Gisa 13/10/2014Justa causa pela autoraO livro é narrado pela Andréia, uma garota de dezoito anos, que vive correndo atrás do ex para reatar o namoro. Mas ele não está nada interessado em voltar com ela.
"-Déia por favor, o Lucas não está arrependido, se estivesse, já teria vindo falar com você. Faz quatro meses que vocês terminaram. -tentava me convencer Suzana.
-Mas os homens são todos meio devagar. Talvez ele ainda não saiba que está arrependido. "
A vida segue e ela precisa trabalhar. E logo no primeiro dia de trabalho, dá de cara com o lindo (sexy, gostoso, maravilhoso, perfeito, inesquecível) Diego, o chefe. E sobrinho do dono. O primeiro pensamento de Déia, é que esse cara lindo poderia ser uma distração enquanto ela tenta esquecer o ex, mas logo seus planos mudam. O Diego não é exatamente a pessoa mais bem humorada da face da Terra.
"-Não sabia que sobrinhos do dono batiam o cartão Diego. -falei para provocá-lo. Mas me arrependi na mesma hora.
Ele ficou muito sério e segurou meu queixo me obrigando a olhar para ele.
-Eles não batem. Mas o gerente sim. E é senhor Diego.
Ele foi embora e me deixou ali. Droga, pisei na bola com o chefe. "
Mas convenhamos que a Déia não é nada mole. Ela então desiste de chegar perto dele. Afinal o cara vive a ameaçando de demissão.
"-Senhor Diego, -ele corrigiu- e da próxima vez que quiser falar sobre demissão o RH fica na terceira porta a esquerda. "
"Credo. Toda vez que a gente se encontrava, eu tinha a sensação de que ficaria sem emprego. Era melhor ficar longe dele. "
Déia então recebe uma promoção. Passar a ser a secretária pessoal do senhor Multinacional. A primeira secretária. E isso quase custa o seu emprego. Mas em pouco tempo, os dois começam a se tornar amigos. E um clima começa a surgir por ali.
"-Você sempre tem condições não é mesmo, senhorita Rodriguez?
-Sempre. -respondi achando graça que ele tivesse aceitado a troca numa boa.
-Vou começar a impor as minhas condições também. -respondeu ele sério.
-E são muitas? -perguntei rindo.
-Você não imagina quantas. "
"Di. -Xinguei ele. -Você é um chato senhor multinacional. -me afastei cruzando os braços.
Ele veio até mim. Segurou meu queixo, e me olhando daquele jeito disse:
-Senhor multifuncional, eu diria. "
Apesar da sinopse e do nome, levar a crer que trata-se de um romance erótico, esse definitivamente não é o caso. Embora ele tenha uma cena mais caliente. ashuashua. Justa Causa está mais para uma comédia romântica.
A Déia é a garota comum, bonita, mas comum. Com as indecisões comuns de todas as mulheres. A quem a considere quase infantil. Não para mim, quero dizer, eu a acho muito engraçada e é impossível não rir com as besteiras que ela apronta. O Di é o cara lindo, rico, mas comum. Meio pé no saco no começo, mas logo, logo, ele se solta e você percebe que ele é só um garotão de barba.
Todos os seus personagens são comuns. Então afinal, o que eles tem de diferente? Exatamente isso. São personagens que podemos encontrar em cada esquina. A Déia poderia ser a sua melhor amiga, ou você mesmo. E o Di, ele poderia ser o seu marido mesmo, ou seu chefe.
Não encontramos nesta história, personagens com super poderes e nem personagens perfeitos. Todos eles vão cometer erros. Mas é incrível ver a mudança que ocorre em cada um deles. A Déia vira uma mulher e o Di, volta a sorrir.
A linguagem é muito fácil. Aliás, ele começa exatamente com a frase de Marcelo Carneiro da Cunha. " Mas saber a gramática é uma coisa e eu acho que é super importante. Contar histórias é outra. As vezes elas se juntam sem problemas, as vezes não. "
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