Um país chamado favela

Um país chamado favela Celso Athayde...




Resenhas - Um País Chamado Favela


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Eduardo 11/08/2023

Está um pouco desatualizado
Quando falamos de dados e análises, creio que precisamos ter o material mais atualizado possível.... este livro foi publicado em 2013.

Alguna dados são interessantes, mas muita coisa deve ter mudado desde então... afinal, o próprio autor afirmar que favelas são organismos vivos e dinâmicos - e eu concordo!
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Loh.br 28/07/2023

Apenas li pois, disseram que nele existem várias informações das quais podem ser utilizadas como repertório, de fato, tem diversos, basta prestar atenção ao que lê, bastante educativo na questão de economia, e história, aliás retrata muitas coisas das quais poucos sabiam
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Drica 12/07/2022

Um lugar desconhecido por muitos.
Para aquelas pessoas q só conhecem as favelas pelas mídias, vale muito a pena a leitura deste livro.
Através deste livro você irá conhecer um pouquinho deste mundo.
Apesar das favelas terem ausência dos serviços públicos, elas não se resumem a tristezas e descasos.
Nas favelas também há amor, amizades, sonhos, realizações, alegrias, empregos, criatividade para se reinventarem o tempo todo, fé, cultura e muita solidariedade.
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Ricardo Tamanini 16/08/2018

Estatisticamente raso
O livro gastou muitas páginas falando de pessoas que incentivaram o livro. Apresentou alguns poucos dados estatísticos (o que pode mascarar muita coisa). A citação a Zumbi dos Palmares é lamentável. O que pode se aproveitar é que se a favela tem poder para girar o comércio, então há que se parar de depender de atitudes populistas de Governo, dando mais liberdade para empreender.
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Nathy 24/11/2016

Esse Livro é extraordinário, eu o adorei por trazer a realidade da favela trazendo ela para perto de nós e desmitificando o senso comum que favela é lugar de criminosos no geral. É a maior pesquisa realizada sobra as favelas brasileiras por Renato Meireles que é presidente do Data Popular que é bem citado no livro e pelo Celso Athayde criador da Favela Holding, juntos criaram o Data Favela. As favelas brasileiras poderiam formar o quinto país mais populoso do mundo, é capaz de movimentar bilhões de reais por ano com atividades lícitas.
Além de mostrar um universo que muitas vezes a mídia se nega a fazê-lo. Pessoas que enxergaram na favela um lugar onde pode ser retirado sua renda e ser fonte de lucro. Mostra também pequenos depoimentos de pessoas que moram e amam a favela, relata também um pouco como as famílias vivem e lutam contra o tão conhecido e temido tráfico de drogas inserindo e reinserindo principalmente os jovens em bons ambientes como cinema, teatro e até universidade, fora o fato de algumas dificuldades enfrentadas como calçadas mal pavimentadas.
É interessante como eles exploraram a atual historia da favela relacionando com a antiga historia do Brasil como a escravidão, os quilombos ficando mais claro de entender a historia das favelas e até mesmo a brasileira, dá para entender o porquê de tanto preconceito.
O livro é basicamente um relato da transformação e a evolução da favela na vida dos moradores e daqueles que estão cercados por ela fazendo uma integração de lugares diferentes e o a importância das favelas para o Brasil, afinal de contas elas movimentam boa parte da economia brasileira.
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Anderson668 30/10/2015

realidade
A união de duas figuras da sociedade brasileira, Renato Meireles, presidente do Data popular e especialista de mercado emergente e Celso Athayde, um produtor cultural, focado nas favelas e periferias, onde juntos fundaram o Data Favela.
Primeiro achei a capa e o título bem didático, atraindo logo sua atenção. Bem organizado e ilustrado, o livro apresenta uma linguagem popular, fluente, sem proporcionar dificuldades de leitura, feito para todas as classes. Os autores sempre colocam em pauta os estereótipos que a sociedade possui sobre a favela, sendo retratada pela mídia como um local sem evolução, com altos níveis de criminalidade, sem perspectivas de crescimento econômico e criatividade, passando conceitos prontos, cristalizados.
Abordando como a classe pobre conseguiu uma boa aquisição financeira com o governo Lula, focando sempre no maior poder de compra, sempre mostrando como pessoas de baixa renda conseguiram ter acesso a bens (objetos e serviços) que em outros governos não teriam essas possibilidades.

"O choque derivado da mudança está expresso na repulsa de certos setores sociais pelos pobres que viajam de avião, pelos negros que ingressam na faculdade, pelas empregadas que conquistam direitos trabalhistas, pelo proletariado que consegue adquirir um carro ou uma casa melhor" - Essa passagem do livro, apresentada na introdução por Preto zezé.
Renato e Celso tentam legitimar como a favela possui um desenvolvimento social e econômico diferente do que a mídia passa e de como os “favelados” são unidos, procurando um desenvolvimento coletivo.
O que eu senti muita falta no livro foi um foco maior no desenvolvimento da educação, onde os autores trabalham sempre no consumo de bens e serviços, deixando de lado as estatísticas da melhora na educação básica e/ou superior
(Onde a burguesia detém o poder ainda – principalmente das universidades públicas).
Poucas vezes os autores citam a inserção de pobres, negros na universidade pública.
No capítulo 1, os autores mostram como a favela e seus moradores se constituem, de como a evolução e o aumento no consumo de bens influencia no aumento da expectativa de vida, na cultura e na economia brasileira, revelando como o pobre realmente tem importância na economia brasileira, de como uma geladeira pode mudar tudo.
No capítulo 2, os autores apresentam como a favela se tornou o berço do empreendedorismo, de sua legitimidade como grande consumidora e produtora de bens de consumo, mostrando a participação de bancos comunitários (ferramenta que os autores defendem como ação de grande desenvolvimento local que deveria ser mais incentivado).
Trabalhando nesta perspectiva, os autores denunciam a injustiça tanto das instituições públicas quanto instituições privadas (principalmente bancos), que visam sempre o lucro exagerado através dos juros absurdos, não havendo um incentivo para os pequenos comerciantes, para esse povo "favelado".
Em cada capítulo, os autores abordam a ascensão do povo da favela, explicando como e exemplificando, apresentando pesquisas (da própria instituição), de como esses fatores são essenciais para o Brasil e de como o Estado não dá determinada importância a esse povo.
Um país chamado favela é um livro maravilhoso, que abre uma visão do que realmente é a favela e de que o povo da favela não é só formado dos estereótipos que a mídia produz. Na favela também produz arte, economia e cultura. O livro traz perspectivas reais, com base em pesquisas, em exemplos do cotidiano de alguns moradores, abordando sempre a injustiça que o povo sofre. Explica também como nasceu a favela (de forma injusta), mostra como o “favelado” tem variados gostos musicais e como ele se separa em gênero e faixa etária (estatisticamente).
Sempre com base em pesquisas, porcentagens, perspectivas, os autores formam um livro em uma base antropológica, apresentando os significados, a importância, a cultura, o desenvolvimento ao longo dos anos e governos, tendo ao mesmo tempo um livro cientifico, que comprova os fatos por pesquisas que estão disponíveis a todos.
O livro traz as realidades vividas pelos brasileiros que moram nas favelas, as realidades econômicas, sociais, judiciais, entre outras.
Concluindo, gostei muito do livro, muito didático, uma capa maravilhosa, ilustrações, traz uma visão econômica da favela positiva (coisa que eu particularmente não tinha), trazendo uma visão ampla. Recomendo a leitura.

site: http://ideaisideologicos.blogspot.com.br/
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Jessé 10/09/2015

Importante!
Apresenta um panorama muito interessante sobre a formação/surgimento das favelas brasileiras, bem como da sua configuração atual.

Traça um perfil geral das características sociais dos seus moradores, aponta os principais problemas enfrentados por eles, descreve uma série de experiências de trabalho e práticas culturais desenvolvidos por seus moradores e por algumas instituições.

Não trata as favelas como problemas, mas sim como um elemento estrutural marcante na sociedade brasileira que, produz conhecimento, cultura, sociabilidades, renda e que, pode (e deve) servir como exemplo para todo o país.
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Taisa.Tiago 06/09/2015

tesouros na favela
Realmente esclarecedor o livro diante da situação hoje encontrada nas favelas brasileiras, Celso e Renato junto com o Datafavela fizeram um grande trabalho mapeando todas as dificuldades e seu anseios dos povos das favelas do Brasil
Recomendo a leitura até para estudos na area da sociedadee hurbanização.
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Carlinha 19/07/2014

Refavela - A nova éra das favelas no Brasil
"A favela agita-se se desloca, aprimora-se e transforma-se. Empenha-se em exercícios estéticos e educativos, no beco,a viela da qual observa o mundo." Página 117 "


Um livro escrito por Renato Meirelles (presidente do Data Popular, primeiro instituo de pesquisa no Brasil focado em mercados emergentes). E Celso Athayde (criador do C.U.F.A – Central Única das Favelas, atualmente presidente do projeto Favela Holding que é um conjunto de empresas que tem como objetivo central o desenvolvimento de favelas e de seus moradores).

Este é um livro de pesquisa baseado em estudos realizados dentro das comunidades, e pautado de muitas informações esclarecedoras, e que com certeza vão te surpreender, irá prender sua atenção desde o principio, lhe agregando conhecimento aguçando ainda mais sua curiosidade sobre o tema. Esteja certo de uma coisa: depois de ler esse livro você vai enxergar a favela com outros olhos, nada mais será como antes.

Esteja preparado para quebrar qualquer tipo de preconceito (caso você tenha algum), e se permita visualizar um cenário real e tão próximo de você, porém marcado por alguns momentos de tristeza que facilmente se misturam com a alegria, coragem e superação, de um povo sofrido, mas também que cativam momentos de alegria, de um povo batalhador que vem se refazendo a cada ano, também crescendo em números e economicamente falando. Iremos desvendar os mistérios e verdades da "nova favela" (da ReFavela do Brasil). Esteja pronto para conhecer diversas histórias reais, contadas por quem já viveu, e vive do “outro lado do muro”, histórias de pessoas que vivenciam dramas e alegrias, mas que de alguma forma tem algo a ensinar, e fortalecem dia a dia da economia do nosso país.
E aí, vamos conhecer o mundo real das favelas do Brasil?!

Assim que o livro chegou, comecei a ler, ressalto que esse foi meu primeiro livro de pesquisa e superou todas as minhas expectativas. Minha maior curiosidade era saber como surgiu as favelas, os desafios e alegrias que mantém as comunidades. Sobretudo eu acho justo que todos os cidadãos seja da favela ou não, busquem saber mais sobre uma das maiores realidades do Brasil, que ainda divide não só opiniões, mas também pessoas. Esse livro mostra sem restrições, cada pedacinho que faz da favela ser o que ela é, com todas as suas evoluções e obstáculos. Além de esclarecer o que a mídia não diz.

O livro começa com o prefácio de Luiz Eduardo Soares, ele faz uma ligeira apresentação do que o leitor verá no livro, resumido em 10 páginas, também esclarece o significado da palavra favela e suas origens, tal como a visão do poder público e suas mazelas quanto a favela. Logo em seguida temos uma breve apresentação do rapper MV Bill, que é um dos idealizadores do projeto C.U.F.A. Ele diz que é possível sim, existir uma comunidade pacifica onde todos são unidos e se respeitam, é tudo uma questão de respeito e percepção de cada indivíduo.

“A favela é reduto de criatividade, da invenção, do empreendedorismo pleno, das artes, dos afetos e da solidariedade. E, se concordarmos, a carência não é uma característica daqui." Página 17

O projeto C.U.F.A e o Data Favela, também tem o apoio de alguns famosos descritos no livro, tal como Luciano Huck, Regina Casé, Pedro Zezé, entre outros.

Narrado por Celso e Renato Meirelles, o livro se destaca por sua objetividade e clareza quanto ao tema. Recheado de pesquisas que vai desde o principio das favelas no Brasil até - estaticamente falando – aos investimentos feitos dentro das comunidades que se nomeiam a "refavela" (a evolução das favelas), através de: parcerias e facilidades na compra de uma passagem área, ou nos comércios locais como: lotéricas, bancos, grandes redes de lojas famosas instaladas dentro das comunidades. Além dos depoimentos de alguns moradores das comunidades, relatando seus dramas e alegrias vividos ali.

Estatisticamente falando, estima-se que já são 11,7 milhões de habitantes que compunham a favela no Brasil. A surpresa maior se dá ao fato de que por sua extensão a favela chegaria a compor o quinto país mais populoso da federação, gerando assim uma renda de aproximadamente 63 bilhões de reais ao ano para o país. Mas isso não se compara a força e constante evolução das comunidades, assim a favela vem provando pelo tamanho da sua força e vitalidade.
Se de um lado rola o trafico e a violência, do outro existe pais de famílias que apenas desejam voltar para o seio da sua família em segurança e garantir um futuro digno aos seus filhos. Estamos falando de trabalhadores, muitos em tempo integral que compõem a sociedade de maneira positiva, alavancando diariamente a economia do nosso país. São pessoas que idealizam sonhos e tentam incansavelmente fazerem parte de uma sociedade ainda divida pelos seus preconceitos, distanciamento e falta de comprometimento com aqueles que vivem nas favelas. Falta mais respeito e desenvolvimento social tanto da urbanização (pessoas que vivem fora da favela) quanto das autoridades - que ainda secam negativamente as comunidades, mas ao mesmo tempo se alimentam do suor do povo sofrido -.

A leitura, de modo geral, mostra os dois lados da moeda,além de provar que 94% dos habitantes das favelas são de fato felizes, mesmo que haja uma parcela considerável, de 30% dos que admitem sofrer algum tipo de preconceito por morarem na favela, ainda sim, a alegria do povo se faz presente em muitos momentos.


"Viver na favela é, sobre tudo, constituir laços. No entanto, é também tocar a vida para frente quando seus moradores são abruptamente "quebrados", seja por motivos particulares seja por inflexões derivadas no âmbito da gestão publica" Página 34


A favela sem duvida é composta dos dois lados da moeda, enquanto focamos apenas no lado “escuro” (violência, trafico, etc) nos esquecemos de que é lá, na favela, que nascem centenas de crianças também com sonhos, mas que as vezes são interrompidos pelo descaso das autoridades, nos deixamos equivoca-se pelo que a mídia e os nossos olhos veem, mas nem sempre é assim; na favela existe milhares de pais de famílias dispostos a dá um futuro aos seus filhos, e as vezes, julgamos uns pelo todo, um grande erro. Se existe o erro também é possível o acerto ainda dá tempo de estabelecer confiança e igualdade entre todos, por que não? Afinal o povo das comunidades é unido, e são muito capazes de construir seus sonhos, mesmo que isso signifique anos de rendição. Sejamos corpo do mesmo compromisso.

"Os sonhos de Enderson seguiam na mesma trilha. Desejava montar tijolos, colar ladrilhos, recortar janelas, concluir a casa da mãe. Quando eu sair, quero poder dizer: olha, deixei essa construção pronta, afirmava, emocionado. Para ele, o bom povir exigia garra, coragem e compromisso com o estudo.” Página 101


Eu finalizei a leitura certa de que na favela existem pessoas dispostas a causar a mudança! Aprendi, me surpreendi, quebrei preconceitos e agora minha visão sobre a favela é de alguém que enxerga um futuro, a evolução de um povo disposto a conquistar seu espaço, digno, na sociedade.

A leitura é rápida de fácil entendimento, além de aprender, o leitor se sentirá como se estivesse ali, na comunidade, visualizando a realidade dos moradores de uma determinada comunidade.

Um País Chamado Favela vai abalar não só as autoridades, mas muitos que vivem no asfalto e acham que favela é só lugar de tragédias. É um tapa na cara de muitos, uma nova éra que vem por aí, e a favela faz parte dessa mudança.
Os autores já pensam até em uma nova edição dando continuidade a pesquisa. Estou pronta e ansiosa para ler os próximo capítulos dessa história da vida real. ^^

Um trecho do livro que me fez refleti, sobre a dura realidade desses moradores, e que muitas das vezes, oculta, de nós telespectadores. O outro lado da moeda em que muitos preferem fechar os olhos para não ver, outros até desconhecem, a verdadeira face do poder publico que insiste em dizer que zela pelo povo das comunidades. Será?!

"As milícias continuam ativas, mas adotam outros métodos de ação. Visadas pelo olhar da cidadania, elas agem com descrição. Continuam matando, mas sem alarde, cuidando de fazer sumir os cadáveres. São, sem dúvida, responsáveis pelo crescente número de desaparecidos nas estatísticas da segurança pública." Página 144

site: www.depoisqueeumudei.com
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