Lina DC 26/07/2014"A rainha" é o último livro a série Patrick Bowers. A estruturação do livro é um pouco diferente dos anteriores: ele é dividido em três partes, "Gelo", "Vento" e "Noite". Narrado em primeira e terceira pessoa, trazendo uma perspectiva mais íntima sobre os personagens.
Alguns detalhes merecem ser ressaltados nessa história, como o envolvimento do irmão de Patrick. Sean e Patrick não se falam muito, graças a um acontecimento da adolescência. Além disso, Patrick e sua cunhada Amber guardam um segredo. Tessa também tem o seu momento, quando finalmente percebe o sentido da vida e a importância da família. Patrick continua sagaz e ao mesmo tempo atrapalhado com as mulheres de sua vida, mas começa a entender que precisa expressar seus sentimentos.
"Como uma garota que sempre parecia ser emocionalmente quatro anos mais nova que a idade real e, intelectualmente, quatro anos mais velha, Tessa sempre foi um mistério para mim, e agora eu não sabia dizer se ela estava animada para vir ou não". (p. 85)
Acompanhamos também o encerramento de alguns casos, como o de Basque. Patrick vai finalmente colocar uma pedra em um caso que o atormenta por mais de uma década.
Temos também um matador de aluguel, Alexei Chekov, um homem com princípios e ao mesmo tempo letal. Alexei é um personagem que se destaca nesse livro, pois mesmo o leitor sabendo que ele é um criminoso, ele consegue conquistar por seu grande carisma.
"Na antiga mitologia nórdica, uma Valquíria era uma deusa que voava sobre os campos de batalha decidindo quem viveria e quem morreria - um trabalho incrivelmente semelhante ao dele". (p. 14)
Como sempre, o autor soube criar uma trama complexa, conectando peças que a primeira vista não se encaixam, mas a imagem final é de tirar o fôlego. A equipe de investigação ainda conta com Jake Vanderveld e Natasha Farraday, velhos conhecidos dos leitores.
Alguns personagens ressurgem para assombrar Patrick e quem sabe possam responder algumas perguntas que ficaram em aberto.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um ótimo trabalho. Foram encontrados alguns errinhos, como na página 479, mas nada que interferisse na compreensão. A capa combina perfeitamente com as capas dos livros anteriores e o trabalho interno é espetacular.
"As conversas de Tessa com seu psquiatra, com Patrick, com a tia adotiva, sobre Deus, amor e perdão, todas pareciam girar em torno dela: "Estou afundando num lugar de onde não consigo sair sozinha". (p. 481)