Vagner46 09/02/2015Desbravando A Música do SilêncioMundialmente conhecido pelos livros O Nome do Vento e O Temor do Sábio, Patrick Rothfuss pensou um pouco diferente dessa vez e criou um livro pequeno (144 páginas) para falar mais sobre uma de suas personagens: Auri. Em A Música do Silêncio, acompanhamos Auri durante sete dias de sua vida estranha nos Subterrâneos enquanto ela aguarda a visita de alguém muito querido, que provavelmente é Kvothe, protagonista d'A Crônica do Matador do Rei.
Com uma narrativa monótona e totalmente diferente do comum (sim, é isso mesmo que você leu), Patrick Rothfuss nos traz algumas informações relevantes para entendermos melhor a personagem e o mundo: [ALGUNS SPOILERS MODERADOS A PARTIR DAQUI] Auri estudou muito a Alquimia enquanto estava nas aulas da Universidade, tanto é que deve ter sido uma das melhores alunas nesse quesito. Auri não é seu verdadeiro nome, como muitos já sabiam. O mundo em que se passam as aventuras chama-se Temerant, essa sim uma informação bem nova e interessante.
Pelo que vi nas resenhas mundo afora, muitos odiaram e muitos amaram o livro, esses últimos comentando sempre sobre a escrita poética e sobre como cada detalhe mínusculo faz diferença na vida da Auri. Mas gente, desculpa, isso não é para mim. Um livro sem diálogo, sem interação, sem um mísero conflito, com somente um personagem passeando por aí com uma engrenagem e gastando mais de 10 páginas com alguém fazendo sabonete? Não, não é para mim! Felizmente pode ser para você, então não leve minha opinião como se fosse a única que você vai ler.
Ainda bem que o próprio Patrick sabia que esse livro contando alguns dias da vida da Auri não iria agradar tanta gente assim enquanto estava escrevendo-o e deixou esse recado sincero no final:
"Então. Se você leu este livro e não gostou, me desculpe. A culpa é minha. Esta é uma história estranha. Talvez você a aprecie melhor numa segunda leitura. (Quase todos os meus livros são melhores da segunda vez.) Mas também pode ser que não. Se você é uma das pessoas que acharam esta história desconcertante, tediosa ou confusa, peço desculpas. A verdade é que provavelmente ela não era para você."
E não era mesmo, pelo menos para mim. Arrisque-se por conta própria e tire suas próprias conclusões, enquanto isso eu pensarei sempre na frágil/pequena Auri pelo ponto de vista do Kvothe.
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