Luiza Helena (@balaiodebabados) 05/10/2017Originalmente postada em https://balaiodebabados.blogspot.com.br/"- Ela é nossa princesa perdida. E está vindo para casa.*"
Apesar de terem me avisado que Winter seria tiro para tudo quanto é lado, eu não estava preparada para a saraivada de emoções que esse livro me trouxe.
Quando Winter apareceu em Cress, eu pensei que a personagem ia aparecer fumada no glamour a história toda. Apesar de que seria engraçado, não foi isso que aconteceu. Por não usar seu poder de manipulação, Winter sofre alucinações por conta disso. Elas não têm hora pra aparecer e quando ela buga, algumas situações chegam até ser engraçadas (eu ri mesmo meu coração dizendo que era errado).
Quando está em seu estado normal, Winter é uma menina gentil, doce, de bom coração e prestativa com seus amigos sem nem pensar duas vezes. Pra mim ela tinha que ganhar o prêmio de guerreira, porque crescer tendo Levana como madrasta não deve ter sido nada fácil.
Jacin foi uma surpresa pra mim. Em Cress, teve certos momentos que eu quis meter a mão na cara dele, mas aqui vemos que ele é como modo de sobrevivência e proteger as pessoas que ama de Levana, principalmente Winter. Jacin é todo trabalhado no sarcasmo e falta de paciência (assim como eu, ele não tem paciência pra quem está começando).
Com Winter, Jacin vira uma pessoa completamente diferente. Eu comentei com uns amigos que o estoque de paciência dele todo vai para a princesa. Nos momentos que estão juntos, percebe-se o quanto ele a ama e que faria sim de tudo para protegê-la das garras de sua madrasta. Ao mesmo tempo, ele sofre pelo fato de que nunca poderia ter nada com Winter, já que ele é somente um guarda.
No fim das contas, Jacin finge não se importar com ninguém justamente por se importar demais e ter medo que Levana os use contra ele. Winter e Jacin são daqueles casais feitos um para o outro e que se completam. Na verdade, todos os casais dessa série são assim, mas acho que esse é o que fica mais evidenciado.
"- Jacin. - disse, com um sorriso trêmulo. - Você deve saber. Não consigo me lembrar de uma época em que não amava você. Acho que essa época nunca existiu.*"
Falando nos casais, os outros que me perdoem, mas o prêmio de melhor casal vai pra Thorne e Cress. Os dois são a personificação de não saber como conviver com @ crush e esconder seus sentimentos. Era engraçado ver que todo mundo sabia o que eles sentiam, mas os dois eram bem ceguetas para repararem em si.
"- Um dia desses, quero abrir os olhos e ver você.* "
Personagens que ganharam o prêmio de crescimento são Cinder e Kai. É bem visível a evolução dos personagens desde o primeiro livro. Cinder deixou de ser aquela garota temerosa ao assumir e aceitar seu passado, voltando pra Luna para tomar o que é seu de direito e dar um novo futuro para seu povo. Kai parece mais seguro e confiante na posição de imperador, também disposto a fazer sacrifícios para livrar a Terra das mãos de Levana. (E quando falo sacrifício, é sacrifício mesmo)
"- O reinado de Levana está chegando ao fim. Eu voltei para recuperar o que é meu.*"
Casal que leva o prêmio Maria do Bairro feat Paulina de sofreguidão é Scarlet e Wolf. Gente, dona Marissa tirou eles para palito viu? De todos os casais, meus bolinhos passaram por trancos e barrancos e mais sofreguidão. Apesar da esperança do final feliz para todos, não foi fácil aguentar tudo o que eles passaram sem sofrer muito.
"- Você é o único, Ze’ev Kesley. Sempre vai ser o único.*"
Falando em sofrer, acho que essa palavra resume bem a história. O bondinho passa boa parte do livro se separando que fica difícil focar em outra coisa, a não ser que eles voltem a ficar todo mundo junto bonitinho. Como uma amiguinha falou na DM do instagram, a gente passa mais tempo rezando para que eles se reencontrem do que torcendo pela queda da Levana.
Falando na Paola Bracho de Luna, Levana está ENSANDECIDA nesse livro. Todos sabíamos que ela não iria cair sem lutar, mas olha… era cada estratagema, cada reviravolta que essa mulher aprontava que eu não sabia mais nada do que esperar do livro. Chegando na reta final - principalmente em um certo capítulo -, eu já estava desfalecida, sem saber o que esperar, só torcendo pra todo mundo ficar vivo. A próxima imagem reflete bem os meus sentimentos.
O final não foi nem perto do que imaginei que seria, mas ainda assim foi do meu agrado. Todos os casais, de certa forma, tiveram seu final feliz. O que mais me agradou foi justamente o toque de realidade neles, principalmente o final feliz de Kai e Cinder.
Quando comecei a ler Cinder, nunca ia imaginar o rumo que essa história tomaria. Em Scarlet já é perceptível a evolução da escrita da Marissa, em Cress vemos a história se expandir, mas nada disso me para os tiros do começo ao fim em Winter.
Marissa pode muito bem ter começado a escrever As Crônicas Lunares como releituras de certos contos de fadas. Entretanto, no fim das contas, ela escreveu uma história original, envolvente, com personagens marcantes. A diferença entre os contos e essa história é que as princesas não precisam de um príncipe para serem salvas e os príncipes não são 100% perfeitos, mas ainda assim são encantados.
Leia mais resenhas em https://balaiodebabados.blogspot.com.br/
site:
https://balaiodebabados.blogspot.com.br/2017/10/resenha-211-winter.html