Amanhã, numa boa

Amanhã, numa boa Faïza Guène




Resenhas - Amanhã, numa boa


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none 21/08/2021

Recomendo a leitura
Faïza Guène, a autora tinha vinte e poucos anos quando escreveu esse livro. Francesa de origem argelina a autora segue a tradição árabe de que "quem conta um conto aumenta um ponto" da Sheherazade. Não sei se esse ditado é árabe, mas combina muito com as narrativas árabes de contar uma história dentro da outra. Doria, de 15 anos é francesa de origem marroquina e cometeu "o grave pecado de ter nascido menina". O pai, cansado de ser humilhado por não ter gerado um herdeiro foge para o país natal e deixa a esposa e a filha na periferia de Paris dependendo da assistência social e de subempregos desumanos. 20 anos em Paris, e a mãe Yasmina nunca viu a Torre Eiffel. Mas enfrentou junto com a filha as bebedeiras e a ausência do marido como faxineira de um motel. A protagonista dessa história narra a vida na periferia da cidade. As divisões internas entre etnias, classes sociais, religiões. Desbocada, ela é politicamente incorreta, mas o romance chega ao final com um grande aprendizado. Se você gosta de um livro com final feliz esse é o que vale a pena ler. Se você não gosta também porque não é piegas nem oportunista. A narradora nos convence com uma linguagem simples e divertida a acompanhar suas peripécias de adolescente, seu primeiro beijo, suas amizades, sua vida em casa, na escola e no curso profissionalizante de cabeleireira. Pode parecer uma estória simples, e de fato é, mas muito bem contada. A felicidade está nos detalhes do dia-a-dia. Não custa nada procurá-la. E porque não nessa leitura?
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