Passa por épocas diferentes, países/estados diferentes e por poucos ou muitos personagens envolvidos nos contos.
Com personagens distintos e com tramas interessantes, a leitura vai se desenrolando de forma tranqüila graças á linguagem simples e dinâmica, primordial, em minha opinião, para contos.
Destaque para “Telefone sem fio”.
Parabenizo o escritor pela obra e pela coragem de ser um jovem escritor no Brasil. Esse país de gênios da literatura e, kafkiquianamente, povoado de pessoas que não querem ler.
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Tamirez | @resenhandosonhos 12/01/2016

Delirium
“Quando uma pessoa sofre de um delírio, isso se chama insanidade. Quando muitas pessoas sofrem de um delírio, isso se chama religião”.

Essa frase de Robert M. Pirsig reflete a primeira coisa que você precisa saber sobre esse livro: ele não é pra todo mundo, e definitivamente não é para quem tem na religião seu porto seguro.

Delirium reúne oito contos autorais de Carlos Patrício, extremamente diferentes entre si, mas com um denominador em comum, a crítica. Crítica a sociedade, a religião, ao sadismo, aos egocentrismo, a fofoca, a morte. É um livro para se sentir incomodado e refletir sobre os aspectos mais corriqueiros e também bizarros nos quais estamos suscetíveis na sociedade atual.

O livro é aberto com o Doutor Sádico, conto enaltecido no prefácio, escrito por Estevan Lutz, e que trás as práticas mais macabras do ser humano. Incesto, estupro, tortura, necrofilia e culto ao medo ilustram apenas alguns aspectos trabalhados no protagonista desse ato, alguém com grandes traumas, que se usa das mais bizarras formas para sentir prazer.

“Para descrever o interior daquela casa, palavras não passam de vento. Se os termos ‘terrível’, ‘desprezível’, ‘asqueroso’ e ‘cruel’ fossem multiplicados entre si, não representariam mínima fração de uma definição justa para tamanha desumanidade. Corpos mutilados, instrumentos de tortura e toneladas de podridão compunham um indesejado panorama aos olhos do sensível cristão”.

Truco, o segundo conto, trás uma mensagem oculta que pode refletir de diferentes formas em cada leitor, mas que nos mostra que muito do que vemos e sentimos está em nossa cabeça, e que o mal nos cerca cada vez mais de perto e porque não, já não está dentro de nós?

O terceiro conto se chama Agoniado e é o que mais me identifiquei enquanto pessoa. É o retrato da sociedade voraz e efêmera em que vivemos, onde pressão virou sinônimo de dia a dia, e a compreensão deu lugar à cobrança. Toda essa carga tem um peso e, é claro, uma consequência. Já Telefone sem fio é o mais divertido dos contos, trazendo a fofoca como sua protagonista em uma situação que usa do exagero para impactar o leitor.

A questão de todas as coisas é meu conto favorito. É aqui que a crítica religiosa que alertei no começo está massivamente presente, pois o protagonista, um médico que vê sua prima irmã sofrendo de câncer e que não acredita em Deus, mas na teoria do pensamento positivo, se vê discutindo com uma devota a sua religião. O confronto entre a ciência e a fé e a imposição de valores transcorre por 50 páginas de uma narrativa muito bem construída e que mostra, além do fato de que nada é irrefutável, mas que também somos muito suscetíveis a exercer influência em outros, que tanto criticamos em alguns.

“Pode-se induzir o povo a seguir uma causa, mas não a compreendê-la.” – Confúncio

No sexto conto, O outro mundo de Henrique, temos o desejo representado de fugir da realidade e poder viver por alguns momentos em outro lugar, vivenciando coisas diferentes. Em Pouco antes da virada temos o confronto com a morte e o tic tac do relógio em direção ao fim.

No oitavo e último conto do livro, que se chama Lindos sonhos dourados, há a imersão no mundo das drogas e no confronto com a família. Até que pontos estamos certos e até que ponto só enxergamos nosso lado? Até que ponto é se meter de mais e até que ponto é se importar demais? Um conto onde parece difícil diferenciar o que é amor, do que é rejeição.

Capa e Edição
O livro está muito bonito por dentro com páginas em preto em sua abertura e em toda a virada de capítulo. A cada novo conto temos uma ilustração para demonstrar a essência do que aquela história vai trazer e isso ajuda muito a engrandecer a edição. O livro possuí apenas 250 páginas e seus contos variam muito de tamanho, tendo entre 50 páginas os maiores, como Doutor Sádico, A Questão de todas as coisas e Lindos sonhos dourados, à duas páginas, como é o caso de Pouco antes da virada.

Não há ordem alguma entre as histórias, portanto você pode ler conforme tiver vontade ou disponibilidade naquele momento. As páginas são amareladas e por se tratar de contos que não são muito grandes a leitura fui super bem e é possível devorar o livro em apenas um dia, se o leitor tiver um pequeno tempo a se dedicar.

Minha opinião
Eu topei ler esse livro pela premissa desafiadora de ele trazer temáticas que poderiam gerar polêmica e acho que ele cumpre muito bem esse papel. Acho que a intenção do autor é exatamente fazer com que o leitor se sinta desconfortável e repense algumas coisas em sua vida.

No primeiro conto, que prometia ser o mais chocante, por estar muito acostumada com séries de tv que tratam sobre serial killers ou coisas do gênero, não me surpreendi tanto, mas compreendo o apelo, pois pode ser considerado o mais forte por sua temática violenta.

Me identifiquei bastante com Agoniado por me sentir muito assim, pressionada pela sociedade a ser e fazer o tempo todo, porém, ao contrário da expectativa o conto que menos me identifiquei foi O outro mundo de Henrique. Depois, pensando sobre a temática, percebi que por eu viver muito no mundo dos livros, o que tem a ver com o que é proposto no conto, meio que saquei qual era a jogada e não foi assim tão interessante quando ela se revelou. Toda vez que leio um livro mergulho em um mundo imaginário, então isso é parte constante na minha vida.

Mas o que mais gostei foi exatamente o que traz a temática da religião. Ando debatendo muito isso ultimamente e na leitura de Os Miseráveis, que estou fazendo a dois meses em paralelo com os outros livros, me deparei com reflexões sobre o quanto a religião influencia as pessoas e inclusive me manifestei sobre isso em um dos diários de leitura. Portanto, a presença de um conto inteiro sobre isso fez com que eu gostasse ainda mais da experiência com Delirium.

É super interessante ver como o autor consegue argumentar três pontos de vista diferentes de forma coerente e inteligente por 50 páginas, mantendo o leitor interessado e pensando no fato de que o protagonista age da forma como critica a quem é religioso, por acreditar em coisas vagas e impor sua crença a outras pessoas.

Quando aceitei a leitura o autor me avisou de algumas coisas que eu deveria relevar e uma delas eram as notas de rodapé, que hoje ele considera desnecessárias, em sua maioria. Confesso que achei elas bem úteis em geral, tirando uma ou outra e o que realmente me incomodou foi a quantidade de citações de outros autores inseridas no meio da história.

Acho que no início dos capítulos ou a começar um novo arco, não haveria problema. O que realmente atrapalha a leitura são quando essas citações são inseridas no meio do texto, cortando completamente o fluxo de leitura. Acho que isso sim merecia uma revisão para uma possível segunda edição ou próximo livro.

De forma geral curti muito a leitura dos contos e acredito que mesmo Carlos Patrício sendo um autor iniciante, ele já demonstra bastante maturidade na sua escrita em Delirium. Apesar das dezenas de citações, é a voz do autor que ouvimos em cada palavra e se isso não se firmasse eu com toda certeza teria uma opinião bem diferente a expressar.

Recomendo esse livro pra quem tem uma política de vida mais “open mind” ou está tentando se abrir pra leituras conflitantes ou que causem reflexão, pois Delirium é exatamente esse tipo de livro. E fico na expectativa por ler mais coisas do autor e acompanhar sua evolução no meio literário.

site: http://resenhandosonhos.com/delirium-carlos-patricio/
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Cíntia 12/01/2016

Esse é um livros que aborda vários temas da vida humana. O primeiro conto, tenho de confessar que achei BÁRBARO!!! Não sou fã de contos de terror, mas a história do Dr. Sadico me deixou tensa e extremamente curiosa. Simplesmente amei!!! Fiquei fascinada com o talento do autor ao criar um personagem com tanta frieza e astúcia em seus argumentos chocantes as crenças religiosas, e ao comportamento humano diante desses dogmas.
As demais histórias não perdem em nada. O autor trabalha temas cotidianos de forma filosófica e inteligente, mantendo a simplicidade nos argumentos e um raciocínio lógico indiscutível!
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Matheus Marques 08/01/2016

Resenha - Delirium
Não tem como começar a resenha já elogiando a divulgação do Carlos, chegando até nos e nos surpreendo com seu livro delirante, com direito até a dedicatória especial!
Bom, começando com os aspectos físicos do livro, adorei a capa que já nos deixa curiosos pra folheá-lo (apesar que pelo motivo "errado" que explicarei logo).Internamente, a diagramação está de parabéns! *continua no coment abaixo...
Matheus Marques 13/01/2016minha estante
(continuação): Folhas amarelas fonte grande, e ilustrações que são artes à parte antes de cada conto, sneak peaks ótimos!
Sobre os contos: Pontos Fortes - gostei da escrita do Carlos, achei que apesar do nome do livro, os contos são muito reais e verossímeis, com histórias que podemos já ter vivenciado em algum momento ou escutamos de algum conhecido. Adorei o jeito que ele usa referências e quotes, muito bem pensado e realmente se interligam com a narrativa muito bem. Meus favoritos foram Agoniado (onde sentimos pulsar em nós as aflições do personagem, muito bom); Telefone sem Fio (mostrando que a velha frase "quem conta um conto aumenta um pouco.." é extremamente atual e nesse mundo "internetizado" tudo ganha maiores proporções, um dos meus favs), Lindos Sonhos Dourados (só reparei na alusão do título à LSD no final kkkkkk mas muito bacana a história, a gente acaba se identificando nas situações que o Guliver enfrenta e supera. Meu favorito) e Pouco Antes da Virada (um poema lindo, que nesse comecinho de ano já dá uma dose estimulante!!)
Ponto fracos: achei que alguns contos foram muito previsíveis e podiam ter sido mais desenvolvidos (Truco e O Outro Mundo de Henrique, os mais fracos, achei), Mas fiquei um pouquinho decepcionado com Doutor Sádico :'( a ideia é muito, muuito boa, adorei as referências e temas psicológicos que nos fazem pensar sobre nosso comportamento, mas senti que faltou melhor desenvolvimento da construção do personagem, que exigia um pouco mais de complexidade e trabalho.. me pareceu que no fim ele meio que já tinha "nascido doido e sádico" e eu esperava que fosse algo progressivo, que seria moldado aos poucos e aprofundado pelo autor.. E digo isso porque acho que o Carlos tem potencial para tal e espero ver isso nos próximos "Delirantes" que vierem
Enfim, dou 3 estrelas, mas não gosto da escala do Skoob (daria 6,8 em 10) ;) Boa leitura, rápida, li em 3 dias e com certeza muito entretiva! Espero agora o que de próximo Carlos nos reserva.. valeu cara!




Raí 06/01/2016

Delirando
Quando recebi o livro autografado pelo autor, logo me decidi em fazer uma resenha, e olha só: esse aqui merece uma.
Delirium é um livro muito profundo, com muitos assuntos difíceis de se abordar, mas que particularmente eu adorei cada um. Os contos são muito interessantes, alguns mais curtos e diretos e outros mais extensos, mas cada um tem o seu poder de chamar a atenção do leitor.
Vou falar aqui dos meus três contos preferidos no livro, começando com "Telefone sem fio". No começo achei que o conto ia ser bem leve sem muitas coisas interessantes, porque afinal, fofoca não é algo que se tenha muito a dizer sobre. Fui enganado! Carlos Patrício me DESTRUIU com esse conto! A história de Ricardo e o que a fofoca fez com ele foi realmente horrível. E o desfecho do conto? Acabou comigo. Não imaginava que um autor pudesse pegar uma fofoca e transformar em uma história tão interessante. Sério.
Logo depois, vem o "Logo depois da virada", que eu li perto da virada de 2015 pra 2016. Cara, não sei como sobrevivi a esse conto. Parecia que tinha sido escrito por mim, e isso não me fez nada bem kkkkkk. Adorei os versos do Carlos e sinceramente, vou guardar esse poema por um longo tempo.
E no final (realmente no final), o conto LSD: Lindos sonhos dourados. Como eu ainda não tinha cansado de me identificar com os personagens, logo me tornei o melhor amigo de Guliver (ou o próprio). Toda a história do Guliver, do estresse dele com a família, da fuga de casa... Um ambiente perfeito, e cheio de veracidade, criado pelo autor. De todos, esse o meu preferido, pois o desfecho foi algo que eu realmente precisa saber antes de morrer.
Enfim, o livro inteiro foi muito divertido de folhear e de refletir também. Espero logo mais obras do Carlos Patrício, pois com certeza vou comprar!
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Natália Caetano 06/01/2016

Resenha Delirium
A escrita é fluida e agradável. Os contos são bem variados, tanto nos temas quanto nos tamanhos, o que torna a leitura mais interessante. O primeiro conto poderia ter descrito mais as ações do vilão e prolongado um pouco mais o sofrimento do outro. Truco achei previsível. O debate sobre crenças e religião achei fantástico,bem como as referências presentes em todo o livro e os trechos de músicas. O último conto aborda a temática das drogas, mas também foca nas relações familiares, o que atraiu mais a minha atenção e fechou o livro de uma maneira que, mesmo simples, me emocionou bastante. Antes de cada conto tem uma ilustração maravilhosa!!! Recomendo.
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Leticia 26/12/2015

Delirium é dividido em sete contos e um poema. Cada conto possui um tema diferente, sendo que ao final de quase todos tive uma sensação de desconforto, em alguns casos por se tratar de realidades que eu já presenciei ou vivi, como a dos Lindos Sonhos Dourados e Telefone Sem Fio, mas nunca dei importância, e em outros como Doutor Sádico e Truco! por eu ter me colocado no lugar do protagonista e me perguntado o que eu faria em seu lugar.

Exceto A Questão de Todas as Questões e O Outro Mundo de Henrique, todos os contos
possuem uma escrita leve e gostosa, deixando a desejar somente nos diálogos, que não são tão fluidos quanto poderiam ser.

Para mim, Agoniado é de longe o melhor conto deste livro, trazendo uma sucessão de ações agoniantes que terminaram de uma forma inesperada, trazendo uma mensagem muito bonita de perseverança.
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Henrique_ 10/12/2015

Interessante
A leitura dos primeiro contos é deliciosa. A linguagem é fácil, as ideias bem amarradas e o enredo bem feito. Resultado: os primeiros contos são ótimos, porque dinâmicos. Tenho de parabenizar o escritor pela escrita envolvente e criativa. Por outro lado, a partir do maior conto do livro, lá pela metade em diante, o autor perde a mão nos detalhes, e o conto que fala sobre crença religiosa foi, para mim, uma ousadia que não deu certo. Realmente é o pior conto, seja pela excessiva tentativa de um dos personagens em convencer o outro a respeito da necessidade de se crer em Deus, seja pela narrativa que não fez muito sentido. Início do delírio? Talvez. A partir daí já não estava delirando junto. Por isso dou três estrelas.
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Bruno 19/11/2015

Surpreendente!
Após um bom tempo sem fazer nenhuma resenha, me senti inspirado a fazê-la após o término do livro.
O mesmo me surpreendeu pela maturidade do escritor, seja em criar histórias de terror ou do cotidiano, ou até mesmo a junção de vários assuntos num mesmo conto.
De todos eles, os que mais me agradaram foram:
"Doutor Sádico" - Não fique surpreso ao se ver torcendo pela vida ou pela morte dos personagens, aqui a crueldade é mostrada nua e crua no melhor estilo "sangue, tripas, bosta e lugares fedorentos". A podridão do ser humano é mostrada em detalhes.
"Truco" - Um conto curto com uma pitada de terror, onde a loucura impera. Este foi meu preferido pela supresa proporcionada exatamente no estilo que eu gosto.
Enfim, não vou me estender para não perder o objetivo. Se você ficou curioso com a sinopse, não perca tempo... mergulhe de cabeça e "delire-se"!
OBS: Vale salientar a qualidade dos autores brasileiros, que acabam por perder espaço para o marketing criado em cima de livros estrangeiros... com certeza o esforço é muito maior para se estabelecer no mercado. Veja mais em: http://trechosdelivros.com/as-dificuldades-dos-escritores-brasileiros-por-luana-leao/
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Mara146 09/11/2015

Um brinde aos nossos delírios!
Antes de mais nada, o livro de Carlos Patrício é gostoso de ler, porque é uma mistureba boa. Há prosa bem escrita do autor, há inúmeras citações, desde poetas, escritores e filósofos reconhecidos, assim como letras de bandas de rock.
Fico feliz em acompanhar o surgimento de tantos autores brasileiros tão competentes. Carlos Patricio é novinho, mas já estreia com contos não só delirantes, mas também orgasmáticos, deliciosos, críticos e ao mesmo tempo sensíveis.
Que esse seu livro seja só o começo de uma longa carreira autoral, que com certeza acompanharei de perto.
Vida longa aos delírios porque eles são catárticos!!!
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Gabriela 31/10/2015

Em partes foi como ler a mim mesma
Poucos livros fizeram eu me identificar tanto como esse. São 8 contos muito bem escritos, cada um deles com uma história diferente.
O que mais me admirou foi a forma como o autor conseguiu transmitir com palavras para o leitor exatamente aquilo que os personagens estavam sentindo, o desespero, a angustia, a revolta, o medo, tudo muito bem detalhado. Outra coisa que me fez amar esse livro foram as citações presentes em quase todos os contos e, em "Lindos Sonhos Dourados", os trechinhos de músicas (sou suspeita pra falar sobre, amo música).
Achei muito interessante a forma como o autor conseguiu transcrever com maestria a mente de um psicopata, a agonia de um ansioso e como foram bem descritas as sensações causadas pelos alucinógenos.
A leitura deste livro é literalmente um delírio, recomendo demais.
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Amanda Molina 20/10/2015

Delirium
Delirium é uma coletânea de oito contos, vou descrever a minha opinião sobre cada um:

O meu conto favorito foi Doutos Sádico, ele é intenso e com cenas fortes. O autor nesse primeiro conto nos leva a uma mente doentia de um psicopata, com descrições acerca de seus atos nojentos e frases de grandes autores com referência em terror, o que me fez gostar ainda mais do conto e mostrou que o autor se dedicou de verdade ao escrever a obra. Conto viciante que te faz querer saber mais sobre o que o psicopata pensa, do que ele é capaz e, se sua mente insana tem limites.

Truco é bem curto, mas mesmo assim cheio de detalhes, o terror aqui foi muito bem escrito pelo Carlos, apesar de o final ser previsível, é um bom conto.

Agoniado: Expressa os pensamentos e atitudes de uma pessoa que sofre de ansiedade, esse conto mostra como funciona uma mente ansiosa, fazendo-nos sentirmos no lugar do personagem, realmente agoniante.

"Não sei o que fazer, nem para onde ir; esta minha pressa não faz sentido, mas não consigo controlá-la."

Telefone Sem Fio, um conto sobre fofoca e suas consequencias, e com a tristeza de uma doença terminal impedindo assim que o personagem esclareça as coisas acerca das fofocas.

A Questão de Todas as Questões, para mim o maior e mais lento de todos, devido ao grande numero de argumentos, entre as diferentes opiniões acerca da religião. Apesar de ser um assunto bastante polemico não me interessei muito por esse conto.

O Outro Mundo de Henrique, mostra Henrique um cara preso na rotina que deseja refugiar-se em um mundo imaginário. No inicio do conto, pensei que Henrique estava sobre a influencia de alguma droga. Conto simples e verdadeiro.

Pouco antes da virada, não é um conto, é um poema sobre as lamentações de uma pessoa..

Lindos Sonhos Dourados, neste costo temos a história de Guliver, um jovem que busca descontar seus problemas familiares em atos rebeldes. Apesar de longo, esse conto prende bastante a atenção do leitor, curiosos com o que acontece com o o jovem depois de mais um ato..

"Eis que, sem aparente razão, uma agitação inesperada e feroz decidiu nascer na alma ferida de Guliver, fruto de pequenas cicatrizes internas que, somadas, resultariam em estouro."

Você começa a ler, e tem a necessidade de saber o que vem no próximo conto. Gostei do modo de escrita do autor e das varias referencias feitas por ele ao longo do livro.

site: blogdameninaquele.blogspot.com.br
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Helena Dias 15/10/2015

São muitas emoções!
Delirium é uma coletânea de oito contos que seguem o padrão suspense/terror, mesclando originalidade, críticas e diversidade. São situações e personagens diferentes, mas com uma característica em comum: o terror. Interpretem como quiser, pois o terror pode aparecer de várias formas e com as mais diversas faces.

Antes de começar a falar dos contos, vamos falar da diagramação linda desse livro. Vocês sabem muito bem que não sou de falar de diagramação, a menos que a mesma mereça ser mencionada. E essa merece. MUITO. Folhas negras e ilustrações em P/B - que são lindas - no início de cada conto. Numeração das páginas na lateral da folha, também de uma forma diferente. Realmente, o diagramador está de parabéns!! (oremos por mais diagramações assim)

Antes de mais nada queria dizer que: NÃO PULEM O PREFÁCIO. Sei que algumas pessoas não tem o costume de ler essas partes, mas, gente, come on! São partes importantes do livro. Parem com isso!! Principalmente, porque o desse livro, apesar de curtinho, é muito bem escrito e merece ser lido. Tá bem? Então, tá bem!

Voltando... Como eu disse anteriormente, temos oito contos compondo esse livro. Tais contos são incomuns, originais e agressivos de uma maneira construtiva. Mas, vamos ao que interessa: conhecer um pouquinho os textos desse livro.

Doutor Sádico
Um conto pesado, com cenas fortes, que te leva por uma viagem dentro da mente doentia e nojenta de um psicopata.

Imagina começar um livro de contos e logo no primeiro ter as suas estruturas abaladas? Pois foi exatamente o que me aconteceu. Doutor Sádico nos mostra um pouco sobre como as coisas são processadas dentro de uma mente insana. A perversidade e repulsa que esse personagem carrega consigo é viciante. Viciante de uma forma que te faz querer saber mais sobre o que ele pensa, do que ainda é capaz e, principalmente, se a sua loucura tem limites. Além disso, as referências literárias presentes nesse conto são sensacionais e mostram pesquisa e conhecimento por parte do auto.

Aliás, preciso dizer que esse foi o meu conto favorito?? Haha
.......
Leia a resenha completa:

site: http://www.cafecomlivroo.com/2015/10/delirium-carlos-patricio.html
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