O mestre e Margarida

O mestre e Margarida Mikhail Bulgakov




Resenhas - O Mestre e Margarida


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Bruno 30/06/2023

O mestre e Margarida ganhou algumas interpretações desde sua publicação: uma sátira do governo de Stalin; um ensaio sobre a apresentação do mal x bem; uma referência ao Fausto, de Goethe; uma fábula, e isso apenas.
Parte do mistério atribuído ao livro pode ser atribuído aos anos em que permaneceu sobre censura do governo soviético.
A essa altura, considero a realidade tão absurda que, talvez, a história mirabolante de Bulgákov seja apenas, por coincidência, muito parecida com uma crítica ao governo da URSS. A Rússia soviética foi, por si só, um lugar pitoresco. O show de absurdos narrado por Bulgákov não poderia se passar melhor em outro lugar.
O autor recheia sua história com humor sagaz que, não fosse por elementos por ora infantilizados, poderiam deixar claras sua intenção com a obra.
A falta de sentido oriunda da excentricidade da história incomoda o leitor que devora as páginas em busca de um pilar. Os elementos recusam-se a unir-se e as narrativas paralelas apenas se tocam.
O mestre e Margarida é a absurda história de um mestre, uma Margarida, e um satanás na Rússia soviética. Interpretar esse fato cabe a cada leitor.
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Joice 26/12/2014

"O livro que deu origem a canção Sympathy for the Devil dos Rolling Stones, trata da luta entre o bem e o mal, inocência e culpa, racional e irracional, ilusão e verdade e a liberdade de espirito num mundo que não é livre. Possui várias tramas que são interligadas que podem ser vistas como uma sátira a Russia soviética, comédia de humor negro e da superficialidade das pessoas em geral e como são engodadas pelos seus próprios desejos. O livro é muito detalhado e os personagens cômicos, o diabo possui um olho verde e outro negro que aterroriza todos sem ao menos aumentar o tom de voz, um ruivo de ombros largos e muito feio, uma feiticeira ruiva que anda nua, um negociador ardiloso e o meu favorito um gato preto enorme que anda sobre as patas traseiras e adora vodca. A história é sensacional, não é em vão que um dos maiores romances russos."
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Paula.Moreira 07/03/2021

Leitura em conjunto
Essa leitura fiz em conjunto com mais duas amigas, o que possibilitou observações que muito provavelmente passariam batido por mim lendo sozinha! Como acontece muita coisa e são personagens muitos, me vi muitas vezes perdida... Mas ao mesmo tempo é uma leitura que fascina e que intriga! Gostei muito livro e da experiência como um todo.
Leonardo.Fernandes 21/04/2021minha estante
Bom dia
Aproveitando que você ainda está com a essa leitura fresca; é importante ler o Fausto antes desse livro?




Biel 03/09/2022

Eu realmente acredito seja melhor do que bom. Talvez porque no momento eu não estava com cabeça pra ler um clássico desse ou se foi demais pra minha imaginação.
É diferente, muito peculiar e cômico. Uma bela sátira. Eu recomendo, mas não é uma leitura que flui tranquilamente. Talvez seja a tradução. Quem sabe daqui a algum tempo eu dê outra chance, com outra edição..
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Angel. 25/04/2020

Intrigante
Em alguns momentos lento, confuso, porém uma obra excelente e divertidíssima.
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Fabiana 26/03/2020

Livro interessante e completamente cheio de cenas inusitadas. No meu imaginário soou como uma peça de teatro. Adorei o "romance paralelo" escrito pelo Mestre. Gostei muito da Margarida. Mulher forte e decidida.
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Mario Miranda 24/03/2020

O Mestre e Margarida é uma das grandes obras do imaginário literário do século XX. Não por trazer novidades no Estilo literário, o que não faz, tampouco por possuir uma história inovadora (nota-se, capítulo a capítulo, como Bulgakov sofre influência de diversos autores, preponderantemente do Fausto Goethiano). Bulgakov deixa-nos este legado - indiretamente - pelo excepcional desenrolar da história.

Dois autores em Moscou são surpreendidos por uma personalidade exótica que, ao longo do livro, revela-se ninguém menos que o próprio Satã. Seguido de um séquito exótico, que envolve uma Bruxa Nua e um Gato falante em tamanho anormal, o desenrolar da narrativa de mistura com o desenrolar de um livro escrito por alguém intitulado "Mestre".

A história, que ora baseia-se no presente, ora nos transporta ao Calvário de Jesus Cristo - narrado pela ótica do Mestre - tem seu ápice no "Grande Baile de Satã", talvez o capítulo mais influente no imaginário popular, imortalizado em Sympathy for the Devil.

A leitura da obra me rememorou imediatamente as obras de William Faulkner. Não, nem a estrutura narrativa do Fluxo de Consciência nem as histórias desenvolvidas são semelhantes. O que me remeteu foi como a obra torna-se muito mais clara de trás para frente, ou melhor, a narrativa do "Mestre" torna-se muito mais clara após lermos o trecho da "Margarida" (o que também acontece, por exemplo, em O Som e a Fúria).
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Zefa 26/03/2021

A história do Satanás
Eu cheguei a esse livro por indicação. Antes de ler, li resenhas que falavam basicamente a mesma coisa "a história da chegada de Satanás na Moscou comunista da década de 30(?).

Porém, sem ler a resenha, sem conhecer o mínimo da história do autor e da história da Rússia não é simples perceber esse contexto.

Tiveram um ou dois capítulos que foram empolgantes pra mim, nos demais ou eu estava esperando ficar muito bom de novo ou eu estava querendo que acabasse.

Não sei dizer se me faltou arcabouço teórico para entender os símbolos presentes no livro (como li nas resenhas) ou se simplesmente não curti a leitura.

É um livro que talvez seja mais legal numa próxima leitura (ou não).
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Mariana113 28/07/2022

História engraçada!
Levei um susto quando começou a parte 2, mas gostei das mudanças. No início tem muita descrição desnecessária, mas não o suficiente pra desprender do enredo da história, lá pela metade do livro as descrições deixaram de ser desconfortáveis kkkk
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Hildeberto 16/07/2019

Segundo o "Livro da Literatura" (Editora Globo), O Mestre e Margarida "[...] pode ser interpretado como uma validação histórica de dogmas religiosos, uma crítica a regras exageradamente burocráticas e uma sátiras às autoridades soviéticas [...]".

Além disso, a descrição da quarta-capa diz que ele "é um livro com estilo absolutamente original, sobre a liberdade da escrita e a força do amor em tempos adversos".

Comprei o livro justamente por esses elementos e não posso esconder minha decepção com o que li. Não sei se foi a tradução da edição Editora Alfaguara (dizem que a tradução da Editora 34 é melhor), mas achei a escrita truncada e sem fluidez. Estava procurando algo que beirasse ao absurdo, mas que fosse bem construído. Não encontrei. A primeira parte do livro narra diversos acontecimentos com moscovitas que encontram Woland, o demônio, e seu séquito. Sua contribuição para a narrativa é mínima. A segunda parte da narrativa centra-se na Margarida e no mestre do título, em uma festa que o demônio deu e no desfecho do livro. Por fim, alguns capítulos retomam a Jerusalém da época de Jesus e contam uma versão da crucificação de Cristo.

Há alguns elementos interessantes, como um gato sarcástico, a narração de um estória dentro de outra estória, personagens absurdos e misteriosos. Mas, apesar de tudo isso, o livro é pífio. É uma coletânea de elementos que Bulgákov considerava interessantes, mas não formam um todo coeso. O começo não leva ao meio, e este não leva ao fim. Não há nada. Apenas uma coletânea de momentos bizarros.

Alguém poderia dizer que trata-se de um romance escrito para ser no-sense. Sou fã do gênero e, de fato, algumas passagens são deliciosas: um terno que não para de trabalhar, pessoas que cantam a cada dois minutos, baile dos mortos... Enfim, há coisas legais no texto. O problema é que "O Mestre e Margarida" não é uma coletânea de contos; é, ou deveria ser, um romance. E mesmo para os padrões no-sense, deveria haver um mote, uma ideia comum que trespassasse todo o texto. Simplesmente isso não acontece nesse livro. Em diversos momentos nota-se que o autor tentou criar essa conexão, mas não conseguiu. Talvez tenha morrido antes de concluir ou revisar completamente a obra. Mas isso não muda o resultado.

Não posso dizer que foi uma experiência agradável. Foi um pouco monótona e, para uma "leitura divertida de férias", não atendeu as expectativas. Pessoalmente, acho que não faz jus a fama de grande obra da literatura mundial.

E, não esqueçamos, manuscritos queimam. Ideias não.

Talys 29/08/2019minha estante
Nesse caso talvez você goste mais de Camus ou Sartre, eu também tenho problemas com o livro, já comecei 3 vezes e parei pela metade, hoje estou recomeçando, espero agora ir até o fim kkkk


Hildeberto 29/08/2019minha estante
Comecei a ler "O Estrangeiro", de Camus, e você acertou - estou adorando!




Nádia 18/10/2022

Foi o livro com mais loucuras que eu já li. As confusões que o demônio cria em Moscou chegam a ser surrealistas. Cheguei a ficar confusa em alguns momentos, mas me diverti bastante enquanto lia. Com certeza valeu mesmo a pena a leitura.
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Leticiadias 25/02/2021

Risada garantida
Que livro maravilhoso, vontade de relê-lo antes de terminar de lê-lo!! Incrível... queria ler mais de Mikhail Bulgákov! Rendeu muitas gargalhadas afinal o diabo é ardiloso !
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Izabela 23/01/2018

Trata-se da chegada de Woland, um estrangeiro, à Moscou comunista em 1929. Até aí, tudo bem. No entanto, Woland é ninguém menos que o próprio diabo. E ele aparece acompanhado de seu séquito de demônios: Behemoth, um gato preto grande com trejeitos humanos; Korôviev, um negociador que usa roupas apertadas; Azazello, um ruivo com um canino à mostra e um olho vazado; e Hella, uma feiticeira totalmente nua.

Woland aparece pela primeira vez no Patriarchy Prúdy (Largo do Patriarca), onde conversavam Berlioz, o presidente da Massolit (abreviação para sociedade moscovita de literatura, que também pode ser entendida como a literatura de massa), e um poeta que responde pelo nome de Bezdomni (que significa “sem teto”). Ambos começam uma conversa sobre um poema que tratava da existência de Jesus. Nesse momento, Woland entra na conversa e diz não só que Jesus existiu, mas que ele viu tudo. Eventualmente, Woland conta como Berlioz vai morrer e que Bezdomni vai parar num hospício, o que de fato ocorre momentos depois.

Vários outros acontecimentos subsequentes transformam Moscou num verdadeiro inferno. O Diabo e sua trupe deixam um rastro de loucura e destruição pela cidade e proximidades.

O livro é uma clara crítica ao governo soviético. Artistas, civis, políticos, nada nem ninguém escapa dos questionamentos. O Diabo não é um ser que deseja e causa mal apenas pela maldade: trata-se de um moralista. Woland condena a hipocrisia, a ganância, o falso-moralismo. Em determinada cena, o estrangeiro vai fazer uma apresentação de magia negra no Teatro de Variedades, onde questiona se “mudaram os moscovitas por dentro” e critica a ganância dos cidadãos. Ele distribui dinheiro, roupas, acessórios perfumes. Após o término da apresentação, as notas de dinheiro viram meros pedaços de papel sem valor, e os artigos de luxo simplesmente desaparecem.

Além disso, o livro tem outros dois núcleos de narrativa: um com a história de Jesus (conhecido como Yeshua Ha-Nozri) e Pôncio Pilatos, a história que Woland inicia a Berlioz e Bezdomni no início do livro e que continua a ser contada até o final. O outro núcleo é a história do Mestre (figura que conhecemos no hospício por ele decidir conversar com Bezdomni e que escreveu um livro contando a história do Ha-Nozri) e Margarida (sua amante. A importância dessa figura deve-se ao seu papel no pacto fáustico que ocorre nesse livro).

Bulgakov começou a escrever o romance em 1928. O primeiro manuscrito foi destruído em março de 1930 pelo autor, que o queimou após descobrir que outro livro seu havia sido banido. Esse episódio originou uma das frases clássicas presente no livro: “Manuscritos não queimam”. Em 1931 ele recomeçou a escrever. Uma versão censurada foi publicada na revista Moscou e a versão integral foi distribuída em cópias clandestinas, dado o peso das críticas que o livro carrega.

site: http://nostalgialivresca.wordpress.com
Fabio.Madeira 27/02/2018minha estante
Gostei da resenha! Terminei de ler o livro há alguns dias e seu texto me inspirou a preparar uma resenha também, em breve!




João Pedro 08/04/2024

O diabo é quem sabe
Essa leitura me pôs a pensar sobre rótulos, porque "O mestre e Margarida" não é nem de longe o tipo de livro que eu esperava de um clássico da literatura russa. Se minhas experiências anteriores tinham sido bastante satisfatórias com Dostoiévski e Tolstói (esse, um dos meus favoritos), é natural que eu tenha iniciado o romance de Bulgákov com algum tipo de expectativa. Afirmo: foi maravilhoso ver minhas preconcepções serem desmanteladas de uma forma tão divertida e inusitada como é a história narrada nessa obra.

O próprio mote do romance não é nada peculiar: o diabo visita Moscou, acompanhado de uma trupe bastante incomum (dentre elas um gato preto falante com jeitos humanoides e uma bruxa que só anda nua), e, sob o pseudônimo de Sr. Woland, inicia uma série de atos extraordinários que põe de cabeça para baixo a vida dos cidadãos da capital russa.

A primeira parte do romance tem como foco o emaranhado de confusões armadas por Woland e seus seguidores, que, sob o pretexto de montarem uma apresentação teatral de magia negra, se valem de incontáveis ações escusas, que levam uma série de personagens à internação em uma clínica psiquiátrica. Já a segunda parte dá um salto para o surrealismo e a fantasia, e tem como centro maior as personagens Margarida e o mestre (que aparecem timidamente na primeira parte). O enredo, apesar de parecer extenso e por vezes confuso (são muitos personagens afetados pelas peripécias do capiroto e os nomes russos não auxiliam), está todo interligado, inclusive com uma história paralela sobre Pôncio Pilatos que daria, por um só, outro romance magistral.

Essa é, sem dúvida, a obra-prima da carreira de Bulgákov, que ele finalizou no seu leito de morte, em 1940, e só foi finalmente publicada no final dos anos 1960. Uma faceta interessantíssima da literatura russa que vale muito a pena ser conhecida.
Débora 09/04/2024minha estante
Amei a resenha!?


João Pedro 09/04/2024minha estante
Obrigado, Débora! ?




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