Camille.Pezzino 27/03/2021
RESENHA #166: O BERÇO DO NATAL
Por tradição, existem algumas datas comemorativas que mexem com o nosso cotidiano. A maior e mais famosa delas, principalmente no Ocidente, é o Natal. São poucas as famílias nas quais a data, seja a véspera ou o próprio dia 25 de dezembro, passa despercebido (considerando a tradição cristã). E, mesmo para aqueles que não cultuam ou comemoram, algo sempre acaba se modificando, seja não ter que ir trabalhar ou até ganhar um “Feliz Natal”.
As pessoas tornam-se mais próximas, fazem-se campanhas para ajudar aqueles que estão em necessidade e todo esse caráter caridoso é retomado historicamente graças a um livro chamado Uma canção de Natal. Assim, o que é mais interessante na obra de Charles Dickens é o poder da literatura na nossa vida, considerando, também, a abrangência e acessibilidade graças à escrita leve e fluida do autor (bem como o preço pago na época de estreia).
Uma canção de Natal é um livro clássico extremamente delicado que tanto trabalha a sociedade londrina após a Revolução Industrial quanto cada um de nós, todos os dias de nossas vidas. Scrooge é um personagem avarento e ranzinza, mas o que faz a sua história soar tão comum é que todos nós nos sentimos sozinhos em algum momento e, por vezes, podemos nos sentir ou somos responsáveis por isso. Além disso, cada vez mais, vivendo no capitalismo, devotamos o nosso tempo ao trabalho do que àqueles com quem nos importamos.
Dessa maneira, ainda que criticando a sociedade londrina em que o trabalho estava acima das emoções humanas, Dickens consegue conversar com o homem moderno e a sua mensagem se torna cada vez mais necessária.
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