O Pintassilgo

O Pintassilgo Donna Tartt




Resenhas - O Pintassilgo


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Guilherme2550 15/04/2024

O livro é muito interessante, especialmente para quem aprecia arte. Sua história detalhista fala da natureza humana e permite uma leitura fluída e agradável. Recomendo.
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Lua 31/03/2024

Um livro sobre a importância das amizades
Eu demorei muitoooo pra ler esse livro e acredito que o fato de eu ter escolhido um péssimo momento pra ler ele tenha interferido muito na minha opinião sobre a leitura mas isso de forma alguma que dizer que o livro é ruim. A escrita da Donna Tartt é incrível, sem descrições desnecessárias e sem dúvidas a história desse livro é esplêndida, o personagem principal as vezes me irritava mas a gente releva. Recomendo muito, até por que o fato de um livro não ter funcionando pra mim não significa que não vai funcionar para todos, com certeza vou reler esse livro em outro momento da minha vida.
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Saava 29/03/2024

Esse livro seria melhor se fosse gay.
Eu vi o filme em 2020 e desde que assisti fiquei mega curioso porque tinha lido em uma crítica ao filme, que ele pecava em construir a relação homoerótica entre os protagonistas coisa que segundo a crítica seria muito presente no livro, e de fato é mas só até a pagina dois.

Mais de uma vez é feita referências a mitologia e a romances aquilianos e a autora deixa implícito o homoerotismo no ar. mas nunca aprofunda nada. E esse é um grande problema do livro, é vazio. Muitos parágrafos soam até desconexos, são linhas e mais linhas de texto que não significam absolutamente nada. Capitulos inteiros que não acrescentam em nada e torna a historia maçante.

O melhor personagem some durante quase duzentas paginas e é reintroduzido de forma porca. Em nenhum momento os coadjuvantes são explorados. E é um livro que parece que foi pra gráfica sem passar por um editor.

Eu terminei o livro pensando que esse talvez tenha sido o livro mais chato que eu ja li na vida.

*Os protagonistas deveriam ser um casal, apesar de a autora deixar implícito na narrativa, que isso poderiam ter acontecido se eles tivessem tido mais tempo e oportunidade faltou coragem dela pra escrever isso. Faria muito mais sentindo para o enredo*
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dreamfool 17/03/2024

Art.
Intenso. Envolvente. E tudo mais, que palavras no momento não conseguem descrever bem o que sinto e o que senti lendo esse livro.

Mergulhando de cabeça em um hotel, onde o protagonista parece agitado, essa é a pergunta que fica rondando na minha mente durante quase metade do livro 'o que aconteceu para ele chegar àquele lugar e situação?' Essa foi a curiosidade que me instigou a continuar.

A narrativa foi tão incrível escrita, os personagens tão bem trabalhados. Sério, momentos em que consegui entender, mesmo que parcialmente e até me colocar na pele de Theo. Todos os seus altos e baixos, os problemas pelos quais passava, fui escrito de uma forma que não havia como não sentir empatia por ele.

Desde o início a história me prendeu, ver ele passando da sua adolescência a vida adulta, todos os seus problemas e dilemas e querer saber o que acontecia depois. Ver seus relacionamentos sendo construídos, como era descrito seus sentimentos sobre coisas que aconteciam desde algo pequeno a algo grande. Eu amei ler cada parte deste livro e o final... Sinto que foi agridoce.

Com apenas essa amostra, já sinto vontade de ler mais livros da autora.
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Taylor33 16/03/2024

A autora me deu uma avalanche de coisas e dps me abandonou
Primeira eu quero esclarecer umas coisas: o livro tem problemáticas sim. Tem falas preconceituosas e personagens odiáveis. Não acho q existam personagens (tirando o hobie) nessa história nessa história que tu seja capaz de defender e amar, até pq (no meu ponto se vista) não é esse o intuito. O livro se passa realmente num ano onde "piadas" preconceituosas eram mais comuns, mas não acho q isso seja uma desculpa e não vejo necessidade pra isso ser colocado no livro. Esclarecido essa parte eu preciso falar sobre esse livro


O Theo e o Boris são detestáveis. Eles fazem merda e tu se estressa, mas ao mesmo tempo o theo é tão humano. Eu me irritava com atitudes q ele tomava, mas é fácil o julgamento do observador, e tiveram situações q me vi nas atitudes dele de alguma forma. Eu não acho q complexo seja a palavra pra descrever ele, humano é melhor. O theo passou por mt merda, tanto coisas q ele não tinha culpa, quanto situações q foram consequências das ações dele. A vida dele mudou tanto vezes e sem nenhum aviso prévio, e ele passa a vida toda preso ao passado ao mesmo tempo q foge dele.
  Uma coisa q achei meio incomum foi a forma como os personagens são introduzidos só pra irem embora dps. A quantidade de gente q passa pela vida do theo e absurda, e isso mostrou mt bem como o livro é a vida dele, ele crescendo, pq realmente as pessoas vem e vão com mt frequência. Admito q as vzs me perdia na escrita da autora, mas eu real gostei mt do jeito q ela escreve. É bonito mas não exageradamente abstrato sabe? Ela mistura a paisagem com o que ele tá sentindo e analogias, mas não daquele jeito q tu não entende nada e é entediante. A parte onde ele e o Boris são só amgs estúpidos e fudid0s sendo estúpidos foi uma das minhas favoritas. A adolescência deles me prendeu mt mt mt, e me deu uma raiva quando tudo começo a dessandar. Mas esse é o livro, quando o mínimo de estabilidade começa a ser construído alguma coisa vai dessandar. Preciso dizer q foi *genial* como ela ligou o início do livro com quase o final lá no hotel.
Eu detestei a relação dele com a pippa, pq ela é incrível e ele insiste TANTO. Acho q a última carte dela onde ele FINALMENTE entende q não tem como eles serem um casal  foi top.
O hobie é incrível, eu amo aquele homem. Ele me lembra que existe bondade no mundo, e as vzs isso fica até meio deslocado no meio de tanta merd@. O pai dele é um b0sta, mas tem uma coisa q eu achei "legal". As vzs tu odeio uma pessoa, ela é desprezível e tudo em ti é contrário a ela, mas aí essa pessoa faz algo bom, e tu odeia isso. Pq é horrível como as coisas não são apenas bom e mal, pq seria mt mais fácil se fosse assim, mas infelizmente não é, pq o ser humano é uma b0sta mesmo. Um dos pontos do livro é isso, o significado de viver ou a falta dele. De como fazer isso, se há uma maneira correta e como lidar com isso. Não é um livro de plot twist (por mais q tenha sim coisas q tu fica tipo "queeee???" E meio q vai "escalando" as merd@s q rola) é a vida do theo e ele tentando existir no meio de toda a bagunça q é viver. Óbvio q ele tem traumas e mts questões (o guria perdeu a mãe num ataque terrorista e tinha um pai de merda) mas não é um livro sobre um personagem com algum transtorno psicológico e como ele lida com isso (amo livro assim tbm) é um personagem lidando com a vida e a confusão de tudo, a mediocridade mas que as vzs vale a pena. Eu não me identifico exatamente em como o theo vê a vida, eu só gostei MT de ler o ponto de vista dele. É tudo confuso sabe? Uma hr tá tudo bem e valendo a pena, eles são adolescentes apenas vivendo e numa amizade q é a primeira coisa estável na vida deles, e na outra ele é um adulto viciado, q vende coisas falsas, se casando com uma mulher q não ama e sabendo q ela tbm não ama ele. TUDO ISSO girando em torno do pintassilgo q é uma pintura q ele roubou aos 13 anos. Eu poderia falar mt sobre esse livro: 1° mas não quero dar mts spoilers e 2° eu acho q gostei tanto por causa do jeito q eu interpretei e de como o livro falou cmg, talvez alguém leia e seja super raso e fraco, e tá tudo bem, cada pessoa vai ter uma visão diferente carregada das suas próprias experiências, e isso é oq faz a literatura algo tão único e incrível

Ps: NUNCA vou superar o quão sem rumo me senti com aquele final, ela me deu um livro q me pegou mt e o final foi como ser deixado sozinho sem nada. Totalmente abandonado e deixado pra lidar com a vida sem nenhum rumo. Me senti mt abandonado. Ao mesmo tempo q a autora fala com o leitor ela também é meio distante sabe? Sla, foi estranho

Obs: se vc (assim como eu) resolveu ler pq viu um edit no tiktok do Theo e Boris eu preciso te avisar q eles não são um casal. Não chegam nem perto disso inclusive. Oq rola entre eles é uma amizade mt forte e dps vai acontecer um bgl e o Boris beija o Theo. (Por mais q eu se vc perguntar a *minha* opinião o Boris tinha um PUT@ crush no theo). Durante a adolescência deles rola uns bgl tipo eles dormindo de conchinha e partes do livro q dão a entender q rolava umas brotheragem BEM intensa... mas o livro não foca nisso. Se vc for ler esperando um casal lgbtq+ e um desenvolvimento vc vai se decepcionar pq não chega nem perto disso. Mas existem MUITOS livros lgbtq+ incríveis por aí. Sério, leiam livros lgbtq+ (em especial livros lgbtq+ nacionais pq a literalmente nacional é F0DA)
Taylor33 17/03/2024minha estante
Obg: tava relendo as minhas anotações e mds o theo é mt fudid0. Tem uma parte onde o Boris diz "eu estava tentando me divertir, vc estava tentando morrer" e é real, o theo é um personagem superficialmente "comum" mas q esconde tanta coisa, tudo q ele sente é tão profundo q tu tem q ir pescando pequenas partes do livro onde essa parte dele aparece. Alguém paga uma terapia pra esse mlq




Mari 16/03/2024

Arrebatador
Espécie de resenha que escrevi em 2020, logo após terminar a leitura:

Esse livro é arrebatador.
Me senti até um pouco paralisada e incapaz de qualquer coisa quando terminei.
Ele é tão denso, com tantas informações, que muitas vezes parecem até fúteis, e assim ele se torna muito profundo. No começo eu não estava entendendo nada, achava meio monótono. Tenho certeza de que vou ter que reler algumas vezes porque muitos trechos ainda não entendi por completo (e talvez eu nunca entenda, pra falar a verdade, mas acho que essa é a graça, não é?). Mas parece que tudo ganhou um pouco de sentido no final.
O jeito como tudo é construído é pra fazer você se sentir como Theo, o personagem principal. Eu sinto que chorei com ele e quis as mesmas coisas que ele queria (mesmo sendo coisas totalmente catastróficas). Senti alívio e frustração.
É tanta informação, tanta reflexão, tanta poesia, e parece que ele só está casualmente descrevendo sua infância e vida adulta.
Eu não sei, não sei como descrever. Estou escrevendo de improviso mesmo. Não sei que palavras usar, porque não é como se fosse um livro que te deixa de coração quentinho no final. Ele não é muito amigável. É mais como um soco na cara. Nada nunca esteve bem, nada nunca esteve razoável.
Mas eu nunca me senti tão satisfeita por ter lido um livro.
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rkive 10/03/2024

Bem vindo de volta Friedrich Nietzsche
Eu já tinha lido "a história secreta" da donna tartt, e para mim foi muito mais fácil me acostumar com a narrativa de "o pintassilgo" do quê "a história secreta", pois a história do theo não chega a ser massante de ler igual foi com o richard, de "a história secreta"

"o pintassilgo" é um livro que conta a vida de Theodore becker, adolescente que enfrenta momentos caóticos durante toda a sua vida e que tenta desesperadamente esconder um segredo.
o primeiro ponto crucial para o crescimento desordenado de theo é o ataque que explode partes do museu onde ele e a mãe estavam, esse ataque ocasiona a morte da mãe dele e basicamente molda a forma como theo se relaciona com as pessoas e também a forma dele de enxergar o mundo.
a vida do theo é dividida em dois pontos cruciais: antes da morte da mãe e depois da morte da mãe dele. depois de perder a mãe de uma forma tão abrupta é como se ele tivesse perdido a infância e também alguma perspectiva de uma vida sem tantos altos e baixos, diante disso a história pega muito na questão psicológica, artística, poética e também amizades e relacionamentos interpessoais difíceis.

os personagens secundários ajudaram muito na construção do Theodore, especialmente o hobie (pai de todos!) e também o boris, que eu ainda não sei o que sinto em relação a ele, é simplesmente uma linha tênue entre amá-lo e odiá-lo. Há um debate interessante que o boris traz a tona sobre como não dá pra reduzir tudo em bem e mal e é engraçado como eu me sinto exatamente assim em relação a ele.
o único momento que eu achei um pouco chato da leitura foi quando o theo chegou a vida adulta, mais especificamente os capítulos finais que o boris reaparece e tudo o que acontece logo depois, porque eu achei que muitas das vezes houve uma coisa extensa desnecessariamente.

eu gostei tanto de ler os pensamentos do theo sobre a vida, como tudo as vezes é tortuoso e que a morte sempre vai nos vencer no final, mas que isso não significa que temos que nos rastejar diante dela.
enfim, é uma glória e um privilégio amar o que a Morte não toca.
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Alvim4 06/03/2024

Terminei de ler já combinando com minha mãe que vamos tatuar um pintassilgo no braço.
Um pouco depois que esse livro lançou em 2014, minha mãe comprou e leu. Ela ficou encantada e quando comentava com as amigas sobre ele era sempre uma frase simples tipo "ai meu coração, eu amo O Pintassilgo". Nada específico sobre a trama, algo mais geral, como se fosse impossível sintetizar tantos sentimentos que o livro trazia. Como se ele fosse um livro belo, triste, grande e pequeno ao mesmo tempo.

Ela emprestou a cópia dela pra uma amiga que nunca devolveu o querido Pintassilgo dela e, ano passado, fim de 2023, ela comprou o livro e me deu de presente de natal, costume que nós não tínhamos. Acho que ela lembrou que eu tinha amado A História Secreta da Donna Tartt e estávamos num momento bem Gilmore Girls de proximidade.

Esses detalhes tem a ver com o que quero dizer, prometo. Enfim, comecei a ler esse ano, dez anos depois que ela, e O Pintassilgo facilmente entrou na minha lista de preferidos. Acho que esse livro pode tocar muito as pessoas que sentem uma proximidade maior com a mãe do que com o pai, que acredito serem muitas. Me identifiquei muito na forma como a relação de Theo com a mãe, retratada nas primeiras páginas do livro, é sensível. Donna já me conquistou aí. Nunca antes li um livro que capturasse isso tão delicadamente. Theo está no início da adolescência e tem uma amizade com a mãe, sabe quem ela é, das coisas que ela gosta, nota qual o perfume dela, as roupas dela, os filmes que ela gosta e os que não gosta. Na minha concepção, é curiosamente raro entender um parente verdadeiramente e ser entendido de maneira profunda. Muitas vezes é frustrante se sentir desconhecido por quem teoricamente deveria saber tudo sobre você. É lindo ver uma relação simples composta por filmes em casa e pizza, conversas de ouvidos abertos e um genuíno interesse um pelo outro. A frustração de não ter isso esvazia a vida de sentido.

Pra além da tristeza de Theo, existe uma beleza na relação dele com a mãe que é a pura saudade, sem arrependimentos. Claro que existe a culpa pelo acontecimento trágico inicial. Mas a vida com a mãe antes dele foi bem vivida, foi verdadeira, era um iceberg todo e não só a ponta. Não existe uma relação hierarquizada com a mãe, de ordens e ameaças. Existe puramente companhia, amor e diversão.

A vida de Theo só fica mais e mais difícil, na clássica montanha russa de sentimentos que Donna Tartt tanto sabe arquitetar. Se você nunca leu um livro dela, já aviso, você será totalmente inútil se tentar prever os acontecimentos seguintes. Isso faz a trama realmente parecer com a vida, os momentos não se encaixam quase nunca da maneira esperada mas muitas vezes embolam nós surpreendentes no curso das coisas. Esse não é um livro sobre ações, é um livro sobre acompanhar o que Theo sentiu e viveu, uma história intrigante que nos deixa curiosos sem nunca cair no clichê.

Se fosse fazer uma sinopse sem entregar nenhum acontecimento do livro e ser estragar a experiência da descoberta, diria que esse livro é sobre a imortalidade do amor, é sobre quem nós somos e sobre o que decidimos valorizar e amor. Ele é uma tristeza feliz. Choro de conforto, tristeza e amor. Lindo, lindo, lindo. Agora entendo minha mãe. É muito bom fazer isso em vida.
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patiapple 06/03/2024

Talvez terminar esse livro às duas da madrugada num quarto escuro sem som algum não tenha sido a experiência mais feliz e reconfortante possível. Mas acho que não poderia ser diferente. Tanto a se falar sobre um livro que não me falou muito por muito tempo, mas que quando falou, realmente falou. Me envolvi muito na história até um pouco mais da metade do livro, depois fui me afastando e aqueles lugares e pessoas pareciam não se conectar mais comigo. Até o último capítulo. Todo esse niilismo e desespero ansioso jogado em cima da gente, mas ainda com a ousadia de no final ter nos mostrado uma pequena esperança sobre essa experiência torturosa e agoniante que é viver. A beleza de se amar aquilo que a morte não toca. Muito lindo. Luto, amizade, amor, frustração, abandono, negligência, nostalgia, sonhos, drogas, arte... Tudo aquilo que nos rodeia e que nos faz humanos... Muita coisa pra se pensar depois de terminar essa leitura. Apesar de ser repetitivo, monótono e parado em algumas partes, com personagens que não me cativaram em sua grande maioria, vai ser uma leitura que irei lembrar com carinho de ter me acompanhado neste último mês. Gostei bastante da escrita. Queria que o livro tivesse seguido apenas essa linha reflexiva e cotidiana e não ter abordado também essa coisa mais de ação, apesar de entender sua importância para a história; isso me fez gostar muito menos do livro do que gostaria. Por fim, fico com o que mais me marcou desta leitura: o poder que a arte tem de se mostrar muitas, contínuas, imortais, complexas e tão pessoais, tocando em cada pessoa de forma distinta, e o poder que nós, meros mortais, temos de amá-las.
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helenabonamigo 07/02/2024

Esse é um livro 5 estrelas até sua metade, quando chegamos na vida adulta de Theo a autora se perde... Penei para terminar, infelizmente.
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Selkie 27/01/2024

O Pintassilgo
Quando um livro é muito bom, sinto que não sei fazer uma resenha a altura. Mas vamos lá.

Nas primeiras trinta páginas foi uma tortura. A história não ia para lugar nenhum e tudo era descrito ao extremo. Mas conforme as páginas foram passando eu me acostumei com a escrita da autora e as descrições em excesso passaram a ser bem vindas, davam um quê de especial.
Me apeguei muito ao Theo e ao Hobie e tenho um carinho pelo Boris. Os personagens são o ponto forte da trama e me peguei torcendo por um final bom para todos eles ao passo que a cada má decisão meu coração afundava.

No final, gostei de algumas partes da reflexão do Theo sobre a vida. Não concordei com tudo mas valeu a pena ler o livro.

"Não se trata de aparências externas, mas de significado interno."

"A beleza altera a textura da realidade. [...] a busca pela beleza pura é uma armadilha, o caminho mais rápido para a amargura e a tristeza, a beleza tem que casar com algo mais significativo."
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joaoggur 16/01/2024

A jornada do Pintassilgo; e tudo que ele representa.
Sobrevivendo a uma explosão terrorista em um museu, o jovem Theo tenta socorrer um idoso debaixo dos escombros. Em um momento de confusão mental, o velho entrega-lhe um anel, diz para quem deve ser entregue e aponta para um quadro de um Pintassilgo. Na confusão, o jovem pega o quadro para si. Naquele mesmo dia, com um item roubado, descobre que sua mãe morrera na explosão, e acaba indo morar na casa de uma socialite, - e cada vez descobre mais sobre o dono do anel e sua sobrinha, sobreviventes do atentado.

A única palavra que posso dar a este livro é JORNADA. Depois das setecentas páginas, que nao precisam ter um ritmo frenético para cativar a atenção do leitor, apenas reflito que a obra é uma grande jornada do protagonista, Theodore Decker. Tomamos porrada junto dele, tal como triunfamos em seus (poucos) momentos de glória; seu esmero com o quadro roubado é transferido para o leitor, e posso dizer que eu quase tinha calafrios nos momentos em que ele o manuseava. E engana-se quem crê que o extremo cuidado de Theo com o centenário objeto é apenas uma questão estética; o Pintassilgo, de Fabritius, representava tudo que ele perdera no fatídico dia do atentado; sua infância (com as idas ao museu, os restaurantes nova-iorquinos, o art rock?) e aquela que a tornava mágica, - sua própria mãe. Sem dúvida alguma, o ponto alto do livro.

A palavra ?métrica? comumente é posta em sentido poético, mas tomarei a liberdade de pô-la em sentindo de prosa. Donna Tart tem domínio em desenvolver a ideia do tempo; e isto é essencial em uma obra deste calibre, onde o leitor fica atento nas setecentas páginas por simplesmente ter o protagonista como um amigo de infância e, posteriormente, da vida adulta. Tudo é posto exatamente no-tempo-que-merece-ter, não sobrepujando conceitos um-no-outro (talvez apenas na parte final, onde um esquema mafioso é explicado de forma acelerada), sabendo onde gastar cada pagina.

Este é o tipo de obra que o desenvolvimento dos personagens é tão essencial como a história em si; ouso dizer que a história só funciona pela relação que o protagonista tem com adjacentes. Me apaixonei por Pippa, vi Hobie como um pai, tive uma relação de amor e ódio com Boris, - e tudo isso se explica pela sensacional narração em primeira pessoa. Como não lembrar de Holden Caulfield (Apanhador no Campo de Centeio) quando Theo estava vagabundeando em Nova York? Como não lembrar de Charlie (As Vantagens de Ser Invisível) em seus momentos de niilismo adolescente?

Sensacional. Um livro feito para quem gosta de jornadas, de personagens apaixonantes e odiosos. Vale a pena.
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Yasmin1136 15/01/2024

Eu diria que para pessoas como eu que conheceram a Donna Tartt por A História Secreta acham esse livro decepcionante.

Comecei a leitura cheia de expectativa e conforme ia avançando, fui perdendo a vontade de passar as páginas.

Tem partes tão macantes, só do Théo preso em memórias ou então seus pensamentos.

Vi vários elogios com esse livro e só posso dizer que, terminei a leitura na força do ódio. Eu já não aguentava mais alguns personagens tediosos.

As poucas coisas que salvam é a relação do Théo com o Boris e com o Hobie.

Eu estava tão sem expectativas que ao chegar no final nem tinha mais decepção para poder dizer que é ruim.
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