O mestre e Margarida

O mestre e Margarida Mikhail Bulgakov




Resenhas - O Mestre e Margarida


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Anne10ssica 12/11/2020

A vez que Satanás decidiu debochar da humanidade
O senso de humor desse livro é incrível. Satanás debochou e escancarou para quem quiser ler o quanto a humanidade depende de suas crenças. Mesmo num regime autoritário ateu, como o de Moscou no contexto, Satanás demonstra como o ser humano acredita na entidade chamada dinheiro, mesmo sendo apenas papel. A ponto de só aceitar um tipo de dinheiro e nenhum outro tipo de papel.
Com esse livro, cansativo, mas divertido, você reflete em como nossa racionalidade é frágil, e como é fácil iludir e manipular pessoas.
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Nádia 18/10/2022

Foi o livro com mais loucuras que eu já li. As confusões que o demônio cria em Moscou chegam a ser surrealistas. Cheguei a ficar confusa em alguns momentos, mas me diverti bastante enquanto lia. Com certeza valeu mesmo a pena a leitura.
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Priscila 09/06/2021

O diabo visita Moscou
Uma história bem sarcástica e envolvente, que nos permite muitos questionamentos metafísicos.

É uma leitura que em muitos momentos foi divertida devido ao séquito do diabo. Os melhores personagens da história. O que dizer do gato? que em muitas vezes me fez lembrar do "Gato de botas".

Este livro é um verdadeiro primor.
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Sílvia 16/02/2020

Maravilhoso
Sempre quis ler esse livro maravilhoso e nunca deu. No final de 2018 eu o coloquei como meta de leitura para dezembro de 2019, só não consegui terminá-lo a tempo.
No texto, temos uma comitiva diabólica, literalmente nesse caso, chegando à cidade de Moscou durante a década de 1930. Temos um homem com olhos disformes e de cores diferentes, um gato gigante, uma mulher que não veste roupa e um cara estranho com um pincenê rachado. E por onde eles passam só acontece tragédias. O sanatório local fica cheio kkk lembrando O alienista do Machadão. Demorei um tempão para entender o título, o por quê do mestre e quem era a Margarida. E fiquei chocada com a crítica ao regime dominante na sociedade moscovita. O que mais me chamou a atenção foi o problema de moradia, um caos completo, por exemplo em um apartamento de dois quartos, sala, cozinha e banheiro, cada cômodo poderia ter um dono diferente. Achei um absurdo. Até fui pesquisar na internet achando que era exagero do autor. Dizem que essa obra é daquelas que ou vc ama ou vc odeia. Eu simplesmente a adorei desde o primeiro capítulo. O mestre, por menos que aparentemente apareça é uma peça fundamental para que se possa compreender o lugar do verdadeiro artista naquele tempo, tanto escritores, poetas, pintores, roteiristas ou qualquer forma de arte praticada. Mas o mais triste mesmo foi perceber que o ser humano não mudou, que os tempos avançam, ao menos tecnologicamente e no calendário, mas na primeira camada nós ainda somos demasiadamente humanos e acima de tudo precisamos de redenção.
Creio que esta é uma obra de arte fundamental para qualquer leitor que aprecie os clássicos.
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Heley 13/03/2021

Maravilhoso e difícil
Acredito que comecei na literatura russa pelo livro errado. O Mestre e Margarida é um livro maravilhoso, porém senti dificuldade por ser meu primeiro na leitura russa. A história é engraçada e confusa ao mesmo tempo. Nas primeira páginas não entendia nada, porém com tempo vai pegando o ritmo. As histórias de Santá e sua trupe, o mestre e a Margarida se interligam ao longo das páginas. Futuramente merece uma segunda leitura. O gato é o melhor personagem ?
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Gabrielli 19/07/2020

Complexo, porém bem escrito
Como minha primeira leitura russa, devo dizer que os nomes me confundem bastante kk mas é interessante
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Izabela 23/01/2018

Trata-se da chegada de Woland, um estrangeiro, à Moscou comunista em 1929. Até aí, tudo bem. No entanto, Woland é ninguém menos que o próprio diabo. E ele aparece acompanhado de seu séquito de demônios: Behemoth, um gato preto grande com trejeitos humanos; Korôviev, um negociador que usa roupas apertadas; Azazello, um ruivo com um canino à mostra e um olho vazado; e Hella, uma feiticeira totalmente nua.

Woland aparece pela primeira vez no Patriarchy Prúdy (Largo do Patriarca), onde conversavam Berlioz, o presidente da Massolit (abreviação para sociedade moscovita de literatura, que também pode ser entendida como a literatura de massa), e um poeta que responde pelo nome de Bezdomni (que significa “sem teto”). Ambos começam uma conversa sobre um poema que tratava da existência de Jesus. Nesse momento, Woland entra na conversa e diz não só que Jesus existiu, mas que ele viu tudo. Eventualmente, Woland conta como Berlioz vai morrer e que Bezdomni vai parar num hospício, o que de fato ocorre momentos depois.

Vários outros acontecimentos subsequentes transformam Moscou num verdadeiro inferno. O Diabo e sua trupe deixam um rastro de loucura e destruição pela cidade e proximidades.

O livro é uma clara crítica ao governo soviético. Artistas, civis, políticos, nada nem ninguém escapa dos questionamentos. O Diabo não é um ser que deseja e causa mal apenas pela maldade: trata-se de um moralista. Woland condena a hipocrisia, a ganância, o falso-moralismo. Em determinada cena, o estrangeiro vai fazer uma apresentação de magia negra no Teatro de Variedades, onde questiona se “mudaram os moscovitas por dentro” e critica a ganância dos cidadãos. Ele distribui dinheiro, roupas, acessórios perfumes. Após o término da apresentação, as notas de dinheiro viram meros pedaços de papel sem valor, e os artigos de luxo simplesmente desaparecem.

Além disso, o livro tem outros dois núcleos de narrativa: um com a história de Jesus (conhecido como Yeshua Ha-Nozri) e Pôncio Pilatos, a história que Woland inicia a Berlioz e Bezdomni no início do livro e que continua a ser contada até o final. O outro núcleo é a história do Mestre (figura que conhecemos no hospício por ele decidir conversar com Bezdomni e que escreveu um livro contando a história do Ha-Nozri) e Margarida (sua amante. A importância dessa figura deve-se ao seu papel no pacto fáustico que ocorre nesse livro).

Bulgakov começou a escrever o romance em 1928. O primeiro manuscrito foi destruído em março de 1930 pelo autor, que o queimou após descobrir que outro livro seu havia sido banido. Esse episódio originou uma das frases clássicas presente no livro: “Manuscritos não queimam”. Em 1931 ele recomeçou a escrever. Uma versão censurada foi publicada na revista Moscou e a versão integral foi distribuída em cópias clandestinas, dado o peso das críticas que o livro carrega.

site: http://nostalgialivresca.wordpress.com
Fabio.Madeira 27/02/2018minha estante
Gostei da resenha! Terminei de ler o livro há alguns dias e seu texto me inspirou a preparar uma resenha também, em breve!




Nan 07/06/2020

Satírico
O livro trata com tom satírico questões de Moscou quando recebe uma visita do Diabo.
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Kah 10/08/2023

Uma crítica à ideologia ou uma apologia cristã?
Mestre e Margarida é uma obra singular, tendo em vista os outros clássicos russos. Mikhail Bulgakov se diferencia dos dois principais literatos russos, Tolstói e Dostoiévski, por dois aspectos centrais; primeiro por seu estilo pouco psicológico, não se detém aos aspectos mentais de seus personagens como Dostoiévski e Tolstói; segundo porque se utiliza muito bem do panorama histórico, das simbologias e do cenário onde a história ocorre. Desde o início podemos vislumbrar que sua característica é muito mais descritiva do ponto de vista narrativo do local da trama do que propriamente analítico do panorama psicológico. As simbologias que ele se utiliza ? muitos deles retirados do eterno Fausto de Gothe, mas também de sombreamentos das histórias religiosas?, todos eles se mancomunam com a Rússia soviética e prevê, como de fato ocorrerá, uma crítica ao regime genocida.
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Lelê 30/05/2020

? fodaralho ?
Daqueles livros que você lê devagar quando está chegando ao fim. Após ler, você não quer começar outro, só pra ficar com a sensação dele.
Para que gosta do fantástico, melhor livro.
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João Pedro 08/04/2024

O diabo é quem sabe
Essa leitura me pôs a pensar sobre rótulos, porque "O mestre e Margarida" não é nem de longe o tipo de livro que eu esperava de um clássico da literatura russa. Se minhas experiências anteriores tinham sido bastante satisfatórias com Dostoiévski e Tolstói (esse, um dos meus favoritos), é natural que eu tenha iniciado o romance de Bulgákov com algum tipo de expectativa. Afirmo: foi maravilhoso ver minhas preconcepções serem desmanteladas de uma forma tão divertida e inusitada como é a história narrada nessa obra.

O próprio mote do romance não é nada peculiar: o diabo visita Moscou, acompanhado de uma trupe bastante incomum (dentre elas um gato preto falante com jeitos humanoides e uma bruxa que só anda nua), e, sob o pseudônimo de Sr. Woland, inicia uma série de atos extraordinários que põe de cabeça para baixo a vida dos cidadãos da capital russa.

A primeira parte do romance tem como foco o emaranhado de confusões armadas por Woland e seus seguidores, que, sob o pretexto de montarem uma apresentação teatral de magia negra, se valem de incontáveis ações escusas, que levam uma série de personagens à internação em uma clínica psiquiátrica. Já a segunda parte dá um salto para o surrealismo e a fantasia, e tem como centro maior as personagens Margarida e o mestre (que aparecem timidamente na primeira parte). O enredo, apesar de parecer extenso e por vezes confuso (são muitos personagens afetados pelas peripécias do capiroto e os nomes russos não auxiliam), está todo interligado, inclusive com uma história paralela sobre Pôncio Pilatos que daria, por um só, outro romance magistral.

Essa é, sem dúvida, a obra-prima da carreira de Bulgákov, que ele finalizou no seu leito de morte, em 1940, e só foi finalmente publicada no final dos anos 1960. Uma faceta interessantíssima da literatura russa que vale muito a pena ser conhecida.
Débora 09/04/2024minha estante
Amei a resenha!?


João Pedro 09/04/2024minha estante
Obrigado, Débora! ?




Carlos 03/07/2021

Uma sátira bem servida
O livro inicia com um desastre humano que prende ao desenvolvimento da história, contudo a narração não linear prejudica um pouco o fluxo, há cortes narrativos dedicados ao episódio bíblico do Poncio Pilatos, os capítulos mais cativantes certamente são o dos protagonistas que demoram muito pra aparecer, mas quando aparecem entregam o sabor ácido e doce de estarem ao lado do diabo. Não peguei as referências políticas, por desconhecimento histórico, talvez isso tenha preudicado minhas impressões. Uma música para Margarida seria Ancient dreams in a modern land.
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LairJr 12/06/2022

O mestre e Margarida não tem nada de burocrático. Sua narrativa é pura diversão, desde o diálogo entre Berlioz e Bezdômni, passando pela encenação de magia no teatro da capital russa até o baile demoníaco que reúne os vivos aos mortos. Obra-prima do russo Mikhail Bulgákov, é um sátira demolidora à degradação dos intelectuais russos sob o regime autoritário.
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JAS 24/07/2021

O diabo e seu séquito visitam Moscou e desnudam, de modo mágico, o arcabouço de que é feito um regime de excessão. No meu entender, a obra também é uma metáfora sobre a dicotomia "o bem" e " o mal".
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