spoiler visualizarHadley 29/01/2015
Um livro bom, agradável e em certos momentos muito engraçado, mas é notável que em várias partes alguns personagens se desenvolvem de maneira fraca e alguns parecem um retrato perfeito de Saída Ex-machina. Um dos maiores exemplos disso é Pedr, o prisioneiro em Bayrath, que não tem função nenhuma na história a não ser solucionar o problema de quem acabou de chegar pra dividir o quarto. O futuro dele não é mencionado, nem o passado, dando essa função "utilitária" do personagem de uma forma conveniente demais, afinal, não estivesse ele lá, os Garças teriam um grande problema.
Outras passagens que irritam é, por exemplo, coisas que são mal desenvolvidas para um propósito maior, como o fato de Edvin revelar sua habilidade de tricotar para que os Garças tenham um símbolo próprio na perda de seus elmos em Hallasholm. Em vários pontos a narração torna-se bem infantil e de se balançar a cabeça, ação que é retratada vez após vez juntamente com o famoso balançar de ombros, que convenhamos, quem diabos faz isso? Isso somado a um epílogo um tanto fora da curva dramática, com resoluções um tanto apressadas (as pessoas ainda não aprenderam com Tolkien de que finais longos e com resoluções explanadas SÃO interessantes se explorados de boa forma).
Mas no mais, é um livro interessante, que consegue cativar a atenção do leitor e explora um pouco mais a especificidade de cada um dos integrantes do Garça Real, mesmo que um tanto mais fraco que os anteriores da série. Traz um plot twist interessante no final com o desafio de Hall, e ajuda a construir a história (do próximo?) ao integrar Lydia com a Irmandade.