Ju 26/10/2020
Caubói raiz...
Harden Tremaine é o cavalo, digo,mocinho, da vez, desse romance clichezão - que adoro- da Palmerão: é rude, mal humorado, másculo e, como o livro foi escrito em 1991, é um fumante inveterado, o típico caubói do cigarro Marlboro, com direito até a acender um cigarro depois do "vamô vê". É bem legal ser uma história das antigas, com direito até a troca de cartas entre ele e Miranda, mocinha viúva com um passado traumático.
Teve algumas coisas que não gostei, como o fato de Harden ser um tanto mimado com seu emburramento infantil, repetindo pra quem quer ouvir que odeia as mulheres graças a seu desentendimento com sua mãe e também achei ridículo Miranda falar pra ele- que achou que ela estava prestes a saltar de uma ponte, "salvando-a",-"Você me salvou, agora minha vida é responsabilidade sua". Ah, jura?! Que patético, já pensou se todos que salvam alguém de um suicídio tivessem que carregar esse fardo?? Me deu raiva de tão idiota e sem noção foi essa fala dela!
Não sei se será spoiler, mas achei a hora H do casal muito sem sal, Harden prometeu tanto que deixou a dever, mas no caso acho que foi culpa da autora, nem tanto da performance dele. Aliás, ainda to na dúvida se ele realmente era mesmo ou não o que a família pensava dele, dados os valores religiosos e morais que ele tinha...
Pontos positivos: A leitura foi bem fluída, a redenção de Harden perdoando a mãe foi bem bonitinha, assim como revendo suas atitudes e se redimindo, também me identifiquei com seu jeito meio anti social e introvertido que ela confessa ( tirando a grosseria), mas não é um livro inesquecível, essa história me lembrou daqueles filmes família/gospel que passam num canal do Telecine que esqueci o nome, eu com certeza ia gostar de assistir.
Não dá nem pra reclamar tanto dos machismos presentes porque já sabemos o que esperar de um livro da Diana Palmer ( mas que porre de lua de mel!!!) , aliás, até que esse mocinho foi um fofo com a Miranda por entendê-a e respeitar seu luto e tais,mas, sim, teve umas falas estúpidas dele que deram raiva e fiquei imaginando "Como é que ela ouve isso calada e consegue fingir que releva e já sai de mão dada com ele como se nada tivesse acontecido?? Ah, eu não conseguiria!!!!l", mas Miranda também alimentou umas omissões desnecessárias, achei imaturidade, os velhos mal entendidos que facilmente seriam explicados com uma boa conversa, mas livro é livro, né...
Enfim, deu para passar o tempo e nem to ansiosa pra ler o livro do Evan não, nem vou ler pra falar a verdade, acho que esse será o último livro de banca que leio, se for o último que me aguarda na minha pilha de livros, tanto que nem vou trocá-lo no sebo, vou deixá-lo em algum ponto de ônibus pra quem queira ler.