O Pintassilgo

O Pintassilgo Donna Tartt




Resenhas - O Pintassilgo


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Damy 03/10/2020

piriquito zarolho
gostei bastante, o começo me cativou demais dei uma leve chorada com a tragédia do museu e fiquei totalmente viciada ate chegar na metade. Depois da fase da adolescência do theo eu empaquei bastante porque começou a ficar bem arrastadinho pra mim (sdds boris), mas o final até que foi satisfatório, eu esperava coisa pior.
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Higor 20/09/2020

'Lendo Pulitzer': sobre a necessidade de se conhecer os requisitos de prêmios literários antes de julgar suas escolhas
Verdade seja dita: nem todo livro premiado é bom, assim como nem todo livro bom é premiado. Um bom livro tem que se sustentar sozinho, sem marketing, indicações, premiações, listas e afins. Um bom livro é bom porque tem literatura, qualidade, atende as expectativas, pessoais e críticas – daí é outro terreno, com base em teorias -, além de passar uma mensagem e falar com seu leitor, apresentar um período específico ou envelhecer bem, abraçando uma geração inteira e se tornando, assim, um clássico. Um bom livro não deve ser reconhecido unicamente - mas também! - por alguma honraria. Em contrapartida, um livro premiado significa automaticamente que é bom para aquele nicho, para aqueles requisitos previamente informados.

Por que estou dizendo isso que todo mundo sabe? Porque é um tanto idiota e sem nexo falar coisas como 'Não sei por que ganhou o Pulitzer' em leituras que abocanharam alguns prêmios no ano de seu lançamento. Oras, ganhou porque, primeiramente, atendeu aos pré-requisitos do Pulitzer, e se mostrou o melhor livro dentro dos pré-requisitos estabelecidos, no mínimo. Tal láurea não catapulta automaticamente autor e livro como os melhores do mundo ou do ano, mas o melhor dentro daquele nicho específico naquele período. O Pulitzer não é a voz suprema da literatura, para começo de conversa. Pelo contrário: apesar de fama e respeito consolidados, é um dos prêmios mais fechados e sem variedades existentes, que restringe a imensa maioria do mundo literário. Você, aliás, sabe quais são os pré-requisitos do prêmio?

O Prêmio Pulitzer de Ficção elege o melhor livro do ano anterior que a) seja de um autor americano e b) fale, preferencialmente, da vida americana. Donna Tartt é americana? Sim! Seu “O Pintassilgo” fala sobre a vida americana? Totalmente! "O Pintassilgo" corresponde, sim, aos requisitos básicos, mas eu vou mais além e digo: “O Pintassilgo” é um livro para americano nenhum botar defeito. É um livro que fala dos EUA aos americanos de maneira apaixonada, que apresenta um Estados Unidos diferente do eixo turístico, sem deixar de lado, claro, o patriotismo, o famigerado american way of life.

Acompanhar a trágica vida de Theo Decker, um garotinho de 13 anos que perde a mãe em uma visita a um museu, onde o mesmo sofre um atentado terrorista, embora um tanto lento e até enfadonho, é uma verdadeira aula de geografia dos Estados Unidos, tudo pelo seguinte motivo: Decker viaja de Nova York para o Texas, dois estados totalmente distintos. 2900 quilômetros de distância, para ser específico na distinção. Trazendo a história para o Brasil, seria a mesma coisa que iniciar o livro em São Paulo e transferir toda a história para Belém, Pará. Isso com a devida maestria, sugando, apresentando e ambientando toda a cultura, costumes, trejeitos, sotaques e diferenças que os estados têm.

É claro que muito disso pode ter se perdido com a tradução, mas ainda assim se notam resquícios, por exemplo, quando um personagem texano, dito caipira nos EUA, fala o que em tradução ficou um 'diacho', o que o protagonista, um da metrópole, acha estranho. São ondulações e diferenças no original que na tradução, infelizmente, devem ter passado, embora eu não possa afirmar com categoria; exemplo conhecido e sempre comentado de história americana, com distinção do personagem dito caipira, da roça, com linguagem própria e nativa, mas que a essência se perde na tradução, por exemplo, é o do lendário "As aventuras de Huckleberry Finn". Um detalhe importante que não sabemos por não conhecer a cultura do país, engessados com as imagens típicas e turísticas de televisão, mas que, com certeza foram notados pelos jurados, abrilhantaram a história e fizeram com que o livro fosse laureado, enquanto nós, não americanos, que mal conhecemos a extensão territorial do Brasil, temos o pseudoconhecimento para julgar o mérito literário de um prêmio.

Tais explicações são para justificar o livro? Não, até porque, como dito acima, o livro tem que caminhar sozinho, sem explicações, sem texto de apoio, pois do contrário, ele não cumpre seu papel, sendo fadado ao fracasso, mas ainda assim, se faz necessário explicá-lo não como livro, mas como livro premiado. Para julgar o prêmio, é preciso, antes de tudo, entendê-lo, e não simplesmente o livro, para questionar sua escolha.

"O pintassilgo" está longe de ser um livro perfeito, pois existem trechos que não acrescentam a história, mas apenas dão uma enrolada que leitores menos pacientes certamente vão abandonar, além de, claro, ser um tanto glamourizado quanto a resolução de diversas situações que, sabemos, não são tão simples ou repletas de pessoas voluntariosas como as demonstradas – isso sem falar no insistente patriotismo de que, apesar dos problemas sociais, os Estados Unidos é o melhor lugar do mundo.

Apesar de tudo, "O Pintassilgo" é um livro muito eficiente sobre a geografia, cultura e diferenças de povos de um mesmo país, além de abordar, claro, a real e até então ignorada nos livros, vida de imigrantes nos Estados Unidos, o país que mais recebe no mundo, disparado, mais estrangeiros para se viver. A improvável história de uma pintura holandesa capturada por um americano de metrópole que precisa se mudar para uma área interiorana, onde faz amizade com um ucraniano que já viajou o mundo inteiro funciona muito bem, sem cair no xenofóbico ou no pedantismo.

O que faz "O Pintassilgo" perder muito, independente de prêmio, é justamente a abordagem do quadro O Pintassilgo, de Carel Fabritius. Apesar de ser o título do livro e de ser dito como trama central, o mesmo passa despercebido durante grande parte da leitura, o que me incomodou mais do que pensei, para ser sincero, principalmente na escolha para um plot twist específico escolhido para a história.

Tantos outros livros dão mais ênfase à pintura, ao artista e até mesmo ao processo de pintura ao invés de desviar a atenção para assuntos triviais, juvenis e que envolvem bebidas e drogas. Um ótimo livro, igualmente lento, igualmente sobre a arte, mas de maneira mais graciosa e eficiente no que diz respeito a uma tela, ao menos para mim, é "Os ladrões de cisne", da historiadora americana e não premiada (!) Elizabeth Kostova. Um livro que, em minha opinião, se colocar ao lado de "O Pintassilgo", sem renomes, prêmios e pompas, é muito melhor, mas que para os críticos não possui as camadas definidas, não tem uma ambientação tão crível e/ou personagens distintos entre si, enfim, pontos suficientes para ser agraciado com um prêmio. O grande prazer da leitura, a opinião de cada um acerca de um mesmo livro, não?

Apesar do interesse em um livro justamente por conta do prêmio, é um tanto imaturo julgar o livro premiado e a autenticidade do prêmio, sem conhecê-lo, quando deveria compreender que apesar de não ter sido uma boa leitura, foi compreensível a escolha para aquele prêmio. No final, o que importa não é o prêmio, apenas a experiência pessoal da leitura, do livro, de um bom livro que tem uma boa literatura e que fala não somente com um nicho específico, mas que conquista o maior número possível de leitores.

Questionável por uns e adorado por outros, "O Pintassilgo" traz à luz o óbvio: que um livro premiado está longe de significar que é bom, assim como que, antes de julgar a láurea de um prêmio, deve-se entendê-lo e conhecer seus requisitos para não julgar precipitadamente a escolha feita.

Este livro faz parte do projeto 'Lendo Pulizer'. Mais em:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
Carol @solemgemeos15 20/09/2020minha estante
voce não colocou o link, fiquei curiosa sobre seu projeto.


Higor 21/09/2020minha estante
Carol, bom dia! Meus projetos estão organizados e explicados no blog leiturasedesafios.blogspot.com, mas o Pulitzer ficou para 2021. No momento eu estou com dois projetos: Lendo Nobel e Lendo os Melhores Livros do Século 21.




Mônica 13/09/2020

Drogadinho irresponsável
Sim, a escrita dela é prolixa.
No início eu sentia vontade de pular as paginas, mas conforme o livro vai avançando ele vai ficando mais suportável e interessante!
Adorei os delírios do theo no hotel.

p203: "Como é que uma nação tão idiota foi ficar tão arrogante e rica?
Americanos? estrelas de cinema? gente da TV? eles dão pros seus filhos nomes como Maçã, Cobertor, Azul e Bastardo, todo tipo de coisa doida.?
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adeline. 23/08/2020

Excesso de reviravoltas
Comecei a ler, abandonei, e depois de um tempo retomei a leitura. Com alguma disciplina consegui continuar e me apeguei à história. Entretanto, em alguns momentos, lendo do meio pro final, tinha a impressão de que estava lendo um livro totalmente diferente daquele que comecei. Jamais poderia dizer que a história não tem continuidade ou coerência, muito pelo contrário, porém o excesso de reviravoltas me incomodou um pouco. De qualquer forma, a história é muito boa.
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Steph.Lopes 15/08/2020

Bom
O livro é muito bom e não é apenas sobre a pintura, como achei que seria. É sobre luto, aprendizado, uma vida que poderia ser melhor.
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@Umpouquinhodemim 11/08/2020

Um bom livro
Theodore se culpa pela morte da ma?e, neglige?nciado pelo pai, e? ansioso, depressivo e se entrega as droga, reme?dios e bebidas achando que aliviara? seus traumas e sua inseguranc?as.
So? que na?o, nenhuma dessas opc?o?es sa?o boas.
O livro e? bom pore?m se arrasta um pouquinho, deveria ter menos pa?ginas e mais objetivo, mas enfim consegui concluir.
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Yara 21/07/2020

O Pintassilgo
Olha, não vou mentir. Essa foi minha tentativa número 3 de ler, finalmente terminei. É uma leitura bem maçante até a página 300, mais ou menos. A sensação que dá é que a autora estipulou uma meta de 700 páginas e resolveu encher linguiça até bater a meta, e como ela é muito boa (reconheço), ela tranquilamente dobraria a meta em encheção se fosse possível. A história de perda, traumas e white people problems é muito boa mesmo. Algumas resenhas e comentários falam sobre o livro tratar de arte, pinturas, emoções causadas etc, mas isso basicamente só ocorre nas últimas 100 páginas, é como se fosse um presente pra quem aguentou a morosidade da história até ali. Fechou com chave de ouro.

?E se alguém, por acaso, tem um coração que não é confiável??
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boemillys 23/06/2020

paciência......
É MUITO massante. Eu amo ler livros sobre arte e filosofia, mas a narrativa da autora se arrasta durante o livro todo e é muito repetitiva.

also lembra mt as obras de Dan Brown, com a diferença de que os personagens têm uma construção muito melhor elaborada e rica em detalhes......... o problema é quando esses detalhes ultrapassam a barreira do legal ou aceitável.
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Maciel 09/06/2020

Caro Boris
Para ser sincero, Boris, é a alma da estória, é muito melhor que Theo. Mas o último parágrafo do livro é apaixonante, a parte que mais gostei.
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Marcio Garcia 07/06/2020

A arte de conversar através do tempo
Livro muito bem escrito, com uma história envolvente sobre a trajetória de Théo Decker pela vida, desde sua infância até a maturidade. Trajetória esta marcada por tragédias, descobertas, dificuldades, amizades verdadeiras e controversas, dilemas, alegrias e decepções. O Pintassilgo é uma história sobre construção de caráter, sobre a busca por um lugar no mundo, por um sentido para o viver. Constantemente podemos enxergar a dicotomia do personagem em suas decisões. É uma história que nos leva a refletir se toda a bondade deriva de atos bons e toda maldade de atos maus. Não é a toa que esta obra ganhou um Pulitzer.
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Anna 30/05/2020

Podemos falar uns com os outros através do tempo
Sem grandes expectativas cai de cabeça no livro e apenas posso resumir sem oferecer nenhum tipo de spoiler que o livro (para quem não se importa com grandes detalhes e divagações) nos surpreende positivamente. Para ser sincera eu odeio livro previsível e que você vai matando o que vai acontecer no decorrer dele. Em O Pintassilgo não, eu me surpreendi em muitos momentos com as reviravoltas que aconteciam.
Para os fãs de história da arte, para os fãs de livros dramáticos essa é uma excelente escolha.
Sem dúvida um dos meus favoritos do ano
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Stefan 21/05/2020

Toda uma vida presa ao passado
O Pintassilgo é um excelente livro, muito bom mesmo.
O livro é muito bem escrito, uma narrativa extraordinária, a autora é brilhante; e a história do livro, bem, isso é um pouco mais complicado, o livro todo trata de um acontecimento especifico, que muda a vida do jovem Theodore, um evento tão chocante e traumático que o influencia por toda sua vida e que muda de forma permanente sua existência, e o faz sofrer muito e até a se autodestruir de muitas formas.
Penso que a grande metáfora e alegoria que a autora aborda no livro, seja uma ruptura violenta, como um fato tão brusco pode desencadear uma série de comportamentos, medos, frustrações, obsessões, paranoias e tantos outros sentimentos que levam alguém ao desequilíbrio emocional.
Eu recomendo o romance, pois além de muito bem escrito, é muito instigante, leve e tem (utilizando uma linguagem mais comum no cinema) vários "Plot Twist" ótimos.
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Douglas 19/05/2020

Um só momento é capaz de moldar todo nosso ser. É a partir daí que essa obra nos lança nessa história tão ímpar.

E, numa retrospectiva, ainda é possível ver como foi que tudo se deu pra chegar até ali e o quanto se gastou com tão pouco.

Não conhecia a autora, mas a partir desse livro ela entrou no meu radar. Ela compor as cenas da vida, de acordo com a época e o momento vividos de maneira muito delicada, nos levando a vivenciar cada momento, mas sabendo que é bom torcer com ressalvas.

Essa é uma daquelas obras capazes de nos mostrar de forma bem clara que nada nessa vida é preto no branco.
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Anderson 12/05/2020

O Pintassilgo conta uma história poderosa sobre amadurecimento, luto e sobrevivência em mundo inóspito e selvagem aos olhos de um pré-adolescente até o alcance de sua vida adulta, passando por três grandes cidades: Nova York, Las Vegas e Amsterdam.

O livro inicia com o protagonista, Theo Decker, confinado e totalmente perturbado em um quarto de hotel em Amsterdam, se escondendo por algo que só vamos vir a descobrir na última parte da obra. Nisso, ele começa a contar toda a sua história a partir do dia em que sobreviveu a um atentado terrorista a um Museu de Arte em Nova York, enquanto sua mãe morre fatidicamente nesse mesmo local e horário. Ao despertar desnorteado nos escombros do museu destruído, ocorre uma conversa e uma série de ações que irão determinar toda a sua vida futura, incluindo a posse da mundialmente famosa pintura de Carel Fabritius: O Pintassilgo (1654).

Por ser um livro coming-of-age, podemos acompanhar todo o desenvolvimento de Theo, assim como das personagens que o rodeiam. Coisa que a autora, Donna Tartt, faz com maestria. Todos possuem suas complexidades e várias camadas que vamos descobrindo ao longo dos acontecimentos, e que nos fazem gostar ou desgostar deles, por vezes, derrubando concepções que já havíamos criado e nos fazendo observar por outros ângulos de vista.

A história passeia por uma ampla gama de temas, aparecendo em maior ou menor escala, tais como solidão, luto, ética, moral, paternalidade, drogas, bullying, mercado negro da arte, lealdade, etc. Apesar dessa variedade temática, nada fica perdido ou confuso, é uma narrativa clara e bem escrita. Aliás, muito bem escrita! A criação de ambientes é uma das melhores que já li. A sensação que você sente ao ler os acontecimentos é completa. Há uma descrição narrativa periférica ao redor dos personagens feita tão minuciosamente, que parece que podemos tocar, sentir e até respirar os elementos ali presentes.

Um aviso de bom amigo antes que você decida partir de cabeça nessa história: se você não gosta de livros com uma narrativa mais lenta, sem muita ação, talvez seja melhor avaliar bem se está preparado pra esse livro. Porque o pouco de ação que encontramos aqui aparece somente na parte final, depois de umas boas 600 páginas. Ainda que isso não signifique que não há reviravoltas durante o restante do livro.

Apesar de ser um calhamaço de 721 páginas, foi uma leitura muito prazerosa de se fazer (exceto por uma certa parte no final que também achei cansativa, assim como algumas outras resenhas mencionam, por isso menos meia estrela na avaliação).
Mas isso, com certeza, não estragou a experiência incrível de ler essa fascinante história que levou 11 anos para ser construída e lapidada, e que merecidamente venceu o prêmio Pulitzer de ficção em 2014.
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:)) 11/05/2020

Este foi o livro mais longo que li ate então e a história me cativou do início ao fim.
Super recomendo a leitura!
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