Greice Negrini 30/09/2014Não tão estruturado como uma Private.Hannah tinha treze anos quando ia comemorar seu Bar Mitzvah. A festa já estava preparada e ela estava mais do que feliz. Sua família era muito rica e seu pai fazia tudo para que ela e sua mãe sempre tivessem todo o conforto possível. Porém no dia em que elas estavam fazendo compras foram sequestradas. O que seguiu após isso foram dois dias de muita tortura e desespero. Hannah acabou vendo sua mãe sendo assassinada, pois seu pai não pagara o resgate e quando a Private foi chamada, só deu tempo de salvar Hannah.
Após sete anos, Hannah está decidida a tentar uma nova vida em Londres, onde fará faculdade de psiquiatria. A escolha é pela Chacellors, a famosa faculdade onde os abastados curtem seus bons momentos e a educação é uma grande exigência. Mas Harlan Shapiro, pai de Hannah, não vai deixar de forma alguma que ela vá correr algum tipo de risco em outro país.
Dan Carter é o encarregado para escoltar Hannah de Nova Iorque até Londres e também é o responsável pela Private na capital britânica. Dan é um homem musculoso, de 1,80 metro com uma aparência que chama a atenção. Serviu no Iraque e sabe muito bem como coordenar e trabalhar com uma agência de investigações.
Kirsty Webb é a ex-esposa de Dan, a detetive que cuida dos casos corporativos da polícia e que investiga uma série de assassinatos onde as vítimas tem os corpos dilacerados e com algo em comum: o dedo anelar cortado.
E é quando Hannah estava em um bar com sua amiga Laura e Chloe que, na saída da festa, ela é sequestrada e Chloe colocada em coma. O problema é que Chloe é a afilhada de Dan, inserida junto a Hannah como uma espiã para protegê-la de qualquer atentado. Mas o passado volta à tona.
Agora Dan, Kirsty e toda Private está novamente lidando com assassinos e suspeitos na corrida contra o tempo. Hannah escapou uma vez e agora pode ser tarde demais.
O que falo sobre o livro?
Eu faço coleção de livros de suspense e policiais. Tenho vários livros do James Patterson com outros autores e quem for pesquisar pelo autor aqui no blog vai ver as resenhas que eu fiz. Mas por que eu falo isto? Não sei qual foi a ideia central da história, mas algo saiu meio mal estruturada nesta trama. Se você for ler a premissa acima parece uma ótima história com um suspense de tirar o fôlego, certo? Ao menos foi isto que eu senti. E na verdade a iniciativa e o início do livro são exatamente desta forma.
Sempre me pergunto como funciona esta coisa de dois autores. Será que o James ajuda com alguma coisa na história ou dá a ideia e o outro autor vai construindo? Porque sei exatamente quando é um livro em que o James escreve por outras leituras que já fiz e pode-se considerar que este não seja um deles. Por isto acredito que tenha sido mais a ideia do que a escrita.
Na narrativa a personagem de Hannah é submetida a uma trama bem trabalhada, com uma ideia brilhante para um livro policial e neste ponto preciso parabenizar a lógica construída. Até então tudo é bastante natural. O problema é que em meio a isso também acontece uma outra história para que sempre haja outros suspeitos e a história comece a se intercalar. Isto é natural nos livros do James. O porém é que neste as histórias se perdem. Em um momento está em um lado e de repente quando você pensa estar pegando um gancho, já está em outro lado. Foi difícil assim conseguir estabilizar os personagens e fazer um traço de um perfil ao todo.
Outra característica marcante é um livro cheio de palavrões. Isso em si já muda bastante para outros policiais do James com co-autoria de outro autor. Claro que pode ser característica de personagem, mas achei bastante exagerado.
De toda forma, a Private é uma agência bem conceituada e com uma lógica favorável. Amei a forma como Dan mesmo com seu lado feroz também consegue ter a parte sólida e humana. Isto foi um ponto bem positivo e que ajudou bastante no livro.
Não vou deixar de ler os livros do James por esta confusão mental que criou-se na minha cabeça. Talvez eu interprete como uma forma diferente de entender o contexto. Talvez tenha sido uma nova jogada e eu, acostumada com o mais óbvio dos casos, me deixei indignar. Aí, o caso é totalmente injusto com o livro e você que lê esta parte crítica, favor desconsidere minha opinião.
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