Reinações de Narizinho

Reinações de Narizinho Monteiro Lobato




Resenhas - Reinações de Narizinho


152 encontrados | exibindo 76 a 91
1 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11


Cléia 18/01/2023

Quando li "Felicidade Clandestina", me bateu uma vontade enorme de ler "Reinações de Narizinho". Finalmente tive a oportunidade de lê-lo e só posso concordar com Clarice.
Este livro é um encanto. ??
Eu gostaria muito de tê-lo lido na infância, pois tenho certeza de que, assim como no programa de TV, eu certamente teria acreditado em cada uma das aventuras tal qual os personagens.
Já minha percepção como adulta é a de que todo o livro é uma linda fantasia das crianças. Acho que é assim mesmo que deve ser e é essa a beleza da obra.
Monteiro Lobato possuía essa mente brilhante que conseguiu chegar à fase adulta sem jamais perder a magia da infância.
Os personagens e suas aventuras são velhos conhecidos de quem, assim como eu e meus irmãos, acordava cedinho, se enrolava no lençol e sentava em frente à TV para assistir ao "Sítio do Pica-pau Amarelo" (ouço até a música). Inclusive, estou lendo a obra completa e até o momento estou achando o programa bem fiel aos livros.
Por fim, deixo aqui a polêmica envolvendo a acusação de racismo contra Monteiro Lobato.
Sim! Evidente Tia Nastácia é retratada de forma muito racista: a ênfase constante em seu tom de pele; a comparação da sua cor de pele; a visão dos demais personagens para com Tia Nastácia; a forma como a personagem se expressa e o quanto demonstra ser ignorante ao ponto de crer e temer todos os eventos misteriosos do sítio; a sobrecarga de trabalho sobre ela, apesar de ser mais velha do que Dona Benta; a vergonha que ela sente por ser negra e a tentativa de Narizinho de justificar o fenótipo da pele de Nastácia perante as princesas; e, até mesmo as ofensas de Emília para com a bondosa senhora.
Manifestadamente, esse é um retrato da sociedade da época que nos lembra que o racismo deve sempre ser rechaçado.
comentários(0)comente



Karina.Alves 22/03/2023

De volta à infância
Conhecido como a locomotiva do comboio da saga do Picapau Amarelo, Reinações de Narizinho reúne as onze histórias que Lobato começou escrevendo em 1920. Surgem ali Narizinho, Pedrinho, o Visconde, Rabicó, Tia Nastácia, e, claro, Emília, que comanda todas as travessuras em um misto de realidade e fantasia, trazendo à cena personagens clássicos da literatura infantil mundial, como Cinderela, Branca de Neve, o Gato Félix, todos ilustres convidados de cada uma das festas.
comentários(0)comente



z..... 13/02/2017

O primeiro livro do Sítio do Picapau Amarelo (1931)
Esse ano quero reler a coleção, preferencialmente em ordem cronológica. Tenho todos os volumes e li há muito tempo. Exceto um, que guardei para reencontro e deleite futuro. Na minha cabeça é como se fosse um doce para mais tarde. Pois bem, desse ano não passa. Para quem tem o "Sítio" marcado na infância, essa maratona é uma de minhas melhores metas em 2017.

"Reinações de Narizinho" reúne as primeiras histórias e mostra um caminho em construção. A obra tem momentos surreais que inicialmente eram tratados como um sonho (é o que acontece em relação à primeira viagem ao reino das Águas Claras e ao das abelhas, que me parecem os primeiros textos da série), mas o autor vai trazendo as histórias para o mundo real da menina a partir daí. Ainda bem que começou a ter outra percepção, pois isso engessava as possibilidades.

As histórias tem essa caracterização, de trazer a fantasia para o mundo da criança, buscando inspirações na literatura, cinema e contexto de época em uma cativante mistureba. Lobato construía um universo infantil genuinamente brasileiro quando percebeu a falta.

Vou registrar algumas coisas nesse processo, ainda que bobas:
- Narizinho era chamada por seu nome nos primeiros textos (Lúcia), tem 7 anos e o nome que a consagrou tem correlação também com a personalidade forte em não aturar desaforo, principalmente quando em relação a quem gosta.
- Pedrinho tem 10 anos, é filho de Antonica e tem no Sítio a vivência de uma liberdade que não encontrava na cidade.
- Dona Benta é desde o início celebrada por sua sabedoria, principalmente como contadora de histórias, coisa que o Lobato procura incentivar para as crianças.
- Tia Nastácia tem referências que soam de maneira preconceituosa. A maior parte é chamada de "a preta" e com adjetivos pejorativos como beiçuda. Acredito que havia um contexto de época fortemente arraigado à velhas percepções e não necessariamente uma valorização racista, como muitos dizem hoje.
- Visconde foi criado para ser o pai de Rabicó no casamento com a Emília.
- Lobato cita também personagens do cinema e literatura infantil nas aventuras da turma.
- O livro é datado de 1931 (posterior à outras publicações), mas é o precursor do Sítio por ter as primeiras aventuras, escritas a partir de 1920.
- "Aí tem maroscas!" Registrei a expressão apenas por não conhece-la e achar engraçada. Pedrinho a usava e tem um sentido de que existe alguma maldade.
- O livro mostra o quanto Lobato tinha um conhecimento vasto na literatura infantil. Eu que achava que conhecia, não soube identificar as personagens Rosa Branca e Rosa Vermelha. Quem são, hein?
- Gostei especialmente do capítulo que fala da visita dessas personagens ao Sítio. Ah, algumas notas bestas... Chapeuzinho vermelho parece que não era ainda o nome mais popular da personagem (falavam Capinha ou Capuzinho) e o visual da Branca de Neve era de uma loira (a imagem mudou, creio, a partir do filme da Disney). Quanta besteira... Só escrevo por gostar de registro, ainda que debaixo de mico.
- Chama a atenção o fato dos mitos do folclore nacional ainda não aparecerem. Acho que o autor buscava inspirações e colocava suas personagens de maneira dominante sobre as conhecidas na literatura. Por exemplo, as tiradas da Emília são irônicas e impagáveis no trato com algumas delas, o Pedrinho tem uma rusga com o Aladim (chamado de Aladino) sobre quem era mais audaz, aparece um Gato Félix falso (qual será o tamanho do personagem na época?) que é desmascarado pela esperteza da turma e o Tom Mix (personagem do cinema) aparece como um bandoleiro também engambelado.
- "Olhos de retrós". Que característica mais inusitada da Emília citada nesse livro. Toda vez que ficava espantada os olhos arregalavam e estouravam. Acho que o Lobato não levou isso adiante. Não lembro disso em outros livros. convenhamos que é no mínimo angustiante. Era o processo de construção...
- História, geografia, matemática, mitologia grega, literatura infantil, cinema... Percebemos um universo vasto tratado na obra do Lobato, mas acho que ele deixou uma lacuna que poderia ser explorada e me leva a investigar a linha de pensamento que ele tinha nisso. Não seria legal brincar também com personagens bíblicos? Por que será que não fez, sendo o país de cultura tão arraigada na religiosidade? Algumas coisas isoladas são citadas, mas rapidamente, como o Pedrinho tentando dar vida a um boneco com o "sopro de vida". Qual terá sido sua linha de pensamento? Vou investigar... Será que ele era ateu ou agnóstico como se diz hoje?
- Uma olhadela na internet confirmou o que imaginava do autor...
- Quando descobri, fiquei sugestionado a algumas coisas. Como ia começar a ler o capítulo "Pena de papagaio" tive a seguinte percepção (mas não estou dizendo que era a intenção do autor): a história parece uma sátira à fé, pois o Pedrinho encontra um personagem invisível que identifica como o Peter Pan (é o juízo de valor dele), e este lhe mostra um mundo de fábulas. Hum... Aí tem Maroscas! Principalmente quando vemos que o Visconde, símbolo da razão e saber, não participa dessa aventura por estar embolorado (esquecido em um canto... história sem razão...). É só uma observação sem fundamentação. Voluntário ou não, a boca fala do que está cheio o coração.
- Ah, esse capítulo tem também o texto "Os animais e a peste" que para mim, agora, é o mais instigante do livro. É uma fábula curiosa e dela veio o Burro Falante para o Sítio (ai, ai... espero não estar sendo um burro falante também).
- Fiquei meio cabreiro na leitura final do livro. Mas também, olha só, fala do pó de pirlimpimpim, que era aspirado e transportava para o mundo da fantasia. Será que o Lobato? Acho que talvez nunca tenha essa resposta... Voltando ao que se quer expressar, é uma valorização da imaginação infantil.
- O livro termina com o Pedrinho voltando para a cidade.

Imaginação, fantasia, valorização da brincadeira infantil, despertar para a aprendizagem, são os aspectos que se notam no livro.
Samara 16/02/2017minha estante
Na época que li eu era adolescente, hoje eu não teria a mesma opinião formada dos livros que tinha na época, especialmente em relação à Tia Nastácia. Acho que eu iria odiar Histórias de Tia Anastácia, na época já não gostei, piorou hoje.


Samara 16/02/2017minha estante
Adoro os livros que falam sobre História do mundo e Mitologia grega, o melhor que li de mitologia até agora.


WilsonSacramento 16/02/2017minha estante
Ótimos pontos abordados... preciso fazer o mesmo um dia, reler estes que foram livros de acesso ao mundo da leitura!


z..... 16/02/2017minha estante
Oi, Samara! Também não gosto de certas descrições no livro e curto também obras sobre a mitologia grega.


z..... 16/02/2017minha estante
Valeu, Wilson! Os pontos são amenidades que não quero esquecer sobre o livro.


Samara 17/02/2017minha estante
Ele escreve muito bem sobre mitologia


z..... 17/02/2017minha estante
É Samara, mas na valorizaçao à turminha do Sitio ele era capaz de fazer pequenas alteraçoes. O Hercules, por exemplo, em outro livro era um panacão.


Samara 17/02/2017minha estante
Me lembro kk coitado do Hércules




Igor 26/11/2023

Sobre Reinações de Narizinho
A obra de Monteiro Lobato é incrível, transporta o leitor na hora pra sua infância, o livro nos mostrar inúmeros momentos em que sonhos da personagem viram realidade, dessa forma o que era pra ser mágico é irreal se mescla com o mundo real, Narizinho é a protagonista da história mas divide muito bem seu papel com Emília e Pedrinho, sendo o núcleo de crianças que iniciam todos as aventuras incríveis. Dona Benta é Tia Nastácia são o núcleo adulto que tendem a não acreditar no mundo mágico mas que rapidamente passam a ser levadas as aventuras pelas crianças.

O livro, assim como toda obra de Monteiro me encantou, mostrando o cotidiano de anos passados, história muito parecidas com o que minha vó sempre me contou na infância, o dia-a-dia antigo que hoje apenas visitamos por histórias e memórias de pessoas mais velhas.

A minha única e grande ressalva é o racismo que Monteiro Lobato emprega em qualquer personagem preto, principalmente com Tia Nastácia que é sempre ridicularizada e tomada como ?ignorante?, tendo em mente que isso é um retrato horrível da época que foi escrito.
comentários(0)comente



João Paulo 01/04/2020

E nas reinações de Narizinho...
... quem reina é todo o sítio. Pra quem cresceu assistindo às histórias do Sítio na TV Cultura é pura nostalgia ler as histórias no original.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
Jussara 10/05/2017minha estante
Amei a resenha, fiquei com vontade de ler o livro


Jussara 10/05/2017minha estante
null


Raelito 16/05/2017minha estante
hahahahaha leia




Mare 01/06/2024

Gostinho de infância no sítio
É delicioso ler esse livro que acaba sendo um afogo na minha criança interior, toda essas histórias fantásticas, a imaginação sem limite é nostálgico para quem cresceu assistindo aos filmes e desenhos do universo.

Obviamente não podemos esquecer do racismo escancarado do Monteiro Lobato, que particularmente eu pensei que seria muito pior, pensei que a Tia Nastácia (única negra desse livro) seria maltratada por todos, mas, apesar das frases preconceituoso, a personagem é muito amada e querida pelas crianças e demais personagens.

Ademais, adoraria ser uma criança no sítio do pica-pau amarelo.. quem sabe em um universo paralelo!
comentários(0)comente



Gleice125 08/07/2023

Nostalgia
Conheci o "Sítio do pica-pau amarelo " através da série da Globo e sempre tive curiosidade pra ler a história original.
.
O livro é capaz de despertar esse sentimento de nostalgia. Ele é dividido em diversas aventuras e vamos acompanhando Narizinho, Pedrinho e Emília por elas.
.
A linguagem, no início foi um pouco travada pra mim, mas depois me acostumei e flui bem.
.
O cenário criado por Monteiro Lobato é incrível, ele faz o leitor viajar por diversos cenários. Apresenta diversos personagens e histórias, o que achei muito interessante, pois isso instiga ao leitor procurar por essas outras histórias.
.
Em alguns momentos achei algumas situações um pouco adultas demais. Como por exemplo o incidente com a peixinha(kkkkkk). Mas me peguei rindo em alguns momentos.
.
Porém toda a problemática que envolve a Tia Anastácia, quebrou um pouco o encantamento que essa história tinha pra mim. O racismo com o qual ela é tratada e representada não é algo que se consegue ou se deve evitar. Me senti muito desconfortável com alguns diálogos que a envolviam. E apesar de ser um clássico brasileiro, hoje, eu não teria coragem de presentear uma criança com esse livro, infelizmente.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
Ananda Castro 24/09/2018minha estante
D:


Mariana.Vilela 08/02/2020minha estante
Exatamente! A quantidade de racismo nesse livro é impressionante. Difícil demais ainda dizer que é um livro importante para crianças. Essa citação foi o cúmulo!




Bruno.Eyes 12/09/2023

Primeiro livro que li do Monteiro Lobato e fiquei apaixonado. Ansioso para ler outros, minha personagem favorita claro, Emília. Apesar dela ser bastante sem paciência, em alguns pontos a leitura pode tornar se meio arrastada.
De todas as histórias que li, a minha preferida foi do Gato Felix.
Visconde me deixou com mais vontade de explorar diferentes níveis de conhecimento. Impressionante como Monteiro Lobato faz referências a outros autores de fábulas como: la fontaine e Esopo.
Recomendo. Leitura muito boa.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



eduarda 11/06/2023

Nhe
É uma leitura infantil, não tem muito o que comentar sobre.
Alguns trechos já eram familiares e nestes casos foi gostoso reler, as ilustrações são uma Graça.
comentários(0)comente



Hester1 31/12/2011

Livro muito gostoso. Nenhuma crianca deveria deixar de ler.
comentários(0)comente



Larissa Pickler 29/11/2011

Reinações de Narizinho - volume 2
Neste novo volume, a turma apronta novas travessuras, sendo uma delas uma festa, nao como as outras, pois os convidados são encantados, eles também fazem o irmão de pinóquio, que fica um desastre e só ganha vida quando narizinho "sonha acordada". Eles fazem também um circo, chamado de circo de escavalinhos, nome sugerido por emília. Pedrinho certo dia escuta uma voz, que logo descobre ser de um menino invisível, dão a ele o nome de peninha pois colocam uma pena em sua cabeça para localiza-lo, peninha apresenta a eles o poder do pó de pirlimpimpim, que os leva em grandes aventuras em outro mundo, sendo que uma delas levaram ate Dona benta junto.
comentários(0)comente



Erika.Larissa 07/03/2020

por autores menos medíocres
a merda mais racista e burra que já li na vida. além disso é uma narrativa arrastada e chata. fim.

parem de apoiar um cara que literalmente exaltou a eugenia e disse que o Brasil não era bom por falta de uma K.K.K.
comentários(0)comente



152 encontrados | exibindo 76 a 91
1 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR