@APassional 04/07/2014
Túneis da Morte * Resenha por: Rosem Ferr * Arquivo Passional
Apertem os cintos e preparem-se para viajar através das Necrovias...
Unindo ficção científica, suspense e fantasia, Bushnell nos encanta com uma trama envolvente, repleta de aventuras e misteriosos segredos a serem desvendados, sua criatividade é brilhante e nos surpreende a cada página!
Seus 31 capítulos, narrados em 3ª pessoa sob o ponto de vista de Jack Morrow, são tão vívidos, emocionantes e dramáticos, que ficamos completamente tomados pela jornada deste garoto de 12 anos, que mergulha corajosamente no passado para descobrir suas origens e resgatar o verdadeiro sentido dos laços que unem uma família.
“E por baixo daquilo tudo estava a ideia de que um menino que viaja no tempo pode ser capaz de impedir coisas que já aconteceram, para salvar pessoas que já morreram, para unir sua família novamente.”
Assim Jack subitamente é lançado a uma realidade paralela que o levará a desvendar “outros mundos” e suas criaturas, como: Homens pó, as Paladinas, os Tecelões; E à outras épocas, em que terá de barganhar com Oficiais, Manipuladores, Papões, Descritores, afinal ele é um Viajante em busca de respostas, e a informação é a moeda de troca nestes mundos.
“Você ficaria espantado se soubesse quanto pagam por informações perdidas no tempo.”
Davey [seu avô adolescente] será seu melhor amigo nesta busca: sedutor, malandro e nada confiável, é o oposto de Jack. As inúmeras confusões em que se envolve, bem como as fugas que os dois são obrigados a empreender graças às malandragens de Davey, dão um colorido extra à trama, e muito conflito no decorrer das revelações que permeiam os acontecimentos, aliás a família de Jack é cheia de surpresas no quesito: Personalidades distorcidas.
Roland é um vilão assustador, seu poder de manipulação é inquietante, mas Jack e Davey realmente são duas “pestes” e vão lhe dar muiiiiiito trabalho, e nos garantir muiiiiiiitos sustos e gargalhadas.
A ambientação em Londres é precisa no “clima emocional” que permeia os bombardeios de 1940, na tentativa de ocupação pela Alemanha nazista, bem como na descrição da mesma Londres em 1813. Bushnell tem o dom nas descrições, são simples e diretas, entretanto profundas, é como se nos transportasse aos locais, o mesmo ocorre entre as passagens nas Necrovias com sua descrições inquietantes, é de arrepiar... Seria Bushnell um “Manipulador”? Só quem ler poderá opinar, Hahaha!
Ao invés da donzela em perigo temos uma espadachim salvadora, Eloise, que acompanha nossos heróis na aventura, uma amizade leal de vida/morte é travada entre eles, e através dos tempos.
Falando nisso, essa questão Vida/Morte foi explorada de forma magnífica pelo autor, que chegou ao cerne da questão com a simplicidade inerente aos grandes mestres. Bravo!
Galera, se eu revelar mais, vou estragar o assombro e prazer desta excelente aventura. Niel Bushnell me cativou profundamente, viajar no tempo com ele é incrível. Experimentem, é Sensacional!
Devorei, Amei e já está entre meus favoritos.
By Rosem Ferr.
Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 27/06/2014.
site: http://www.arquivopassional.com/2014/06/resenha-tuneis-da-morte-niel-bushnell_27.html